Categoria(s) do post: Diário da Thais

Todo último dia do mês eu costumo publicar um post contando como foi esse mês para mim pessoal e profissionalmente. Apesar de eu estar muito bem resolvida no trabalho e amar o que faço, março foi um mês muito difí­cil para mim no í¢mbito pessoal. Depois de um ano de pandemia, toda a famí­lia sentiu bastante o confinamento e ficamos desanimados aqui em casa. Foi muito aflitivo ver como o Paul (nosso filho) estava, meu marido, que é músico, desanimado, e eu me sentindo frustrada e impotente por não conseguir fazer nada, e eu mesma desanimando vendo as notí­cias absurdas do dia a dia.

Eu decidi dar um tempo de ler notí­cias porque percebi que aquilo não estava me fazendo bem mesmo. Uma ou duas vezes por dia eu entro no Twitter e acabo sabendo do que está acontecendo de modo geral, mas parei de procurar notí­cias ou ficar investigando sobre o que está acontecendo. Não estava me fazendo bem. Isso foi me ajudando a melhorar.

O final do ano e o começo do ano novo sempre são épocas mais volumosas para mim, pois o trabalho com organização e produtividade tem uma certa sazonalidade nesse perí­odo – todo mundo quer se organizar no ano novo. E a gente teve uma demanda enorme, especialmente de contatos e no suporte, então isso nos tomou completamente. A própria situação da pandemia se refletiu em todos, não apenas na gente, e tudo isso impacta demais nas relações que construí­mos.

Bom, março foi o iní­cio das aulas do Doutorado, o que eu estava ansiando. Por enquanto, as aulas têm sido feitas online, como na maior parte dos lugares. Tenho aula dois dias da semana, mas o volume de textos é maior que o do mestrado. A bibliografia é enorme, porque revê o que foi estudado em quatro anos praticamente de graduação de Ciências Sociais, mas com um foco mais aprofundado e voltado para pesquisa. Como eu vim de oura área, mesmo que “prima” (Comunicação), minha dedicação tem que ser maior aos estudos para poder acompanhar os meus outros colegas cientistas. Muitos livros eu já li, não só na graduação como no mestrado, então podem ser revisões e releituras, mas tem muita coisa nova. Ainda estou me adaptando a essa rotina mas, de modo geral, procuro ler e estudar todos os dias.

Além do Doutorado, eu estou fazendo um curso online de francês, como já comentei com vocês, e outro de marketing de conteúdo para o Instagram, porque gosto de me aperfeiçoar no que faço. Os estudos da universidade pessoal estão mais leves, até mesmo para que eu possa focar no Doutorado.

Falando em universidade pessoal, meu planejamento era terminar o manuscrito do meu livro sobre estudos até o final deste mês, mas não consegui. O desí¢nimo com o paí­s bateu forte este mês em mim, e não consegui me concentrar para escrever. Vou ter que renegociar os prazos novamente com a minha editora, a qual agradeço pela paciência de antemão. Mas sabe, é um livro. Não vou escrever qualquer coisa só pra cumprir um prazo. Ele é importante, tem um desenvolvimento legal, e merece um cuidado maior. De modo geral eu escrevo rápido mas, durante a pandemia, não me sinto inspirada muitas vezes.

Um trabalho que gostei muito de fazer no iní­cio do mês foi esse criativo para o Dia da Mulher no Instagram:

Depois, teve o evento Caminho da Rotina Tranquila, quando fizemos uma primeira tentativa de gamificação que vamos levar para o curso do Método Vida Organizada. Foi o projeto mais empolgante do mês, para mim. Amei trabalhar com o Victor e certamente será uma constante nos próximos meses, quando faremos isso para o curso em si. A ideia é ajudar os alunos a tornarem o processo de organização claro sobre os próximos passos a serem tomados e também deixar esse processo ainda mais leve e divertido.

Depois do evento, nós também abrimos uma nova turma do curso do MVO, atendendo a pedidos, já que todos vamos ficar fechados em casa novamente. Foi a Turma 7, que encerrou as inscrições ontem, e estamos muito felizes com as novidades e honrados com a confiança dos novos alunos. Muito obrigada a você que se inscreveu! <3 (não temos previsão de uma nova turma por enquanto)

Com a chegada do outono, eu começo a mudar algumas coisas na minha alimentação, pois tenho um biotipo que sofre bastante com as mudanças de temperatura e isso causa ressecamento na pele, sinusite etc. Então sigo as orientações do Ayurveda para me alimentar melhor e ficar bem. No entanto, a última semana foi tão quente e abafada aqui em São Paulo que eu sinceramente não precisei fazer nada de diferente nesse sentido ainda, hehe.

Estamos chegando aqui ao final do mês com o saldo mais positivo que no começo. Fizemos mudanças em casa, trouxemos mais plantas, mudamos alguns móveis de lugar, eu trouxe uma nova estante para o escritório, reorganizei meus livros por cores para ficar mais agradável o trabalho no dia a dia, enfim, entendemos que vivemos o hoje e o hoje é em casa, por isso a casa estar agradável é fundamental.

Espero que seu mês de março tenha sido saudável e bom na medida do possí­vel. Se quiser, compartilha comigo nos comentários? Obrigada. <3

Categoria(s) do post: Tecnologia

Eu percebi que, ao jogar todos os aplicativos do meu celular para a segunda tela em diante, isso me dava uma certa paz mental ao acessá-lo. Parece que todo aquele grau de urgência que surge quando verificamos o aparelho simplesmente desaparece.

Eu fiz uma bela limpeza em todos os apps para manter apenas aqueles que uso essencialmente. Os aplicativos de redes sociais, ao contrário do que pode ser melhor para a maioria das pessoas, eu preciso manter, pois uso para trabalho (especialmente o Instagram). De resto, até mesmo aplicativos como Netflix ou joguinho (Candy Crush e similares) eu tirei. Pois, se eu quiser me distrair, não pretendo fazer isso no celular, mas offline. Intencionalmente.

Na barra inferior, mantenho o í­cone do telefone, a cí¢mera, o Brain Toss (para capturas rápidas) e configurações.

Tudo o que deixa a minha mente mais tranquila torna a minha rotina mais leve também.

Categoria(s) do post: Tecnologia

Frequentemente, enquanto compartilho minha tela nas aulas e lives no YouTube, me perguntam sobre a organização dos favoritos no computador. Este post é para mostrar então como eu utilizo para facilitar a minha rotina.

Vale dizer que, como todo o restante, quando se trata do uso de ferramentas, eu altero conforme a necessidade. Eu digo isso porque é muito comum alguém se deparar com um post meu de 2013 e vir me perguntar se eu não uso mais tal estrutura. rs

Meu navegador principal é o Google Chrome e, como todo navegador, ele permite o armazenamento de favoritos. Veja um tutorial sobre o recurso aqui para saber como usar.

Já usei de diversas maneiras e hoje tenho uma versão mais simplificada que me atende bem:

Não tenho muito o que dizer além das imagens acima, mas vou resumir para quem tem questões de acessibilidade, pois as imagens não são “lidas”.

São quatro elementos na barra de favoritos: agenda, lista de afazeres, mensagens e arquivo. Agenda é o link para a minha agenda do Google em visualização semanal. Lista de afazeres é o link para a minha página inicial do Todoist. Mensagens é uma pasta com todas as minhas caixas de entrada de mensagens (e-mail, What’sApp, Telegram e redes sociais) e Arquivo é onde armazeno referências de links de modo geral, como sites de viagens, lojas, doutorado etc.

Já estruturei de outras maneiras mas assim me atende bem no dia a dia. Acredito que seja um recurso pouco otimizado pelas pessoas, então por isso quis mostrar aqui. As possibilidades são infinitas, mas busque não se complicar! rs

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

Categoria(s) do post: Vida Organizada, Liderança, Equipes

Trabalhando no meio corporativo nos últimos, sei lá, 20 anos, e ministrando treinamentos de produtividade em empresas há quase 10, eu me deparei com todo tipo de dúvida e situação, como você pode imaginar. No entanto, foi só quando eu comecei a me aprofundar em Sociologia do Trabalho que aprendi sobre alguns pontos fundamentais quando se trata da organização e da produtividade individual. Quero trazer esse ponto em especí­fico aqui para vocês para ficar como referência, porque é importante.

Por exemplo. Uma pergunta que recebo constantemente é:

“Thais, eu não consigo desligar notificações ou deixar de responder mensagens de trabalho í  noite, porque a equipe não respeita, meu chefe me liga, o que fazer???”

Esse é um tí­pico caso – e é importante que cada um de nós perceba essa diferença – em que a organização pessoal pode ajudar na busca pela solução, mas não é responsável pelo processo como um todo. Explico.

A equipe tem uma polí­tica interna de comunicação? O lí­der já desenhou e construiu com a equipe processos que facilitem a gestão das atividades? Essas duas perguntas são chave para responder a dúvida acima. Porque, tendo uma polí­tica de comunicação, basta você se organizar dentro do que for proposto. Por exemplo, se é parte do seu escopo atender chamados assim que chegam, 24h por dia, a empresa deve proporcionar recursos para isso – talvez trabalho de equipe em escalas, celular corporativo, adicional por horas noturnas etc. Se isso não acontece, você deve sugerir para a gestão. í‰ o que você pode fazer. Não adianta eu sugerir para você ignorar a polí­tica da empresa e uma semana depois ser mandado/a embora porque descumpriu as regras.

Toda e qualquer solução individual de organização e produtividade não abstêm a sociedade, a empresa, o gestor ou gestora, o Estado e toda a estrutura que vivemos inserido/as da responsabilidade pelas pessoas e pela saúde do coletivo. Responsabilizar ou até mesmo culpabilizar o indiví­duo não é algo que fazemos por aqui! Apenas buscamos brechas no sistema para não sofrermos tanto.

A grande diferença está na percepção individual sobre o que está no nosso controle e o que não está. O que é questão de organização pessoal e o que é questão de gestão. E ainda mais o que é uma questão estrutural do capitalismo, como a precarização do trabalho, a sobrecarga porque reduziu o quadro de funcionários etc. Você percebendo isso, pode sugerir mudanças ou, se estiver em um cargo de liderança, encabeçar iniciativas de melhorias.

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

Categoria(s) do post: Tecnologia, Blog, Dicas de produtividade

Este é um tema recorrente porque faz parte da minha rotina de trabalho e quase que diariamente alguém me pergunta como eu organizo o calendário editorial de todos os canais do Vida Organizada. Vou escrever neste post como tenho feito no momento, então, visto que eu sempre reajusto para atender as minhas novas necessidades de produção e publicação.

Eu estou em um momento de reestruturação da linha editorial. O motivo é que, no iní­cio da pandemia, um ano atrás, eu tive que fazer essa reestruturação porque percebi que precisava trazer alguns conteúdos especí­ficos para o momento que estávamos vivendo como sociedade. Passei a fazer mais LIVEs, criei eventos e conteúdos diversos. Um ano depois, será que essa quantidade de LIVEs tem sido efetiva? Já não sei, e por isso estou em um momento de reformulação. Quando esta estiver finalizada, vou postar aqui para compartilhar com vocês. Por hora, me atenho neste post a mostrar a organização dos calendários em si.

Eu já tentei organizar de diversas maneiras. Em teoria, tudo que é calendário deve entrar na minha ferramenta principal de calendário, que é a agenda do Google. E, sinceramente, é como eu recomendo a todos que façam, especialmente quem estiver começando a incorporar a produção de conteúdo como parte do seu trabalho.

Você pode criar uma agenda í  parte ali dentro que basta marcar ou desmarcar quando precisar. Confira aqui o tutorial para fazer.

No entanto, para mim, percebi que o que funciona mesmo é considerar o calendário não necessariamente como planejamento, mas como uma catalogação do que foi criado. Porque a criação de conteúdo, da minha parte, é muito espontí¢nea. Gosto de criar todos os dias. O que faço, então, é criar e agendar. Esse agendamento fica feito na própria plataforma de publicação de cada canal, o que acaba virando uma catalogação. Já tentei fazer de outras maneiras e é claro que existem alguns conteúdos que são planejados. Mas, no momento, tenho tanta dedicação diária a essa parte do meu trabalho que me permito fazer assim.

No blog é o plugin para WordPress chamado CoSchedule.

No Instagram, é o Mlabs (acima).

Para o YouTube, uso o Notion, mas confesso que prefiro o Trello. Em algum momento este ano talvez eu me anime para transferir as informações de volta para lá.

Essencial mesmo é andar sempre com um bloco de notas e registrar as ideias que tenho ou que vocês me dão nos comentários e mensagens, além de insights que tenho conversando com a equipe ou lendo as dúvidas dos alunos. Por isso, tenha sempre um bloco de notas com você e, depois, um lugar para armazenar essas ideias. Eu também fazia no Trello, mas estou migrando para o Notion (dentro da categoria de “incubados”).

Enfim, o grande lance da produção de conteúdo é entender que é um trabalho para a vida. Quem começa no marketing digital demora a entender isso.

O que mudou minha maneira de produzir é documentar o que faço diariamente em vez de apenas sentar para produzir, como fazia antes. Essa abordagem é do Gary Vee e mudou realmente a maneira como eu lido com a produção de conteúdo, tornando-a mais fluida, real e coerente com o que ensino (rotina tranquila).

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

Categoria(s) do post: Tecnologia, Vida Organizada

O Notion é uma excelente ferramenta e tudo é questão de hábito, costume. Agora, a pergunta é: até onde vai a sua fé? rsrs Usando para listas diariamente, eu percebi algumas coisas:

  • í‰ claro que fica excelente para organizar, compartilhar e registrar o que foi feito, desde que você tenha um processo simples rodando para fazer tudo isso todos os dias;
  • í‰ excelente linkar databases porque isso te permite ver o todo e pular de um lugar para o outro sempre que precisar de uma visão especí­fica de algum assunto;
  • Tende ao microgerenciamento sim, pelo menos para mim. Não posso falar por todos os usuários;
  • Acho lento para atualizar. O fato de não poder enviar e-mails diretamente para a ferramenta, por exemplo, ou eu ter criado muitos parí¢metros em cada item a ser acrescentado toma mais tempo do que eu gostaria. Tudo isso é questão de processo e não da ferramenta, vale falar. A ferramenta é excelente.

Eu pretendo sim continuar usando o Notion como ferramenta principal para armazenamento de arquivos, especialmente no que diz respeito a textos, PDFs, rascunhos, planejamentos. í‰ muito fácil de compartilhar, toda a equipe do VO sabe manusear, então ele fica melhor que o Trello, por exemplo, que é o que a gente usava antes.

Sinto um pouco de falta do Trello para a catalogação do conteúdo, pois preferia o formato com o plano de fundo personalizável. Mas não me sinto motivada a refazer a migração no momento. Pode continuar no Notion por hora.

Antes de “parar de usar” oficialmente para as listas, pretendo gravar um ví­deo mostrando como a configuração ficou, até mesmo para ajudar quem quiser montá-lo lá. Eu já fiz um ví­deo no YouTube ensinando como configurar exatamente como eu uso, mas quero gravar esse ví­deo com as minhas ponderações. Deve entrar em abril.

Quanto mais eu evoluo com o desenho do Método Vida Organizada, mais claro fica para mim como usar cada categoria de ferramentas de organização:

  1. Agenda
  2. Lista de afazeres
  3. Arquivos
  4. Mensagens
  5. Cadernos

E, sinceramente, a regra geral para escolha de cada ferramenta, para ser simples e prático, é ir em uma ferramenta nativa. Nada substitui uma agenda que foi feita para ser agenda, com recursos de agenda. Por mais que Todoist, Tick Tick, Things 3, Omnifocus, todas, tenham como visualizar por calendário, PARA MIM, não é a mesma coisa. A agenda nativa sempre tem muitos recursos, e não há por que reinventar a roda nesse sentido.

O mesmo vale para listas.

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

Categoria(s) do post: Novidades

Oi pessoal, tudo bem?

Passando para deixar um aviso importante, já que um anúncio no blog é a melhor maneira de informar todo mundo.

Nós aqui dentro do Vida Organizada estamos implementando pela primeira vez um sistema de suporte. Antes era tudo feito por e-mail, o que deixava a gente com um retrabalho de encaminhar para a pessoa responsável responder etc.

Contratamos uma ferramenta excelente chamada Zendesk, onde também recebemos dúvidas por e-mail (suporte arroba metodovidaorganizada ponto com), e lá as dúvidas ficam todas centralizadas e é mais fácil de administrar. Por exemplo, se a Andreia (que filtra os tickets) vê que é um e-mail que só eu posso responder, ela atribui a mim, e assim por diante, com as tutoras do curso etc.

Justamente por estarmos em um momento de implementação, tudo é novidade, então peço a paciência e compreensão de todos. A ferramenta está rodando normal, mas percebemos que alguns servidores de e-mails mais chatinhos (como o UOL, por exemplo) bloqueiam as mensagens respondidas.

Enfim, estamos trabalhando nisso! Caso você tenha enviado um e-mail e não tenha tido resposta, escreva novamente ou para outro (atendimentovidaorganizada arroba gmail ponto com) explicando o que solicitou.

Vale deixar duas coisas apontadas:

  1. Os tickets são respondidos em um tempo humano, normalmente em até 24h em dias úteis. Então, se você enviou alguma mensagem e ainda não obteve resposta, verifique se ficou dentro desse nosso prazo interno.
  2. EU, Thais, não respondo mais e-mails, pois se tornou inviável. Por isso a Andreia me auxilia nessa parte e filtra os e-mails que chegam até mim. Eu recebo mais de 600 e-mails diariamente e é inviável ler e responder tudo. Não me envie e-mails pessoais, pois não consigo mais verificar. Justamente para não ser um gargalo em mim, deleguei o atendimento para outra pessoa.

Agradeço a compreensão. <3

Thais

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

Categoria(s) do post: Decoração, Curtindo a casa, Criatividade

Relendo o meu livro preferido da Marie Kondo (“Isso me traz alegria”), eu me deparei com um trecho que gosto muito, e que desta vez me tocou mais do que quando li pela primeira vez, que foi:

Um dos meus valores mais importantes é coerência. Para mim, buscar a coerência em tudo o que faço simplesmente faz parte de ser quem eu sou na minha melhor versão. E eu percebi que o critério do “isso me traz alegria?” pode ser estendido í  reflexão que é: se você não leu esse livro até agora, por quê? Porque a resposta pode ser “mantenho por obrigação” ou “acho que posso usá-lo no futuro”. E, meus amigos, eu já estou em uma fase da minha vida em que já dá pra ter uma noção um pouco mais factí­vel do futuro. Daqui a 20 anos eu terei 60. Já dá pra saber como serão mais ou menos as coisas da minha vida até lá. Eu estou fazendo um Doutorado, vou dar aulas, trabalho com produtividade, sou professora, escritora e pesquisadora na área. Dificilmente um livro que eu não tenha o menor interesse HOJE vai se transformar em uma leitura necessária adiante. E, se acontecer, eu posso providenciar a leitura novamente.

A questão então é: os livros que eu tenho me representam como pessoa?

A Marie Kondo recomenda colocar todos os livros no chão, pegar um por um na mão e avaliar o que deve ficar ou não. Essa abordagem não funciona bem para mim. Me dá claustrofobia. Prefiro fazer de pouco em pouco. E, desta vez que estou organizando as estantes por cores de novo, dá pra fazer uma cor por dia, ou um pouco por dia.

O que eu acho importante é que cada livro tenha um motivo para permanecer. Na imagem acima, mostrei uma prateleira e por que cada livro que está lá está sendo mantido. Não dá para mostrar todos aqui neste post, mas acredito que a imagem já dê uma ideia de como eu faço.

Este trabalho está constantemente em andamento.

Você já pensou na sua estante de livros no sentido que a Marie Kondo dá? Você acha que a sua estante te representa, te atende e te traz alegria?

Categoria(s) do post: Curtindo a casa, Rotinas, Semanal

Eu vivo buscando novas maneiras de quebrar o looping da pandemia (a sensação de que todos os dias são sempre iguais). Uma delas é usar o final de semana como ponto de virada, realizando atividades que me permitam perceber que estou no final de semana e que a semana está virando. Neste post, trago algumas dessas ideias.

  • Descansar! Meu modelo de trabalho permite que eu tenha flexibilidade e folgue durante a semana ao longo do trabalho. Portanto, se eu quiser trabalhar no final de semana, isso é dentro de uma estrutura que não atrapalha. No entanto, cada vez mais eu evito isso, buscando descansar mais e realizar atividades minhas em vez de levar trabalho para o sábado e o domingo. Se você tem horários mais certinhos para trabalhar, recomendo fortemente que repense o trabalho aos finais de semana, de modo que consiga sentir que descansou e não que trabalhou sete dias na semana.
  • Preparar algumas comidinhas para facilitar a rotina durante a semana. Eu gosto de dedicar um par de horas no sábado ou no domingo para preparar algumas refeições que eu posso congelar e, no dia a dia, me alimentar sem ter que ficar pedindo delivery e sabendo que fiz a opção mais saudável para mim. Se eu tiver vontade de cozinhar durante a semana, eu cozinho. Mas, para os dias mais cheios ou que eu não esteja afim, é uma mão na roda ter algumas marmitinhas prontas no congelador.
  • Organizar o guarda-roupa e separar as roupas que pretendo usar na semana. Como a comida, não quer dizer que eu obrigatoriamente vou usar as roupas que separei. Se eu tiver vontade de usar outras peças, mudo tranquilamente. No entanto, para aqueles dias que não quero pensar nem decidir sobre isso, ter uma combinação já separada facilita bastante.
  • Planejar a semana, o mês, o trimestre… especialmente no domingo, é um presente que me dou, essa reunião comigo mesma, que me deixa feliz por sentir que estou dedicando tempo ao que é importante para mim, através de reflexões para onde a minha vida está caminhando.
  • Fazer faxina. Eu sou adepta de limpar e arrumar todos os dias um pouquinho, mas fazer faxina no sábado ou no domingo, aquela de tirar o pó e passar pano no chão, faz com que eu entre na semana de maneira mais renovada. Aqui, dividimos as atividades, e geralmente meu marido que tira o pó e passa aspirador e pano, mas revezamos muitas vezes.
  • Tomar um super banho. Esse é para renovar mesmo. Uso óleos essenciais, coloco música, faço depilação, auto massagem, enfim. Um banho um pouco mais demorado que os banhos do dia a dia, me curtindo mesmo.

Espero que o post tenha te trazido algumas ideias para tornar seus finais de semana quarentenados mais legais. <3

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

Categoria(s) do post: Rotinas

Não quero ser injusta com esse comentário mas, quanto mais estudo metodologias ágeis, mais vejo como as equipes que as buscam trabalham de maneira doentia pra precisar usar sistemas “band-aid” como o scrum.

Curto a ideia de sprint. Acho que, como um todo, claro que dá para tirar boas ideias. Mas o problema é sistêmico. Holacracia traz, do meu ponto de vista, um modelo mais intencional e integrado. Mas as pessoas não querer mudar, elas querem milagres do dia a dia.

O que eu mais gosto no scrum é o propósito da melhoria contí­nua. Mas o que me incomoda é esse ar de inovação sendo que, pelo menos para mim, deveria ser um princí­pio de qualquer trabalho, e não algo “novo”. Quer dizer, antes disso, as equipes não agilizavam essas ideias?

Uma vez almocei com um instrutor de scrum que estava aprendendo GTD, e ele achava que o GTD era uma solução de longo prazo que não atendia as “demandas urgentes” das empresas. Aí­ tipo, em vez de ir na raiz do problema (deixar chegar na urgência), coloca um band-aid (metodologia ágil).

No livro do Alexandre Magno, primeiro instrutor certificado de Scrum no Brasil, ele também traz essa raiz do problema, o que é essencial:

Então, não é que metodologias ágeis não funcionem. Claro que funcionam – apenas não são a solução para todos os problemas, como a maioria dos gestores e das empresas espera.

Mudar efetivamente “dá trabalho”, envolve ir na raiz dos problemas, e no fundo ninguém quer fazer isso porque leva tempo, demanda envolvimento, mudança de processos, e é mais fácil buscar uma solução rápida para apagar incêndios.

A minha proposta seria entender o que gera os incêndios e ir na causa para efetuar mudanças efetivas, estruturais e sistêmicas.

Categoria(s) do post: GTDâ„¢, Métodos, Vida Organizada

Muitas vezes me fazem essa pergunta e eu percebi que não tinha um post no blog com a resposta, por isso estou escrevendo.

Por serem métodos diferentes, para mim era óbvio que isso por si só fosse suficiente para entender cada um deles e saber suas diferenças, mas como várias pessoas me perguntam, percebi que valia a pena trazer então as diferenças explí­citas neste conteúdo.

Trabalhar com organização pessoal, realização, criatividade com projetos, produtividade é ter um campo de estudo e de atuação com infinitas possibilidades. De modo geral, todos os autores e especialistas acabam estudando os mesmos temas.

Quando eu comecei o meu blog, em 2006, eu era apaixonada (e ainda sou) por dois métodos: GTDâ„¢ (Getting Things Done) e FLY Lady (para a casa). Esses dois métodos formaram o caráter do Vida Organizada, e tenho muito respeito aos autores, sempre citando-os quando faço referência a algo que vem dos métodos em si.

Mas, com o passar do tempo, minhas práticas, experiências e estudos, eu comecei a desenhar o que seria o método de organização do Vida Organizada. Ele começou a ser apresentado para o mundo no livro Casa Organizada (2016) e continua em desenvolvimento. Hoje, cinco anos depois do lançamento do livro, vejo o quanto ele amadureceu mas também o quanto ainda existe de terreno para amadurecer. í‰ um método novo.

O David, lá no iní­cio dos anos 1980, começou a ministrar treinamentos e a realizar coaching (antes até de ter esse nome) em empresas sobre produtividade, o que ele amadureceu ao longo de duas décadas até publicar o livro sobre o método GTD em 2001! Então o método GTD está super maduro, tem anos de estrada, testado, validado, em todo o mundo. Mas ele representa um momento especí­fico de tempo e condições também, que é a vida do workaholic norte-americanos dos anos 1980, 1990 etc.

Na edição de 2015 do livro, que o David reescreveu, ele quis mostrar como, do contrário da “impressão” inicial, o método GTD era para todos os tipos de pessoas – não só o executivo, mas também artistas, donas de casa, estudantes etc. E ele vem amadurecendo tudo isso desde então.

O Método Vida Organizada, como falei, começou a se estruturar como método a partir de 2016, apesar de eu já ter elementos essenciais implementados antes, de maneira esparsa. Ele está em construção, e eu o vejo como um legado de 50 anos, é isso.

Tudo o que eu estou fazendo hoje, de desenho de um método, o David fez lá atrás, no final dos anos 1970. Só em 2001 ele publicou o livro. Durante todos esses anos, ele desenvolveu e testou o método. Depois da publicação, e de virar best-seller no NY Times, obviamente a coisa toda estourou e a empresa dele cresceu. E ele teve a oportunidade de testar muitas coisas, e então reescrever o livro 14 anos depois, em 2015.

Ao mesmo tempo, no evento em 2019, o GTD Summit, eu pude conhecer muitas pessoas excepcionais que usam o método GTDâ„¢ e mesmo assim têm suas carreiras em paralelo a ele. Têm um trabalho autoral sendo desenvolvido, muitas vezes relacionado e apoiando o que o GTDâ„¢ propõe. Daniel Pink, Charles Duhitt e, até, o próprio Tiago Forte, com o método PARA. Foi quando caiu a minha ficha de que eu poderia ser uma autora, desenvolver o meu método, e que esse método poderia não apenas apoiar o GTDâ„¢ como complementá-lo nos anos que virão.

Comparado ao GTDâ„¢, o método Vida Organizada é o irmãozinho mais novo. í‰ como se o GTDâ„¢ fosse o cara de 45 anos, colhendo tudo o que plantou até então em uma vida que ainda é cheia de possibilidades, e ele olha com carinho o irmão mais novo que recém aprendeu a andar. Está descobrindo o mundo. Ainda tem muito a aprender. í‰ assim que eu me vejo como autora, desenvolvendo um método de organização.

Photo by Dan Taylor

Porque o que o método Vida Organizada traz de proposta é exatamente ser um caminho para organizar a trí­ade (opa, outro método!  branding é tudo, Christian) VIDA, CASA e TRABALHO. Não porque sejam áreas diferentes, mas porque têm naturezas diferentes de exteriorização do próprio “eu”. Quando eu falo em VIDA, me refiro ao indiví­duo. Quando falo em CASA, me refiro aos relacionamentos pessoais e ao í¢mbito doméstico. Quando falo em TRABALHO, falo do legado, da criação que a gente coloca no mundo.

O fato de o método ter 5 passos é apenas uma coincidência se comparado ao GTDâ„¢.  Gosto de números í­mpares, e 3 passos eram pouco – 7 eram muitos. 5 passos me pareceram o ideal, e testando-os nos últimos anos eu pude garantir que sejam uma sequência legal, que funciona.

E o diferencial aqui é que são 5 passos para organizar QUALQUER área da vida. Trabalho, carreira, finanças, saúde, lazer, famí­lia, casa. Escolha como quiser. Ou, em vez e áreas, escolha temas. Guarda-roupa, armário, despensa, brinquedos. Ou até mesmo ferramentas. Agenda, lista de tarefas, arquivos. A proposta dos 5 passos é justamente a de poderem ser aplicados a qualquer coisa.

Os 5 passos são:

  1. DESTRALHAR. Não é possí­vel organizar tralha. Livre-se do que não faz mais sentido na sua vida e abra espaço para o que faz.
  2. SOLUCIONAR. O verbo antes estava “organizar”, o que não deixa de continuar porque, para mim, organizar é encontrar soluções que funcionem em termos de espaço na sua vida. Mas eu quis mudar o verbo depois de alguns anos porque acredito que ele descreva melhor o que esse passo propõe.
  3. ARRUMAR. Apenas depois de encontrar soluções apropriadas é que eu vou colocar as coisas nos lugares certos.
  4. MANTER. Se eu encontrei soluções e arrumei as coisas, ficará muito mais fácil de manter. E existem técnicas de manutenção que dão apoio ao dia a dia como um todo, para todas as áreas.
  5. CURTIR. A organização não é um fim, mas um meio. Ela deve ser usada para que você possa curtir, não engessar a sua vida. Se não estiver sendo legal, não está sendo certo. Esse é o meu lema.

A ideia então é que você possa aplicar esses 5 passos a qualquer área da sua vida, tema ou ferramenta. A um projeto. Enfim, a qualquer coisa que você queira organizar. E funciona. Tenho testado nos últimos anos, e minha visão para os próximos 10 é fazer pesquisas e trazer métricas e resultados para dar mais respaldo a esse trabalho, além de elementos de gamificação para facilitar a implementação de hábitos.

Veja, um trabalho autoral está sempre em desenvolvimento. Por mais que um livro seja publicado sobre o assunto, o autor continua desenvolvendo o tema, praticando, obtendo experiências com ele. E é muito bacana ter esse novo ponto de vista para o meu trabalho, porque me dá perspectiva e também clareza sobre a relação que tenho com o outro método que é tão parte de mim, como o GTDâ„¢. O objetivo não é separar, mas encontrar a interseção entre o que os dois têm de melhor.

Se fosse para resumir de maneira simplista, eu diria que o GTDâ„¢ é um template para o raciocí­nio, enquanto que o MVO te ajuda a povoar esses templates com conteúdos. GTDâ„¢ diz: “um projeto é tal coisa”. MVO diz: “analise isto, isto e aquilo para descobrir o que é prioridade para você e povoar sua lista de projetos”.

O MVO busca complementar (humildemente) o método GTDâ„¢ especialmente na parte dos horizontes mais elevados e planejamento de vida, além de trazer orientações para auto-conhecimento e organização para todas as áreas da vida.

Desenvolver um método é entender que você tem um trabalho autoral, seu, rico, com muitas referências, todas respeitadas, e que leva tempo para ser estudado, pesquisado, desenvolvido, testado, e essa é a parte mais enriquecedora de todas. <3

Muito obrigada.

Categoria(s) do post: Dicas de produtividade, Diário

O livro “Faça tempo” traz boas dicas de produtividade de modo geral, especialmente para quem já tem algum método ou processo de organização rodando, pois são dicas que podem ser abrigadas e que complementam tais processos.

Uma dessas recomendações é a do destaque do dia. Eu gosto muito dela porque é uma atribuição de foco. Basicamente, os autores recomendam que você escolha diariamente algum tema de destaque que envolva:

  • ní­vel de urgência (ex: finalizar trabalho para aula de hoje na faculdade)
  • ní­vel de satisfação (ex: pesquisar terrenos na região que pretendo construir minha casa dos sonhos)
  • ní­vel de alegria (ex: aprender a tocar uma música nova no violão)

Eles também sugerem um elemento interessante, que é: algo que leve mais de 1h, o que normalmente a gente atribuiria como um bloco de tempo, pode ser um destaque em potencial.

Uma vez que você eleja o destaque, o que você pode fazer:

  1. Coloque no papel. Pode ser um post-it, pode ser uma anotação com marca-texto dando destaque no seu caderno, ou um lembrete na agenda, desde que fique claro e fora da sua cabeça;
  2. Pegue leve, no sentido de que, se atribuir um destaque e não conseguir fazê-lo, bola pra frente. Veja se ainda é necessário e melhore para as próximas vezes em que escolher um;
  3. Se tudo parece importante, nada é. Você aprenderá com o tempo o que é prioridade. Mas uma dica minha (Thais) para essa escolha é pensar: o que me faria chegar ao final do dia com a sensação que meu dia “está pago”? Que valeu a pena? í€s vezes a gente tem coisas obviamente importantes, mas muitas vezes não. í‰ uma reflexão a ser aprimorada diariamente,

Vale lembrar que atribuir um destaque para o dia é uma atividade de planejamento, não de organização, e que para todo planejamento é importante ter as informações organizadas em algum lugar para consulta. Logo, é imprescindí­vel que você tenha uma lista de afazeres organizada como um inventário de tudo o que precisa ser feito, e que a escolha do destaque do dia é uma atividade opcional de planejamento que pode te ajudar a ter foco no dia em questão. Uma coisa não exclui a outra – se complementam.

Em termos de execução, eu gosto de tratar tudo o que for prioridade para o dia até a hora do almoço, mas isso é apenas uma boa prática. Existem atividades que elejo como destaque mas que vou fazer só í  noite. Cada um deverá encontrar a melhor maneira de realizá-la.

Fica aqui então a recomendação da prática e também de leitura, caso não conheça o livro citado. 😉

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.