Categoria(s) do post: Famí­lia

Hoje é dia 17 e eu estou tentando manter uma rotina de posts a cada dois dias, mas confesso que tem sido difí­cil. Tomei vergonha na cara depois de ler alguns livros e relatos de mães com mais de dois filhos. Percebi que a vida com um só bebê é moleza perto daquilo e só me reafirmou a vontade de o Paul ser filho único. Como nunca podemos dizer nunca, deixo estar. Mas realmente, enquanto eu não estiver dando aulas (objetivo profissional), não quero nem pensar. E isso demanda voltar a trabalhar, fazer o mestrado, começar a lecionar, ser efetivada etc. Ou seja, muitos anos.

Graças ao Paul, a primeira seção que confiro ao entrar em uma livraria é a de “puericultura” – palavra que eu desconhecia há menos de dois anos. Existem alguns livros que eu estou bastante interessada em ler – até o Nana Nenê, para conhecer. Logo logo farei um post com livros indicados para ler ainda na gravidez. Estou tocando no assunto porque estou lendo um livro sobre casamento/bebês que toda mãe deveria ler, é fantástico. Além de ajudar, tem umas tiradas ótimas que me fazem dar risada e só isso já valeria o livro. Ele me fez refletir sobre a questão da aceitação.

A conclusão depois de quase um ano como mãe é a descoberta chocante de que a realidade anterior não existe mais. í‰ claro que, na primeira noite em casa, amamentando 8x, eu já tinha uma leve desconfiança, mas agora é certeza e tudo o que precisamos fazer é aceitar a nova vida. Não dá mais para ser como antes. Talvez, quando o Paul tiver uns 30 anos, tenhamos a mesma liberdade – mas eu estarei com 60 anos de idade! Sim, podemos fazer muitas coisas ainda, especialmente porque ele é um só. Mas mudamos.

Acredito que essa aceitação seja mais difí­cil para os homens, porque eles não fazem a transição biológica forçada que nós fazemos desde a gravidez até o parto e a amamentação. Quando o Paul nasceu, o Ande achou que continuaria ensaiando três vezes por semana, chegando em casa e vendo ví­deos no YouTube e tirando músicas como se nada tivesse acontecido. Demorou um tempo para ele perceber que o volume de tarefas tinha aumentado radicalmente e precisávamos fazer tudo em equipe, senão desmoronarí­amos. Hoje, apesar das briguinhas e discussões normais (“eu acordei com ele, então você lava as mamadeiras”), ele tem feito mais do que eu, para falar a verdade. Acorda todos os dias com o Paul para que eu possa dormir um par de horas a mais. Dá leite, lava mamadeiras, dá papinha, brinca. Ele tem somente dois “bloqueios”: sair sozinho para longe com o Paul (nunca foi! não sabe o que colocar na bolsa e fica em pí¢nico) e cuidar de coisas que precisam de organização, como calendário de vacinas, consultas, remédios, lista de compras etc. Como eu AMO essa parte, não é problema. As tarefas de casa também são divididas e a única coisa que ele não faz é lavar roupa, sei lá porquê. Mas é super indiferente porque ele adora cozinhar, por exemplo, e na maioria das vezes é ele quem cozinha (eu também gosto, mas detesto com todas as forças lavar louça, especialmente panelas, o que ele faz numa boa).

Enfim… para quem tem mais de um filho, é impossí­vel não dividir tarefas. Conheço um casal que acabou de ter um filho e o marido não faz absolutamente nada – vive a vida dele como se não existisse um bebê e ainda trata mal a esposa porque ela não faz social para ele e os amigos, quando estão em casa. Você socaria? Certeza! Mas a pobre aguenta, pois está lá, cuidando de um recém-nascido, amamentando, o perí­odo sombrio que conhecemos bem. Tenho vontade de ajudar de alguma forma, mas isso é um assunto tão particular, tão do casal, que jamais teria coragem. Mas sempre penso nela e na angústia que deve estar passando.

Eu sou organizada, gosto de ser assim e, como diz a Mí´nica (Friends), “é apenas bom-senso!”. Sei também que relaxar com a casa í s vezes é fundamental para descansar e não se estressar tanto, ainda mais se você tem um marido bagunceiro (e filhos, muitos filhos). Mas o mí­nimo de organização é necessário e não sei como algumas famí­lias conseguem viver sem. Precisa, gente. Especialmente quem tem mais de um filho. Eu não consigo imaginar o que é ter três crianças pequenas em casa. Acredito que priorizar e reconhecer nossos próprios limites seja algo organizado também. Não sei se daria conta. No momento, certeza que não. Como eu disse no iní­cio, quero fazer um montão de coisas antes. Por esse e outros motivos, por enquanto sigo firme e forte na ideia de ter apenas um. Anderson, acreditem ou não, quer ter mais (socorro!).

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

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2 comentários

  1. Sanar Cristina comentou:

    🤗

  2. Camila comentou:

    Estou aqui, com um bebê de 4 meses me esbaldando nos posts antigos 🥰