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Destralhar faz parte da rotina de uma casa minimalista

Dizem que, uma vez destralhada a casa, você nunca mais precisará se dedicar a isso.

Eu entendo o conceito. Refere-se ao fato de que, uma vez que você aprenda o processo, no dia a dia mesmo identificará novas tralhas e vai se desfazer delas sem que tenha necessariamente que realizar um “novo evento” para destralhar tudo. Ou deveria ser assim.

Essa ideia de destralhar de uma só vez veio de programas de TV como “Acumuladores” e o da Marie Kondo na Netflix. Esses programas precisam ter esse formato simplesmente porque a TV faz investimentos que precisam ter um fim, mas temos que ficar ligados para que isso não modele a maneira como tratamos esse tema no nosso dia a dia.

Eu acredito sim na força do pouquinho e acho que, com 15, 30 minutos todos os dias, é mais fácil, prático, factível e compassivo com a gente mesmo destralhar a casa. Vai demorar mais? Sem dúvida, e o perigo aqui é desanimar e desistir no meio do processo. Mas aí não é problema do processo em si, mas talvez da nossa falta de motivação ou planejamento para dar conta do projeto como um todo.

Destralhar tem que ser um hábito diário, porque todos os dias surge uma nova embalagem, um frasco de shampoo que ficou vazio, ou algo que perdemos o interesse e não pretendemos mais usar.

O destralhar verdadeiro começa no processo de “não-compra” de itens que você não vai precisar. Trata-se do consumo consciente, que vai desde levar saquinhos para a feira a não comprar objetos apenas por comprar – especialmente alguns itens de decoração.

O problema do consumo é que ele direciona a demanda. Se alguém compra, o produtor vai lá e faz mais pra vender. E isso exaure os recursos da natureza. Se existe uma maneira de protestar no capitalismo, é deixando de comprar algo. Por “sorte”, esse poder é individual e depende das escolhas de cada um.

A grande vantagem do destralhar é que a gente não precisa investir nada de dinheiro nesse processo. Pelo contrário – é capaz de conseguir vender algumas coisas e ainda levantar uma grana.

O que eu recomendo fortemente que você faça é avaliar uma categoria de coisas por dia. Mais ou menos assim (comece pela ordem que sentir que tem menos apego):

  • Roupas (e mesmo aqui você pode dividir em sub-categorias, como calças, vestidos etc.)
  • Acessórios (sapatos, bolsas, cintos, gravatas)
  • Livros
  • CDs
  • DVDs
  • Discos
  • Arquivos em papel e papelada de modo geral
  • Suprimentos de escritório
  • Artigos de papelaria
  • Aparelhos eletrônicos
  • Fios e cabos diversos
  • Cartões de memória, pilhas, baterias, carregadores
  • Cosméticos
  • Maquiagem
  • Esmaltes
  • Acessórios de manicure, maquiagem etc.
  • Produtos de higiene pessoal
  • Produtos para relaxar (ex: massageadores)
  • Remédios
  • Dinheiros (câmbio)
  • Material de costura
  • Material de artesanato
  • Material para presentes (fitas, embalagens)
  • Sacolas retornáveis
  • Ferramentas
  • Artigos de viagens
  • Malas e mochilas
  • Objetos colecionáveis
  • Itens de decoração
  • Porta-retratos
  • Fotos
  • Roupa de cama
  • Roupa de mesa
  • Roupa de banho
  • Descartáveis de cozinha
  • Tupperwares
  • Bichos de pelúcia
  • Brinquedos
  • Itens esportivos
  • Revistas
  • Quadros
  • Itens sazonais (ex: árvore de Natal)
  • Acessório para chuva
  • Louças
  • Utensílios de cozinha
  • Panelas
  • Alimentos
  • Geladeira
  • Freezer
  • Talheres
  • Acessórios de servir
  • Material de limpeza
  • Eletrodomésticos
  • Produtos de lavanderia
  • Acessórios de games
  • Jogos de tabuleiro
  • Artigos religiosos

Salve essa lista no seu celular e vá trabalhando em uma por dia, até sentir que conseguiu desenvolver uma relação mais saudável com os itens da sua casa, mantendo apenas o que faz sentido para você e a vida que você vive hoje – não ontem ou amanhã.