fbpx

Assine a Newsletter do blog - clique aqui

Organizando uma viagem internacional: últimos insights

A viagem que fiz para a Holanda em junho foi uma das viagens mais organizadas que já fiz. Neste post, comento como foi o planejamento.

Passagens

Bem, assim que soube da viagem já comecei a buscar as passagens. Como já fui para a Holanda algumas vezes, sabia que valeria a pena escolher um vôo direto da KLM (companhia aérea local, parceira da Gol, Air France etc). Por isso, fiquei de olho nas passagens para comprar pelo melhor preço, o que acabei fazendo em janeiro (seis meses antes).

Eu gosto de comprar a passagem parcelando o valor até a data da viagem em si, pois assim eu viajo com as passagens já pagas e também acumulo pontos no meu cartão, para trocar por milhas e comprar outras passagens futuramente.

Algumas dicas que gosto de dar:

  • não necessariamente precisa ser um vôo direto mas, se tiver conexão, garanta um espaço de mais de três horas entre um vôo e outro. eu já quase perdi vôo internacional por conta disso porque os aeroportos são gigantes e você demora para se deslocar, além dos possíveis atrasos que sempre podem ocorrer entre um e outro.
  • vale a pena despachar bagagem para ter um pouco mais de conforto. sei que cada um, cada um, neste quesito. eu apenas prefiro. comigo, a bordo, levo apenas equipamentos de trabalho e itens que usarei durante a viagem.
  • se tiver restrições alimentares, faça essa notificação online dentro do seu painel do vôo no site da companhia. eu tenho alergia a lactose, então faz toda a diferença. fora que, quando você tem alguma restrição, sua refeição vem antes. 🙂 até vir a refeição dos meus colegas de vôo ao lado, eu já terminei de comer e fico livre para levantar e usar o banheiro enquanto todos estão comendo.
  • eu também prefiro pagar uma taxa e mudar meu assento para a opção mais confortável que conseguir. prefiro viajar no corredor pois gosto de levantar durante o vôo para me alongar e não ter que atrapalhar as outras pessoas. não gosto de sentar na janela. prefiro que me peçam para levantar, se for necessário.

Mesmo fazendo tudo isso com antecedência, problemas podem acontecer. Nosso vôo foi cancelado um dia antes. Consegui ser alocada na versão mais próxima das condições acima mesmo assim.

Hospedagem

Sempre é bom conhecer o local onde você vai ficar mas, se for sua primeira vez, abuse dos comentários em sites como Trip Advisor ou peça indicações de quem já foi. Para mim, sempre é legal ficar em uma boa localização, que dê para fazer tudo a pé mas, se não for possível, escolha um local que tenha boas opções de transporte.

Em Amsterdam, eu adoro o hotel Bilderberg Garden, que fica relativamente perto da praça dos museus e tem o bondinho por perto, além de ser um excelente hotel e muito silencioso. Desta vez, ficamos em um hotel mais distante, mas que tinha uma estação de ônibus, bondinho e trem do lado. Isso fez toda a diferença para facilitar a locomoção.

Não me importo de ficar em um hotel mais simples, desde que me atenda minimamente, pois não vou passar muito tempo lá – vou ficar fora o dia inteiro. Uma cama confortável e um chuveiro legal são suficientes. Mas especialmente em Amsterdam tem que tomar cuidado para não ficar no red light district, que tem muita gente que bebe de noite, fica circulando fazendo bagunça etc.

Dicas adicionais:

  • gosto de reservar pelo booking com a opção de cancelamento gratuito.
  • gosto de pagar em dinheiro ou cartão de débito pré pago assim que chego, para não gastar o limite do cartão (gosto de deixar o limite do cartão disponível para emergências, caso surjam). sempre contato o hotel antes para avisar sobre essa opção para eles não debitarem o meu cartão sem querer (já aconteceu antes e foi bem chato).
  • prefiro que o hotel tenha uma boa localização, mas não precisa necessariamente ser perto do centro da cidade, e sim perto de meios de transporte que me levam para qualquer lugar que eu precise.
  • dou preferência a quartos maiores pois não gosto da sensação claustrofóbica de ficar em um lugar muito pequeno.
  • olho pelas fotos se o quarto parece confortável (cama e chuveiro).
  • não faço questão de café-da-manhã porque isso encarece a reserva. prefiro comprar lanchinhos no mercado ou comer na rua, conhecendo algum lugar novo.
  • na dúvida, fico em redes conhecidas como ibis, mercure, holiday inn, radisson etc.
  • prefiro não locar airbnb (opção estritamente pessoal, sei que tem gente que adora etc). eu apenas prefiro hotel pela segurança de ter uma recepção caso tenha qualquer problema, pois geralmente viajo sozinha, a trabalho.

Orçamento

Depende muito de cada destino e do objetivo da viagem. Claro que, se você for para a Disney, vai gastar mais, pois tem os parques, tem as compras, você está indo quase que exclusivamente para gastar dinheiro. Agora, de modo geral, eu sempre penso na experiência do local. Existem passeios que vou querer fazer, e reservo dinheiro para eles, mas de modo geral prefiro passear pela cidade como se fosse uma moradora. Imagino como seria se eu passeasse pela minha cidade (São Paulo), pegando Uber e transporte público, comendo fora todos os dias, fazendo passeios e compras ocasionais. Quanto ficaria? Com base nisso, calculo mais ou menos na moeda local quanto vou precisar.

De modo BEM geral, acaba sendo uma média de 100 euros / dólares por dia. Isso quando eu vou sozinha. Não gasto tudo isso por dia, mas é um valor confortável que me deixa despreocupada, para não passar perrengue. Já fui viajar para o exterior muito apertada de grana e foi complicado, porque tive um problema lá que não consegui resolver e tive que voltar antes. De modo geral, se for para viajar super apertada, eu acho melhor não viajar. Você estará sozinha, em um país diferente, e tudo pode acontecer.

Calculando 100 euros por dia, eu vou comprando esse dinheiro aos poucos, mês a mês, até a data da viagem (pois o euro está super caro). Esse é o dinheiro do dia a dia, das passagens de ônibus, da comida, dos passeios, do sorvete, da água quando dá sede. O que sobra, eu trago de volta e guardo para uma viagem futura.

Gosto de estabelecer um valor para compras de acordo com algumas coisas que já tenho em mente. Desta vez, eu queria comprar apenas algumas coisas bem bobas e específicas, que eram:

  • cadernos para bullet journal (moleskine, leichturn)
  • vitaminas e melatonina (a que funciona melhor comigo é de uma marca da holanda)
  • presentinhos para alguns conhecidos
  • um casaco da uniqlo (marca que não tem no Brasil)

Calculo mais ou menos esse valor, coloco uma gordurinha a mais, para bobagenzinhas que eu queira, e carrego meu cartão pré pago, que compro em casas de câmbio. Aí eu sei que esse é o dinheiro que vou usar apenas para compras. Consigo ir controlando e, se precisar abastecer, dá para fazer via Internet Banking (mas nunca precisei).

Particularmente, sou bem caxias com a coisa do dinheiro porque prefiro sempre que sobre a gastar tudo. Enquanto eu não estiver de volta em Guarulhos, no Brasil, eu acho que pode acontecer algo e eu posso vir a precisar do dinheiro.

Eu também já não tenho mais aquela coisa de querer sair comprando um monte de coisa no exterior como eu tive quando viajei para fora pela primeira vez. Aproveito para comprar só as coisas que realmente não tenho como comprar no Brasil e preciso, por algum motivo.

De modo geral, nos freeshops eu acabo comprando algum creminho ou item de maquiagem para aproveitar o valor menor, mas sem abusos, gastando muito.

Minha distribuição do dinheiro então ficou assim:

  • cartão: para emergências (tenho um outro com pouco limite que usei apenas para Uber)
  • dinheiro: dia a dia
  • cartão de débito: compras

Roteiro

Não gosto de fazer um roteiro todo engessado para as viagens. Prefiro listar os lugares que pretendo visitar e deixar rolar de acordo com o que for prioridade.

Nessa última viagem, teríamos três dias inteiros dedicados ao trabalho e outros três relativamente livres. Procurei fazer um grande passeio por dia e, no restante do tempo, apenas circular “ao redor”, sem pressa. Não quero viajar para me estressar. Se for para ver muitas coisas, o negócio é ficar mais dias e não morrer de ir para lá e para cá. Sinceramente, eu nem consigo curtir a vagem se for assim.

Ajuda muito montar um mapinha no Google Maps apenas para referência.

Quando viajar com outras pessoas, lembre-se de combinar os passeios com elas, para que ninguém fique chateado. Tem que rolar também um alinhamento de expectativas, o que pode ser feito ANTES de viajar para ninguém brigar lá por coisas óbvias que poderiam ter sido decididas antes.

Documentos

Bem, talvez seja desnecessário dizer, mas ajuda você deixar seus documentos prontos e preparados com antecedência. Passaporte válido, seguro viagem, bilhete aéreo impresso, comprovante de hospedagem. Eu tenho uma carteira de couro para o passaporte e levo sempre uma pastinha de plástico com os outros papéis.

Intenção

Esta foi uma viagem a trabalho e eu estabeleci algumas intenções, ou objetivos, que eu gostaria de cumprir ao longo dos dias. Tudo é muito particular para dizer, mas foram assuntos que eu gostaria de conversar com pessoas específicas (inclusive brasileiros que estavam lá). Para mim foi muito legal ter feito isso porque eu pude aproveitar melhor o momento que tive com cada um deles. Depois fiz um registro dessas conversas no meu Bullet Journal. Fiquei muito satisfeita por ter cumprido todos.

Para mim, segurança, conforto e liberdade são os três valores mais importantes ao organizar uma viagem. Pretendo fazer outros posts nos próximos dias falando sobre outras questões (mala, tempo de avião, fuso horário etc). Espero que o post tenha ajudado de modo geral na questão da organização de uma viagem internacional.