A linkagem de domingo traz alguns textos que li e gostei ao longo da semana, assim como links e ideias para coisas que eu estou curtindo no momento. Não necessariamente têm a ver com organização mas, de alguma maneira, estão relacionados a tudo o que eu publico aqui no blog.
Está impossível acompanhar tudo que existe de LIVE e de conteúdos criados nesse período atual, mas um canal que faço questão de acompanhar é a Casa do Saber. Este vídeo fala sobre a importí¢ncia das rotinas. Aproveite para explorar outros – todos com temas ótimos.
A entrevista fantástica do ítila para o Roda Viva. ítila é doutor em infectologia e tem feito um papel de conscientização e esclarecimentos fantástico na Internet durante essa pandemia.
Capa do Le Monde Diplomatique desta semana. Para refletir.
Reportagem sobre George Harrison e vegetarianismo. Resgatei esse tema ultimamente diante do que estamos vivendo. Quanto mais eu vivo, mais me identifico com o George. 😉
“Moisés Borowicz, 93 anos, sobreviveu três anos em um campo de concentração nazista na Segunda Guerra Mundial.” E ele tem um recado pra gente.
Reportagem importante da Folha de SP sobre a realidade dos números de mortos e infectados. Vamos ficar atentos. A reportagem traz bons esclarecimentos.
Considere fazer um diário para registrar sua rotina e os seus sentimentos durante a quarentena. Artigo em inglês.
Vamos superar! Paciência, resiliência, esperança e fé!
Achei que seria interessante postar como tem sido a minha rotina nessa situação atual, pois algumas pessoas têm me perguntado e o post ficará como referência.
í‰ muito difícil manter a rotina, ao meu ver, por dois fatores:
A mente, a ansiedade, a preocupação. Apesar de eu tratar tudo isso muito bem, são fatores que hoje estão mais presentes do que antes, então existe um esforço maior de me entender, me conhecer e saber identificar quando esses fatores mentais estão aparecendo na minha cabeça e como lidar com eles.
A rotina dos meus meninos (marido e filho) está alterada, e isso mexe completamente com a minha, pois não posso simplesmente manter uma rotina individual ignorando as necessidades e a existência deles.
Faz 22 dias que eu estou em quarentena, o que significa que ou não estou contaminada, ou sou assintomática. Aqui em casa, nenhum dos meus dois meninos teve qualquer sintoma também, então estamos nos sentindo protegidos.
De modo geral, meu marido me falou ontem, e eu sinto o mesmo, e sinto até um pouco de vergonha de dizer isso sabendo que existem pessoas em condições muito piores e que pode soar como ostentação, mas nós estamos muito bem isolados em casa. Saber que estamos protegidos, que estamos bem, e que estamos juntos, tem feito toda a diferença no nosso astral. Nós desde o início nos propusemos três coisas, como adultos:
Sermos o ponto de apoio pro nosso filho, de modo que ele se sinta seguro e esperançoso diante de tudo o que está acontecendo;
Respeitarmos o momento de cada um;
Focarmos em desenvolver uma mente positiva.
Penso que ter estabelecido isso logo no início nos ajudou a ficar bem todos os dias. Temos dias mais difíceis, em que meu marido está mais preocupado e irritado, e dias em que eu quero ficar mais quietinha, sem conversar muito. Não estamos ignorando a situação e nem acho que ela deva ser ignorada. Ela existe. Há preocupação. Mas, ao mesmo tempo, é a nossa vida agora, e ela precisa ser vivida da melhor maneira possível.
Aqui na nossa casa temos um quintal, mas não dá para frequentá-lo, pois ele está em reformas. Eu retomaria essa obra este ano, pois é algo que precisa ser feito aos poucos (pelo $ mesmo). Com a situação atual, está em suspenso. Logo, nossa convivência na nossa casa é como se a gente morasse em um lugar sem quintal. Estou falando tudo isso porque acho que um quintal faria toda a diferença nesse momento. O que mais sentimos falta é desse ar livre. Poder meditar, fazer yoga, sentar na cadeira para tomar um sol e ler um livro, brincar com os cachorros, o próprio filhote fazer outras coisas. Mas, tirando isso, está tudo bem.
Eu já tenho uma maneira pessoal de organizar a vida que funciona muito bem, então não preciso de mudanças nesse sentido – apenas reajustes. Mais do que nunca, meu sistema me dá todo o suporte necessário.
Esse sistema se baseia em duas ferramentas que são essenciais para gerenciar o dia a dia: minha agenda no Google e minhas listas de próximas ações no Todoist.
Todos os dias, abro a agenda, pois lá tem o que preciso fazer / saber no dia de hoje. Obviamente tenho menos agendamentos, mas ainda assim tenho alguns. E tenho alguns lembretes e ações que aparecem na parte de cima da agenda, como “compromissos de dia inteiro”, que na verdade são informações ou ações que posso fazer a qualquer momento ao longo daquele dia. O que está na minha agenda é o essencial, aquilo que efetivamente eu tenho que fazer no dia. Logo, fico com ela aberta e foco no que está ali antes de olhar para qualquer outro lugar.
Ao longo do dia, nos intervalos, olho a minha lista de próximas ações, que fica no Todoist, e trabalho no que tem prazo, nas rotinas diárias e em todo o restante que esteja ali (expliquei melhor em um post que entrou há poucos dias).
Definitivamente a rotina não é a mesma de antes pois sou mais interrompida pelos meninos do que quando eles não ficavam em casa, mas faz parte. Não é algo para ficar iritada, e sim saber que eles têm suas demandas e que vão falar comigo porque eu não estou em uma bolha. O que faço é garantir as coisas andando durante algum tempo em casa (já explico) e, quando preciso me concentrar e não posso ser interrompida, eu aviso para eles e fecho a porta do home-office. Quando posso ser interrompida, fico trabalhando com a porta aberta e o fone de ouvido, para o barulho não me atrapalhar.
Trabalhando em casa em um dia comum
“Garantir as coisas andando” em casa basicamente significa identificar o que pode levar a interrupções e já antecipar. Coisas como:
vai chegar entrega hoje, é da Amazon, pode pegar
o que vamos almoçar? quer eu que faça algo ou você faz?
filhote, você vai fazer a lição da escola agora né?
você pode fazer tal coisa?
Enfim, eu dou uma geral para garantir que, durante o período que eu preciso me concentrar, eles estejam ocupados. Cada vez que termino alguma atividade, ou a cada 1h ou 1h30 trabalhando no computador, eu levanto, vou lá ficar com o filhote um pouco e faço alguma tarefa doméstica. Um ritmo diferente de como era antes, mas ainda assim leve.
O que eu ainda não consegui acertar muito bem é meu horário de sono. Como comentei ultimamente por aqui, estava caminhando para uma rotina de dormir e acordar cedo (21h30-5h30), mas na situação atual não é possível. Explico: meus meninos dormem mais tarde. Se eu for dormir cedo, muitas vezes é o momento em que assistíamos juntos um filme, ou mesmo ficávamos mais tempo juntos, sem fazer nada. Fora que, dormindo cedo, e eles acordados, a casa fica barulhenta. Logo, estou indo dormir mais tarde e acordando mais tarde também, mas essa mudança pega MUITO pra mim e, até me acostumar, é como se eu estivesse em fuso horário diferente. Mesmo dormindo de 7 a 8 horas toda noite, eu acordo me sentindo cansada, porque essa mudança de horário de dormir e acordar é algo que mexe demais comigo.
Em termos de alimentação, meu marido continua responsável pela comida e eu apenas complemento caso precise de mais nutrientes, devido í minha condição especial pós cirurgia bariátrica etc. Por exemplo, se eles fizerem uma pizza, eu também como pizza, mas o recheio da minha terá brócolis, abobrinha etc, e não apenas queijo e molho de tomate, com a deles, muitas vezes.
Outra mudança na minha alimentação foi voltar a comer um alimento processado, que é a proteína texturizada de soja. Eu não estava consumindo, mas é um alimento importante e fácil de estocar, e me traz proteínas de maneira segura. Minha nutricionista e minha terapeuta de ayurveda liberou com mil ressalvas devido í condição da bariátrica, apenas durante esse período de quarentena, pois não posso correr o risco de passar mal e ter que ir para um hospital, o que seria muito pior.
Mas, de maneira geral, estou me alimentando muito bem, priorizando alimentos frescos. Para evitar pegar alimentos na feira do mercado (pois são manuseados por muitas pessoas e, portanto, com maior risco de contaminação), assinei uma cesta de orgí¢nicos que chega semanalmente em casa. Isso tem sido ótimo, pois traz uma certa variedade í s refeições (são sempre alimentos da época e escolhidos pelo produtor) e garante que a gente coma todos os dias, em todas as refeições, alimentos frescos. Sempre temos uma salada lavada, legumes em todos os pratos etc.
Imagem: Country Living
Sobre a rotina de compras. Meu marido optou por ele ser a “vítima” a sair de casa para ir ao mercado uma vez por semana e receber entregas na porta. Temos pedido entregas apenas do que for absolutamente necessário e, de comida, apenas os orgí¢nicos (uma vez por semana) e uma mercearia do bairro que estou comprando a cada 15 dias para ajudá-los. Toda vez que chega algo em casa, higienizamos direitinho. Quando meu marido volta da rua, deixa os sapatos para fora, coloca a roupa para lavar e toma banho imediatamente após higienizar as compras.
Aqui está a nossa lista de tarefas domésticas e como estamos dividindo:
Lavar, dobrar roupa: dividimos
Fazer comida: dividimos
Lavar a louça: dividimos
Limpar a casa: dividimos
Trocar roupa de cama e de banho: geralmente eu
Faxina mais pesada: geralmente ele
Lixeiras: ele
Limpar pias, espelhos, arrumar cama e arrumação diária: geralmente eu
Quando eu digo que estamos dividindo, quero dizer que deixamos espontí¢neo e quem puder ou quiser acaba fazendo. Por exemplo, eu costumava colocar a roupa para lavar, mas muitas vezes ele se antecipa e coloca antes de mim. Logo, eu não faço, mas pode ser que faça no dia seguinte. Louça a gente lava o dia inteiro – quem estiver na cozinha fazendo alguma coisa acaba lavando. Varrer a casa í s vezes eu varro, passar pano no chão ele gosta de passar, mas eu também passo. Então assim vamos dividindo.
Ainda estamos nos acertando com a rotina do filhote, mas agora ele já está mais acostumado. Nos primeiros dias ele sentiu bastante. A escola não está dando aulas – tem atividades diariamente, mas sem aulas. Estamos aguardando pacientemente eles se organizarem, mas eu fico um pouco preocupada de saber que uma escola grande como a dela não tenha um projeto decente para EAD. Enfim, aguardo pacientemente.
Com relação ao meu trabalho, meus dias se resumem a:
criar conteúdo gratuito para todos os canais: blog, newsletter, youtube, telegram, instagram, pinterest, facebook, twitter
gravar, editar, revisar aulas para os meus cursos online
produzir e revisar materiais para os meus cursos
escrever meu novo livro (estudos)
revisar materiais (atualmente estou revisando a tradução de um novo livro do GTD)
responder dúvidas e mensagens de suporte nos cursos, dos meus alunos
responder duvidas e comentários em todos os canais do Vida Organizada
realizar reuniões com colegas de trabalho e parceiros
pesquisar e estudar! livros, artigos, textos, vídeos, aulas, exercícios práticos
Tenho me refugiado demais no Budismo nesses dias e tenho certeza que é isso que tem me feito bem e me ajudado a manter a mente tranquila.
Talvez seja o momento de você olhar todas aquelas coisas que você sempre quis mudar na sua casa mas nunca teve tempo.
Talvez seja o momento de aprender a meditar.
Talvez seja o momento de revisar toda a papelada em casa, digitalizar documentos importantes, reorganizar as pastas.
Talvez seja o momento de estudar direito inglês.
Ou aprender um novo idioma. Ou estudar melhor português.
Talvez seja o momento de elaborar um novo projeto de pesquisa que você já queria fazer faz tempo, mas nunca tinha tempo.
Talvez seja o momento de voltar a fazer as refeições junto com a sua família, sem celular, com conversas sobre o dia, os sentimentos, a piada que ouviu.
Talvez seja o momento de relembrar histórias.
Talvez seja a hora de voltar a tocar aquele seu violão que estava parado e você nunca quis vender porque sabia que em algum momento ia pegá-lo de volta.
Talvez seja o momento de ler todos os livros não lidos na sua estante.
De ouvir aquele seu disco preferido que você nunca mais tinha ouvido com calma, da primeira até a última música.
Talvez seja o momento de revisar as pastas no seu e-mail.
Talvez seja o momento de escrever um diário. Ou começar um Bullet Journal.
Talvez seja o momento de organizar as fotos da família em uma grande sessão coletiva para relembrar memórias.
Talvez seja o momento de buscar um curso online sobre um assunto que sempre te interessou mas você nunca teve tempo de encaixar no seu dia a dia.
Talvez seja o momento de ligar para cada um dos seus amigos e bater um papo como vocês não fazem desde a adolescência.
Talvez seja o momento de você finalmente começar a escrever aquele livro que você sempre sonhou a escrever. Ou a criar um blog, ou um canal no YouTube, para seus netos verem seus vídeos na posteridade.
Talvez seja o momento de reassistir todos os seus filmes preferidos.
Talvez seja o momento de montar aquele quebra-cabeça de 3.000 peças que está guardado na parte de cima do armário, pegando pó.
Talvez seja o momento de mostrar para os seus filhos como é o seu trabalho.
Talvez seja o momento de usar aquelas roupas que você adora mas deixa guardadas para uma “ocasião especial”.
Talvez seja um bom momento para revisar todos os seus projetos em andamento e planejar com mais detalhes aqueles que pode focar em concluir mais rapidamente.
Talvez seja o momento de colocar o sono em dia.
Talvez seja o momento de ficar sem fazer absolutamente nada por um dia inteiro.
Talvez seja o momento de aprender a cozinhar.
Talvez seja o momento de conversar mais com os seus filhos.
Talvez seja o momento de adotar um animal de estimação.
Talvez seja o momento de começar uma pequena horta em casa e aprender sobre plantas.
Talvez seja o momento de sentir a brisa no rosto, tomando sol (que seja pela janela).
Talvez seja o momento de olhar para dentro.
Um instrutor indiano do método GTD postou esse insight no fórum do GTD Connect e eu amei! Usei a referência para elaborar uma lista de coisas neste post, mas gostaria de creditar a ideia inicial a ele. Obrigada.
Todo mês, eu trago alguns lembretes de coisas que você pode querer ter no seu radar para organizar. Você pode usar essa checklist para organizar em seu próprio sistema de organização como preferir. Alguns itens serão projetos, enquanto outros demandarão apenas simples ações, e outros podem virar compromissos em sua agenda. Você também pode imprimir essa lista e ir riscando í medida que for fazendo. Não existe certo ou errado na organização, contanto que a usemos para a realização.
Sugestão de filme
Documentário “100 humanos”, na Netflix. São 8 episódios mostrando o resultado de diversas pesquisas com 100 humanos. í‰ muito legal! Eles discutem coisas como: que geração é melhor? E outras questões curiosas. Divertidíssimo e dá para dar uma distraída nesse momento que estamos vivendo.
Sugestão de livro
“Isso me traz alegria”, Marie Kondo. Agora que muitos de nós estamos em casa, acredito que seja uma leitura alegre e positiva para enxergar o nosso lar com outros olhos.
Sugestão de atividades
Revisar seu calendário e verificar os compromissos e agendamentos para o mês
Os textos do blog são escritos com alguns dias ou í s vezes até semanas de antecedência. Eu precisei revisar e fazer alterações neste texto um dia antes de ele entrar no ar, pois as coisas estão mudando tão rápido!
O mundo mudou.
1/3 da humanidade está em isolamento social ou quarentena.
Existem tantos temas importantes que poderíamos conversar este mês, mas eu não posso deixar de refletir sobre eles embaixo de um macro tema principal que é: viver em casa. Como funciona essa prática? Como podemos dormir, acordar, trabalhar, conviver, fazer comida, limpar a casa, ter momentos de lazer, estando todos juntos? Como é essa nova diní¢mica?
Para você que veio do futuro e não sabe sobre o que estou falando: olá! Meu nome é Thais, este é um blog sobre organização pessoal, produtividade compassiva, planejamento de vida, e neste momento estamos passando por um grande desafio como humanidade, que é uma pandemia de um vírus chamado COVID19. Ele tem uma alta taxa de contaminação, portanto a principal medida é manter as pessoas isoladas socialmente, de modo que o vírus não se propague tanto. Ele é um “inimigo” invisível, pois os sintomas aparecem de 5 a 23 dias depois do contágio, apenas, e algumas pessoas são assintomáticas, mas ainda assim podem infectar outras. Logo, as pessoas que apresentam sintomas, chegam a ir aos hospitais e podem ser testadas apenas porque estão em caso grave são muito poucas. Acredita-se que o número real seja 10 ou 11 vezes maior que o oficial divulgado. í‰ uma crise global. Diferentes países têm lidado de maneiras diferentes e enfrentado as consequências de suas ações. O vírus nasceu na China, mas com esse mundo conectado que temos hoje, realmente tanto faz sua origem – se espalharia de qualquer maneira.
Existem profissionais que não podem parar o seu trabalho justamente porque estão no campo de batalha. São médicos, enfermeiros, assistentes, faxineiros, recepcionistas e muitos outros que mantêm um hospital em pronto atendimento. Além deles, há os comerciantes de artigos essenciais (mercado, farmácia, banca de jornal), os entregadores, os jornalistas e muitos outros profissionais que podem passar de maneira invisível em meio a tanto caos. Não passam. Vocês são essenciais, são incríveis. Estão abrindo mão da própria segurança para executar esse trabalho pelo bem dos outros. Muito obrigada.
Também existem pessoas que podem trabalhar de casa, ou foram obrigadas pela empresa a tirarem férias, ou simplesmente estão desempregadas. Essas pessoas estão (ou deveriam estar) em casa. Essa é a medida recomendada pela Organização Mundial da Saúde e por todos os especialistas e infectologistas do mundo todo.
Há profissionais que, por quaisquer motivos, não podem trabalhar em casa. O empregador não liberou, ou são autí´nomos que dependem de seu trabalho fora para obter renda. Ou seja, temos diversas configurações acontecendo, mas uma coisa é certa nesse cenário: eventualmente, todos podemos ser infectados. A questão é que, se formos infectados ao mesmo tempo, não haverá atendimento para todos. Não temos leito, hospital, médicos, respiradores, para todo mundo ao mesmo tempo. Então a medida de isolamento é para “achatar a curva” de contaminação e garantir que o sistema de saúde não fique tão sobrecarregado.
Quando isso vai acabar? Não sabemos. Pesquisas mais recentes mostram que a China está identificando uma segunda onda de contaminações. A previsão dos especialistas é de que vamos alternar períodos em casa com períodos em que podemos sair – pelo menos até desenvolvermos a vacina. Isso pode levar até dois anos. Uma das maneiras de não ficar ansiosa com o imprevisível é focar no momento presente.
Aqui, temos o imenso privilégio de poder trabalhar de casa. Em dezembro do ano passado, eu ministrei meu último curso presencial para assumir o risco imenso de levar 100% do meu trabalho para o online. Não foi do nada, não foi sem planejamento. Demandou estudo, preparação, capacitação, projeção. Eu jamais imaginaria que passaríamos por isso que estamos passando agora. Felizmente minha experiência me ajudou demais nesse momento e consigo ter a cabeça no lugar para planejar os próximos meses. Meu marido trabalha comigo. Nosso sustento depende desse trabalho. Logo, como todo mundo, também estamos atentos e preocupados com os rumos da economia mas, acima de tudo, com a saúde das pessoas, especialmente nossa família.
O fato é que estamos em casa. O blog refletirá essa realidade. Como muitas outras pessoas podem estar na mesma situação, espero poder contribuir com dicas e boas práticas de modo geral para todos lidarmos de maneira menos chata com o que está acontecendo. Não quero focar “na quarentena”, “no vírus”, mas sim em proporcionar para você, leitor ou leitora, um espaço onde você possa entrar todos os dias e encontrar algumas dicas reconfortantes para os seus desafios atuais, que são a nossa nova realidade. Vou procurar levar os mesmos temas para diferentes formatos, como o Instagram e o YouTube, de modo que todos possam acompanhar.
Temos muitos desafios nesse conviver diário! Por exemplo, como você está fazendo com seu animal de estimação, querido leitor? Ele está indo passear? Você, querida leitora, que costuma meditar em tranquilidade, está conseguindo fazer isso em algum horário em casa agora que todos estão completamente sem rotina, especialmente os filhos? Aliás, o assunto filhos dá um capítulo inteiro, pois o que fazer quando tantas atividades interessantes não despertam qualquer tipo de interesse, gerando um tédio total? E a comida, enjoada o suficiente de fazer as mesmas coisas todos os dias? O pessoal do trabalho tem te importunado mais com e-mails, mensagens e reuniões, já que não estão presentes? E o horário de trabalho, agora ruiu-se de vez? Como podem ver, temos bastante assunto para abordar este mês.
Eu tenho a mais absoluta certeza que vamos superar e que a humanidade aprenderá muito com todo o que estamos vivendo e ainda vamos viver. Ficará bem difícil nas próximas semanas, mas eu quero que meu papel seja o de promover um espaço seguro para podermos nos apoiar e trazer soluções positivas. Espero que goste da abordagem dos temas ao longo do mês de abril.