Deixando um cômodo sempre melhor do que quando eu entrei

Quem trabalha em casa já deve ter ouvido a famosa sugestão: procure separar o trabalho do ambiente doméstico, pois senão você pode passar o dia alternando entre atividades domésticas e atividades profissionais.

Eu já li essa recomendação diversas vezes, e hoje minha interpretação dela é respaldada em uma experiência de mais de cinco anos trabalhando em home-office.

Acho importante sim você ter um espaço da casa dedicado ao seu trabalho, onde você possa deixar sua mesa, sua caixa de entrada, seus documentos e outros artefatos dedicados aos momentos em que você estará trabalhando.

Porém, considero “trabalho” tudo aquilo que empreendemos algum esforço para alcançar determinado resultado. E as atividades domésticas podem ser tanto trabalho quanto as atividades profissionais.

Vejo que uma das principais vantagens de trabalhar em casa é justamente ter mais qualidade de vida e misturar um pouco as coisas, trazendo equilíbrio. Particularmente, eu adoro trabalhar um tempo, parar um pouquinho e fazer algumas atividades domésticas, especialmente manuais, porque isso me ajuda a espairecer e a descansar a mente.

Uma das “técnicas” que eu utilizo é nunca sair de um cômodo da casa sem deixá-lo um pouquinho melhor do que ele estava antes, e faço isso ao longo de um dia de trabalho em casa. Explico.

Suponhamos que, em um dos intervalos, pela manhã, eu vá até a cozinha preparar um café com leite. Enquanto a cafeteira trabalha, eu aproveito para lavar a louça, dar uma geral na pia e na mesa (não temos bancadas, senão passaria um pano também) e até varrer o chão. Tudo isso em poucos minutos e, quando saio com a minha caneca em mãos para voltar para o escritório, a cozinha está melhor do que quando eu entrei no recinto.

Outro exemplo clássico é o do banheiro. Quando paro um tempo no trabalho para ir ao banheiro, aproveito para dar uma geral na cuba da pia, na bancada, arrumo as toalhas, troco a lixeira. Tudo isso leva cerca de segundas mas já faz muita diferença no ambiente.

Outro truque que ajuda muito é a “dança dos cômodos”. Ao sair de um cômodo, eu sempre dou uma olhadinha para ver se posso levar comigo algo que não seja daquele ambiente. Um copo, alguma peça de roupa, um livro. Se sim, levo comigo e deixo no cômodo correspondente, sem precisar arrumar nada naquele momento (quando eu voltar lá, faço isso). Como moro em um sobrado, isso é especialmente útil para evitar o sobe e desce das escadas (apesar de esse ser um excelente exercício).

Enfim, ter essas duas táticas em mente me ajuda a conciliar relativamente bem as atividades domésticas com as atividades profissionais mesmo estando em casa, e isso não me sobrecarrega de maneira alguma. Pelo contrário, sabe? Sinto que equilibrar os diferentes tipos de atividades faz um bem enorme para o meu estado mental que, como já sabemos, é tudo.

Muitas pessoas me perguntam sobre como concilio as atividades domésticas e as atividades profissionais, então este post é um dos exemplos de como eu faço. Espero que ajude.