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A pessoa que eu quero ser em 2020

Quando eu escrevi esse post em 2016, minha vida estava em uma configuração muito diferente. É quase inacreditável o quanto eu mudei e, ao mesmo tempo, todas essas mudanças nasceram da reflexão que eu fiz naquela época. Por isso acho importante fazê-la. Algumas mudanças levam tempo – até anos – mas só de começar a pensar a respeito a gente já começa a colocar as energias em movimento.

Recomendo fortemente que você faça uma pausa da leitura deste texto de hoje e leia esse texto que escrevi no final de 2016. Ele será importante para o entendimento do que vou escrever a seguir.

Sempre é uma boa hora para revisar a missão pessoal. Aqui vai a revisão da minha:

Ser uma pessoa criativa, leve e bem-humorada por meio da escrita, da conversa e do ensino, para deixar um legado ajudando as pessoas a encontrarem os seus dons e, com eles, planejarem suas vidas e fazerem acontecer com coerência e significado em todas as suas atividades e projetos.

Quando eu penso em 2020 – e toda vez que eu faço um planejamento anual – é impossível desvincular de um planejamento maior, que inclui essa missão pessoal. Será que as minhas atividades atuais estão contribuindo com essa missão? O que mais eu preciso fazer? O que não preciso fazer? É um trabalho muito artesanal, de refinamento.

Revisar “todo o horizonte 5“, que é o que a gente aprende no GTD que tem a ver com quem a gente é de verdade, o que realmente importa, é a revisão que mais traz a gente para o nosso eixo. Não tem necessariamente a ver com objetivos concretos e projetos pontuados, mas com uma expressão maior no universo. Algo que você é e faz independente das atividades atuais. Pelo menos para mim é assim.

Quando eu paro para pensar “na pessoa que eu quero ser em 2020”, sei que isso faz parte de toda uma construção que não envolve necessariamente uma separação ano a ano, mas de se entender no sentido de: o que aprendi sobre mim nos últimos anos que me permite ser cada vez mais a pessoa que eu sou agora e que eu quero ser daqui em diante?

Eu gosto muito da ideia que eu trouxe no outro texto quando digo que tempo e distância não importam – a direção é mais importante que a velocidade. Continuo acreditando nisso fortemente. Não se trata de uma corrida, mas de uma escalada, talvez. Que tem pontos tranquilos mas também tem obstáculos. Que cansa, mas também motiva. Ter uma imagem clara – e lembrando sempre que a clareza dessa imagem está condicionada às circunstâncias limitadas que conhecemos hoje – é o que vai te ajudar a ter um pouco mais de perspectiva, que vai te ajudar a enfrentar situações difíceis no seu dia a dia, e também a tomar decisões que te levarão a estados de vida diferentes daqueles que você tem hoje.

Quando eu trago um post que tenha essa provocação de te perguntar quem é a pessoa que você quer ser em 2020, meu intuito é apenas encorajar uma reflexão saudável sobre essa construção que você está fazendo de você mesma/o.

  • Tudo o que você acha que não tem mais nada a ver com você e que você quer tirar da sua vida
  • Tudo o que você acha que tem tudo a ver com você e que você quer trazer mais para a sua vida

Novamente: talvez você não consiga implementar todas essas mudanças de imediato, mas as respostas que você obtiver a partir desse exercício já podem te ajudar a saber para onde você quer direcionar a sua vida daqui em diante. E, como eu disse naquele outro post, de 2016: qualquer mudança em direção à sua essência já trará um impacto gigantesco à sua vida como um todo, porque é um tijolo sobre o outro que você está colocando (ou, se quiser seguir na analogia da escalada, um passo após o outro).

A parte tática do planejamento – aquele em que você faz planejamentos, desenha cronogramas etc. – é puramente técnica. Mas a parte estratégica, que na verdade é o que importa, você não pode atribuir técnica nem delegar para ninguém. É um raciocínio pessoal, um processo íntimo de reflexão, que só você pode fazer. A grande pergunta é: você está fazendo?