Como ler mais rápido (livros de não-ficção)

Sempre que eu posto um vídeo com os livros que li no mês, alguns leitores ficam impressionados me perguntando como eu consigo ler tanto. No geral, eu separo os livros em duas categorias padrão:

  • os livros de ficção
  • os livros de não-ficção

Livros de ficção, ou seja, literatura mesmo, nacional ou estrangeira, são livros que eu prefiro demorar mais para ler. O objetivo não é terminar de ler o livro, mas curtir a leitura. Já os livros de não-ficção (auto-ajuda, negócios etc) são livros que a gente lê com alguma finalidade, um objetivo, então a leitura é mais rápida mesmo. É sobre a leitura desses livros que eu vou comentar aqui hoje.

Como ler livros de não-ficção

A primeira coisa que eu faço é ler o sumário. Com isso, já tenho uma visão geral do que se trata o livro e os pontos que o autor vai abordar.

Depois, gosto de ler os últimos capítulos do livro – uma leitura rasa, apenas para pegar o espírito da coisa. Dificilmente eu leio os livros na ordem a tenho mania de ler a introdução por último. Depois de ter escrito um livro, percebo o poder das introduções. Muitas vezes, quando começamos a ler um livro, não damos atenção suficiente ao que está escrito na introdução, e ali certamente estarão pontos-chave que eu quero prestar atenção depois.

Eu também tenho alguns hábitos de leitura e pretendo gravar um vídeo sobre isso (aguardem!). Um deles é usar um post-it para marcar a página onde eu parei. Não gosto de usar marcadores de livros, pois eles caem e eu perco a página. Além disso, utilizo flags adesivas para marcar as páginas com conceitos-chave ou passagens importantes que quero reler depois com mais calma. Sempre que vou ler, levo meu “kit de leitura” que tem uma cartela com essas flags, um lápis ou uma caneta e minha caneta amarela marca-texto. Ao longo da leitura, faço anotações nas páginas e grifo os pontos importantes.

Não tenho dó de livro de não-ficção e acho que essa interação que faço é fundamental para extrair o melhor daquele livro que estou lendo.

Um ponto importante que vale a pena citar é saber reconhecer passagens importantes de passagens que, ok, já entendi o que o autor quer dizer e não vou perder tempo lendo, ou são dados que não me interessam naquele momento. Isso me faz economizar na leitura. Por exemplo, livros que tem muitas historinhas, contações de caso e dados numéricos explicados com detalhes  praticamente me obrigam a pular essas partes. Eu posso até ler depois, se tiver interesse, mas não na primeira leitura. Claro que há exceções – jamais deixo de ler algo que é importante para o contexto. Mas, no geral, acho importante avaliar e ler somente o que interessa.

Por fim, a sensação que gosto de ter quando termino um livro é a de que poderia fazer um bom fichamento sobre ele. Se o livro traz grandes aprendizados que vou querer rever de tempos em tempos, eu costumo fazer um resumo no Evernote e arquivar. Se o livro for extremamente importante, com dicas preciosas, eu mantenho o livro. Se não, se posso viver somente com o fichamento, passo o livro para a frente.

No geral, é assim que eu leio livros de não-ficção com bastante rapidez. Levo no mínimo um par de horas e no máximo alguns dias para concluir uma leitura assim.

Vale lembrar que não estou falando de livros de estudo, cujo assunto demanda aprofundamento e atenção maiores, como faço com os livros de ficção.

Espero ter conseguido passar como eu leio tais livros para quem tinha dúvidas sobre como eu lia tão rápido e tantos livros por mês.

Obrigada por tudo, pessoal.