Dia da Mulher: lutas que ainda temos que vencer

O Dia da Mulher é um dia de luta, não de comemoração. (Leia este bom texto da revista Nova Escola sobre a história do Dia da Mulher, se tiver interesse). Neste post, listo as lutas que, de certa maneira, também estão relacionadas a organização, cuidados com a casa e produtividade que ainda temos que travar (como não poderia deixar de ser):

IGUALDADE DE CONDIÇÕES DE TRABALHO: Trabalhamos mais, nosso ritmo é mais intenso, muitas vezes somos mais capacitadas e ainda assim ganhamos menos ou sofremos com condições mais precárias de trabalho. É inacreditável, mas ainda é real. Como fazer a sua parte: proteste, apresente argumentos. Se trabalhar na área de RH ou for empregador/a, traga esse tema à pauta e promova igualdade de condições.

FIM DO ESTEREÓTIPO DA “MULHER MULTITAREFA”: Cada vez que alguém diz que uma mulher ser multitarefa é uma qualidade, ou característica das mulheres, está prestando um desserviço, naturalizando um discurso que oficializa a mulher com a sobrecarga do dia lidando com trabalho, “segundo turno” em casa etc. Como fazer sua parte: evite esse discurso.

DIVISÃO DO TRABALHO DOMÉSTICO: Pegando carona no tópico acima, e igualmente importante, é a divisão das tarefas domésticas e cuidados com os filhos. Quem mora na casa deve realizar as tarefas, e não apenas a mulher ou as meninas da família. Como fazer a sua parte: não espere a mulher pedir ajuda (mesmo porque, não se trata de “ajuda”, mas de trabalho em equipe). Eduque os filhos meninos a fazerem as tarefas domésticas.

FIM DOS DISCURSOS DE OBJETIFICAÇÃO: No dia a dia, ainda ouvimos frases e vemos imagens em propagandas que objetificam a mulher e a colocam em situação de machismo ou racismo declarado. Isso já passou da hora de acabar. Como fazer a sua parte: não reproduza esse discurso e dê um toque nos seus amigos (e amigas) que o fizerem.

MANSPLAINING E MANTERRUPTING: Homem interrompendo mulher para “explicar para ela” algo óbvio, como se ela fosse idiota e não entendesse do que está falando, ou interrompendo a mulher para colocar o ponto de vista dele. É mais comum no ambiente doméstico e no trabalho do que se imagina. Como fazer a sua parte: não seja essa pessoa.

DISCRIMINAÇÃO: Mulheres lésbicas e mulheres trans ainda sofrem todo tipo de discriminação, especialmente em ambiente de trabalho e, infelizmente, até mesmo entre outras mulheres. Como fazer a sua parte: não discrimine, respeite. Não é sobre você.

VIOLÊNCIA: Todos os tópicos acima se referem à violência de modo geral, mas a violência moral, física, emocional, etc, ainda está muito presente. Milhares de mulheres morrem em decorrência do machismo, ou vivem em relacionamentos abusivos por medo da violência. Como fazer a sua parte: não seja essa pessoa, mas ajude também as mulheres que você conhece a se libertarem de relacionamentos abusivos.

Que este dia seja um dia de conscientização de todas essas questões super urgentes e que nos ajude a trazer esses temas à tona para discutirmos e mudarmos o mundo. 💪🏼