Reflexões para um ano pessoal 2

De acordo com a numerologia cabalística, nós vivenciamos ciclos de nove anos em nossas vidas, desde o ano em que nascemos.

Não nascemos necessariamente em um “ano 1”. Não é essa a conta. Os números são símbolos. Para saber qual o seu ano pessoal, você deve somar o dia, mês e ano do seu último aniversário para saber em que etapa desse ciclo de nove anos você está. Em 25 de setembro de 2020, eu entrei em um ano 2, pois: 2 + 5 + 0 + 9 + 2 + 0 + 2 + 0 = 20 = 2 + 0 = 2.

Pelo que aprendi com a minha amiga Wanice (especialista em numerologia cabalística), esse ciclo de nove anos representa uma etapa na nossa vida. O que você começa no ano 1 é aquilo que você vai concluir até o ano 9. Gosto de pensar assim pois me dá perspectiva de médio prazo.

👆🏻 Somos bem grandinhos e respeitosos por aqui mas sempre vale lembrar que não “acredito” em numerologia, astrologia, tarô ou áreas do tipo. Não estamos falando sobre crenças, mas sobre ferramentas esotéricas, holísticas e até lúdicas para o auto-conhecimento. Se você não vê interesse nisso, tá tudo bem. Cada um, cada um.

Na última conversa que tive com a Wanice, ela me disse: “o ano 2 é uma ponte, um ano de transição”. Anotei essa frase para refletir sobre ela. O post de hoje traz algumas reflexões então sobre esse meu ano pessoal que começou recentemente.

Acho interessante observar o que aconteceu nos “outros anos 2” anteriores da minha vida. Inclusive, é um exercício que recomendo. Meus anos 2 foram correspondentes aos anos de 1984-1985 (infância), 1993-1994 (adolescência), 2002-2003 (época da faculdade), 2011-2012 (quando me mudei para Campinas) e agora 2020-2021.

Pensando na ideia de ponte, eu identifiquei alguns elementos interessantes nesses anos. Tive meu primeiro namorado em 1993 (rs). Em 2002, foi quando resolvi trancar a faculdade de Jornalismo e fazer Publicidade. Em 2011, mudamos para Campinas, inaugurando uma nova fase na nossa vida. Se a gente parar para pensar, foram três transições. Mas foram transições que, além de externas, foram significativamente internas, no sentido de que eu mudei muito internamente. Vou anotar para observar ao longo dos meses para ver se essa percepção faz sentido nesse ano 2 que comecei a viver.

Eu vejo esse meu ano 2 como o ano da descida. Descida da montanha. Passei por uma revolução interna muito significativa nos últimos anos e construí um estilo de vida que, para mim, funciona, é bom. O desafio está, então, em descer dessa montanha que eu consegui escalar e levar o que aprendi às outras pessoas que ainda não subiram. É isso. O ano 2 é o ano do outro. Do relacionar-se. De descer a montanha. Não adianta ficar sozinha lá em cima meditando. O próprio Buda se iluminou mas, em algum momento, percebeu que deveria girar a roda do Dharma, ou seja, colocar os ensinamentos “pra rodar”, ensinar os outros. Porque, se descobrimos uma maneira de viver melhor, e vemos as pessoas sofrendo com isso, podemos ajudar. Ajudar quem quiser, vale dizer. Autonomia é um valor importante deste trabalho. É reconhecer no outro um parceiro de aventuras, e não um “aluno”. Todos os saberes e experiências são importantes. É uma troca. Eu nem me considero iluminada ainda (rs). Mas não poderia deixar de usar a analogia.

O número 2 também se relaciona com o feminino universal, com A Sacerdotisa no tarô, com o útero que vai germinar as sementes que eu plantei no ano 1. É a água. São as águas internas. É um tempo de reflexão, de certa espera, de deixar o pãozinho no forno assando, observar, refletir, esperar com atenção. Parece que nada acontece, mas tem TUDO sendo gerado. É um processo de preparação para algo novo. E eu realmente sinto que isso esteja acontecendo comigo, tanto em nível pessoal quanto profissional. Estou fazendo ajustes para melhorar o meu curso, trabalhando no método, fazendo muita coisa aqui no backstage que vai se refletir na qualidade das coisas com o tempo. Me identifico totalmente com esse sentimento.

Preciso perguntar para a Wan, mas acho que o ano 2 tem uma relação de introspecção parecida com a do ano 7, apesar de achar que a diferença esteja em me abrir mais para as pessoas no 2 e voltar-me mais para dentro no 7. Vejo o meu ano 2 como um ano de paciência, cuidado, atenção, sem tanta exposição, sem tanta pressa. Não no sentido de fuga, mas de refúgio.

Continuamos com a mesma vibe (e, por curiosidade, a imagem acima foi postada no meu ano 2 anterior, em 2012). 😉