Minha pesquisa do mestrado: atualização de status e reflexões atuais

Ok, sei que tenho falado bastante sobre o mestrado aqui, mas o mais legal de qualquer blog é justamente trazer a visão do autor sobre os acontecimentos recentes da sua vida, falando com foco em um assunto específico (no meu caso, organização). Caso você queira saber sobre assuntos correlatos, aqui no blog tem muitos posts desde 2006 com temáticas variadas, e usando a busca você pode encontrar artigos que conversem com o seu momento de organização. Por isso, no post de hoje gostaria de compartilhar como está a minha pesquisa do mestrado atualmente, pois tem a ver.

Meu professor disse que ainda está muito cedo para começar a escrever, mas eu já tenho um “esqueleto” da dissertação mais ou menos feito, porque em nossas conversas ele já foi me ensinando a desenhar o que provavelmente vou abordar na pesquisa. Isso tem me ajudado inclusive no direcionamento das leituras e em trazer trechos legais dos fichamentos (que, como comentei, tenho feito no Evernote).

Eu tenho um mapa mental no Mind Meister onde insiro todas as informações relacionadas à pesquisa. Comecei a montar ainda em fevereiro e meu professor simplesmente adora o mapa (rs), e eu também.

O que estou fazendo no momento:

  • Lendo bastante coisa sobre midiatização. É um conceito novo, então não há tantas definições, e sim debates e abordagens diversas. Então tenho lido bastante coisa, até mesmo para trazer a parte teórica para a minha pesquisa. Até eu chegar na escrita dessa parte, no ano que vem, terei lido bastante coisa e espero ter bem mais bagagem para falar com certa propriedade (mais do que hoje, pelo menos).
  • Lendo bastante coisa sobre sociologia do trabalho, mas tomando o cuidado para não sair do campo da comunicação. Esse é o olhar, o viés, a abordagem. Quem pesquisa em comunicação sabe como é um desafio constante.
  • Estou indo para a pesquisa de campo realizar entrevistas com as pessoas. Neste exato momento, estou fechando as perguntas com o meu professor orientador, para efetivamente realizar as entrevistas nas próximas semanas. De acordo com o nosso cronograma, isso seria feito em maio, então estamos indo bem.

O que eu gostaria de falar de verdade é que tenho tentado desenvolver uma mentalidade mais pragmática – como forma de sobrevivência – para o mestrado como um todo, pois simplesmente não tenho como me dedicar 100% aos estudos neste momento. Tenho uma empresa para tocar, muito trabalho acontecendo, e eu estava me sentindo um pouco frustrada há algumas semanas (“não consigo ler tudo o que eu quero”, “não vou conseguir participar do evento X”). Aceitar meu ritmo possível tem me ajudado bastante a não me sentir mal por não fazer algumas coisas, e também tem sido ótimo no sentido de trazer o foco apropriado para os artigos que realmente farão diferença eu escrever, os eventos que realmente farão diferença eu participar etc.

Todos os meus próximos semestres do mestrado serão desafiadores, porque tenho compromissos grandes de trabalho vindo por aí, então eu estou, como diz o Gandalf, em “O retorno do rei”, dando aquela inspirada antes do mergulho. E ter esse mindset apropriado é fundamental para fazer isso.

“Você está vendo Mordor, Gandalf?”

Só para contextualizar: no segundo semestre deste ano, vou para a Holanda novamente tirar a terceira (e última) certificação do GTD. Isso me tomará duas semanas fora do país, além do volume de atividades que vêm com essa certificação, que começam a chegar um mês antes da minha ida (vou em setembro, então a partir de agosto), e durante mais de um ano depois dessas semanas em setembro, quando preciso realizar as atividades da certificação, que envolvem traduzir materiais, ministrar cursos piloto, capacitar instrutores etc.

PLUS, em agosto deste ano meu novo livro será lançado, e durante três meses eu tenho que fazer uma campanha intensiva de divulgação, o que envolve eventos, palestras, viagens, Bienal do Livro em São Paulo e outras atividades. Até o lançamento de um próximo livro (ainda não definido), esse livro é meu foco de atenção, e várias atividades acabam nascendo dele, como cursos, entrevistas e outras. Também está prevista a revisão do “Vida Organizada” (o livro) em 2019.

No primeiro semestre do ano que vem, estamos (na Call Daniel) organizando uma nova capacitação de instrutores e a implementação de outros projetos do GTD que me demandarão bastante. No segundo semestre de 2019, devo concluir a certificação, que envolve uma intensificação das atividades relacionadas, porque preciso capacitar os instrutores, acompanhá-los no processo etc. Isso só para o GTD. Nem estou falando sobre os planos do Vida Organizada que, por ser a minha empresa, é minha atividade principal e tem vários projetos importantes em andamento (99% ainda nem divulguei aqui porque ainda não aconteceram “publicamente” e “oficialmente”).

Quando paro para analisar esse planejamento como um todo, já pensei várias vezes se não deveria ter deixado para fazer o mestrado em 2020. Mas simultaneamente me vem a resposta à mente: não, porque sempre terei bastante trabalho e coisas a fazer, e cada vez mais, afinal essa é a ideia de você se tornar empresário. Então o quanto antes eu terminar o mestrado e puder me dedicar a outras coisas – buscar instituições para lecionar, começar a pensar no doutorado, além de outras atribuições profissionais, melhor. Minha empresa está crescendo e eu preciso focar em outras coisas também, que demandam bastante de mim em termos de… alocação mesmo, sabe? Viajar, fazer reuniões, estar presente.

Minha visão como um todo envolve me dedicar bastante à vida acadêmica nos próximos dez anos, pelo menos, no que diz respeito a aulas (mestrado e doutorado) e início da docência, porque depois desses dez anos já me vejo um pouco mais “estabilizada” nessa área, com pesquisas focadas e lecionando. Então agora é o momento de investir nisso. (Inclusive eu escrevi um post sobre o meu planejamento acadêmico de maneira geral, que pode ser que você se interesse em ler).

Minha visão de vida como um todo envolve chegar aos 50 anos em outro nível profissional, sabe? Com a empresa, com o GTD, com a vida acadêmica. Então este é o momento da vida de investir tempo, saúde e energia, e consolidar o que foi iniciado profissionalmente. Estou bem focada nisso, e nada me para quando estou focada assim, a não ser eu mesma.