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Lista de coisas para fazer antes de morrer (bucket list)

Na última sexta-feira, eu fiz uma live no canal do Vida Organizada no YouTube explicando sobre como abordaria o tema planejamento ao longo do mês de novembro. E lá eu dei uma lição de casa a todos, que foi: elaborar uma lista de “sonhos”, ou “bucket list”, uma lista de coisas a fazer antes de morrer, pois era um exercício inicial que ajudaria demais no planejamento dali em diante. Você fez a sua? Eu fiz, e o resultado vou mostrar neste post.

Para quem usa o método GTDâ„¢, como eu, existe uma categoria de informações dentro do sistema de organização chamada “algum dia, talvez”. Essa categoria diz respeito a todas as coisas que simplesmente não demandam ação no momento – por quaisquer motivos – mas que podem demandar no futuro. Se você usa GTDâ„¢, saiba que esse tipo de “bucket list” entraria em “algum dia, talvez”. Pode ser uma sub-categoria.

O print abaixo foi tirado do app Notion:

Vivenciar essa pandemia me fez repensar muita coisa na vida. Reforçou alguns objetivos que eu já tinha, assim como me fez não querer mais outras coisas. Essa bucket list é como uma lista de sonhos. Eu vejo sonho, neste contexto, como algo que seria maravilhoso se acontecesse, mas que não se trata de algo que eu mudaria completamente a minha vida para realizar. Porque o que eu quero de fato fazer, entra como objetivo, por exemplo. Mas, se pensar que estamos falando de uma categoria de itens incubados, a cada revisão feita dessa lista eu posso considerar se é hora de trazer algo dali para “em andamento” ou não. Com essa lista é o mesmo.

Com relação a viagens, eu mantive aquelas que realmente seriam a realização de um sonho se eu vier a fazer. Poxa, Índia, Inglaterra, Itália, França, Egito. Capadócia (no caso dos balões). Seriam viagens incríveis. Mas imaginar o sonho é tão gostoso quanto vivencia-lo, então só de pensar neles eu já fico muito feliz.

O aniversário de 11 anos do Paul com a temática de Hogwarts é o que está mais perto de acontecer (ele completa 11 anos em 2021). E ele está a fim de comprar essa ideia junto comigo. Mas sabe, o aniversário é dele. Filho não é brinquedo que a gente manipula de acordo com os nossos desejos. Se ele quiser fazer, faremos, mas tá tudo super ok se ele mudar de ideia e quiser fazer algo só dele.

Morar fora do país sempre foi um sonho para mim e eu já fui uma pessoa mais frustrada sobre isso do que sou hoje. Não que eu seja, mas é uma coisa que eu gostaria de ter feito ali na minha casa dos 20 anos, antes de ter filho etc. No entanto, meu marido não queria se afastar da família dele, e hoje eu entendo e respeito isso muito mais do que entendia na época. Então eu vejo essa vontade, essa ideia, como algo que, se um dia tivermos a oportunidade e rolar, vou ficar feliz. Mas, se não acontecer, tá tudo certo também, porque minha prioridade é ver minha família feliz e eu estar feliz com eles.

Por fim, a independência financeira. Eu vejo como um sonho porque é realmente o novo Graal do nosso tempo. Ter dinheiro rendendo dividendos para você, pagando suas contas, e você trabalhando sem a necessidade, apenas porque gosta, e também podendo ajudar mais pessoas. Eu me sinto muito em conflito interior aqui, por mais que eu pense na segurança financeira da minha família, e em ter dinheiro para ajudar mais pessoas – gerando empregos, doando para caridade, investindo em projetos sociais – não concordo com o sistema vigente no mundo, acho ele opressor pacas, e gostaria que fosse diferente. Como empresária, me sinto contribuindo com ele. Ao mesmo tempo, são as regras do jogo que vivemos. Tenho que pagar contas. Tenho que pagar impostos. Tenho obrigações diversas. Então, enfim, para não me estender muito aqui, eu coloco como um sonho. Porque, nesse caminho para ter independência financeira, entram outras questões que também são muito importantes para mim, envolvendo a sociedade.

De modo geral, meu maior insight revisando essa lista e refletindo sobre ela foi perceber que desenvolvi renúncia. Renúncia é um termo no Budismo, relacionado a você não buscar felicidade nas coisas mundanas, basicamente. A minha área de foco este ano foi espiritualidade, e eu realmente me dediquei demais a isso, aos estudos, práticas, reflexões e meditações. E chegar aqui em novembro deste ano absurdo que tem sido 2020, com a percepção de que gerei renúncia, é uma vitória muito importante para mim. Em resumo, as maiores conquistas que quero ter são internas. Aprender a desenvolver mais paciência, sabedoria, compaixão. Isso sim é importante para mim, e não fazer essa ou aquela outra coisa. Claro que de forma alguma estou dizendo que esta deva ser a “norma” – é apenas algo íntimo e pessoal que me sinto à vontade para compartilhar com vocês por aqui.

Eu gravei um vídeo explicando melhor essa lista, que em breve entrará no canal. Mas me conta: você chegou a fazer? Se quiser compartilhar comigo algo que você queira fazer na sua vida, deixe aqui embaixo um comentário. Obrigada!