Oie! Meu nome é Thais e este é o meu blog. Tem duas coisas que você precisa saber antes de ver qualquer texto aqui. 1) Este é um blog pessoal onde eu compartilho a MINHA Vida Organizada. Falo sobre diversos outros assuntos e também divulgo o meu trabalho em diferentes frentes, incluindo o Método Vida Organizada. 2) De 2022 para trás, todos os posts estão com problemas de caracteres que há anos tentamos resolver com os melhores programadores do Brasil e não conseguimos. Optei por manter no ar mas estamos consertando manualmente. São quase 7 mil textos. Sabemos do problema e, por favor, não precisamos receber mensagens e e-mails avisando. Era manter assim ou tirar o blog do ar, e optamos por mantê-lo, já que os textos novos estão consertados. Obrigada pela compreensão!
A migração de um mês para o outro no Bullet Journal
O método Bullet Journal foi criado por Ryder Carroll e este post foi construÃdo com base no que ele ensina em seu livro, recém-lançado em português por aqui também.
O Ryder nos ensina (de uma forma que eu acho bem bonita) que cada caderno que você usa para fazer seu Bullet Journal é na verdade um volume na enciclopédia que registra a sua vida. Cada mês no BUJO representa então um capÃtulo nesse volume.
O autor sugere que uma pessoa use o BUJO da maneira como ele orienta por pelo menos dois ou três meses, justamente para ela passar por esses processos de migração entre um mês e outro, pois eles são chave.
Uma das forças do uso de qualquer meio analógico para organizar o que precisamos fazer é justamente essa prática de reescrever as coisas. Esse retrabalho na verdade nos mostra a relevância daquele item. Se ele for importante, vale a pena reescrever. Se não for, não vale, então a gente tem a oportunidade de reavaliar como está dedicando o nosso tempo de vida.
Vale dizer, também, que a prática analógica da organização não serve a quem está na rodinha do hamster (a Gisele Bündchen usa esse termo no livro dela e acho muito pertinente) e quer apenas fazer tudo mais rápido e da maneira mais otimizada possÃvel. A organização analógica serve para quem quer desenvolver mais a ideia da mente plena, quer refletir melhor sobre como aloca o tempo no dia a dia, e quer ter uma rotina tranquila. Estou dizendo isso porque talvez não sirva para você. Realmente não é para todo mundo. Existem momentos e momentos na vida, e diferentes fases, e pode ser que você esteja em um momento em que precisa de mais agilidade (e “reescrever” o que precisa fazer seja algo que você realmente não tem como fazer hoje em dia). E tá tudo bem. A organização serve para isso mesmo: para a gente se conhecer e desenvolver um processo pessoal, onde métodos, técnicas e ferramentas se encaixam.
A migração de um mês para o outro funciona da seguinte maneira: entre o último dia do mês e o primeiro dia do mês seguinte, você abre o “log do mês”. O log do mês identifica que um novo mês está começando na sua vida.
Aqui eu quero abrir um parêntese sobre a coisa de deixar várias páginas em branco para abrir o log do mês antes do mês chegar, pois há a necessidade de planejamento. Pelo que eu entendi até aqui do método do Ryder, você pode criar qualquer planejamento a qualquer momento – dê um nome a essa página e coloque no Ãndice. Mas o log do mês deve acontecer quando o mês acontece – ou seja, não tem sentido essa coisa de criar o log do mês antes de ele acontecer. Eu vejo que muita gente faz assim e, pelo que eu tenho entendido do método, não é o que ele propôe. Nada impede que você planeje seu mês ou o que quer que seja, mas isso é diferente do log, que é um registro quando acontece.
Quando você cria o log do mês, a ideia é verificar as seguintes páginas para transcrever o que ainda faz sentido:
- o que ficou do mês anterior (nas tarefas do mês)
- o log do futuro para o mês que está começando
- “collections” diversas que você tenha e que possa ter tarefas que você queira transcrever (ex: planejamento do mês)
Algumas coisas aconteceram comigo quando eu fiz a migração entre novembro e dezembro:
- Eu senti que a página de “tarefas” do mês não funciona muito bem para mim no momento, pois através do método GTD eu tenho listas em categorias separadas que estão muito bem organizadas. Porém, pode ser um bom espaço para planejar alguns marcos, talvez projetos que queira concluir ou metas que queira alcançar. Ainda estou desenvolvendo essa ideia.
- Continuo seguindo conforme as orientações do Ryder, então eu mantive a página de tarefas do mês, mas criei duas páginas para a de dezembro (porque faltou espaço em novembro).
- Foi bem interessante analisar o que eu tinha me proposto fazer no mês e o que efetivamente foi feito e o que não foi feito, e por quais motivos.
A prática do Bullet Journal como um todo tem me ajudado muito na questão do volume das coisas que tenho feito e também na efetividade de cada uma delas. Não que essa análise não possa ser feita em ferramentas digitais e através das revisões do GTD, mas eu acredito que esse componente do analógico, de você ter que ler, reescrever, traz um tempero interessante ao dia a dia, e tem me ajudado a sentir que estou realmente presente no que estou fazendo.
Eu também gravei um vÃdeo sobre esse assunto, que você pode conferir aqui.
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Ainda não entendi o que é pra fazer nessa parte do log. Quando tiver tempo mostra como tá o seu log em video.
Faço exatamente como está na foto.
Nos posts e vÃdeos anteriores eu explico o que é cada um dos logs. Vale a pena dar uma olhadinha. 😉
Thais geralmente quais são os itens (exemplos) que colocamos no log do mês. E os itens colocados na pagina “tarefas” serão posteriormente transferidos para o “log do dia” que escolheremos? Ai meu Deus o GTD é muito mais simples 😢
Coisas que você quer concluir naquele mês, simplesmente.
Uma vez por dia você olha o de ontem, olha o do mês, e lista para o dia de hoje aquilo que acredita que fará hoje.
Achei muito legal você relatar sua experiência com o bujo. Sempre foi minha dúvida conciliar GTD e bujo, principalmente na questão de planejamento.
Não perderei nenhum postar e nenhum vÃdeo seu sobre o assunto. Muito obrigada!
Eu chamo as tarefas mensais de “projetos e tarefas”, coloco ali tudo que quero ver concluÃdo naquele mês, de projetos, etapas de projetos e tarefas soltas que eu tiver (muito embora o acompanhamento passo a passo dos projetos está em outras plataforma, seguindo a lógica do GTD – no bujo servem como lembretes e ganchos). Faço também uma lista semanal, que é alimentada pelas tarefas que vêm dos marcos do mês ou questões menores e mais pontuais (e é turbinada pela revisão semanal mais aos moldes do GTD (embora não puramente) – seria praticamente a lista de próximas ações do GTD, porém com foco na semana. Tentei muitas vezes usar os contextos do GTD em outras aplicações, mas para minha realidade não faziam muito sentido. Uso algumas “etiquetas” no bujo quando quero evidenciar que determinadas ações têm um contexto similar (tipo “telefone: ligar para fulano”, e costuma satisfazer). Como uso esse formato há muito tempo, e meu foco não está em fazer cada vez mais, mas em dar conta de tudo que é necessário e quero fazer naquela semana para me sentir bem, é bem viável fazer dessa forma – com a prática você passa a conhecer o uso do seu tempo e consegue prever com bastante proximidade o que consegue dar conta na semana (ok, a gente sempre insere uns 10% a mais pq garante que, tendo calculado algum tempo pra menos, algum outro projeto ou ação de menor importância ande naquela semana). Embora eu entenda que esse “remendo” de bullet journal + GTD soe monstruoso para quem usa o GTD puro, essa é a estratégia que melhor funcionou nos últimos anos para mim, após tentar vários aplicativos e estruturas diferentes.
Acho que você captou bem a motivação de quem gosta do bujo (em sua essência): o auto conhecimento, o controle que o escrever permite, as possibilidades de adaptar, um foco diferente.
Ah, sempre fico “brava” com a ideia de pular folhas para planejar meses seguintes, rs. Tenho uma solução para pessoas que como eu não têm tantos compromissos assim, mas que à s vezes sentem necessidade de marcar algum lembrete para o mês seguinte: um simples post It na página do mês vigente. Ali anoto qualquer compromisso do mês seguinte (no meu caso, geralmente, uma consulta ou reunião). Quando vou fazer o template do mês, é só buscar o POST It e adicionar no novo mês. Para minha realidade, esse pequeno “hack” basta.
Eu, que amo bujo e GTD, tenho curtido muito sua série e adoro ver suas reflexões! Crescemos juntas!
Ah, ainda sobre meses futuros, eu costumava usar um par de folhas para planejamento semestral. Fazia sentido quando eu estava no mestrado e tinha alguns prazos que não queria perder de vista. Atualmente não tenho usado mais, pq minhas atividades atuais no máximo têm compromissos até no mês seguinte. Tenho planos mais longÃnquos em outras plataformas, mas não sinto mais a necessidade de tê-los no bujo, ficam com meu material de suporte à revisão mensal. Essa possibilidade de adaptação ao contexto em que se está vivendo é uma das coisas que gosto mais no bujo.
Thais geralmente quais são os itens (exemplos) que colocamos no log do mês. E os itens colocados na pagina “tarefas†serão posteriormente transferidos para o “log do dia†que escolheremos? Ai meu Deus o GTD é muito mais simples 😢
Tarefas que você tem que concluir naquele mês.
Thais, no item 1 vc diz que o log de tarefas mensais não funcionou muito bem pra vc (já que suas ações estão organizadas no GTD), e no item 2 vc diz que em dezembro criou 2 págs dessa pq uma só não deu em novembro… não entendi.
Porque estou fazendo como o autor do método recomenda que se faça antes de qualquer tipo de mudança. 😉 Só estou compartilhando meus insights por hora.