Hoje eu completo 43 anos de vida.
Antes de voltar para o Brasil, eu perguntei para o meu namorado: “o que você acha que eu mudei de setembro de 2023 para setembro de 2024?”. A resposta não veio de bate e pronto. A gente pensou um pouco, mas algumas ideias vieram logo:
- melhorei minha auto-confiança
- tive mais clareza sobre o que quero com a empresa e o meu trabalho
- evoluí muito como pesquisadora e estudante
- compreendi uma série de bloqueios emocionais que eu tinha
Essas foram as coisas boas, mas eu também tive coisas ruins.
Prefiro não postar aqui (ainda me pertence essa privacidade).
Eu estava relendo o post que escrevi em 2021, quando completei 40 anos, e eu me lembro com clareza dessa época em que eu estava plena em todas as áreas da minha vida. Era um sentimento como… eu não tenho mais nada a fazer neste mundo e poderia morrer agora. Falando assim, parece horrível. Mas foi naquele momento que eu percebi que faltava vida em mim. E meus últimos anos foram o reflexo dessa busca por vida.
Não diria que essa busca se concretizou, mas muitas coisas aconteceram nesse meio tempo. Eu acredito que ainda preciso de mais um ano para finalizar esse arco pessoal de autoconhecimento. Por quê? Simplesmente porque meu foco é o doutorado. Eu preciso finalizar essa etapa, porque tentar fazer um monte de coisas junto com ele foi o que me deixou ansiosa e com um diagnóstico de fibromialgia. E só quando eu finalizar esse grande objetivo eu vou conseguir respirar, limpar a poeira e olhar para tudo com calma.
Eu estou passando por uma imensa e longa transição de carreira do marketing para a educação. Comecei há anos e está no meio do processo. São muitas mudanças, decisões, experiências. Não estou no meu melhor momento da minha vida financeira, e acho que isso reflete as mudanças a empresa e no meu trabalho, simplesmente. Mas sei que vai dar certo. Confio na minha competência, nas minhas habilidades, nas minhas ideias.
O foco do meu último ano foi CARREIRA e sem dúvida foi acertado. Não teve um dia que eu não refletisse sobre isso e trabalhasse nesse ponto. Agora, neste momento do ano, em que estou finalizando o planejamento do meu ano novo, estou em dúvida se o foco será saúde, emocional ou finanças. Todos são bem importantes para este meu momento, então vamos ver.
Eu tenho grandes alegrias na minha vida no momento. Uma é o meu filho, que é simplesmente incrível. Ele é inteligente, faz amizade com facilidade, está tocando teclado muito bem, é compreensivo e respeitoso, muito maduro para a idade dele. Outra é o meu relacionamento com o Henrique, que foi simplesmente a melhor coisa que me aconteceu depois do nascimento do meu filho. Como foi bom termos nos encontrado e ficarmos juntos. A terceira é a Malu, minha grande parceira de trabalho, que evoluiu tanto que já não sei mais como é trabalhar sem ela.
Acabei de voltar para o Brasil e cancelei várias viagens que faria nesse segundo semestre porque preciso da minha rotina em casa. Preciso cuidar da minha saúde. Eu perdi as contas de quantas vezes viajei nesse último ano. Quero ficar aqui mais quietinha, com o filhote, os dogs, fazer minha própria comida, atividade física, o trivial mesmo. É simplesmente o que eu preciso fazer no momento. Amo viajar mas ultimamente eu viajei tanto que desenvolvi uma espécie de “estresse de aeroporto” que mexeu muito comigo e com a minha saúde, e eu acho que agora é hora de ficar quieta no meu canto realmente.
Eu estou um pouco melancólica escrevendo este texto. Vivendo aquele momento do “velho que ainda não morreu e o novo que ainda não nasceu”. Meio deslocada, depois de tanto tempo fora. Mas consciente de que isso vai passar e que vai ficar tudo bem.
PS: Hoje, no dia do meu aniversário, eu estou muito feliz! <3 A foto abaixo reflete isso.
