Categoria(s) do post: Comida

Aqui em casa temos estilos de alimentação diferentes. Eu sou vegana e sigo os princí­pios do Ayurveda, o que significa trazer algumas particularidades para o processo de alimentação (ingredientes, preparo, alimentos frescos etc). Meu marido é ovolactovegetariano e nosso filho come carne. Tudo isso é levado em consideração nos preparos diários.

Antes, meu marido cuidava da alimentação de modo geral. Quando me tornei vegana, passei a preparar a minha própria comida em paralelo. Agora, com todo mundo em casa, temos alternado quem prepara a comida. E também temos preparado as comidas com antecedência – por exemplo, fazemos em quantidade maior no almoço para ter um pouco para a janta também. E aí­ complementamos a refeição com alimentos frescos. Vou explicar neste post então como geralmente temos feito.

Bases

Eu gosto de chamar de “base” os carboidratos. Então toda refeição aqui tem uma das seguintes bases:

  • arroz (branco, integral, vermelho, basmati – varia)
  • massa (espagueti, penne, talharim, parafuso, lasanha, nhoque – varia)
  • pão (francês, integral, sí­rio, hot-dog, hambúrguer – varia)
  • purê (batata, abóbora, mandioquinha – varia)
  • legumes assados (batata, abóbora, mandioquinha, alho, cebola – varia)

Aqui podemos preparar para mais de uma refeição. Geralmente o que fazemos em uma (ex: almoço) acaba ficando para a próxima (jantar).

Proteí­na

Toda refeição deve conter proteí­nas. Existem muitas proteí­nas vegetais também. De modo geral, então, toda refeição tem uma proteí­na.

  • carne, no caso do Paul (geralmente frango em todas as suas variações)
  • proteí­na texturizada de soja em variados formatos (eu não estava mais comendo isso por conta do ayurveda mas no caso da quarentena abri a exceção por ser prático de estocar)
  • tofu
  • vegetais (brócolis, lentilhas, feijões, grão de bico, quinoa, nozes, chia, ervilhas)

Aqui podemos preparar para mais de uma refeição. Geralmente o que fazemos em uma (ex: almoço) acaba ficando para a próxima (jantar). A gente acaba fazendo a versão vegetariana do que o Paul come. Por exemplo, se ele quiser um frango í  parmegiana, eu faço a versão vegetariana com legumes (abobrinha ou berinjela) ou bife de soja.

Vegetais frescos

Para compensar a comida da refeição anterior, sempre temos alimentos frescos acompanhando. O que costumamos fazer a cada refeição é:

  • salada (tomate, alface, acelga, repolho, pepino, cenoura, rabanete, cebola etc.)
  • ervas (tomilho, orégano, manjericão, salsinha, cebolinha)

Isso é bem interessante porque, mesmo que a refeição tenha sido preparada antes, fazendo algumas coisas fresquinhas traz a impressão de que tudo é fresco.

A gente vai combinando as refeições então de acordo com o que tem em casa. Especialmente os alimentos frescos vão ditando as combinações, quando estão mais próximos do vencimento. Mas é isso: todas as nossas refeições são preparadas dessa maneira. Não temos ido tanto ao mercado, então tudo é guiado pelo que temos na despensa. Pretendo fazer outro post em breve sobre esse armazenamento e como escolhemos o que estocar para mais dias.

Por exemplo, hoje, tí­nhamos um peito de frango temperado, que fizemos para o Paul. Para acompanhar, salada de tomate (que já estava bem maduro) e eu preparei um tofu grelhadinho para mim (meu marido odeia tofu, rs). Fiz também um refogado de brócolis com alho para todos. Aproveitei e coloquei um pouco de abóbora no forno para assar, no papel alumí­nio (meu marido gosta). Tí­nhamos feijão pronto, então acrescentamos.

Tudo muito prático e pronto em menos de meia hora, super nutritivo, e uma refeição bastante completa para todos. Muitas vezes, deixo a comida no forno ou fogo e continuo trabalhando, ou preparo rapidamente nesse intervalo. Quando estou com a agenda mais cheia, meu marido costuma preparar. í‰ bem prático.

Costumo compartilhar no Insta nossas refeições, caso você tenha curiosidade. Lá é mais prático de compartilhar a rotina diariamente.

Categoria(s) do post: Saúde

Antes de tudo o que estamos passando no momento, frente í  pandemia, meu horário de sono estava bem regular. Estava conseguindo dormir cedo praticamente todos os dias (entre 21h30 e 22h) e acordando cedo também diariamente (entre 5h30 e 6h). Com a pandemia, eu não consegui manter esse horário, porque os meninos estão indo dormir mais tarde. O Paul sentiu bastante nos primeiros 10 dias, e eu senti, com instinto de mãe, que deveria ficar disponí­vel para ele todo esse tempo. Com o tempo, fomos conseguindo nos organizar, mas bastaram poucos dias para bagunçar meu sono. Eu sou bastante sensí­vel ao sono, pois tenho o sono leve, e qualquer coisinha já atrapalha a qualidade dele.

E gente, como eu sempre digo aqui, o sono é tudo na vida da pessoa. Se tem algo que determina minha energia ao longo de todo o dia é a qualidade do meu sono. E, por mais que, em termos de rotina de atividades, eu não me refira a horários, tudo o que envolve sono e alimentação, metabolismo do corpo mesmo, em si, horário é importante. Aprendi isso no Ayurveda e é fato. Porque o nosso corpo trabalha “como um reloginho”. Se cada dia você dorme e acorde em um horário, ou se alimenta em horários variados, ele fica meio “maluco”, baixa a imunidade, enfim, coisas que não temos interesse no momento.

Duas coisas têm atrapalhado meu sono de modo geral: 1) ficar ansiosa e ter dificuldade de dormir, mesmo cuidando da minha mente como sempre (meditação, afirmações positivas etc.) e 2) ter o sono intermitente – ficar acordando de noite, demorar para pegar no sono de novo, estendendo o tempo que passo na cama. Isso atrapalha pra caramba. Como eu consegui resolver, quis compartilhar com vocês porque sei que algumas pessoas podem estar mais ou menos na mesma situação. O que funciona por aqui:

  • Encontrar o melhor horário de dormir e acordar que funcione para você (em termos de quantidade de horas de sono necessária e seu horário de trabalho) e para a sua famí­lia. Padronize esse horário todos os dias, mesmo aos finais de semana.
  • Coma no máximo duas horas antes de ir para a cama. Desligue eletrí´nicos de uma a duas horas antes de ir para a cama. E procure estar na cama cerca de 60 ou 45 minutos antes do horário de dormir, para ficar sonolenta/o.
  • Busque um “ritual de sono” que funcione para você. Para mim, é ler um pouco, escrever no caderno, tomar um chá, ouvir um pouco da aula do dia do Centro Budista (no curso online que eu faço), fazer automassagem etc.

O que também funcionou por aqui foi combinar o horário de dormir junto com o Paul, assim um “monitora” o outro para ir dormir cedo. Como esta semana ele começou a ter aulas de manhã (da escola), facilitou um pouco. Como ele tem que acordar bem cedo, fica fácil convencer a ir dormir mais cedo. Pra mim também é bom, porque prefiro dormir e acordar cedo, mesmo que não no horário que eu estava fazendo antes.

Não ler notí­cias de noite e desligar os eletrí´nicos me ajuda a dormir melhor, a pegar no sono com mais facilidade. Realmente não tem milagre quando se trata da qualidade do sono. í‰ mudar alguns hábitos que podem ser nocivos.

Vale dizer que, apesar de funcionar bem de modo geral, tem dias que meu sono fica estranho também, porque nada é muito normal nesses tempos que estamos vivendo, então ajuda eu não me cobrar uma vida normal, pois ela não está acontecendo. Mas entender que é ok, que é normal, e que não precisa ser assim todos os dias (hoje estou assim, amanhã volto ao normal), me ajuda a encarar melhor um dia após o outro.

Você está tendo dificuldades para dormir ou com a qualidade do seu sono durante a quarentena? Por favor, compartilhe nos comentários para trocarmos figurinhas. Obrigada.

Categoria(s) do post: Novidades

Olá! Estamos aquecendo os motores para o curso online gratuito que começará segunda-feira! Não sabe do que estou falando? De 20 a 27 de abril vou ministrar um curso online e gratuito sobre organização e planejamento em tempos de pandemia, justamente para ajudar quem:

  • Está de quarentena em casa! Ou seja, não é profissional de linha de frente, da saúde, ou em trabalhos essenciais que precisam de nossos honrados profissionais na rua! Você tem esse imenso privilégio de estar em casa nesse momento, trabalhando ou não.
  • Está tendo que aprender a trabalhar de casa ou a adaptar seu trabalho a essa nova realidade, que envolve conviver com outras pessoas na sua casa te interrompendo, conciliar tarefas domésticas, ou lidar com os outros colegas que também estão aprendendo a trabalhar em home-office e precisam de dicas.
  • Está de férias ou foi dispensado pela empresa e está em casa, porém não trabalhando! Como você pode aproveitar esse momento para investir em uma habilidade que vai te ajudar com todas as áreas da sua vida, que é a organização pessoal?

Nesta Semana online de Organização & Planejamento eu vou te ensinar como aproveitar bem esse momento durante a quarentena. Não se trata de fazer MAIS coisas, de mostrar ao mundo sua alta performance – só se você quiser. O conceito de produtividade compassiva que abordo em meu trabalho diz respeito ao aproveitamento do tempo, e não em realizar mais coisas. Muitas vezes, a coisa mais produtiva que você pode fazer em um dia inteiro particularmente difí­cil é se jogar no sofá e assistir um filme. Assim como tem dias em que você vai fazer outras atividades. Faz parte. Você sabe como lidar com essas oscilações de humor e energia? Está sabendo administrar as notí­cias que chegam diariamente? Bem, esse curso é para você!

Existem DUAS maneiras de se inscrever:

  1. A principal, por e-mail, na newsletter do blog. Se você já estiver inscrito/a nela e recebendo meus e-mails semanalmente, não precisa fazer nada – você receberá os links para as aulas e os materiais complementares por lá. Como alguns servidores de e-mails infelizmente dão problema e já tivemos reclamações em eventos anteriores sobre quem se cadastrou e não recebeu as mensagens, criamos um SEGUNDO canal:
  2. No Telegram. Instale o aplicativo Telegram no seu celular e depois inscreva-se no canal do Vida Organizada. As aulas serão enviadas também por lá. Se você cadastrou seu e-mail e não recebeu a confirmação ou não recebeu as aulas, por favor, cadastre-se no Telegram para garantir uma segunda via.

ATENí‡íƒO: Muitas pessoas têm me escrito diariamente sobre terem cadastrado seus e-mails e não terem recebido as aulas. Pessoal, o curso começa apenas dia 20 de abril. A primeira aula será apenas no dia 20 de abril. Logo, o link será enviado dia 20 de abril. Confira a programação completa na página do evento.

Conversando com uma amiga, tivemos a ideia de criar também um GRUPO no Facebook para tirarmos dúvidas sobre as aulas, interagirmos (especialmente os alunos!) e também fazermos aulas adicionais apenas para quem for membro do grupo. O grupo vai durar APENAS durante o evento, tá bem?

[button-blue url=”www.facebook.com/groups/semanaorgplan/” target=”_blank” position=”center”]Quero participar do grupo no Facebook[/button-blue]

Se você não tiver Facebook, não fique triste – é apenas um canal ADICIONAL para quem participar do curso. Espero que aproveite as aulas! Obrigada!

Categoria(s) do post: Rotinas

Aqui em casa estamos em quarentena e, por isso, nossos hábitos de compras mudaram. Queria compartilhar com vocês como temos feito.

Desde o primeiro caso no Brasil, nós já fizemos uma compra um pouco maior de insumos para termos comida para duas semanas em casa, caso não pudéssemos sair. Quando o isolamento virou a recomendação norma, tomamos as seguintes atitudes.

Em primeiro lugar, ir ao mercado apenas quando necessário. Geralmente, uma vez por semana, mas já ficamos mais de duas semanas sem ir. Quem vai é sempre meu marido. Nós acreditamos que ir uma só pessoa reduza os riscos de contaminação. Eu não faço questão de sair de casa, mas ele tem “sentido” mais, então prefere ele ser “o escolhido”. Também aproveita para ir í  farmácia, se precisarmos de algo. Não vamos em mais nenhum lugar além desses, e apenas quando realmente precisamos.

Em segundo lugar, o consumo de alimentos frescos. Para diminuir a possibilidade de contágio com itens expostos no mercado, e também para apoiar pequenos produtores, assinamos uma cesta de alimentos orgí¢nicos, que envia um mix de alimentos toda semana (verduras, frutas e legumes). Assinamos durante quase um mês, mas então achamos que valeria mais a pena pedir os itens separados, mesmo que semanalmente, pois assim pedirí­amos o que estivéssemos precisando mesmo e em uma quantidade mais adequada. O legal de receber toda semana é “forçar” (no bom sentido) a termos sempre alimentos frescos em todas as refeições. Você pode procurar na Internet produtores em sua região que também ofereçam esse serviço.

Em terceiro lugar, temos um mercadinho vegano aqui no bairro que continua trabalhando fazendo entregas, então a cada 7 ou 10 dias eu acabo pedindo algo lá também. Chocolates, queijos veganos, sorvetes e outros produtos do tipo, que são mais difí­ceis de produzir em casa. E também para ajudá-los.

Falando um pouco sobre o trato das compras quando elas entram na casa.

Temos duas “zonas sujas” aqui. Uma na entrada, onde deixamos entregas que cheguem pelo correio (Amazon, por exemplo) e também nossos calçados e produtos de limpeza. Na área de serviço, temos um espaço onde sempre colocamos as compras para higienizar. Esse processo todo é muito importante. Quando meu marido chega da rua, ele coloca máscara e roupas para lavar (o sabão mata o ví­rus), higieniza as coisas (eu guardo) e vai tomar banho.

Produtos com embalagem são higienizados com água e sabão, álcool ou água sanitária diluí­da em água. Produtos sem embalagem (orgí¢nicos) são higienizados da mesma maneira, conforme apropriado. Deixamos de molho, tudo certinho.

Para ir í s compras, meu marido sempre vai com máscara e a menor quantidade possí­vel de pele exposta – até boné ele usa. Distancia-se socialmente de todos no mercado e leva sempre a nossa própria sacola retornável – que também é higienizada no processo, na volta. Fora a própria higiene pessoal dele, sempre redobrada.

Apesar de não ter nenhum “registro oficial” de pessoas que tenham se contaminado através do manuseio de embalagens, já lemos alguns especialistas dizendo que o ví­rus fica “vivo” em embalagens por até cinco dias, então preferimos nos precaver da melhor maneira que conseguirmos. Se estamos fazendo o esforço de ficar em casa, higienizar as compras é realmente o de menos.

Sei que nenhum de nós planejava tratar as compras dessa maneira e provavelmente ninguém achava que, em pleno 2020, estaria lavando saco de arroz em casa. Mas, quando paro para pensar, fico refletindo se não deverí­amos fazer isso sempre mesmo! No final das contas, é sim uma boa prática de higiene que deverí­amos incorporar mesmo sem estarmos vivendo uma pandemia.

Agora, um breve desabafo.

Imagino que, quanto mais rápido todo mundo que puder fazer, fizer a quarentena, mais rápido voltaremos a circular, com cuidados. Por isso, tenho exercitado a minha paciência quando vejo pessoas desrespeitando as recomendações, porque isso só vai prejudicar ainda mais a economia, os comércios e escolas etc. a médio prazo. Vamos demorar mais a voltar, porque estamos apenas adiando o isolamento. Sendo realista, eventualmente todos podem pegar o ví­rus, mas o que estamos evitando é sobrecarregar o sistema de saúde, que já terá que atender pessoas que trabalham nas chamadas “profissões essenciais” e que não podem ficar em casa. Se você pode, agradeça o privilégio e o honre, assim como os profissionais que precisam sair. Fique em casa. Muitos médicos, enfermeiros, faxineiros, recepcionistas, entregadores, policiais adorariam ter a possibilidade de escolha que você tem. Se não for para pensar no coletivo sempre, pelo menos por enquanto acho que vale um esforço, sabe.

Enfim, por aqui seguimos fazendo a nossa parte. Espero que o post ajude você nesse processo também, de alguma maneira.

Categoria(s) do post: Diário da Thais, Plenitude & Felicidade, Equilí­brio emocional

Ultimamente tenho compartilhado com vocês que estou em um momento de transição na minha vida de modo geral e, em meio a essas mudanças, algumas decisões foram tomadas. Elas fizeram toda a diferença na minha vida como um todo, e hoje quero compartilhar com vocês.

Aprendizado

Decisão: Eu sou uma pessoa que simplesmente gosta de estudar. Aceitar quem eu sou foi o maior aprendizado. Inclui estudos, mas também outras coisas minhas.

Isso me ajudou a me respeitar. A não permitir coisas e pessoas que me agridam emocional ou psicologicamente. Também me ajudou no autoconhecimento, porque eu me permiti ser essa pessoa que sempre fui mas achava “nerd, estranha” ou qualquer outro adjetivo pejorativo que pudesse existir. Não mais. 😉

Saúde

Decisão: Pensar em longevidade.

Mais do que buscar soluções imediatas – que também são importantes – pensar na minha saúde em termos de longevidade mudou completamente a relação com as práticas diversas no meu dia a dia. Da alimentação í  atividade fí­sica, tudo o que eu faço é pensando em envelhecer bem. Quando passei a ver minha saúde dessa maneira, ficou mais fácil manter uma alimentação saudável, fazer atividade fí­sica várias vezes ao dia, todos os dias, cuidar da mente, diminuir o uso de remédios, focar mais em terapias naturais menos agressivas etc.

Este é um livro base da minha tradição

Espiritualidade

Decisão: Comprometer-se com um caminho.

Não se trata do momento da meditação, mas da vida entre uma meditação e outra. O Budismo é uma religião prática, pois você executa as suas ações o tempo inteiro. Uma mente de compaixão para alcançar a iluminação e poder ajudar outros seres vivos a superarem seus sofrimentos. O Caminho do Bodisatva é justamente esse.

Mundo melhor

Decisão: Acreditar que é possí­vel construir um mundo melhor.

Ter uma atitude mental positiva é, hoje, uma forma de resistência. Eu acredito sim em um mundo melhor, mais sustentável, mais igualitário, e acreditar nisso me faz trazer para o dia a dia, para os meus projetos, para a vida como um todo, atividades que expressem esse comprometimento meu com esse mundo que quero viver. Algumas pessoas não acreditam, por exemplo, que o que está acontecendo hoje com a pandemia vá fazer com que o mundo mude e o ser humano veja as coisas de outra perspectiva. Eu acredito. Cada um, cada um.

Finanças

Decisão: Viver uma vida com menos custos.

No ano passado eu fiquei doente e, para manter minha empresa durante meses, eu tive que viver a vida com um custo baixí­ssimo. Isso me fez ver para onde estava indo o meu dinheiro, e que quanto menos custos eu tivesse, menos eu teria que ter para viver com um pouco mais de paz e qualidade de vida. Eu poderia trabalhar menos. Mais coisas, mais preocupações. Desde então venho exercitando esse movimento de uma vida mais frugal e com significado em outros pontos que não o consumo nem ostentação – caracterí­sticas que nunca tive, mas agora menos ainda. Valorizo ter dinheiro guardado para não passar dificuldades.

Eu gravei um ví­deo comentando melhor cada um dos pontos, se você quiser assistir. 😉

Categoria(s) do post: Novidades

O tempo todo fico pensando o que posso fazer para contribuir com o mundo, de alguma maneira, nesse momento que estamos vivendo, através do meu trabalho.

Quem está fazendo quarentena está sendo obrigado a ficar 24 horas em casa. Como encontrar o bem-viver dentro da sua casa quando você mais precisa dela? Esta é a série de 1 live por dia que farei durante 1 mês no meu canal no YouTube. começando hoje (13/4), í s 17h.

[button-red url=”https://www.youtube.com/user/thgodinho/videos?view=57&flow=grid” target=”_blank” position=”center”]Inscreva-se no meu canal no YouTube[/button-red]

Os horários e os temas serão definidos diariamente, justamente para trazer o conteúdo mais relevante possí­vel para o dia, de acordo com as mudanças rápidas que o mundo vem passando. Avisarei todos os dias o horário e o tema da LIVE seguinte na aba “Comunidade” do canal.

Se quiser, inscreva-se no canal, habilite o sininho para ser notificado sobre os novos ví­deos, e compartilhe com seus amigos ou quem você achar que pode se beneficiar desse conteúdo. Espero que seja útil de verdade para você nesse momento, que seja para você se distrair de tantas notí­cias e voltar seus cuidados para o local que é o seu refúgio.

Te vejo lá. 😉

[button-red url=”https://www.youtube.com/user/thgodinho/videos?view=57&flow=grid” target=”_blank” position=”center”]Inscreva-se no meu canal no YouTube[/button-red]

Categoria(s) do post: Linkagem

A linkagem de domingo traz alguns textos que li e gostei ao longo da semana, assim como links e ideias para coisas que eu estou curtindo no momento. Não necessariamente têm a ver com organização mas, de alguma maneira, estão relacionados a tudo o que eu publico aqui no blog.

  • Mais do que palmas é uma iniciativa para ajudar os profissionais de saúde a terem melhores condições de trabalho durante o perí­odo de pandemia aqui no Brasil. Participe, se puder, pois é muito importante.
  • Algumas pessoas acreditam que o mundo não irá mudar depois do que estamos passando, mas só de ver o ministro brití¢nico agradecer os cuidados médicos que recebeu de imigrantes, para mim, já é um passo enorme, levando em conta que ele se elegeu com um discurso de xenofobia. Que tudo isso sirva para pelo menos termos mudanças na nossa sociedade.
  • Rita Lee vive reclusa há muitos anos. Ela lançou um ví­deo com seu marido cantando o clássico “Saúde”. Impagável. <3
  • Se você ainda não viu, vale a pena tirar um tempinho para analisar os milhares de ebooks gratuitos que a Amazon está disponibilizando. Tem coisas bem bacanas ali, especialmente livros infantis. Recomendo.
  • Descobri um novo canal bacana para o momento que estamos vivendo, de um casal de médicos (ela, psiquiatra, e ele neurologista). Eles são bem bonitinhos começando a gravar agora e trazem dicas boas para superarmos a ansiedade e outras questões atuais.
  • Eu sei que morcegos não estão muito populares no momento, mas quem resiste a essa foto relax de uma morceguinha grávida? Faça-me o favor. <3 <3
  • Vocês sabem que eu gosto muito do trabalho do Ben Zruel, certo? Esta semana ele publicou um ví­deo ótimo para quem acabou entrando em dí­vidas (ou vai ter que entrar) durante a pandemia. Dicas pontuais e práticas para você ficar bem.

Vamos superar. Bom domingo de Páscoa para você e uma semana com resiliência e amor.

Categoria(s) do post: Curtindo a casa

Em tempos de quarentena e isolamento social, muitas vezes queremos apenas dar um tempo e ficar sem fazer nada em casa. No entanto, quando o tédio aparecer, ou der vontade de fazer algo, acredito que valha a pena ter um banco de ideias – muitas delas que eu mesma estou fazendo. Este é o propósito deste post.

  1. Telefonar para amigos e parentes. Um por dia.
  2. Jantar, almoçar, fazer um happy-hour í  distí¢ncia com alguém através de uma ligação de ví­deo.
  3. Fazer um tour virtual por lugares que disponibilizam essa opção. Você pode usar desde o Google Streets (no Google Maps) até sites de museus. O Rijksmuseum, de Amsterdam, por exemplo, tem tour virtual. Aqui no Brasil, o MASP tem. Outros também. 😉
  4. Assistir ví­deos fofinhos de animais no YouTube.
  5. Maratonar alguma série na Netflix ou assistir filmes diversos. Tem Amazon Prime, HBO Go, NOW, YouTube Premium, entre outros.
  6. Fazer algum tour virtual em parques nacional. O Google Arts & Culture mostra quais estão disponí­veis.
  7. Apoiar comércios locais e pequenos produtores conversando com eles e fazendo pedidos ocasionalmente, sempre que necessário.
  8. Preparar uma receita nova em casa usando algum ví­deo tutorial no YouTube. Tem tantos legais! Basta buscar a receita na busca do site.
  9. Aprender a tocar um novo instrumento ou, se não quiser desenvolver essa habilidade, ouvir música. ler sobre um artista, ouvir os álbuns inteiros, na sequência, para entender a narrativa.
  10. Assistir palestras do TED no YouTube.
  11. Ler. Livros, revistas, coisas que você tiver na sua casa. Quando e se acabar, você pode comprar livros novos, impressos ou em formato e-book.
  12. Zerar seus e-mails. Escrever e-mails maiores para pessoas que você gosta, como se fosse uma carta. Organizar suas pastas no programa de e-mail. Deletar e-mails antigos.
  13. Organizar os arquivos no computador, nos pendrives e HDs externos.
  14. Organizar seus arquivos na nuvem: Evernote, Google Drive, Dropbox etc.
  15. Explorar podcasts disponí­veis e “maratonar” algum de seu interesse.
  16. Jogos de tabuleiro em casa, se morar com outras pessoas.
  17. Assistir ví­deos antigos.
  18. Organizar fotos e ví­deos no seu celular.
  19. Aprender um novo idioma ou melhorar um que você já sabe – até mesmo português. Você já está bem familiarizado/a com a nova gramática?
  20. Se tiver quintal, fazer um piquenique ou acampar.
  21. Explorar os arquivos do seu blog favorito (pode ser este aqui!).
  22. Tirar do papel algum projeto que você nunca teve tempo de planejar.
  23. Dançar! Você pode colocar sua música preferida para ouvir ou buscar tutoriais de dança no YouTube (sim, tem de tudo no YT).
  24. Regular o seu sono. Dormir o suficiente, tirar o atraso. Descobrir quantas horas de sono seu corpo precisa e tentar regularizar o horário. Isso vai ajudar seu metabolismo e aumentar sua imunidade.
  25. Fazer as unhas dos pés e das mãos.
  26. Testar todas as maquiagens que um dia você já comprou e nunca teve a oportunidade de testar makes diferentes. O mesmo vale para cosméticos que você comprou e acabou não tendo tempo de usar.
  27. Fazer máscara facial.
  28. Aprender a fazer uma auto-massagem.
  29. Fazer faxina. Né.
  30. Aprender a meditar. Existem meditações guiadas no YouTube que podem ajudar, além de aplicativos como Headspace, Lojong, Calm e Insight Timer.
  31. Escrever um diário.
  32. Desenhar ou pintar.
  33. Fazer alongamentos ou práticas leves de yoga.
  34. Aprender algum tipo de artesanato utilizando tutoriais no YouTube.
  35. Ler poesia. <3
  36. Fazer limpeza de pele.
  37. Depilação. Pernas, buço etc.
  38. Aprender novas maneiras de arrumar o cabelo.
  39. Aprender novas maneiras de amarrar lenços, usar acessórios, testar combinações de looks que você não teria coragem de usar fora de casa.
  40. Fazer uma lista de tudo pelo que você agradece diariamente. Escrever nela todos os dias.
  41. Compí´r uma lista de afirmações pessoais positivas para ler diariamente.
  42. Revisar e atualizar o seu currí­culo.
  43. Declarar o Imposto de Renda (sim, ainda precisa).
  44. Revisar todos os gastos e despesas atuais para ver o que precisa manter e o que pode ser cortado para diminuir a ansiedade financeira.
  45. Cancelar assinaturas de serviços e aplicativos que você não esteja mais usando ou que não fazem mais sentido nesse momento que estamos vivendo.
  46. Estudar sobre investimentos para ver se faz sentido algum tipo de investimento a médio e longo prazo, como a faculdade dos seus filhos ou a sua aposentadoria.
  47. Renegociar dí­vidas.
  48. Revisar todas as suas roupas para separar algumas para doação ou venda.
  49. Tirar tudo de dentro do armário da cozinha, limpar e aproveitar para destralhar potes e outros elementos que talvez você não precise mais manter.
  50. Organizar gavetas bagunçadas.
  51. Brincar com seus animais de estimação.
  52. Ler histórias pela Internet, fazendo LIVEs e divulgando para os amigos.
  53. Revisar medicamentos e cosméticos para verificar a validade. Separar para usar mais aqueles próximos do vencimento.
  54. Reorganizar a despensa.
  55. Mudar algum móvel de lugar.
  56. Reorganizar suas estantes e prateleiras.
  57. Lavar tapetes.
  58. Varrer a casa. Terapêutico.
  59. Limpar os vidros de portas e janelas.
  60. Aprender a plantar e desenvolver uma mini-horta (ou horta maior, se você tiver quintal).

Vamos superar. <3

Categoria(s) do post: Novidades

Queridos,

Para ajudar todo mundo a passar por esse momento que estamos vivendo, na semana do dia 20 de abril vou ministrar um curso online GRATUITO sobre organização e planejamento de vida. Saiba mais sobre ele, a programação e o cadastro clicando aqui.

Se você já estiver cadastrado na newsletter do blog, as aulas serão enviadas por lá, então não precisa s cadastrar novamente. Também enviarei para o nosso canal no Telegram, caso você prefira receber as aulas através de outra ferramenta. Como muitas vezes os e-mails caem na caixa de spam, pois são enviados em grande quantidade (para muitas pessoas), pode valer a pena se cadastrar em ambos os locais para garantir que você receba os links.

Eu sei que estamos passando por um momento bem complicado, que gera ansiedade, mas ao mesmo tempo muitas pessoas precisam aprender a aproveitar melhor o tempo que estão em casa, seja para trabalhar, seja para gerenciar melhor a coisa toda, ficar com a famí­lia, descansar, cuidar da casa, enfim! Toda uma vida dentro de quatro paredes.

[button-green url=”http://vidaorganizada.com/semana” target=”_self” position=”center”]Inscreva-se[/button-green]

Na última semana de abril, entre o dia 27 e o dia 2/5, para quem quiser se preparar, vou abrir as inscrições para a terceira turma do curso online Organize-se em 2020. Essa turma receberá como bí´nus em formato online o workshop que fiz de modo presencial no ano passado sobre Planejamento de Vida – venho trabalhando na sua versão online e ele finalmente ficará pronto em maio. Quem tiver interesse, poderá se inscrever apenas nele, com um custo menor que o curso principal. Avisarei com antecedência sobre a abertura das inscrições através da mesma lista acima, de cadastro.

As vagas são limitadas porque, apesar de ser um curso online, eu dou atendimento a cada aluno, então preciso limitar a quantidade de novos alunos para conseguir atender todo mundo da maneira como eu mesma gostaria de ser atendida. Então as inscrições serão encerradas assim que as vagas forem preenchidas. Fique ligada/o nas inscrições, tá bem? Por isso estou avisando com antecedência sobre as datas. Obrigada.

Categoria(s) do post: Plenitude & Felicidade, Famí­lia, Planejamentos

Este é um momento de desenvolvermos empatia. De não cobrar situações e comportamentos ideais de ninguém, pois é uma situação temporária e em que todos estão fora do seu centro.

Tenho recebido mensagens, desabafos e pedidos de ajuda diariamente de pais e mães que estão preocupados com seus filhos nessa rotina atual. Não apenas com relação í  organização da rotina, mas com o bem-estar emocional deles, o que é absolutamente normal.

Eu estaria sendo desonesta se dissesse que tenho uma fórmula mágica! Não existe! Cada famí­lia é de um jeito e tem a sua diní¢mica! Algumas coisas que eu sei:

  • Toda criança, seja bebê ou pré-adolescente, se beneficia de uma rotina minimamente definida. O que fazer quando acorda, as refeições, quando tomar banho, o básico. Isso dá segurança para as crianças e ajuda na organização da rotina dos adultos também.
  • Se já tinha demanda emocional antes, agora a tendência é ter muito mais! As crianças sentem medo, ficam ansiosas, sabem que as coisas não estão normais! Então faz parte a gente estar mais disponí­vel pra eles, que seja com carinhos e abraços, mas também conversando ou fazendo companhia. Mesmo bebês merecem mais colo! Eles sentem!
  • Perí­odos de transição passam! Não fique se cobrando solução de coisa que não tem solução! Ninguém quer que o filho fique no tablet muito tempo, mas estamos vivendo uma realidade complicada! Os pais estão sendo obrigados a trabalhar e a lidar com um, dois, três filhos em casa! Não se cobre tanto! Ninguém está vivendo em uma situação ideal! Seu filho não vai ter essa rotina pra sempre!

Vou trazer aqui tambémuma recomendação que serve para todas as pessoas – tenham ou não filhos, com filhos bebês ou adultos. O ponto mais importante a se compreender sobre o processo pessoal de organização é que ele deve sempre ser personalizado para a sua vida.

Independente de estarmos vivendo em tempos de pandemia, algumas situações trazem sobrecarga. Por exemplo, quando um bebê recém-nascido chega na casa, isso muda completamente a diní¢mica de tudo. Quando você faz faculdade e trabalha o dia todo, também muda. Quando você começa a trabalhar em um lugar que alterna os turnos, vai mexer com o seu sono, e vai levar um tempo até que se acostume (e tem gente que nunca se adapta – vale para o exemplo da faculdade e o exemplo do recém-nascido). Uma coisa é certa: não é possí­vel organizar tralha. Logo, se você estiver se sentindo sobrecarregada/o, precisa ajustar expectativas e entender que não vai ter como fazer tudo, manter a mesma diní¢mica de “antes”, diante dessa nova configuração atual.

Eu sempre comento que eu era uma pessoa que amava ter a casa 100% limpa e arrumada até o meu filho nascer. Quando eu percebi que estava exausta porque estava tendo expectativas fora da realidade sobre manter a casa limpa como antes em perí­odo de amamentação, isso mudou minha perspectiva com relação ao processo de organização. A organização deve refletir suas prioridades sempre. Naquele momento, a prioridade era cuidar do meu bebê e da amamentação. Dormir bem, descansar, ficar bem para cuidar dele. Durante alguns meses, todo o restante podia esperar. Essa foi a escolha que eu fiz.

Reconhecer o mí­nimo necessário a ser feito diariamente, em todas as áreas da vida, é um raciocí­nio prático. Você pode aplicá-lo em absolutamente todas as áreas da sua vida. Por exemplo:

Saúde
Talvez você não consiga mais ir í  academia diariamente depois que o seu filho nasceu. No entanto, qual o mí­nimo que conseguiria fazer todos os dias? Talvez alguns abdominais enquanto ele dorme? Uma prática rápida de yoga? Uma sequência de polichinelos que ainda vai fazer o seu filho dar gargalhadas?

Casa
Talvez você não consiga mais manter a casa como mantinha antes. O que é necessário fazer todos os dias para que ela “não caia”? Lavar a louça, cuidar da comida, trocar as lixeiras, cuidar da roupa, dar uma varrida no chão? Só você pode saber, pois depende de quantas pessoas moram na casa, se você tem algum prestador de serviço para ajudar ou não etc. E tem pessoas que preferem a casa de um jeito diferente – mais limpa, menos limpa.

Estudos
Talvez você não consiga estudar quatro horas por dia para o seu concurso público depois que o seu filho nasceu. Como você consegue estudar ao longo do dia? Talvez apenas revisar mapas mentais e conteúdos e, quando ele dormir, consegue estudar com mais concentração? Ou talvez você queira esperar algum tempo ele crescer mais para que você possa se dedicar aos estudos.

Organização não tem a ver com copiar exemplos de outras pessoas, mas com entender a sua rotina, as suas necessidades, quem você é, e aplicar tudo isso í  sua realidade atual, que terá necessidades diferentes não apenas da de outras pessoas, como suas mesmo, pois a vida muda e não somos a mesma pessoa que éramos um ano atrás.

Então:

  1. Aceite que se trata de uma nova situação atual. Ela é temporária, mas não se sabe quanto tempo vai durar. Mas é a situação atual.
  2. Encontre o mí­nimo satisfatório em todas as suas atividades e áreas da vida para fazer diariamente, e foque nessas coisas. Se sobrar tempo, você faz o que era desejável.

“Ah, mas eu gostaria de manter a mesma rotina de estudos / saúde / finanças de antes”. Volte ao tópico 1 para não se sentir frustrada/o. í‰ simples assim. 😉

“Quando tudo isso passar, vou me organizar”. Não é assim que funciona também. A organização deve ser para a sua vida e te ajudar exatamente nesses momentos mais desafiadores. Não há por que esperar chegar em um determinado momento – o momento é agora, e é excelente para você rever seus processos e olhar com mais compassividade para a sua rotina, para se cobrar menos.

Categoria(s) do post: Planejamentos

Planejar um mês em meio a uma pandemia, como estamos vivendo, pode parecer uma tarefa desafiadora. Mas a organização serve justamente para nos ajudar nesses momentos, reajustando planos e entendendo novos cenários, mesmo em tempos de incerteza.

Eu gravei um ví­deo bastante detalhado com orientações para quem quiser fazer o planejamento do mês de abril – e dos próximos meses – mesmo em um cenário incerto como esse que vivemos. Você pode conferir o ví­deo abaixo ou clicando aqui.

Além disso, eu também fiz o PLAN WITH ME – aquele ví­deo em que mostro como planejo o meu mês usando o Bullet Journal. Também já tem ví­deo mostrando como eu fiz lá no canal.

Como eu sempre comento com vocês, todo planejamento sempre faz parte de algo maior – que seja a vida. O planejamento do mês s baseia no planejamento do trimestre, que fiz anteriormente. Abril é o primeiro mês do segundo trimestre, então é o momento de olhar para trás, tudo o que fiz nos primeiros três meses do ano, ver se ficou algo pendente para o trimestre seguinte, e revisar os planos para esse segundo trimestre.

Como vocês podem imaginar, cursos, eventos e viagens estão suspensos. Eu só estou agendando coisas para o último trimestre, que por enquanto me parece uma previsão mais confiável, e cancelando viagens durante o segundo e o terceiro. A boa coisa é que eu estava em dúvida se faria uma viagem longa em outubro, para a Austrália, e a pandemia veio passando a faca nessa e em outras viagens que eu pensava em fazer. Isso me fez repensar os planos de modo geral. Será que estamos (como seres humanos) vivendo um estilo de vida completamente exagerado, e precisávamos mesmo refletir sobre isso? Eu penso que sim.

O que acho engraçada é a noção que algumas pessoas têm sobre o que é a vida e o que é a organização pessoal. Vejo direto o pessoal compartilhar coisas como: “comprei um planner lindo para 2020 e agora aconteceu isso!”. Gente, a vida é o agora, e coisas incrí­veis podem ser feitas que não envolvam sair de casa ou viajar! Postei no Twitter outro dia:

Sei que é todo um exercí­cio, mas não podemos deixar a peteca cair. Concentrar-se no presente já é trabalhoso o suficiente. Mas é um trabalho legal. Muita gente está perdendo a vida nesse momento. Você estar viva/o é uma bênção tremenda. Honre seus dias.

Categoria(s) do post: Planejamentos, Rotinas, GTDâ„¢

Este post é uma atualização do post que entrou no ar sábado, sobre a minha rotina atual.

Tenho feito alguns estudos e testes práticos a respeito da minha rotina nesse momento que estamos vivendo, em casa.

Quando a rotina muda, o foco deve estar em reajustá-la. Ponto. Enquanto você não focar nisso, os dias passarão confusos e você pode ficar em um mix de cansaço com frustração.

Para mim, reestruturar a rotina significa repensar os meus contextos.

Contextos são situações, condições, espaços que você cria na sua vida diariamente. í‰ conhecer a si mesma/o, se observar, entender os diversos momentos do seu dia, como você fica (em termos de ní­vel de energia) e simplesmente adequar as suas atividades a como você fica ao longo de um dia inteiro naturalmente.

Para refletir sobre isso, eu prefiro fazer esse raciocí­nio inteiro no papel, pensando: “o que seria um dia ideal para mim nessa quarentena?”. Ou seja, um dia que permita que eu faça tudo o que eu tenho para fazer, tanto de tarefas domésticas e profissionais, quanto de tarefas individuais, de autocuidado, lazer, descanso, enfim.

Definir esse dia ideal é um exercí­cio essencial e que eu recomendo que você faça, porque ele vai te ajudar a equilibrar as coisas. Vou demonstrar como ficou o meu e vou explicando algumas questões que podem ser úteis para você também.

Na hora que eu acordo, achei adequado fazer uma espécie de “check-in”: ou seja, dar uma checada no mundo de modo geral porque tanta coisa pode acontecer de um dia para o outro que eu não quero começar o meu dia de forma alienada, sem saber se uma nova notí­cia estourou ou se pessoas que não moram em casa com a gente estão precisando de algo. Vejo mensagens, leio notí­cias, enfim, faço um check-in mesmo.

Depois disso eu consigo ficar tranquila para a minha “hora mágica” – aquele momento de autocuidado que dedico todos os dias para mim. í‰ quando faço minha higiene pessoal, minha prática de yoga, tomo banho, visto uma roupa que eu gosto, acendo um incenso, abro as janelas, arrumo as camas… começo o dia pronta, enfim.

Como comentei em outro post, voltei a usar o Todoist para as listas (GTD) do ground, do térreo, ou seja, as próximas ações. As próximas ações são organizadas por contextos, e na imagem acima você confere os meus contextos, que é onde eu organizo as ações. Simples assim. Vou descrevendo ao longo do post todos os contextos.

“Organização” é um contexto rápido que vem logo depois da minha hora pessoal (“Dinacharya” é o termo dessa rotina diária dentro do Ayurveda – veja um post correspondente onde explico melhor sobre ela), onde eu apenas garanto que os conteúdos do dia estão ok. Eu geralmente agendo tudo com antecedência, então é só uma verificação e identificação do que preciso produzir para os próximos dias, que entrará no contexto “Produção” (mais adiante).

Sabe, tem dias que cada contexto demora mais que outro. Tem dias que eu fico um tempão na organização, porque tenho mais coisas a definir por ali – por exemplo, o planejamento semanal dos ví­deos do canal, o planejamento mensal dos posts no blog. Tem dias que esse contexto leva poucos minutos. Os contextos não têm a ver com horário, mas com fluxo. Já falei muitas vezes sobre isso em outros posts sobre rotina, se quiser explorar mais no blog, ou se for novo/a por aqui.

“Deep Work” é um contexto importante, porque me mostra que não dá para ficar o dia inteiro só fazendo atividades de concentração. Preciso focar. Logo, todos os dias escolho no máximo três coisas que demandem concentração para trabalhar nesse momento.

Aí­ embaixo eu listo as próximas ações de acordo com, hm… “sub-contextos” dentro desse mesmo “deep work”. Quando entro nesse contexto, escolho aquilo que considero mais prioritário ou estou mais inspirada no dia e foco nessa ação. Vale dizer que todos esses painéis são alimentados diariamente e, os projetos relacionados, revisados pelo menos uma vez por semana para garantir que todas as próximas ações que os farão avançar estão definidas e organizadas nos contextos adequados aqui.

Organizar as ações nos contextos adequados deixa a minha agenda livre para eu NíƒO criar blocos de tempo, que é a maneira “rodinha”* do cérebro querer organizar as coisas no dia a dia e que eu sei que NíƒO funciona para mim.

*Rodinha é a analogia que eu faço com a rodinha da bicicleta. Quando aprendemos a andar de bicicleta, usamos rodinha porque nos dá apoio nessa insegurança para determinadas práticas no começo. Porém, quando aprendemos a andar de bicicleta de verdade, tiramos a rodinha. Ela é útil durante algum tempo, mas quando aprendemos não rola mais usar. O mesmo vale para algumas práticas de organização. Blocar tempos na agenda, para mim, é uma prática rodinha.

Só para mostrar como os contextos são fluidos. Hoje eu acordei mais tarde, porque fui dormir tarde pra caramba ontem, vendo filme. Quando terminei o contexto de organização, já estava na hora de almoçar. Almocei, e só depois entrei no deep work. Se eu não tivesse nada nesse contexto para fazer hoje, talvez eu até tivesse pulado e ido para o próximo, sem problemas. Contextos são condições. Você precisa identificar os seus, na sua vida, e aí­ simplesmente distribuir suas atividades entre eles, para agrupar o que faz sentido fazer junto.

No contexto almoço eu costumo fazer uma parada não apenas para comer, mas para ficar com os meninos, descansar, ver algum ví­deo no YouTube, dar uma navegada nos stories do Instagram etc. Aproveito para pagar contas e fazer atividades mais rapidinhas que por ventura eu tenha listado nesse contexto, como por exemplo: “fechar carrinho da Amazon”.

“Produção”, assim como “Deep Work”, é um contexto em que geralmente tenho mais atividades. Logo, no dia a dia, eles costumam me tomar mais tempo (de 1h30 a 4h). í‰ óbvio que esses tempos variam a cada dia, senão eu não faria mais nada. Eu coloco a estimativa de tempo porque sempre me perguntam, mas realmente varia e, como comentei, conforme for, eu até pulo algum contexto, se não tiver nada a fazer ali, nele, no dia. Se tiver que fazer algo em algum horário, isso vai pra agenda do Google, não para a lista de contexto. Essa diferenciação é essencial para a produtividade, gente. Se você tiver dúvidas sobre isso, recomendo explorar outros materiais do blog sobre agenda e calendário, onde explico em detalhes, com muitas dicas e tutoriais.

Como diz o filhote, essa é a minha “rotina” de trabalho. Aqui entram tanto ações pontuais quanto ações recorrentes, que faço todos os dias. Quando entro nesse contexto, tudo o que preciso saber de opções está aqui, para escolher o que for mais prioritário momento a momento.

Depois eu tenho um breve intervalo, que é para descansar a mente mesmo depois de tanta produção. Faço uma nova prática de yoga, relaxo a mente, medito, faço leituras espirituais e janto (eu janto mais cedo que os meus meninos).

Como todos os outros contextos, se eu tiver alguma ação pontual para fazer nele, listo embaixo.

Vale dizer que eu só “ticko” como concluí­das as ações pontuais. As ações recorrentes ficam eternamente ali, como lembretes. Algumas pessoas gostam de colocar a recorrência diária no agendar do Todoist – questão de escolha. Eu prefiro não colocar, porque isso fica lotando o meu “hoje” do Todoist, que prefiro manter apenas com o pontual que tem prazo vencendo ali.

Esse “hora do rush” é a hora aqui em casa que eu saio do home-office e vou fazer coisas em casa de modo geral: janta, faxina, arrumar as coisas, lavar roupa, fazer atividades com os meninos, enfim. í‰ aquele momento que fico para lá e para cá na casa. Quando a casa está muito barulhenta, eu coloco meu fone de ouvido e fico ouvindo outras coisas. Sou muito afetada pelo barulho, então essa é uma maneira que tenho e que funciona bem para não ficar estressada com eles. rs

“De noite em casa” é o contexto cujo gatilho é: tomar banho e colocar meu pijama ou roupa de dormir. í‰ o que separa a hora do rush da hora de descansar e ficar “de boinha”. í‰ um momento que tem bastante coisas porque geralmente mantenho ali as leituras, estudos, filmes e séries para assistir, enfim, sempre tenho bastante coisa legal para fazer, de lazer mesmo.

Por fim, “antes de dormir” é a rotina do “check-out”. 🙂 Apenas algumas coisas que eu faço para proporcionar uma noite legal de sono, diariamente. Listo meus remédios a tomar, essas coisas.

Enfim, ter desenhado essa rotina para a quarentena me ajudou demais porque assim eu consigo fazer tudo o que tenho para fazer de maneira equilibrada, sem esquecer de nada e respeitando o meu ritmo natural ao longo do dia, através desse reconhecimento dos meus contextos. í‰ o que recomendo que todo mundo faça.

Claro que tudo na produtividade pessoal é sobre acordos que você faz com você mesmo e com as outras pessoas, e que esses acordos podem e precisam ser renegociados o tempo todo para a gente não ficar frustrado com o que não rolou fazer e também distribuir melhor as atividades porque não dá para fazer tudo ao mesmo tempo.

Ainda vou alimentar melhor todos esses contextos, inserindo recados e checklists úteis. Mas estou adorando fazer assim. Talvez inspire você a fazer algo parecido!