Quando eu falo sobre organização da rotina de preparo de refeições para o dia a dia, é normal receber comentários sobre a falta de tempo e a rotina ser corrida. Tanto que até os posts sobre isso vão nessa linha, porque meu interesse sem dúvida é ajudar. Mas hoje, escrevendo o último post da semana sobre o tema “alimentação”, eu senti que não poderia deixar de abordar um assunto que considero importante para todas as áreas da nossa vida – especialmente a comida. í‰ a prática, o hábito, de buscar curtir o momento e estar presente naquilo que está fazendo.
Entendo que, no dia a dia, possamos precisar fazer as coisas “correndo”. Mas eu sinceramente acredito que a gente deva tentar fugir disso com o passar do tempo. Afinal, a que serve essa correria? Ela é boa? Ou é apenas um sintoma de uma sociedade doente como um todo? Se precisamos correr até para preparar as nossas refeições, não tem algo muito, muito errado?
Tenho refletido sobre isso porque eu mesma tenho meus momentos de correria também, claro. í€s vezes foi uma reunião que terminou mais tarde e, quando eu chego em casa, preciso agilizar o jantar antes de outro compromisso í noite (uma aula, por exemplo). Mas é muito fácil fugir da responsabilidade pela própria vida e deixar isso rolar sempre. Então o que eu tenho tentado fazer, sinceramente, é pensar sobre soluções para casos como esse. Como eu poderia me manter tranquila e presente mesmo em situações com tendência í correria?
De maneira geral, me preparar antes. í‰ isso. Se tem potencial para ser corrido, entender que de fato será, se eu deixar para preparar o jantar naquele período entre compromissos. Então preparo um dia antes, ou planejo algo mais rápido de ser preparado, ou simplesmente delego essa tarefa. Mas deixar a correria como padrão é ruim (para mim). Não faz meu estilo.
Um dos maiores prazeres do meu dia a dia é cozinhar. Existem algumas atividades que me colocam em um estado de fluxo associado í criatividade. Cozinhar é um deles. Gosto de cortar os legumes devagar, prestando atenção nas sementinhas que estou tirando, em lavar os alimentos. Preparo o mise en place bonitinho. Vou lavando as panelas e utensílios enquanto cozinho. Mexo a comida na panela com calma, observando o cozimento. Leio uma revista enquanto espero, ou canto uma música que esteja passando no rádio. í‰ cerca de uma horinha do meu dia em que simplesmente curto fazer aquilo. Pra que fazer com pressa?
Faço mea culpa aqui, porque não cozinho todos os dias. Tem dias em que estou viajando ou passo o dia fora de casa, em eventos diversos. Mas, quando estou em casa, gosto de cozinhar. E felizmente isso tem acontecido cada vez mais.
Quando falo sobre estar presente e engajada no ato de cozinhar, trata-se na verdade de um exercício que procuro trazer para todas as áreas da minha vida. Viver com significado é um ato de coragem. Somos a resistência. E a resistência serve justamente para fazer frente í quilo que queremos mudar.
Sei que esse tipo de post é polêmico, porque ninguém é perfeito, mas como muitos leitores me pedem para mostrar como é o meu menu diário, estou postando. Lembre-se sempre de não copiar o menu de ninguém, e sim consultar um médico especialista para elaborar um menu que seja adequado í s suas necessidades.
Tenho alguns princípios para a minha alimentação diária:
comer de 3 em 3 horas
evitar industrializados
sempre que possível, comer salada
evitar leites e derivados, e pães e derivados do trigo
Meu menu diário segue mais ou menos a seguinte linha todos os dias, a saber:
café-da-manhã: ovos mexidos ou fruta
no meio da manhã: café preto ou chá
almoço: salada + proteína ou massa ou arroz + proteína ou legumes + proteína
no intervalo seguinte: suco ou chá
três horas depois do almoço: salada ou sopinha
no intervalo seguinte: uma fruta, geralmente banana (antes de sair para correr)
jantar: omelete ou salada ou legumes + proteína
no intervalo seguinte: chá de ervas ou frutas
ceia: fruta ou chá novamente
í‰ bem simples, de verdade. Acabo seguindo o menu aqui de casa. Então í s vezes pode acontecer de ter massa de noite (certamente não é o ideal, mas acontece, e como pouco, então não é muito problemático), ou sair para jantar (sempre que possível, opto pela salada).
Este post traz dicas bem rápidas e pontuais para você fazer lanches saudáveis ao longo de um dia inteiro. As dicas virão em formato de depoimento, pois vou comentar como faço diariamente.
Comer de 3 em 3 horas sem sentir fome nos intervalos
Estou em uma fase da minha alimentação em que a minha nutricionista me recomendou comer de três em três horas. Isso significa que, de três em três horas, devo ou fazer uma refeição principal, ou comer um lanche substancioso.
O que faço então, para não sentir fome nos intervalos, é ingerir sucos, água de coco, água normal mesmo, ou no máximo uma fruta ou castanhas.
Não comer além da satisfação nas refeições de 3 em 3 horas
Era muito comum, antes, eu abusar nas refeições e comer muito, í s vezes até me fazendo mal pela quantidade. Depois que eu fiz a minha cirurgia bariátrica no ano passado, eu nunca mais me alimentei assim. Presto muita atenção í sensibilidade ao meu corpo enquanto estou comendo, de modo que consiga identificar quando já estou satisfeita.
Se eu me alimentar direitinho nesses intervalos de três em três horas, não preciso comer muito em nenhuma refeição porque sei que daqui a pouco já vou comer de novo. Isso tira a “pressão” de cima de alguma refeição específica (ex: almoço) e me ajuda a comer menos, realmente.
Ter sempre meus lanchinhos comigo
Assumir a responsabilidade pela minha alimentação foi fundamental. Por isso, tenho lancheirinhas que levo comigo toda vez que saio de casa e sei que vou passar dos horários de comer meus lanches. Sei que não parece prático, porque é uma coisa a mais para carregar, mas na verdade faz toda a diferença na saúde da minha alimentação (e também do meu bolso, pois comer na rua é caro).
Na lancheira, costumo levar frutas e castanhas, por serem alimentos de consumo mais prático. Sempre tenho uma garrafinha de água comigo também.
Em casa, fazer lanches saudáveis
Quando estou em casa (ou no escritório, ou seja, em um ambiente fechado e não circulando por aí ao longo do dia) procuro fazer lanchinhos saudáveis, porém mais substanciosos.
Tenho gostado bastante de fazer salada como lanche, ou tomar um bowl de sopa.
O truque aqui é deixar esses alimentos já pré-preparados (a salada lavada e a sopa congelada), de modo que no dia a dia seja muito prático fazer esses lanches sem perder muito tempo (porque senão é mais fácil escolher outra coisa menos saudável só porque é mais rápida!).
E você, tem alguma dica para fazer lanches mais saudáveis? Compartilhe comigo (e com os outros leitores) aqui nos comentários! Obrigada!
Eis algumas dicas pontuais para organizar a alimentação mesmo que você tenha uma rotina corrida (ou mesmo que considere não ter uma rotina).
Identifique necessidades específicas de saúde
Vale a pena fazer check-up médico regularmente para garantir que você não tenha alergia a nenhum tipo de alimento (aliás, você e a toda a família). Caso existam alergias ou intolerí¢ncias, esse é um ponto relevante que deve ser levado em consideração quando se trata do preparo diário da comida.
Além disso, pode ser que você tenha alguns objetivos que a alimentação possa te ajudar. Emagrecer, dormir melhor, aumentar massa magra, entre outros. Nesse caso, vale a pena consultar um nutricionista que elabore um cardápio adequado para você (e é importante procurar até encontrar um profissional que “bata” com você, e não desistir se se deparar com alguém que não te agrade).
Reflita sobre os seus princípios para uma alimentação adequada
Pode ser que você não queira comer carne, por exemplo, ou pode ser que você queira ir em uma linha mais low carb. Pode ser que queira explorar uma comida mais macrobiótica, ou deixar de vez os industrializados de lado. Definindo esses princípios, eles já vão te ajudar a delimitar melhor os alimentos que você pode ou quer ingerir no dia a dia.
Quem mora com você? Quem mais vai se alimentar na sua casa?
Outro ponto a ser levado em consideração é se você cozinha para outras pessoas – ou se outra pessoa na sua casa preparará os alimentos. As pessoas têm necessidades diferentes e o que pode ser bom para você pode não ser para elas. Além disso, seus familiares podem ter restrições alimentares ou princípios diferentes dos seus. Por isso, leve essas características também em consideração ao pensar no planejamento de preparo de comidas na sua casa.
Prepare um menu semanal
Liste aqueles pratos que normalmente você costuma fazer em casa – nada de inventar a roda aqui. A ideia é justamente identificar o que é trivial e que já faz parte da rotina de alimentação de todos.
í‰ claro que você pode buscar variar algumas vezes, mas são exceções que você pode querer implementar de vez em quando, e não a regra. No dia a dia, a praticidade deve ser a regra, para não complicar.
Uma vez listados os pratos, escolha sete (um para cada dia da semana) e liste os ingredientes necessários para fazer as compras. Eu recomendo planejar esse menu um dia antes de ir ao mercado, pois assim você consegue comprar aquilo que vai efetivamente usar, sem gastar dinheiro a mais ou desperdiçar alimentos. Faça as compras semanalmente.
Esse menu obviamente deve ser preparado de acordo com a frequência que você prepara as refeições. Se dedica um dia da semana para cozinhar tudo, ele deve ser mais versátil. Se cozinha todos os dias, serão outras quantidades. Se faz no almoço algo diferente do jantar, mesma coisa. Adapte í s suas necessidades.
Leve em conta também nesse menu não apenas as refeições principais como os lanches, café-da-manhã e bebidas.
Habitue-se a planejar a sua semana, de modo que você consiga prever também os dias que fará refeições fora de casa, entre outras particularidades do dia a dia que possam afetar o preparo dos alimentos (uma viagem a trabalho, por exemplo).
O assunto menu semanal dá pano para manga. Se você quiser, temos um curso online bem completo que ensina como fazer de uma maneira muito efetiva.
Se possível, divida a responsabilidade pelo preparo da comida
Na sua casa, você pode alternar com outras pessoas que morem com você quem prepara a comida um dia sim, outro não. Verifique com todos os envolvidos a possibilidade.
Otimize o preparo
Alguns alimentos podem ser preparados para a semana inteira, como sopas, arroz, feijão, entre outros, e serem congelados. Eu sei que tem pessoas que não gostam dessa opção, mas vale citá-la porque, para quem não se importa, é muito válida do ponto de vista da praticidade.
Assuma a responsabilidade pela sua alimentação
Acostume-se a levar com você uma lancheira e garrafa com água quando sair de casa. Isso evitará que você tenha que comer qualquer besteira na rua – além de economizar, você terá controle sobre a sua alimentação dentro daquilo que deseja.
Dois alimentos bem saudáveis que eu gosto de recomendar como lanches (e que a maioria das pessoas não leva em consideração) são sopas e saladas. Leve a sopa em potinhos ou garrafa térmica, e as saladas em potes também, com os molhos separados, e você terá bons lanches para um dia inteiro.
Busque sempre fazer refeições práticas
No dia a dia eu procuro fazer refeições práticas. Outro dia comentei aqui no blog sobre o meu menu de inverno, onde trago alguns exemplos. Eu não fico inventando muito a roda no dia a dia para não complicar mesmo.
Isso não me impede de querer testar receitinhas novas de vez em quando ou fazer algo diferente se me der vontade, mas esse é um ponto diferente do meu dia a dia.
A ideia é que o preparo das refeições seja muito prático e rápido mesmo – buscando o suficiente.
Faça também uso das suas habilidades de “Masterchef” e utilize técnicas úteis, como fazer o mise en place (deixar tudo cortado e preparado antes de cozinhar), ir lavando a louça í medida que cozinha, entre outras.
Essas foram então algumas dicas atualizadas de organização da rotina voltada ao preparo das refeições. Caso você tenha alguma dica adicional, por favor, deixe um comentário! Obrigada!
No início do ano, eu defini que teria 5 prioridades para 2018. Definir essas 5 prioridades significaria dar mais atenção a elas diariamente. Como estamos mais ou menos da metade do ano, senti necessidade de fazer uma revisão de tais prioridades para ver como tenho me saído até aqui e o que demanda ajustes para os próximos meses.
Prioridade 1: Ficar bem
Eu fiz uma cirurgia complexa no ano passado, que poderia ter causado n problemas colaterais. Cuidar da minha saúde física e mental foi essencial. Além disso, “ficar bem” envolve mais do que saúde, mas bem-estar de maneira geral (o que conversa sim com a nossa saúde, como eu falei no post de editorial deste mês).
Acredito que eu tenha ido bem com relação a todos esses fatores até então. Nunca estive tão bem fisicamente e sinto que agora estou em uma fase de ajustes e adaptações para continuar construindo um futuro saudável. Mas, mentalmente falando, poderia ter sido melhor. Toda a situação com a minha avó, a família, impactaram significativamente e ficar bem realmente tem sido um foco fundamental.
A morte da minha avó me ajudou a olhar mais para dentro de mim e respeitar os meus sentimentos. Eu tenho uma característica, que é pensar demais nos outros. Sou aquele tipo de pessoa que, se alguém faz algo que me magoa, quando eu vou conversar acabo pedindo desculpas, sabem? Você conhece alguém assim? Ou talvez você seja assim? Eu preciso trabalhar muito essa questão comigo mesma, o que é um bom foco para os próximos anos.
Estou me sentindo muito sensível nesses dias atuais, o que sei que tem a ver com o emocional, por tudo o que tem acontecido, e também pela questão hormanal (meu corpo ainda não se adaptou 100% ao novo peso).
Em resumo, sim, “ficar bem” tem sido tratado como prioridade máxima por aqui, mas preciso de ajustes para que continue fazendo sentido.
Assim, de verdade, que momento profundo na minha vida. Eu comparo aos sentimentos que tive há cerca de dois anos, quando passei por outra situação bastante difícil. Sinto que tenho muito o que aprender com essa situação atual e que ela vai me fazer mudar de nível de verdade uma vez superada. Apesar de existirem muitos desafios, estou vendo esta fase de uma forma muito boa e positiva.
Lembrando também que em breve (setembro) entro em uma nova revolução solar e numerólogica, que certamente vai trazer novidades.
Prioridade 2: Criar o melhor ambiente possível para o Paul
í‰ incrível o nível de percepção que ter definido essas cinco prioridades me traz. Passamos, em família, por muitas dificuldades nesse primeiro semestre (a principal foi a morte da minha avó). Ter o Paul como foco de atenção em todos esses momentos enquanto a minha avó estava internada, ou em casa (e ele ficava brincando com ela, lendo livros ou contando piadas), ou quando ela faleceu, me ajudou demais.
A todo momento, mesmo com tudo o que estava acontecendo, eu tinha como princípio deixar o Paul bem. Foi um primeiro semestre muito difícil, emocionalmente falando, especialmente para ele, que ainda está aprendendo sobre as suas próprias emoções.
Todos os dias tenho feito alguma coisa com ele, de lição de casa a cozinhar juntos ou passear. Ter isso definido como prioridade me ajuda a pensar diariamente: o que vou fazer de especial hoje com o meu filhote?
Prioridade 3: Proteger a minha arte
Eu trabalho com criação. Escrever, produzir conteúdo, gravar vídeos – tudo isso é um trabalho de criação. Nunca, em todos esses anos, eu dei tanta prioridade a esse processo como agora. Dedicar mais tempo de trabalho para produzir conteúdo tem me ajudado a profissionalizar cada vez mais o que eu venho fazendo.
Produzir conteúdo, quando o conteúdo em si não é o que traz monetização, é um desafio. Porque na verdade você precisa deixar uma série de atividades (que talvez tragam mais remuneração) de lado para conseguir produzir. No entanto, eu acredito que o conteúdo seja o sangue que corre nas veias do meu trabalho. Nada do que construí existiria sem essa parte.
Hoje o conteúdo que eu produzo está dividido basicamente assim:
Vida Organizada representa o meu canal principal. Aqui no blog tem post todo dia útil. No canal do YouTube, vídeo novo toda segunda, quarta e sexta. No Instagram, dicas diárias em formato de imagens, além de VLOGS do meu dia a dia no stories. No Pinterest, painéis de inspiração alimentados diariamente. O Twitter traz dicas pontuais e divulgações de posts e eventos, assim como o Facebook.
Thais Godinho representa o meu canal pessoal, onde eu produzo conteúdo que não seja relacionado a organização mas que faça parte da minha vida. O blog tem posts ocasionais sobre temas diversos, assim como o canal do YouTube. Meu Instagram pessoal tem sido um xodó ultimamente (tenho adorado atualizá-lo), assim como meu perfil no Twitter, onde sou bastante assídua.
GTD Brasil traz conteúdo específico sobre GTD, funcionando como um grande hub de conteúdos meus, da franquia e oficiais da David Allen Company. Essa separação foi importante em termos de uso de marca (parte legal) e também porque muitas pessoas que acompanham o Vida Organizada não gostam de conteúdo específico sobre GTD, então a ideia foi colocar tudo em um canal separado para quem tiver interesse. O blog funciona organicamente, com novos posts sempre que há novidades e conteúdos extras. O canal traz vídeos de bate-papo sobre a metodologia. O grupo no Facebook é o mais ativo, alimentado diariamente e com muita interação entre as pessoas.
Tudo isso demanda pesquisa, planejamento e espaço de tempo para produção mesmo, e fico feliz por conseguir ir, ao longo desse ano, moldando a melhor maneira de fazer as coisas. Isso ainda está em andamento, mas creio que hoje posso dizer que amadureceu bastante.
Prioridade 4: Aprimorar as minhas habilidades de ensino
O que incluiu o mestrado (e a percepção de que me formarei como professora, além de pesquisadora), minhas habilidades de didática e oratória, e o cuidado com os meus cursos de maneira geral.
Eu posso dizer que isso tem sido realmente prioridade porque todo o meu foco profissional está na produção de cursos, materiais, gravação de aulas, formação de instrutores e trabalhos relacionados.
Ainda estou organizando o meu foco dentro disso, buscando uma linha coerente e que envolva a formação de outras pessoas trabalhando comigo, então ficam aí como pontos de melhoria para o segundo semestre.
Além disso, ter conseguido organizar um cronograma de produção de cursos (em andamento) tem me ajudado bastante a produzir com qualidade e revisar o que já foi publicado para promover melhorias.
Prioridade 5: Cuidar das minhas finanças
Tanto pessoais quanto da empresa, as finanças têm sido uma área de extrema atenção este ano. Acho que nunca eu prestei tanta atenção í s finanças como um todo, desde o faturamento até os gastos e investimentos. Ainda tem bastante coisa a ser melhorada mas estou em uma caminho que considero legal.
Para melhorar a experiência deste post, eu gravei um vídeo comentando sobre as prioridades, que você assistir abaixo ou clicando aqui.
Uma leitora do blog me fez essa pergunta, e eu já tinha recebido a mesma dúvida em outras oportunidades. (aliás, querida leitora, obrigada por enviar a dúvida!)
Se a gente parar para pensar, essa pergunta serve para outras frentes que não apenas atividade física, como: “Como enfrentar a preguiça para fazer as atividades domésticas mesmo quando chego cansada(o) depois do trabalho?, “Como enfrentar a preguiça para estudar para concurso?”, “Como enfrentar a preguiça para exercitar um hobby?”. Etc.
Preguiça é uma coisa, cansaço é outra.
Se o seu problema for cansaço, o que pode te ajudar nisso é o planejamento semanal (veja aqui como fazer). Porque aí você vai se programar de maneira factível para fazer o que precisa ser feito ao longo da semana.
Agora vamos falar sobre a preguiça mesmo. Você fez todo seu planejamento e não tem absolutamente nada te impedindo de ir se exercitar, a não ser fazer. E mesmo assim você tem preguiça.
Olha, o que eu costumo dizer é: qual sua motivação para fazer? Porque tendo um “por que”, a motivação pode ficar mais fácil de ser absorvida. Se não tiver um “por que”, tente achar um. E, se realmente não achar, pergunte-se por que fazer atividade física se não é importante para você. Simples assim!
Se mesmo assim não for o suficiente, verifique que tipo de gatilhos na sua rotina te ajudariam a tornar esse momento mais fácil. Para mim, é concluir meu trabalho no dia. Falo: “ufa, posso sair para correr e me distrair!”. Aí eu tenho um fone de ouvido legal e me programo para ouvir discos que eu gosto no Spotify, enquanto estou correndo.
Para você, pode ser acordar e vestir a roupa “de academia”. Sabe? O problema não está no “clique” de ir se exercitar, mas de buscar maneiras que te proporcionem a melhor condição possível para você simplesmente fazer o que precisa ser feito.
Eu sinceramente acho que a vida é muito curta para a gente ficar se martirizando porque fez ou não fez as coisas. Se a atividade física for algo importante para você, certamente as dicas deste post podem te ajudar. Se ela não for, recomendo que você não faça at all! Dedique seu tempo a algo que seja mais importante para você ou que te deixe mais feliz, mas sempre pense nas consequências das suas escolhas para não precisar “correr atrás” depois. 😉
Essa é uma das perguntas que eu mais recebo em todos os canais do Vida Organizada.
Uma coisa que eu aprendi com o David Allen (autor do método GTD) é que a gente não gerencia o tempo, não “cria” tempo para as coisas – a gente abre espaço para as diferentes atividades na nossa vida. E abrir esse espaço depende da nossa análise honesta de todas as coisas que ocupam esses espaços, porque não dá para fazer tudo ao mesmo tempo. Precisamos priorizar, entender o que é essencial e fundamental no momento, e assim então criar esse espaço para trabalhar naquilo que tem importí¢ncia.
Estou falando tudo isso porque talvez sua vida não tenha espaço para atividade física nesse momento. Quando eu trabalhava o dia todo e fazia faculdade í noite, eu não tinha espaço para atividade física. Ter essa percepção me ajudou a buscar algumas soluções alternativas, como sempre subir escadas, andar mais sempre que tivesse oportunidade e coisas desse tipo. Mas certamente não foi o ideal, e obviamente fiquei fora de forma durante esse período. Quando finalmente terminei a faculdade, busquei formatar meu espaço de tempo para conseguir abrigar essa atividade, então.
Veja: toda a vida é um processo artesanal de formatação para a vida que você quer viver. Se você não vive da maneira que acha adequada para você, defina um resultado desejado e uma próxima ação para caminhar em direção a esse resultado. Tenha perspectiva. Pode ser para agora, pode ser para depois. Mas assuma o controle de para onde a sua vida está indo.
Conheço pessoas que, mesmo com uma rotina profissional executiva, com muitas viagens e trabalho, conseguem acordar mais cedo para correr ou levam roupa de academia para as diversas viagens que fazem. Também conheço pessoas que tiveram que dedicar uma parte do orçamento para contratar profissionais de diversos tipos para fazer isso acontecer: desde uma babá para ficar com as crianças até uma faxineira para que pudessem ter tempo livre para tais atividades. Ninguém está dizendo que é fácil ou rápido. O que quero dizer é que devemos buscar soluções.
A questão é: fazer uma atividade física é uma prioridade para você? Pode ser que não seja. Assumir isso pode tirar uma pressão enorme das suas costas neste momento. Agora, se for, você precisa encontrar um jeito. Mesmo quando achamos que não temos espaço na agenda (como a situação que eu falei lá em cima, sobre trabalho e faculdade) nos permite buscar soluções, porque a rotina de cada um é muito específica e diferente, e por isso deve ser personalizada. Talvez você consiga se exercitar perto do trabalho, ou talvez consiga fazer algo na hora do almoço – enfim, as ideias são inúmeras, e só você pode analisar.
Como todas as áreas da vida, precisamos entender o que é importante e o que queremos ter como parte do nosso estilo de vida para ir formatando, nem que aos poucos, o modelo de vida que queremos viver. Eu não cheguei na rotina atual de atividades físicas da noite para o dia. Foi um processo que levou anos, e que até contei em outro post. Não adianta ficar frustrada(o) querendo uma configuração que não é possível no momento, mas o que você deve realmente se perguntar é: o que eu preciso fazer para chegar até lá? Para viver essa configuração de vida que gostaria que fosse real?
Para tudo existem alternativas. Exercitar-se em casa, perto do trabalho, aos finais de semana, esportes, academia, corrida, dança, caminhada, natação. Continuo reforçando a pergunta: é prioridade para você? í‰ apenas isso que você precisa responder. Depois disso, defina um resultado desejado (o que você quer que seja verdade) e uma próxima ação para dar o primeiro passo nessa direção. Não é mais complicado do que isso.
Até mesmo atividade física, que pode parecer um detalhe, na verdade é parte de um estilo de vida. E, dentro do seu estilo de vida, você pode ter atividades que tenham mais ou menos a ver com você.
Por outro lado, tem a necessidade. Cada pessoa tem diversas necessidades físicas para manter o corpo legal.
Por exemplo, no ano passado, eu fiz uma cirurgia (bariátrica) que ocasionou uma perda de peso muito grande em um curto espaço de tempo. Eu precisei intensificar a prática de musculação para garantir que eu não perdesse massa magra. De que adiantaria eu dizer que não gosto de academia e de musculação? Não se trata de gostar – trata-se de fazer o que é correto para você naquele momento.
Em primeiro lugar, então, eu recomendo que você avalie as suas necessidades atuais. Emagrecer? Aumentar a massa magra? Aumentar a resistência? Melhorar sua energia? Dormir melhor? Esse é simplesmente o primeiro passo. Tendo definido isso, você pode encontrar as opções existentes que atendam tais necessidades e, dentro delas, escolher (aí sim) aquela que se encaixa no seu estilo de vida, na sua rotina e também no seu bolso.
Quando eu digo que tudo é auto-conhecimento, isso é importante porque, quando você se conhece, sabe que atividades vão te agradar mais. Por exemplo, eu sou uma pessoa muito competitiva. Logo, esportes de grupo, de competição, me atraem mais do que esportes solitários. Encontrar um esporte nessas condições me fará ter vontade de praticá-lo e me deixará feliz quando eu estiver praticando, com vontade de continuar mesmo quando acaba – sabem assim? Gosto da interação também, do espírito de time. Tudo isso é fundamental para eu ter como premissa para escolher uma atividade física legal para mim.
Obviamente que, se você for uma pessoa que não gosta de competição e também prefere não interagir com grupos, outras atividades, de características completamente diferentes, serão mais adequadas para você.
Termino este post da maneira como comecei: tudo é auto-conhecimento. Você já parou para analisar seus pontos fortes, as coisas que te irritam ou te motivam, a ponto de trazer isso para, por exemplo, uma atividade física? Isso pode te ajudar muito a encontrar motivação. í‰ um pouquinho além de trazer uma “dica” para você não apertar o “snooze” na segunda de manhã porque tem preguiça de ir malhar. Não é simplista, mas pode ser simples, se você estiver disposta(o) a pensar sobre a sua vida, pois assim você encontra soluções de verdade.
Quando falamos sobre a organização da rotina para a realização de atividades físicas, geralmente ouvimos recomendações como “acorde mais cedo” ou “aproveite o seu horário de almoço”. Não acredito que seja a intenção das pessoas que dêem tais recomendações, mas durante muitos anos eu falhei na tentativa de adequar esses horários para atividade física na minha rotina e me sentia muito frustrada por não conseguir implementá-los, simplesmente porque queria fazer como as pessoas recomendavam, em vez de buscar algo personalizado e que atendesse as minhas necessidades.
Meu histórico de horários para atividade física
Pela manhã, sempre foram dois tipos de problemas. O primeiro, com relação ao horário em si. Quando eu trabalhava fora, em um emprego sem flexibilidade de horário, fazer atividade física antes de ir trabalhar significava acordar muito, muito mais cedo. Fazendo uma breve continha aqui, se eu tivesse que entrar í s 8h no trabalho, eu precisaria sair de casa í s 7h30 (isso quando morava em Campinas. aqui em São Paulo não saberia mensurar, pelo trí¢nsito). Para sair de casa í s 7h30, eu teria que tomar banho e me arrumar no máximo até 7h10. Para eu fazer isso í s 7h 10, teria que ter feito a atividade física até umas 7h (isso levando em conta que a academia era perto de casa). O que significava acordar antes das 6h para tomar café-da-manhã e ir para a academia.
Some-se a isso uma rotina de trabalho que iria facilmente até í s 17h ou 18h, depois o deslocamento para casa, tempo com o Paul (que era bem pequeno), as atividades domésticas e, muitas vezes, minhas atividades relacionadas ao blog, que ainda não eram a minha atividade principal em termos profissionais. Sinceramente, não era factível.
Na hora do almoço, também não dava. Eu não dirigia e trabalhava no meio da Unicamp, que não tinha academia e qualquer deslocamento via transporte público era um martírio, super demorado.
Quando eu mudei a minha configuração de trabalho e comecei a ter horários mais flexíveis, trabalhando por conta própria, eu achei que seria mais fácil. Comecei a fazer atividade física de manhã, mas acordando em um horário não tão agressivo. O problema é que, assim, eu “perdia” metade da minha manhã. Começava a trabalhar por volta das 10h.
Foi quando eu comecei a mudar para o período da tarde – depois do almoço. Em vez de tentar trabalhar, talvez naquele momento que costuma dar sono, por conta da digestão, eu ia para a academia. Funcionou bem durante um tempo, mas ainda caía na questão de ser horário comercial e eu ter que estender o meu dia de trabalho para além do horário que eu queria estar trabalhando.
A importí¢ncia do auto-conhecimento
No último ano, eu mergulhei no tema “personalização do trabalho”. Isso aconteceu em detrimento da produção do meu terceiro livro, mas também porque eu estava imersa, interessada nesse assunto.
Foi quando eu comecei a analisar a minha rotina de trabalho do ponto de vista do que realmente funcionava para mim.
Por exemplo, ajeitando os meus horários, eu percebi que, pela manhã, eu acordo com a mente descansada e muito inspirada para escrever. í‰ o melhor momento do dia para a produção da minha arte, e eu precisava aproveitá-lo. Quando eu desperdiçava essas preciosas horas do dia para executar quaisquer outros tipos de atividades, minha arte acabava ficando de lado.
Por isso, decidi que, ao acordar, é simplesmente o melhor momento do meu dia para escrever, revisar ou traduzir textos, trabalhar concentrada.
Gosto também de concluir tudo aquilo que for mais importante e tiver prazo até a hora do almoço. Isso me dá uma sensação de “dia pago”.
Deixo para a parte da tarde as pendências restantes – atividades que eu gostaria de terminar naquele dia, pendências de terceiros (demandas que chegaram no próprio dia) e processar as caixas de entrada de mensagens.
Como é um trabalho mais exaustivo (estou cansada de ter me esforçado inteletualmente na parte da manhã e me comunico muito com outras pessoas na parte da tarde, o que também exaure as minhas energias), eu costumo chegar ao final da tarde bem cansada, pedindo por descanso mental mesmo, sabem?
A solução
Foi aí que eu resolvi me dar de presente, por um bom dia de trabalho, fazer uma atividade física. Vantagens:
sinto que foi realmente um presente por ter tido um dia produtivo
no final da tarde o clima está mais fresquinho
é uma boa maneira de esquecer o lado profissional e focar no meu corpo
é um ótimo ritual de transição entre o dia de trabalho e a rotina pessoal em casa, de noite
Já faz algumas semanas que eu comecei a fazer dessa forma e sinto que descobri que é o melhor horário que funciona para mim, por todos os motivos acima. E o que eu quero incentivar você é que você procure conhecer o seu dia a dia, mas acima de tudo o seu ritmo, de modo que você consiga encontrar o melhor horário para você também.
Tem pessoas que preferem fazer atividade física de manhã. Isso me deixava exausta e, í s 10h, já estava cansada e com sono, e meu dia não rendia. Eu tentava aplicar essa rotina e isso foi muito ruim para mim. Só quando passei a me entender e buscar a solução personalizada é que as coisas funcionaram e eu pude incorporar esse hábito na minha vida.
Fazer atividade física muito mais tarde (por exemplo, de noite, depois das 20h) também me deixava muito agitada e era um momento que eu preferia já estar de boa em casa, com meu filho, lendo e fazendo atividades mais tranquilas, mas sei que para muitas pessoas esse é o melhor horário e ajuda inclusive a ter um sono melhor. Então busque aquilo que funcionar para você.
Hoje eu tenho alternado seg-qua-sex (corrida e caminhada) com uma amiga e í s ter-qui faço academia, mas substituirei a academia por algum esporte nos próximos meses (neste exato momento da minha vida estou buscando as melhores opções de esportes aqui perto de casa).
Fazer atividade física todo dia sempre foi a minha meta mas eu demorei ANOS para encontrar o melhor formato. Só quando eu passei a me conhecer e a respeitar o meu ritmo que eu encontrei a maneira de fazer que fosse menos agressiva para mim (isso diz respeito ao ritmo do corpo, ao ritmo da casa, ao ritmo de trabalho).
Espero que este post te ajude a estruturar uma rotina assim também.
O conceito de saúde pode variar de pessoa para pessoa. Buscando no Google, a definição encontrada foi:
1. estado de equilíbrio diní¢mico entre o organismo e seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital.
2. estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar.
Apesar de serem definições meio formais, eu concordo com elas de maneira geral. Gosto do uso das palavras “equilíbrio”, “ambiente”, “organismo”, ‘ciclo vital”, “boa disposição” e “bem-estar”. Eu não acho que saúde se refira apenas ao corpo, mas sim í mente e ao espírito também.
Em julho, o foco do Vida Organizada será em saúde, e eu me sinto bastante satisfeita em abordar textos sobre esse assunto, pois acredito que eu esteja no melhor momento da minha vida (até então) para compartilhar aprendizados a respeito.
Pretendo falar sobre rotina de atividades físicas, alimentação, sono, descanso e outros temas relacionados. Já tenho algumas ideias, mas sinta-se completamente í vontade para sugerir temas nos comentários deste post. Eu sempre leio as sugestões e comentários com carinho, e anoto aquelas ideias que acredito serem bacanas para abordar por aqui. Já tem bastante coisa publicada também nesses 12 anos de blog, então pode ser que você queira dar uma olhada.
Todo mês, eu trago alguns lembretes de coisas que você pode querer ter no seu radar este mês. Você pode usar essa checklist para organizar em seu próprio sistema de organização como quiser. Alguns itens serão projetos, enquanto outros demandarão apenas simples ações, e outros podem virar compromissos em sua agenda. Você também pode imprimir essa lista e ir riscando í medida que for fazendo. Não existe certo ou errado na organização, contanto que a usemos para a realização.
Tirar o pó dos lugares mais altos da casa
Trocar as fotografias da família nos porta-retratos
Verificar medicamentos vencidos
Providenciar um lugar para pendurar os casacos
Fazer backup do computador
Limpar sua estante de livros
Ir ao cinema conferir alguns dos lançamentos do verão do Hemisfério Norte
Fazer pequenos reparos em peças de roupas
Dormir mais cedo e colocar o sono em ordem
Organizar a volta í s aulas dos seus filhos (ou as suas, se estiver estudando)
Planejar a limpeza da casa em alguns pontos mais críticos por causa do inverno
Aquecer sua casa com tapetes, cortinas mais grossas e cobertores
Separar alguns livros para troca ou doação
Doar agasalhos
Limpar pincéis de maquiagem
Trocar as escovas de dentes
Consertar algo que esteja quebrado
Explorar novas receitas e temperos
Repí´r material escolar e uniformes para a volta í s aulas em agosto