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Meu processo de escrita

Muitos leitores me pedem para falar mais sobre o meu processo de escrita, a minha rotina como escritora e outros assuntos relacionados. Com o lançamento do meu terceiro livro, “Trabalho Organizado”, essas perguntas vieram à tona novamente, e eu achei que seria justo escrever um post contando um pouco desse meu processo pessoal.

Meu processo de escrita pode ser resumido em três momentos:

  1. Rotina de escrita pela manhã
  2. Captura de ideias
  3. Escrita em momentos de inspiração

Rotina de escrita pela manhã

Outro dia escrevi um post explicando porque prefiro fazer atividade física no final da tarde em vez de manhã, como a maioria das pessoas. Um dos principais motivos para isso é que, quando acordo, minha mente está descansada e, por isso, consigo sentar e me concentrar melhor para escrever. É comum passar as manhãs escrevendo. De maneira geral, escrevo de uma a três horas todos os dias, de manhã, com exceção daqueles dias em que tenho compromissos externos (mais raros, mas acontecem).

Essa rotina de escrita pela manhã serve para os conteúdos aqui do blog, livros, artigos do mestrado e outros textos ocasionais. Por estar descansada, fico inspirada e escrevo melhor. Além disso, me permite trabalhar em casa, ainda de pijama, com meu cházinho ou café e fone de ouvido, concentrada. Quando sinto que “já deu” (é engraçada a sensação – só vivendo para saber), eu paro e vou trocar de roupa, comer um lanche, fazer um intervalo.

Eu gosto dessa rotina diária porque escrita, do meu ponto de vista, é exercício. Você melhora à medida que exercita. Se não tiver uma rotina, para mim fica complicado.

Aqui em casa, minha família também sabe que, pela manhã, me concentro na escrita, então ninguém me interrompe (na maioria das vezes). Essa rotina facilita as relações familiares também, de certa maneira, especialmente com crianças.

Captura de ideias

Tenho um bloquinho de notas comigo o tempo todo. O tempo todo mesmo. Se por acaso não o levo e preciso capturar uma ideia no celular, isso é possível, mas acho chato. Prefiro escrever. Existe algo inspirado no ato de abrir meu caderninho no meio do restaurante, por exemplo, e anotar uma ideia ou trecho que tenha aparecido “pronto” em minha cabeça.

Essas ideias vêm e vão ao longo do dia, assim como tem dias em que obviamente não capturo nada. Mas as boas ideias não aperecem apenas quando estou na minha rotina de escrita pela manhã. E, se quero aproveitá-las, é importante capturá-las quando elas aparecem, sejam no momento da escrita, sejam ao longo de um dia, durante uma aula que esteja ministrando ou até mesmo durante um jantar. Se eu tiver uma ideia, quero capturá-la para explorá-la justamente quando estiver no contexto mais apropriado para isso, que é escrevendo.

Costumo usar cadernos pequenos, em formato de brochura, para anotar essas ideias no dia a dia. Eles são pequenos e práticos de serem carregados, e muitas vezes acontece de levá-lo no bolso da calça mesmo, dependendo da situação. Deixo sempre uma caneta dentro, para facilitar. Os cadernos tipo Moleskine são excelentes para essa prática, especialmente porque costumam ter um elástico que os fecham, e isso “segura” a caneta bonitinha lá dentro.

Escrita em momentos de inspiração

Apesar de ter uma rotina diária de escrita pela manhã, algumas vezes acontece de ter “surtos” inspirados, querer abrir meu computador e simplesmente começar a escrever – o surto é tão maluco que escrever à mão seria lento demais, e preciso digitar!

Não crio restrições quando isso acontece. São momentos raros mas, se me sinto impelida a escrever, eu o faço. Pode ser de tarde, de noite, aos finais de semana. E aqui entra (mais uma vez) a importância da organização – se tenho todo o resto sob controle, consigo abrir esse espaço para me dedicar à escrita, sem prejudicar nenhuma outra atividade que eu tenha deixado de lado por algum tempo justamente para escrever.

Confesso que esses surtos são raros no meu dia a dia – eu diria que eles acontecem uma ou duas vezes por semana. De modo geral, a rotina de escrita pela manhã já me ajuda enormemente a passar toda a inspiração para o papel (ou para a tela).


Eu também gravei um vídeo explicando o processo acima. Veja abaixo ou aqui:

Fica então um pouco da minha rotina de escrita para quem tiver curiosidade. Caso você tenha alguma dúvida sobre algum aspecto que eu não tenha abordado neste post, sinta-se à vontade para deixar um comentário. Obrigada!

Autor

6 comentários em “Meu processo de escrita”

  1. Thaís, bom dia

    Eu fiquei curiosa sobre sua rotina de escrita matinal: vc tem temas pré definidos pra escrever sobre, ou é escrita livre? Como vc organiza isso?

    Obrigada desde já!

  2. Oi Thais. Tudo joia?
    Gostaria de saber um pouco sobre como foi o começo desse processo? Lá atras, quando você começou com o blog e o exercício da escrita, como você se organizou (ou não), como fluiu? Te pergunto porque tenho muita vontade de escrever mas os assuntos que me vem na cabeça são tão variados! To iniciando minha vida no GTD e no empreendedorismo, as dúvidas, um filme, meu filho, meus cachorros, … enfim, você sabe, tudo pode virar um bom texto. Mas me diz de você?
    Beijo grande e obrigada.

  3. Oi, Thais! tudo bem?!
    Gostaria de saber sobre o processo de escrita do mestrado?
    alguma dica sobre como tem feito as produções de artigos e a dissertação?

    obrigada

    1. Entra na mesma rotina que eu descrevi no post. De noite me dedico às leituras.

      Mas esse é um assunto muito legal (obrigada por perguntar) e que pretendo explorar mais especificamente em breve. 🙂

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