Li nos últimos dias o livro “Aprendizados”, da Gisele Bündchen, que foi a indicação de uma amiga (“leia, você vai amar muito”). Como ela já tinha me recomendado outro livro que eu tinha gostado bastante (“Ponto de equilÃbrio”), confiei na indicação. E claro que ela acertou de novo. Adorei o livro da Gisele e acho que tem muito a ver com a proposta que trago com o Vida Organizada, de a gente buscar uma vida coerente com quem nós somos.
Outro dia estava fazendo um exercÃcio com uma professora de GTD e estávamos comentando sobre o que uma aluna definiu como uma próxima ação. Ela queria emagrecer com saúde. Definiu que a próxima ação seria “pesquisar na Internet melhores maneiras de emagrecer”. Ficamos discutindo um tempo sobre isso. Será que você não está apenas se distraindo, definindo coisas como essas em suas listas? É tão fácil batucar o teclado e digitar que você vai pesquisar como emagrecer! Depois, basta entrar no Google e pesquisar! Que bacana! Mas e aÃ, você está sentindo que esse projeto está avançando mesmo? Ou você só está se distraindo?
O outro exemplo que dei em nossa conversa foi sobre o destralhamento da casa. O cidadão vai lá e insere na sua lista do Todoist: “fazer uma lista do que quero destralhar”. Poxa, que legal – você monta a lista e dá o “check” na tarefa – aumenta seu carma no aplicativo. Mas a sua casa continua com tralha. Seu nÃvel de dopamina pode ter aumentado um pouco, mas as coisas continuam na mesma.
Talvez a sua lista de pedidos para o Papai Noel fosse mais honesta que a sua lista de tarefas hoje. Que tal retomar um pouco da inocência, da intuição e da sua voz interior para encontrar aquilo que você realmente quer fazer e ter como realidade na sua vida?
Eu tenho alguns outros textos aqui no blog que podem ajudar você a não se frustrar (ou a se frustrar menos) quando as coisas não saÃrem como o planejado:
De modo geral, nos anos anteriores, eu começava a trazer esse tema para o blog por volta de outubro, mas percebi que não era tão útil assim para a maioria das pessoas. Muitos aproveitam a Black Friday para comprar alguns presentes, enquanto outros preferem esperar entrar o mês de dezembro para fazer as compras, para se garantir com relação ao prazo das trocas.
Para ajudar nisso, eu tenho uma checklist que vou alimentando ao longo do ano com ideias de presentes, pois assim eu não preciso chegar no final do ano e ficar tentando adivinhar o que vou dar de presente para cada um.
AÃ, dentro desses preços, acabo fazendo escolhas que acredito que agradem. Livros, comida e artigos de decoração costumam agradar de modo geral. Quando não sei o que a pessoa pode gostar, eu dou comida. Um chocotone diferente, uma bandeja de bombom, um vinho. Quando conheço o gosto da pessoa, posso arriscar um livro ou um quadrinho para ela colocar na casa, por exemplo.
Por isso, ao final de novembro, eu tenho um lembrete com recorrência anual no meu calendário que me lembra de começar a ingerir cenoura diariamente. Diariamente mesmo. Compro aquelas baby carrots, para lanchinhos, e compro cenouras para comer cruas todos os dias. Se vou a algum restaurante e tiver um prato com cenoura, eu peço. Como no restaurante por kg.
Então eu, Thais, pessoa que não faz a menor questão de comer cenoura, a partir do final de novembro começa a comer cenoura praticamente todos os dias apenas para chegar em janeiro e conseguir um resultado X com relação à saúde.
Toda semana eu reúno alguns links que não necessariamente tenham a ver com organização mas são relacionados aos diversos assuntos tratados aqui no blog.
Todos os textos desta semana estão coincidentemente em inglês. Caso você não entenda o idioma, pode ler facilmente com a ajuda do Google Tradutor.
Desde que voltei a usar Bullet Journal consistentemente tenho recebido essa dúvida em alguns canais e, por isso, quis escrever um post comentando rapidamente.
Antes, algumas definições para quem estiver chegando agora:
No caso do Trello, de nada adianta falar “use o Trello!” se você não souber como usar a ferramenta, e isso independe de recursos incrÃveis que ela tenha. De nada adiantar eu ter uma Ferrari na garagem se eu não souber dirigir.
Eu tenho um painel com todos os meus projetos em andamento. Cada coluna dentro desse painel tem uma categorização, que muda sempre que sinto necessidade.
Acima você vê um exemplo simples que eu uso para a organização das aulas do curso online de Organização do Guarda-Roupa. Cada projeto pode ser organizado de um jeito diferente, como você quiser ou como sua equipe sentir necessidade.
Agora eu acredito que valha a pena falar sobre alguns recursos que eu utilizo dentro do card do projeto, voltando lá ao painel de projetos em andamento.
Etiquetas: às vezes uso e às vezes não uso. As etiquetas podem ser úteis para categorizar, mas tem que tomar cuidado para não virar um microgerenciamento, a não ser que você precise desse microgerenciamento (cada um com as suas necessidades no momento). Eu já usei para estimar trimestres de conclusão (por exemplo, projetos que quero concluir neste trimestre, trimestre que vem etc), porque a cor da etiquetinha me mostrava os projetos que eu precisava concluir antes. Mas parei de usar. Cito só como curiosidade mesmo. Você pode querer usar as etiquetas para outras finalidades que sejam úteis para você.
Campos personalizados: eu simplesmente adoro este Power-Up do Trello e em cada painel personalizo de um jeito. No caso dos projetos em andamento, criei um campo chamado “InÃcio”, onde gosto de colocar a data em que inseri o projeto no sistema. Eu sei que o histórico do card já me mostra, mas dessa maneira que falei fica mais visÃvel. Apenas prefiro!
Mover: por último, falo sobre o recurso de mover porque, quando concluo o projeto, em vez de arquivar o card (como eu fazia antes), agora eu o movo para um painel chamado “ConcluÃdos”, onde arquivo tudo o que concluà de projetos. Tem sido bem bacana fazer dessa maneira para acompanhar um registro do que concluà ao longo do ano.
Vale a pena ler os últimos posts aqui no blog sobre o assuntos e assistir os vÃdeos do canal caso você tenha interesse nesse assunto, pois estou postando toda uma narrativa de uso que pode ser legal de acompanhar para entender melhor como estou fazendo. Obrigada.
Para implementar o GTD, a Parte II do livro “A arte de fazer acontecer” traz um guia passo a passo de instalação, que funciona muito bem. Tendo feito um curso ou não, para usar GTD, para colocar a mão na massa, você precisa providenciar algumas coisinhas antes, como eu falei. E essas coisas são as seguintes:
Muitas pessoas já começam essa parte reclamando que não têm espaço em casa. Sua estação de trabalho pode ser “móvel”. Pegue uma mochilinha e coloque dentro dela tudo o que precisa, e leve-a com você pela casa, para a cafeteria ou onde quer que seja. Mas, se você puder ter um cantinho seu na casa, que seja meio metro de superfÃcie, será ótimo.
Nesse seu espaço, você vai deixar suprimentos básicos que vai utilizar para manusear suas coisas no dia a dia. Folhas de sulfite ou rascunho, clipes, canetas, grampeador, tesoura – material básico do básico, de papelaria. No livro, o David traz algumas recomendações, sempre visando a boa prática.
Providenciando as caixas de entrada, vamos para o terceiro e último item.
3. Seu arquivo de referência funcionando
Toda pessoa precisa armazenar coisas, documentos e informações diversas que servirão apenas como consulta. É como se você tivesse uma biblioteca pessoal de coisas suas, da casa, da famÃlia, ou mesmo do trabalho, que não demandam qualquer tipo de ação, mas precisam ser armazenados. É o famoso arquivo. Prazer, caro leitor (ou leitora). Seja bem-vindo ao mundo das pastinhas tanto fÃsicas quanto virtuais.
Tenha UM bom arquivo de referência geral, que vai organizar todos os seus arquivos. Se sentir necessidade de arquivos especÃficos, deixe surgir a demanda (vou falar sobre isso no final do post). De maneira geral, todo mundo precisa apenas de um arquivo único para armazenar as suas coisas, seus documentos e arquivos como um todo.
Quando ele fala em arquivo único, ele se refere a uma prateleira, uma caixa de pastas suspensas, ou um lugar, o espaço fÃsico mesmo, que vai servir para você armazenar essas suas pastas. Significa colocar tudo junto em vez de deixar uma pasta na sala, outra na cozinha, outra no quarto etc. Facilita horrores a organização visual.
Eu me sinto perfeitamente ok em trabalhar durante um feriado ou em um final de semana porque na segunda-feira estarei de folga, se sentir vontade. Tenho estruturado mais a minha vida nesse sentido, com esses intervalos mais sutis, que fazem parte do meu cotidiano.