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9 anos

Hojé é aniversário do meu amorzinho. ❤️ Ele está completando 9 anos de idade.

Ele está em uma fase adorável e muito importante. Claro que todas as fases podem ser descritas assim, se a gente parar para pensar. Mas eu considero que ele esteja em uma fase onde o nosso posicionamento como pais influencia demais no caráter dele. Ele já entende, já conversa e ainda está aberto ao aprendizado. Essa fase “pré-adolescência” é quando a criança “ainda ouve os pais”, ainda ouve os professores. Então a gente precisa aproveitar e ser duplamente cuidadoso com tudo para prover a melhor educação que pudermos.

O Paul sempre foi uma criança muito tranquila, e eu devo isso muito ao fato de estruturarmos uma rotina desde quando ele nasceu. Crianças precisam de rotina para se sentirem seguras. Toda vez que acontece algo que por acaso tira ele da rotina, ele sente demais. Fica agitado, prejudica o sono. Na última semana, meu marido descobriu que estava com dengue. Devido à rotina de acompanhamento médico, o Paul precisou dormir na casa da avó algumas vezes. Só o fato de dormir fora de casa em um dia diferente dos finais de semana já alterou completamente a maneira como ele se relacionava com as atividades dele, principalmente o sono, a hora de comer, de tomar banho. Então ter uma rotina é prioridade para mim nos cuidados com ele.

Eu acho um privilégio você acompanhar o crescimento e o desenvolvimento de um ser humano tão perto de você, durante toda a vida. Quando um filho nasce, existem muitas questões dos próprios pais sobre como lidar com aquela nova situação. Muito aprendizado (não que hoje ainda não tenha). A cada dia que passa, a cada ano que passa, tudo vai se tornando mais sobre ele do que sobre mim. Eu sou uma pessoa, um indivíduo. Meu marido é outro. E nosso filho é outro. Você entender essas individualidades e que a relação da família é uma dinâmica entre três pessoas, mas também a relação de cada um consigo mesmo, e a relação minha com meu marido, minha com o filhote, do filhote com ele – tudo isso tem suas singularidades e com nove anos o Paul já percebe isso. Como eu, como mãe, posso dar esse suporte? Esse é meu foco no momento.

Se existe uma preocupação, acredito que seja a preocupação de todos os pais de filhos pequenos hoje, que é a questão das telinhas, conteúdos na Internet. vídeo-game em excesso ou não. Todos ainda estamos tentando entender o que é melhor e o que é prejudicial. Tenho lido muito sobre o assunto e conversado com especialistas. Não há tanto consenso, a não ser a descrição genérica de que “tudo em excesso faz mal”. Mas quem determina o excesso? E como explicar para a criança que um comportamento que para ela é tão natural (ela já nasceu nessa geração com acesso à Internet) pode ser prejudicial? Enfim, são questões do nosso tempo.

Eu já tenho sim uma certa nostalgia sobre o fato de ele estar crescendo. Quando o bebê nasce, a gente fica sem uma certa perspectiva, pois tudo parece eterno. O sono, a alimentação, o trocar de fraldas. Só depois de anos que você entende que aquela fase já passou e não volta mais. A partir dessa compreensão, a relação que você tem com cada fase do seu filho muda muito. Não quero que a vida passe depressa. Não quero que os anos passem e ele simplesmente “cresça”. Quero estar ao lado dele. Fico muito contente e orgulhosa de ter tomado a decisão, em determinado momento da minha carreira, de que eu abriria mão de alguns confortos e conquistas pessoais para estar mais próxima a ele. Mesmo viajando mais a trabalho hoje em dia, o que importa é o cotidiano. É o café-da-manhã juntos, a lição de casa, as piadinhas, o ler na cama antes de dormir, o telefonema para desejar “boa prova”.

Como mãe, tenho falhas. Como mãe, sinto culpa. Acho que toda mãe se sente assim. A gente sempre acha que poderia ter feito alguma coisa de maneira melhor. Mas eu venho trabalhando esse nível de exigência que tenho comigo mesma nos últimos anos. O Paul é o meu norte. Todas as decisões que tomo são baseadas no que for melhor para ele. E quer saber? O que é melhor para ele acaba sendo o melhor para mim também.

Eu amo o meu filho mais do que tudo. Parabéns, meu amor, pelos seus nove anos. Que eu tenha saúde para estar ao seu lado durante muito tempo ainda.