Oie! Meu nome é Thais e este é o meu blog. Tem duas coisas que você precisa saber antes de ver qualquer texto aqui. 1) Este é um blog pessoal onde eu compartilho a MINHA Vida Organizada. Falo sobre diversos outros assuntos e também divulgo o meu trabalho em diferentes frentes, incluindo o Método Vida Organizada. 2) De 2022 para trás, todos os posts estão com problemas de caracteres que há anos tentamos resolver com os melhores programadores do Brasil e não conseguimos. Optei por manter no ar mas estamos consertando manualmente. São quase 7 mil textos. Sabemos do problema e, por favor, não precisamos receber mensagens e e-mails avisando. Era manter assim ou tirar o blog do ar, e optamos por mantê-lo, já que os textos novos estão consertados. Obrigada pela compreensão!
Você se sente ocupada(o) o tempo todo?
_ Como você está?
_ Ah, você sabe. Na correria. E você?
Estamos todos sempre na correria.
Mesmo eu, que sou uma pessoa organizada, que usa um método de equilÃbrio da vida (GTD), tem dias em que me sinto em um estado de rush maior do que o normal. E a impressão que tenho (e acredito que vocês também devem estar tendo) é a de que estamos todos cada vez mais “correndo”.
É claro que falo de um posto de empresária que mora em São Paulo, capital, tem um filho e uma ocupação profissional com muitas frentes. Tudo isso acentua o potencial de intensidade no dia a dia. Existem pessoas que moram em cidades menores, que têm ritmos de vid diferentes, e que felizmente não se sentem assim.
Porém, de modo geral, eu observo que ninguém tem mais muito tempo para nada. Quando antes era comum chegar em casa, depois do trabalho, e curtir uma tv, um livro, ou até mesmo fazer nada, hoje em dia acabamos nos ocupando com cursos online, novos hobbies e outras atividades. E não há nada de errado nisso. São dois pontos: 1) é nosso mundo hoje e 2) que bom que temos mais opções. Só precisamos tomar cuidado para não nos sobrecarregarmos.
O problema do excesso de coisas a fazer é de fato a sobrecarga. E a sobrecarga pode ser tolerável se for um estilo de vida que você estiver curtindo. Tem gente que é workaholic, por exemplo, e adora. Do meu ponto de vista, fica ruim a partir do momento que isso te incomoda ou te prejudica de alguma maneira. Se for o seu caso, este post de hoje traz algumas dicas e reflexões.
A primeira delas é te mostrar que viver nesse estado vem da inércia. É muito mais fácil continuar assim do que mudar. Viver nesse fluxo é o natural porque somos criaturas à base de hábitos. “Estar ocupado”, “estar na correria” também são desculpas moralmente aceitas pela sociedade, pois todo mundo se identifica. Não teve tempo para descansar? “Ah, é porque eu estava ocupada”. Não fez a lição de casa junto com o filho? “Muito trabalho”. Então é fácil viver nessa condição. É fácil usar a ocupação como muralha para te proteger de falhas que você possa ter (e reconhecer, mesmo que intimamente) como ser humano. Mais uma vez, o grande ponto é: você se sente satisfeita(o) com essa situação? Se não, o primeiro passo é reconhecer que ela existe e que continuará existindo enquanto você não tomar uma atitude. Não depende do seu chefe, do seu trabalho, de mudanças nas normas da empresa, do tempo e das outras pessoas no mundo. Depende apenas de você.
“Tá, mas então o que eu posso fazer?”, você pode me perguntar. “O que exatamente depende de mim?” Bem, quero começar com uma frase clássica aqui do Vida Organizada, que é: não é possÃvel organizar tralha. Veja, tralha é tudo aquilo que está sobrando. Que não faz mais sentido na sua vida. Que talvez esteja no lugar errado. E, mais do que objetos, quando falo em tralha eu me refiro a atividades, projetos, relacionamentos e até pensamentos! Uma análise honesta da sua vida como está hoje pode te ajudar a identificar o que pode ficar em stand-by durante um tempo, o que você deve tirar, e o que deve ser mantido.
Ontem mesmo eu passei uma tesoura nos meus projetos em andamento porque, enquanto não terminar a mudança de casa, não quero nem olhar para eles. Foi tão aliviador tirá-los da lista mas saber que estão bem guardados para serem resgatados depois! E é claro que ajuda você ter essa organização (como eu comentei, por exemplo, uma lista com os seus projetos em andamento).
Apesar de eu ter citado os projetos, você pode fazer isso com a sua casa, com a sua mesa no escritório, com a sua agenda para esta semana. Reduza. Quanto mais você reduzir, melhor será. Lembre-se: não é possÃvel organizar tralha. Então não pense que você conseguirá lidar com a sobrecarga mantendo a mesma quantidade de coisas a fazer. Você pode aplicar dicas de organização à sobrecarga, mas não resolve o problema.
Algumas dicas adicionais para saber o que manter:
- Foque no essencial, no básico para manter a vida funcionando. Por exemplo, em casa, incluem atividades como lavar a roupa, fazer comida, ir ao supermercado, fazer lição de casa com o filho, entre outras. O mesmo vale para o seu trabalho, onde você tem atividades de rotina que precisam ser mantidas. Identifique aquilo que faz com que o seu mundo continue rodando e mantenha tais atividades.
- Em termos de atividades no geral, priorize aquelas que realmente terão maior impacto na sua vida no momento. Pode ter a ver com prazos, mas também com alcance e perspectiva. Por exemplo, eu mantive alguns projetos da empresa que não tinham prazo, mas que eu gostaria de continuar trabalhando porque são efetivamente importantes para me trazer alguns resultados em breve, que impactarão a empresa como um todo. Só você pode fazer esse tipo de análise, mas pode pedir ajuda se precisar.
- Considere manter uma lista de “projetos em stand-by” para abrigar certas atividades em momentos de maior sobrecarga, mas de modo que você consiga voltar a elas depois que o turbilhão passar. Quando temos muita coisa a fazer, é comum nos frustrarmos justamente porque queremos realizar determinadas atividades mas simplesmente não conseguimos. É muito mais honesto com nós mesmos quando assumimos isso, deixamos um pouco de lado, focamos em outros pontos mais importantes e aà sim vamos resgatando essas atividades uma a uma, quando tudo estiver um pouco mais equilibrado.
- Considere dizer mais “não” no seu dia a dia, inclusive a você mesma(o). Sei que muitas pessoas têm dificuldade com isso, mas elas nunca costumam pensar no peso que o “sim” também traz. Assumir mais atividades do que consegue lidar não é bom para você nem para as pessoas com as quais você se comprometeu, pois pode ser que você atrase, não faça com tanta qualidade etc.
- Deixe espaços em branco na sua agenda. Eu gosto de dizer que agenda não é joguinho de tetris para você encaixar os bloquinhos. Espaços vazios não significa que você não vai fazer nada naqueles horários, mas sim que você tem flexibilidade o suficiente para lidar com imprevistos ou remanejar suas atividades de acordo com o que você achar mais prioritário na hora.
- Utilize técnicas para otimizar o tempo, como fazer compras online do supermercado, autorizar as contas em débito automático, entre outras. Em termos de alocação de tempo, a técnica Pomodoro pode ajudar para atividades que você vem procrastinando.
- Aprenda a alternar perÃodos de esforço com perÃodos de relaxamento. Às vezes, a coisa mais produtiva que você pode fazer é parar um pouquinho e descansar antes de iniciar uma nova atividade. Perceba quando seu nÃvel de energia estiver caindo e respeite o seu corpo fazendo essas pausas. Você verá o nÃvel de diferença no final do dia.
Dizer “sim” ao que realmente interesse faz com que você diminua a sobrecarga e consiga usar o seu tempo da forma mais significativa para você. Viver na sobrecarga não é normal, apesar de ser comum, mas eu espero de verdade que este post na segunda-feira te ajude a tornar sua semana um pouco mais diferente. Boa sorte. <3
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Eu gosto de ter é uma checklist do que é essencial para mim como: limpar casa, esvaziar as caixas de entradas, cuidar de mim mesma… Se eu acho que estou sobrecarregada priorizo o que está na checklist e penso numa solução no que está me sobrecarregado.
Acho que já passou da minha hora de arregaçar as mangas e assumir o controle da minha própria vida.
Texto muito pertinente e vem de encontro ao que venho sentindo há tempos.
Muito obrigada!
Thais, queria saber como lidar com a culpa quando não fazemos nada no horário de trabalho. Devo me sentir culpada caso não esteja envolvida sempre e tenha algumas brechas para não fazer nada relacionado ao trabalho no ambiente de trabalho (trabalho de 8 a 17h de segunda a sexta). Tenho visto que eu fico ansiosa se não tenho “nada” pra fazer, tanto em casa, como no trabalho. E me pego falando que estou correndo, mesmo quando não estou… E fico procurando o que fazer, mesmo que tudo esteja no seu devido lugar e nos seus devidos prazos. E isso me sobrecarrega…
Oi Evelyn, tudo bem? Seu comentário me inspirou a escrever um post com a resposta, que entrará no ar amanhã. Obrigada por comentar. 😉
Olá Thais! Acabei de ver o post e fiquei assustada porque não tinha visto sua resposta. Obrigada pela ajuda! Vou ler agorinha rs
<3
Muito bom, Thais.
Este estilo de vida que você proproe é um caminho, e acompanhar teus textos me motiva.
Este texto veio no momento certo!
Thais, lendo sobre seu projeto sobre os livros de Napoleon Hill, gostaria que vc por favor me indicasse por qual livro seria melhor eu iniciar a leitura sobre as obras dele.
Obrigada desde já.
Abraço!
Eu estou preparando um post enorme com a bibliografia comentada e esse tipo de indicação. Entrará ainda este mês no blog. 😉
Estou gostando bastante dos últimos textos.
Nossas listas não foram criadas para nos massacrar.
Faz mais sentido para mim que esse texto mais antigo.
“Volume, ou seja, quantidade de projetos, não tem nada a ver. O importante é que eles estejam claros e definidos, revisados, atualizados, de modo que você consiga identificar todas as ações que já consegue tocar com relação a todos eles, tendo prazos ou não. Porque você não vai trabalhar nos projetos, e sim nessas pequenas ações. Aos poucos, os projetos vão sendo concluÃdos.”
Pode parecer bobo, é muito sutil a mudança de ter uma lista de projetos inativos.
Isso muda nossa percepção do que realmente conseguimos e o que que queremos fazer. É uma mudança sutil que tem o potencial de trazer um alÃvio enorme.