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Comprar livros x não comprar (no mestrado)

Quando eu fui aprovada no mestrado, uma das coisas que me passou pela cabeça foi que eu economizaria bastante com livros, pois poderia usar a biblioteca da faculdade. Apesar de estar usando bastante, eu ainda sinto necessidade de TER alguns livros. Sou uma pessoa bastante visual e, para ler e aprender melhor, eu gosto de interagir com o texto, grifando, tomando notas no próprio livro, e manuseando mesmo.

O meu critério atual para comprar um livro ou não tem sido a relevância dele mesmo não apenas para a minha pesquisa como para a construção da minha biblioteca acadêmica de maneira geral. Eu não estou lendo livros apenas para este momento específico da minha carreira (pesquisa do mestrado), mas sim pensando em uma vida acadêmica de longo prazo, o que inclui ser professora. Por isso, existem alguns livros que consultarei sempre, e pode ser uma boa tê-los para poder registrar as minhas próprias anotações neles, que serão úteis no futuro.

Minha biblioteca acadêmica está sendo composta por livros de comunicação, essencialmente, mas também de ciências sociais, metodologia, psicologia social, política, entre outros. Preciso ser criteriosa para não gastar muito dinheiro, então tenho focado em livros de sociologia do trabalho, midiatização e os clássicos da comunicação. Também tenho feito investimentos em livros de política e comunicação, já pensando no doutorado.

O que eu tenho pego na biblioteca?

  • livros que vou usar bem pouco, então pego, leio, faço o fichamento e devolvo. são livros que infelizmente preciso usar de maneira mais instrumental mesmo, e ler com mais pressa, para não monopolizá-los.
  • livros que ainda não tenho certeza se quero comprar, porque aí eu leio um pouco, vejo o tom e a relevância do livro, e decido se é bom comprar agora, comprar depois ou simplesmente não comprar.
  • livros de referência pontual, que preciso apenas para uma consulta, para um trabalho, para uma aula. não tenho necessidade de comprar.

Pode parecer pouco, mas já me fez economizar muitos reais com livros que, do contrário, antes eu teria comprado. Estou bem mais criteriosa agora, pensando mesmo na relevância dessa biblioteca de longo prazo.

Uma coisa que tem me deixado bastante chateada é que doei vários livros de comunicação da minha época da faculdade há, sei lá, 10 anos. Como eu não tinha o foco da produção acadêmica, muito menos pensando nessa carreira a longo prazo, achei que não valeria mais a pena mantê-los. Já tive que recomprar dois livros que eu cheguei a ter, mas doei, e agora preciso deles. Meu aprendizado aqui é o seguinte: livros que você comprar para a sua carreira, só vale a pena doar se você mudar completamente de área ou se ficarem obsoletos. Mas livros teóricos, como os meus livros de teoria da comunicação… eu tinha vários que já eram raros na época, e demorei para achar. Hoje em dia, então, nem se fala. Ou não encontro, ou são super caros. Mas vida que segue.

Uma dica que recebi do meu professor orientador foi a de aproveitar viagens que faço a trabalho para visitar livrarias das editoras universitárias, que podem ter livros que não são vendidos em mais nenhum lugar. A primeira viagem que fiz depois dessa dica foi a Brasília. Não consegui ir na UnB, apesar de ter me programado, porque meu vôo foi cancelado e fui realocada para um vôo noturno. Mas fui no Sebinho, que é um bar/restaurante que tem uma livraria enorme de livros usados anexa, e comprei vários livros bacanas para a minha biblioteca (foto acima).

Outra coisa que me ajuda a saber se devo comprar ou não é fazer uma comparação de preços na Internet (Estante Virtual e Amazon) enquanto estou no próprio sebo. Se valer a pena, levo o livro. Se eu puder comprar facilmente depois, deixo para outra oportunidade. Isso faz com que eu gaste menos e aproveite oportunidades raras.

Ainda não fiz uma excursão nos meus sebos preferidos de São Paulo para garimpar alguns livros, mas estou a fim de fazer isso em breve. Sem pressa, como todo o resto.