Oie! Meu nome é Thais e este é o meu blog. Tem duas coisas que você precisa saber antes de ver qualquer texto aqui. 1) Este é um blog pessoal onde eu compartilho a MINHA Vida Organizada. Falo sobre diversos outros assuntos e também divulgo o meu trabalho em diferentes frentes, incluindo o Método Vida Organizada. 2) De 2022 para trás, todos os posts estão com problemas de caracteres que há anos tentamos resolver com os melhores programadores do Brasil e não conseguimos. Optei por manter no ar mas estamos consertando manualmente. São quase 7 mil textos. Sabemos do problema e, por favor, não precisamos receber mensagens e e-mails avisando. Era manter assim ou tirar o blog do ar, e optamos por mantê-lo, já que os textos novos estão consertados. Obrigada pela compreensão!
O que aprendi sobre destralhar na minha viagem e que trouxe para a minha realidade no Brasil
O destralhar não se trata apenas de se livrar do excesso de coisas, mas também de fazer escolhas conscientes sobre o que realmente nos acrescenta valor e contribui para a nossa felicidade e bem-estar. Envolve avaliar cada item e decidir se ele realmente nos serve, nos traz alegria ou nos ajuda a alcançar nossos objetivos. No Método Vida Organizada, o destralhar é encorajado como um hábito regular, integrado à nossa rotina. O objetivo final do destralhar é promover uma vida mais equilibrada, com menos estresse, mais clareza mental e um maior senso de propósito. Ao nos desapegarmos do que não nos serve mais, abrimos espaço para o novo, para o que realmente importa.
Essa sensação do destralhe associado à viagem na verdade começou antes da viagem em si, quando eu decidi as peças que eu levaria e os acessórios como um todo. E, chegando lá, aos poucos eu fui me desfazendo de várias roupas e itens que percebi que eu não faria uso lá, e assim deixei que partissem. Não era apenas sobre deixar a bagagem mais leve, mas sobre compreender o que realmente valia ter comigo porque eu realmente usaria muitas vezes e de diferentes formas.
Por exemplo, eu levei duas bermudas: uma de couro PU preta e uma de moletom preta. Adivinhem qual eu usei mais? A de moletom. Por quê? Porque, com ela, eu podia dormir, sair na rua em um dia quente e, quem diria, voltar de avião porque eu estava com a perna quebrada. A bermuda de couro eu não usei NENHUMA vez, e assim decidi doá-la.
Como doar? Lá na Alemanha, a maioria dos mercados têm uns “contâiners” onde você pode depositar doações. Eu fiz todas as minhas doações nesses locais. Pensei em levar a uma loja de roupas usadas mas, sinceramente, não valeriam muito e eu não queria comprar nada das lojas em si, mas pode ser uma boa em outras ocasiões ou para outras pessoas.
Ainda sobre o caso da bermuda, eu fiquei me perguntando QUANTAS bermudas eu ainda tinha no Brasil. E são várias. Foi quando eu decidi que, quando voltasse para cá, eu organizaria um bazar para vender as peças a preços muito muito acessíveis, porque tenho inclusive muitas peças novas e semi-novas, peças boas. Só que pra fazer esse bazar eu tenho que estar bem com a perna pra poder subir, acessar a parte de cima do guarda-roupa etc, fazer essa análise e alugar um espaço, e com a cirurgia na perna não conseguirei fazer, pelo menos não agora. Mas vamos ver se ainda será uma boa ideia em algum momento mais adiante.
Eu trouxe esse exemplo porque ele traz bem a essência de todo o raciocínio.
Eu doei praticamente metade das roupas que eu levei e precisei comprar alguns itens lá: calcinhas, sutiãs, meias, uma regata preta e outra camiseta preta básica, sem estampas. Eu também troquei uma meia-calça que rasgou por uma legging de tecido similar que comprei em uma loja de departamentos, baratinha. Eu levei duas botas – uma de bico fino e um coturno – e deixei as duas lá – e comprei um coturno que sempre quis ter, da marca Dr. Martens, e percebi que eu só preciso ter um coturno mesmo até estragar, e aí eu compro outro. Simples assim.
Outra roupa que comprei lá – mas já tinha viajado decidida a fazer isso – foi uma capa de chuva amarela, semelhante à do Jonas na série Dark. Enfim.
Algo que eu já tinha visto antes na Internet e adorei ver pessoalmente foi o hábito que as pessoas têm lá de fazer uma faxina em casa e deixar na porta itens que não querem mais mas que podem ser úteis para outras. É muito comum ver uma caixa cheia de objetos (especialmente livros) ou simplesmente livros nos lugares, como batentes de janelas. Eu acho que deveríamos adotar esse hábito por aqui. É o destralhe como hábito, que além de tudo pode ajudar outras pessoas, especialmente aquelas que podem pegar para vender em uma “feira de pulgas” ou algo do tipo para levantar uma graninha caso vivam em situações de necessidade e desamparadas de uma proteção mínima mais estruturada.
Reflexões adicionais sobre essa experiência até aqui:
- Excessos são mais trabalho. São mais coisas ocupando espaço e mais coisas para cuidar.
- Manter um ambiente arrumado e livre de excessos facilita o dia a dia e contribui para uma sensação de calma e bem-estar.
- Decidi optar daqui em diante por produtos duráveis, com bom custo-benefício e que agreguem valor real à minha vida.
- Vou pensar 15x antes de comprar alguma coisa pois já tenho tantas.
- É boa a sensação de usar muitas vezes as coisas que você já tem.
Com certeza eu pretendo trazer mais dessas ideias renovadas de destralhe daqui em diante. A experiência de destralhar durante a minha viagem foi transformadora e me fez repensar a forma como me relaciono com os objetos e com o meu espaço. E, sabe o melhor? Esse exercício destrava o destralhamento em várias outras áreas da vida uma vez que você inicia esse movimento de fazer com coisas físicas e materiais. Wait for it.
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Written by Thais Godinho
Autora do Método Vida Organizada, criou este blog em 2006.
5 comments
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Sabe que eu sempre penso nisso quando viajo, Thaís? Trazer na mala roupas que eu possa descartar… tênis bem usados, calcinhas, malhas mais batidas. E acabo sempre voltando com tudo. Ainda não aprendi, mas quem sabe um dia eu chego lá…
Olá! Espero que esteja indo tudo bem na sua recuperação.
Acho uma ótima ideia de colocar as coisas para fora para quem quiser ou precisar. Já faço isso há algum tempo: quando tenho coisas para doar, mas não tenho ninguém em mente que possa querer, coloco para fora em sacos transparentes nos dias que sei que as pessoas passam pela minha rua coletando recicláveis. Sempre é útil para alguém.
Estou trabalhando fortemente essa questão do destralhe. Fico com medo de me desfazer de certas coisas e depois me arrepender, mas ainda chego lá. A ideia de uma vida mais leve me atrai demais!
Um garnde abraço!
Amei. Muito Inspirador! ????
Muito boa essa ideia de desapegar e destralhar! Um amigo que passou uma temporada em Cuba fez uma amiga por lá, uma americana que estava pesquisando para o seu doutorado. Ela deixou a sua mala de roupas para as amigas que fez em Havana, diante da escassez que o país passa. Voltou com a roupa do corpo.
Caríssima Thais, primeiro , espero que vc esteja bem de saúde: de cabeça vc está ótima com sempre; segundo, está sua reflexão sobre destralhar foi a melhor de todas, porque não é só a questão dos objetos , mas daquilo que realmente importa é como perdemos tempo para arrumar aí da que o que tenhamos seja importante. bjsMarisa