“Roma”

Faço parte de um grupo de mentoria e estudos de marketing digital que recentemente se encontrou (virtualmente) e 90% das conversas giraram em torno do conceito de “Roma”. Eu achei isso genial e quis compartilhar com vocês. Esses ditados antigos têm muito a nos ensinar se tivermos uma visão criativa sobre eles.

A analogia parte do ditado de que “todos os caminhos levam a Roma”. A questão é: qual a sua Roma? No marketing digital, onde estudamos, significava o resultado que você oferece (sua solução) para a pessoa que te acompanha. Então, por exemplo, a “Roma” do Vida Organizada é te ensinar a ter uma rotina tranquila através da organização. É a minha proposta de resultado.

Na prática, significa que, antes de postar um conteúdo aqui, por exemplo, eu sempre devo me perguntar: isso ajuda o meu leitor a chegar em Roma? Se sim, vá em frente. Se não, repense. E isso tem sido muito bacana porque na verdade essa lucidez me ajuda a criar um conteúdo mais legal e assertivo para vocês.

E o que isso tem a ver com a sua vida, caro leitor? Oras, tudo. Porque você saber qual é a “sua Roma” também vai te ajudar nesse tipo de exercício de foco. Suponhamos que você queira passar no concurso público para ser auditor da Receita Federal. Essa é a sua Roma. Quantas coisas você está fazendo hoje no seu dia que te levam até lá? Não precisa necessariamente ser “estudar”. Dormir bem e ter uma noite de sono reparador te levam a Roma? Com certeza. Alimentar-se corretamente te leva a Roma? Sim. É basicamente isso.

Não que absolutamente TUDO na sua vida deva ser relacionado com a sua Roma – e ah, é claro que você pode ter mais de uma, ok? Trata-se simplesmente do resultado desejado para o que quer que seja. Você pode ter um maior, como pode ter outros. Você pode dizer: “minha Roma hoje é dormir mais cedo”. Aí você vai fazendo escolhas ao longo do seu dia que colaborem nesse caminho. Tomar uma caneca com 350ml de café no fim da tarde te leva a Roma? Acho que não!

A gente está aqui no meio de um projeto sobre como se tornar referência no seu mercado e levar o seu trabalho para o digital no Jornada POP, e não é à toa que eu tenho me referido a essa Roma toda vez que eu cito o projeto, porque esse resultado tem que ficar claro, para a pessoa se identificar ou não com ele. Economiza um tempão de todo mundo. É um atalho mental. Se a pessoa não quiser se tornar referência nem levar seu trabalho pro online, ela não vai perder tempo assistindo.

E esse é um exercício que eu gostaria que você passasse a fazer daqui em diante. Vá identificando aos poucos as suas “Romas”e, assim, coordenando os seus caminhos até lá. Ontem mesmo eu já cancelei um projeto importante porque simplesmente não me levava à minha Roma. E é isso. Assim é a vida.

E, se você for nerd como eu, já deve estar com vontade de pesquisar mais sobre esse ditado, então veja aqui.

Foco para escrever a dissertação do mestrado

Muitos leitores me pediram para que eu compartilhasse como tenho feito para escrever a dissertação do mestrado. Eu imagino que, ao concluir todo o processo, eu tenha dicas melhores e mais assertivas para dar, pois terei uma visão do todo, mas achei que também seria interessante mostrar um pouco essa visão “de dentro”, de como tem sido enquanto estou passando por esse processo.

Para quem não sabe, estou finalizando meu mestrado em Comunicação, neste semestre. Tem muito texto aqui no blog sobre o meu tema e sobre o mestrado como um todo. Dê uma olhada, se tiver interesse em saber mais. 😉

Muito se fala no meio acadêmico e entre pesquisadores sobre a saúde mental durante um mestrado ou um doutorado. No meu caso, o mestrado é justamente minha válvula de escape, com sinceridade. Ano passado eu tive um ano difícil pacas, após a morte da minha avó, e o que me manteve sã foi continuar a estudar no mestrado. Este ano, tive muitos percalços na vida profissional, e o mestrado me manteve centrada. Logo, se eu não me senti bem, foi por diversos outros aspectos que não a vida acadêmica em si. Este ano, especialmente a política e a realidade do Brasil têm me deixado bastante deprê. Ainda estou aprendendo a melhor maneira de lidar com tudo isso, mas de longe o mestrado me ajuda a me distrair e também a ter um entendimento mais crítico de tudo o que está acontecendo.

Hoje, eu consigo ver que existe sim uma pressão e que existem relações tóxicas dentro da academia. Por uma imensa sorte, meu orientador é uma pessoa incrível. Não sei bem se foi sorte, pois eu o escolhi já sabendo que ele tinha certas características que batiam com as minhas. Isso foi uma escolha consciente e que deu certo, mas também pode-se dizer que foi sorte pois ele poderia não ter aceitado o meu convite para me orientar e, na prática, ele também poderia não ser como eu esperava. E tem sido ótimo. Ele é muito consciente também desse lance da “depressão acadêmica”, e fica atento a isso o tempo todo, diminuindo a pressão e acertando o foco sempre que necessário.

Nos últimos dias tivemos uma reunião de um dos grupos de pesquisa que participo, e uma aluna que está iniciando o pré-projeto para o mestrado disse que estava muito estressada, visivelmente com questões individuais que ela deveria tratar em uma terapia. E fazer terapia é importante para todo mundo. A primeira coisa que quero te falar, então, é: por favor, não ache que seus problemas e questões internas vão se resolver sozinhos. Mestrado, doutorado, até mesmo a faculdade em si, são cursos que trazem um volume imenso de atividades à sua vida. O problema não está no meio acadêmico, mas em você se cuidar, ser compassivo/a consigo mesma/o, entender que cada pessoa está em uma fase diferente, não se cobrar tanto, se organizar, enfim.

Eu também acho que rola uma espécie de “fetiche acadêmico” de dizer “nossa, estou finalizando a dissertação e estou sem dormir” ou “posso dormir quando estiver morto”. Esse tipo de discurso é alimentado diariamente e, com sinceridade, acho que não ajuda em nada. Venho tentando eu mesma não repetí-lo, porque é muito fácil você dizer determinadas frases apenas para o outro ter empatia e vocês se confortarem. Sim, existem problemas, mas, mais uma vez, acredito que foco seja tudo na vida. E eu prefiro focar no meu desenvolvimento intelectual, no meu trabalho, enfim, nas coisas boas dele, e não nas supostas coisas ruins.

Sobre a dissertação, vários leitores me pediram dicas para focar na hora de escrever. Eu não tenho dicas específicas para a dissertação em si, mas para qualquer trabalho aprofundado que demande produção intelectual. Escrever a minha dissertação demanda um estado de fluxo semelhante a escrever um post para o blog ou uma apostila para um curso. Claro que são demandas diferentes, com técnicas diferentes. Mas, em termos de foco, dá no mesmo.

O que posso dizer, sem sombra de dúvidas, é sobre todos os NÃOs que tenho distribuído para conseguir focar na dissertação. Veja, a vida continua. O mundo continua girando. Existem coisas que não posso tirar, especialmente no meu trabalho, que garantem o meu sustento (e até a possibilidade de fazer um mestrado). Mas existem MUITOS projetos que podem esperar. E estou fazendo todos eles esperarem. Especialmente projetos meus, particulares. Mas também projetos acadêmicos.

Outro dia escrevi um post sobre “coisas que deixei de lado para ter o que tenho”. Gente, para cada SIM que digo, disse uns 450 NÃOs. É impossível “listar” tudo o que deixei de lado pois são infinitas coisas. E outra, qual o ponto de listá-las? Prefiro dar atenção ao que eu disse SIM – essas sim relevantes o suficiente para fazerem parte da minha vida no momento e me permitirem ter foco. Deixar outras coisas de lado significa justamente não focar nelas, então para que perder tempo tentando listá-las? Não, não. Não me peçam isso e, por favor, fica de recomendação que você também não o faça. Não leva a nada, a não ser a frustração.

Eu tinha planejado dedicar o meu mês de julho para o mestrado da seguinte maneira:

  • primeira semana: artigo da última disciplina
  • segunda semana: fechar o artigo do evento que participei no sul (prazo: 15/7)
  • terceira e quarta semanas: dois capítulos da dissertação

No entanto, nas duas últimas semanas do mês eu passei por uma transição enorme, que impactou completamente a minha vida e me colocou em um turbilhão de coisas acontecendo. Ainda não me sinto preparada para falar mais sobre isso, mas em algum momento falarei. O que você precisa saber é que foi TRASH. E o fato prático é que não consegui cumprir o meu prazo. Entregar esses dois capítulos no início de agosto era o melhor dos cenários, no entanto. Como não eram prazos apertados, não me estressei. Gente, a vida é isso aí. Se eu for me cobrar por todas as coisas que eu não fiz no prazo “desejável”, certamente vou enlouquecer. (Para vocês terem uma ideia, o prazo real é final de novembro. Eu que queria entregar antes.)

Conversei com o meu orientador agora no início de agosto, expliquei o que aconteceu e reorganizamos nosso cronograma. Projeção otimista: finalizar até o meio de setembro. Se não for possível, finalizar em outubro. E tá tudo bem. Claro que isso não significa deixar para a última hora. Eu quero entregar antes. Mas me dá uma perspectiva um pouco melhor, sabe? Não preciso ficar desesperada.

Para conseguir focar na entrega da dissertação, esses foram os ajustes que fiz – apenas no nível acadêmico:

  • tirei todas as leituras que eu estava em andamento e deixei apenas as leituras necessárias para a dissertação
  • desisti de participar como ouvinte de uma das disciplinas (prefiro focar o horário na escrita da dissertação)
  • desisti de participar de um seminário do grupo de pesquisa que acontecerá em outubro
  • desisti de ministrar duas disciplinas que eu fui convidada para um programa de MBA (tenho a vida toda para fazer isso)
  • resolvi não fazer o estágio docência neste semestre (acompanhamento pedagógico com um professor para pegar didática em sala de aula de graduação)
  • não vou participar de absolutamente NENHUM evento apresentando trabalhos
  • não vou produzir mais nada em termos acadêmicos (artigos etc.) além da dissertação
  • não vou pensar no pré-projeto para o doutorado (só depois da entrega da dissertação)
  • toda semana, tenho pelo menos uma meta relacionada à dissertação, como por exemplo: finalizar o capítulo 2

Isso para mim já fez toda a diferença. Tudo isso são atividades que poderiam não tomar tanto tempo, mas tomam tempo. Um pouquinho aqui e um pouquinho ali já fazem muita diferença.

Isso porque nem entrei no aspecto profissional da empresa e no pessoal. Vish, muita coisa incubada. E tô super sussa com relação a isso.

Para a escrita em si, eu não tenho muito segredo, pois ESCREVER faz parte da minha rotina. Eu sou escritora. Todos os dias escrevo. Para a dissertação, vale o mesmo raciocínio. Leio e estudo todos os dias, assim como escrevo um pouco todos os dias. Para mim, não funciona essa coisa de “vou bloquear um período na minha agenda para escrever na quinta de manhã”, porque na quinta de manhã posso estar sem pique e energia para escrever. Eu organizo todas as minhas atividades na vida de modo que eu consiga aproveitar o melhor de cada momento para fazer o que a minha energia proporciona como melhor alternativa para que eu faça. Simples assim. Como dica, diria que você precisa se conhecer e entender o que funciona melhor para você em termos de fluxo de trabalho. Tem gente que prefere bloquear o tempo na agenda. Sabe? Então não tem certo ou errado, mas testes e manter o que funciona.

Estou dizendo NÃO a um monte de projetos novos simplesmente porque, quanto mais tempo eu abrir na minha agenda, mais tempo terei para escrever e terminar logo a dissertação. É assim que funciona para tudo na vida, gente.

Uma dica rápida que pode ajudar é sobre a lista “depois de”. ->

Como ter foco em uma única atividade em um mundo de distrações?

Quando defini o título deste post, o comentário que me veio à mente foi: “uau, essa é a pergunta do século!” rs Porque se tem algo que faz parte da realidade de todo mundo hoje em dia é o excesso de distrações, informações e coisas a fazer. Neste post, vou trazer minhas principais estratégias então para te ajudar, como se estivesse conversando com uma amiga tomando um café!

Desligue todas as suas notificações

Já li alguns textos e pesquisas que dizem que, uma vez que a gente se distraia, leva mais ou menos uns 20 minutos para se concentrar de novo. Isso se a gente não tiver nenhum distúrbio de déficit de atenção, o que piora ainda mais o quadro.

Hoje a gente vive em um momento da humanidade em que existe tanta notificação que, se a gente levar a informação acima a sério, entende que, basicamente, não fica concentrado em nenhum momento, porque a cada 15 segundos aparece uma notificação nova no celular ou no computador.

É por isso que eu desabilito todas as notificações do meu computador (e-mail, calendário etc). Só deixo a de atualização do sistema, e mesmo assim acho ela meio chatinha (mas suporto). No celular, tiro todas. Deixo apenas para Uber e serviços de entrega, pois considero úteis. Todo o resto – especialmente mensagens – eu tiro.

Acho que o que faz as pessoas ficarem receosas de tirar as notificações é o medo de receber algo importante e não ver de imediato. Pela minha experiência, o que funciona é olhar nos intervalos. Se tiver algo importante, eu vou responder. Mas toda a massa do não importante, que é a maioria, não vai me atrapalhar. Esse é o ponto.

Na prática, funciona assim: estou escrevendo este texto aqui para o blog. Estou concentrada. Quando acabar a primeira versão, eu levanto, pego algo para comer ou beber e dou uma olhada no celular. Nada urgente? Sigo trabalhando. É isso. Ou seja, eu olho direto as minhas mensagens, mas sou eu quem julgo o que é urgente e o que precisa da minha resposta imediata. E respondo quando puder.

Claro que, devido ao meu trabalho, por entender que tenho clientes que precisam de respostas imediatas, eu tenho algumas estratégias, que são:

  • Tenho uma pessoa que trabalha de segunda à sábado, em horário comercial, atendendo clientes e me repassando o que precisa da minha intervenção ou o que for mais urgente.
  • Coloco uma resposta automática em todos os meus e-mails, dizendo que não trabalho com a caixa aberta e que responderei assim que possível. Se for urgente contate X e Y de pessoas.
  • Vou educando as pessoas que trabalham diretamente comigo sobre a minha política de comunicação e, aos poucos, todo mundo vai conhecendo e respeitando.

Desligue as notificações e veja a paz que passará a reinar no seu dia. Fica até parecendo que tem algo estranho ou errado. Teste.

Depois que desliguei as notificações de maneira geral, meu foco aumentou em uns 300%.

Tenha paz sobre tudo o que você NÃO está fazendo

Nada tem o poder de me distrair mais do que ficar lembrando de coisas que preciso fazer ou ficar preocupada com coisas que eu deveria estar fazendo.

Existem muitas técnicas para que eu possa analisar tudo o que eu tenha para fazer e, momento a momento, escolha no que vou focar. Tudo o que escrevo aqui no blog tem essa finalidade, e eu não poderia resumir em uma frase ou post. Mas, uma vez que eu tenha decidido realizar uma atividade, quero estar completamente presente nela, focada. Para isso acontecer, eu dependo de duas coisas:

  1. Deixo meu Bullet Journal aberto do meu lado, enquanto estou no computador trabalhando ou fazendo alguma atidade offline (tipo ler um texto ou livro), porque tudo o que eu me lembrar de fazer, eu apenas anoto ali para lidar com a demanda mais tarde. Eu não paro o que eu estou fazendo para executar outra atividade, a não ser que a casa esteja pegando fogo, obviamente.
  2. Tenho que ter um painel com um inventário completo de todos os meus afazeres. Compromissos, ações, rotinas, projetos, tudo. Isso no GTD a gente chama de “sistema”. É um conjunto de listas e ferramentas que têm um foco diferente cada uma – ou seja, olho quando tenho que olhar, e não tudo ao mesmo tempo – que me permite olhar todo esse inventário de coisas a fazer e saber que tudo o que não estou fazedo está ali, sob controle. Toda semana, faço uma revisão para que as listas estejam atualizadas, e diariamente as alimento.

Uma técnica que me ajuda a ter foco momento a momento é: acabei uma atividade, eu me pergunto qual é a coisa mais importante que eu tenho para fazer agora. Muitas vezes, é comer, beber água ou fazer xixi. E, enquanto estou comendo, bebendo água ou fazendo xixi, eu já me pergunto qual é a próxima, que pode ser “finalizar arquivo para enviar para a impressão”. Finalizando o arquivo, eu já penso na próxima, que pode ser ënviar o contrato pelo motoboy”. Assim, ao longo do dia, tendo base em um sistema que me mostre tudo o que preciso fazer, consigo focar nas escolhas intuitivas do que for mais importante.

Veja suas mensagens e e-mails nos intervalos e processe tudo diariamente, apenas uma vez

Como eu deixo as notificações desligadas, sempre que termino alguma atividade concentrada, eu dou uma olhada em todas as minhas caixas de mensagens para ver se tem algo urgente que precisa de resposta. Se sim, respondo. Se não, deixo para responder depois. Que depois? No final da tarde, ou do meio da tarde para o fim do dia, gosto de zerar todas as minhas caixas.

“Zerar” uma caixa de entrada não significa resolver tudo o que chegou ali, mas endereçar corretamente. Abrir um e-mail, ver se ele demanda ação ou não e, se sim, decidir quando vou executar. Simples assim.

Existem alguns posts aqui no blog onde explico como fazer com mais detalhes. Vale a pena aprender, porque é uma prática diária que muda a vida e a maneira como nos relacionamos com as pessoas.

Outra prática que tenho sobre e-mails é: antes do almoço, gosto de disparar as mensagens. Ou seja, tudo o que tenho que solicitar a alguém, envio nesse horário. Depois de alguns testes, percebi que é o melhor horário, pois geralmente a pessoa volta do almoço e vê seus e-mails – e ela já tinha visto o montante pela manhã, quando começou a trabalhar. Então ela consegue focar melhor nos e-mails novos.

Outra dica que gosto de dar é a de agendar as mensagens. Eu trabalho em horários alternativos, mas já percebi que as pessoas gostam ou preferem receber mensagens em horários específicos – como na hora do almoço. Por isso, se eu responder um e-mail às 20h ou às 9h, eu prefiro agendá-lo para ir em um horário de preferência, pensando até em como quero receber essa resposta. No Gmail, existe uma extensão chamada Boomerang que permite isso (vale a busca). No Outlook, até onde eu sei, também dá para agendar mensagens.

Duas coisas atrapalham pacas: centralizar e querer ser perfeccionista

Sempre fui ambas as coisas, e isso sempre me atrapalhou muito.

Quando percebo que estou demorando muito para fazer algo (porque simplesmente não cabe na minha rotina), eu considero delegar para alguém. Se sou eu mesma que preciso fazer, eu penso melhor em como poderia executar, ou incubo a atividade (veja aqui um post recente sobre esse lance).

Sempre fui perfeccionista. E isso me fez sofrer muito, porque às vezes eu nem queria começar uma atividade porque “não ia fazer do meu jeito”. Ou então eu nunca conseguia concluir algum projeto porque achava que “nunca estava perfeito”. Quando eu me libertei disso, minha vida começou a andar! Porque eu aprendi um conceito que é sobre o “produto mínimo viável” (vem da cultura das start-ups), em que a gente define um resultado mínimo que a gente concorde para finalizar uma primeira versão daquilo, e depois vai melhorando. Meu lema hoje é “feito é melhor que o perfeito não feito”.

Ter na cabeça o princípio de que continuaria melhorando algo mesmo depois de supostamente tê-lo concluído me libertou e abriu o mundo para novas possibilidades.

Conclusão…

A organização existe justamente para que a gente não precise perder tempo ou se estressar com algo que, se a gente pensou e planejou antes, vai tornar tudo mais tranquilo, mais fácil e mais prático.

Ter foco não depende de ter algo simples, tipo uma lupa, e pronto, seus problemas foram resolvidos. É algo que você cria. Tem que ser pró-ativo. Não é algo que simplesmente acontece.

Espero que, com este post, eu tenha trazido dicas e técnicas que realmente te ajudem. Como eu comentei no início do post, tentei escrevê-lo como se estivesse dando essas dicas para uma amiga em um café. Por favor, deixe um comentário caso você já use algumas dessas técnicas, pois isso pode encorajar os outros leitores a tentarem também! Muito obrigada!

A única coisa

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Eu li um livro que me impactou muito ultimamente, que foi o livro “A única coisa” (Jay Papasan). Misturei ele com um aprendizado que eu tive lendo o livro “Ready for anything” (David Allen) também, em um capítulo onde ele fala assim: qual a melhor escolha que eu posso fazer hoje, dentro das circunstâncias que tenho, na minha vida?

Quando estou com muitos pensamentos ao mesmo tempo e tenho muitas coisas para fazer, agora eu me pergunto assim: qual é a única coisa mais importante que eu preciso fazer agora? Isso me dá um poder de foco tremendo, com decisão imediata. E quantas vezes a resposta não foi simplesmente dormir, beber água ou ir ao banheiro? E nós simplesmente ignoramos essas questões.

Se você tem uma lista de coisas a fazer hoje, qual é a mais importante para você fazer neste momento? Escolha e faça.

Sei que parece uma dica simples, mas tem me ajudado tanto na visão que tenho das coisas! Estou aplicando isso no meu dia a dia em praticamente tudo, e é incrível como nos dá foco e poder de decisão com boas escolhas. Porque, no final das contas, nossas atividades são apenas distrações. É mais fácil se manter no “modo: ocupado” que analisar se estamos nos engajando de forma correta com aquilo que é importante para nós. Responder uma mensagem no celular é mais importante que estar ali, presente com o seu filho?

Recomendo a leitura de ambos os livros citados mas, acima de tudo, o teste dessa dica. Tente responder essa pergunta sempre: qual é a única coisa mais importante que eu preciso fazer agora? Eu sinceramente acredito que pode mudar muitas vidas por aí.

Temos muitas coisas acontecendo, muitas circunstâncias, mas precisamos ficar tranquilos sabendo que tomamos a melhor decisão nesse momento, com os recursos que temos, para nos sentirmos tranquilos. Fazer esse exercício pode significar um passo importante em busca do resultado de cada vez mais melhores escolhas em nossa vida.