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A escolha da felicidade

Imagem: fonte desconhecida
Imagem: fonte desconhecida

Hoje eu vou falar sobre um assunto que, aparentemente, não tem nada a ver com organização mas, até o final do texto, eu espero fazer com que você veja que está sim relacionado.

Não tenho formação em psicologia, mas gosto bastante do assunto. O que eu vou escrever aqui, então, é uma opinião leiga, mas baseada em minhas experiências pessoais.

Tive um amigo que não acreditava em felicidade. Para ele, a felicidade não existe. Trata-se de um sentimento que ignora os problemas do mundo, os nossos próprios problemas, e encara tudo com um otimismo ingênuo.

Na minha opinião, o ser humano é, por natureza, infeliz. Temos tantos problemas! A vida é tão difícil – corremos para lá e para cá conciliando trabalho, família, vida social, hobbies, enfim, tudo o que temos para fazer. Vivemos escravos do dinheiro, trabalhando para juntar o suficiente para vivermos com tranquilidade no dia em que nos aposentarmos, com 60, 65 anos…

Thoreau, um dos meus autores preferidos, diz que todo homem vive em um silencioso desespero. Muitas vezes, eu, que gosto de reparar nas pessoas, observo que muitas delas mantêm a roda girando, ou seja, levam o seu dia a dia no piloto automático, simplesmente porque, se pararem, a engrenagem dá problema. É melhor se manter ocupado que parar para pensar na vida.

Eu entendo muito bem o ponto de vista do meu amigo. Quem já teve um histórico de depressão sabe como é um estado sem cura, quando simplesmente entendemos o mundo, as pessoas, e é muito difícil passar a ver tudo de forma diferente e com alguma perspectiva.

Por que eu acho que a organização é importante nesse processo? Porque aprendemos a ter metas. A pensar a longo prazo. Quando começamos a nos organizar, a primeira coisa a ser feita é definir quem gostaríamos de ser no último dia da nossa vida e determinar objetivos menores para chegar até lá com a sensação de dever cumprido. Só de adquirir essa perspectiva, todo o quadro já muda. Quando temos objetivos, temos uma razão para viver.

A felicidade pode sim ser um sentimento que camufle os reais problemas da vida, mas eu acho que ela é necessária. A felicidade não é um fim – ela é um meio. Não é um objetivo – nós escolhemos ser felizes. É bem assim mesmo: dizer que, a partir de hoje, vou ser feliz e pronto! E, desde então, passar a viver a vida de forma plena, coerente com a sua personalidade, sabendo onde você quer chegar e quem você quer ser. A felicidade é, então, decidir buscar o próprio eu. Não desistir.

Ser feliz é permitir que coisas boas entrem na sua vida. Ninguém é feliz o tempo todo mas, nos momentos complicados, adotar uma postura de felicidade pode ajudar demais na recuperação – na coisa de não levar adiante sentimentos ruins. Se você escolhe ser feliz, nada pode te derrubar, pois sentimentos são internos.

Eu falo isso porque, sem essa atitude, quem consegue viver? Quem consegue ter força de vontade para correr atrás dos seus objetivos, trabalhar bem, curtir a vida? Ninguém. Então escolher ser feliz tem sim, tudo a ver com organização. Na verdade, o contrário também é verdadeiro. Eu mesma me sinto muito feliz e satisfeita quando sei que a minha vida está em ordem. E isso não tem nada a ver com a casa arrumada, mas com as contas pagas e os sonhos em andamento.

Se ter essa sensação não significa ser feliz, então eu não sei o que é.

Todas as experiências da nossa vida nos levam a caminhos que são determinados pelas nossas atitudes. Se escolhermos a felicidade, seremos felizes. Não é bobo – só é simples. Ser feliz é valorizar a vida e a possibilidade de nos recriarmos diariamente.

E você, já decidiu ser feliz?