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Pediatra, terrible two e outras observações

Thais Godinho

Thais Godinho

Autora do Método Vida Organizada, criou este blog em 2006.

Ontem o Paul teve sua consulta mensal ao pediatra e está tudo bem. Ele está pesando 11,060kg, quando o considerado normal na idade dele é 11,400kg. o médico disse que, apesar de ele estar abaixo, é normal por ele ter ficado doentinho nas últimas semanas, tomando antibiótico e outros remédios que diminuem o apetite. Como ele está comendo normalmente e está muito ativo, não é motivo para se preocupar. É claro que eu me preocupo mesmo assim e não vejo a hora de mudarmos logo para acompanhar mais de perto toda a rotina dele como antes. Acho que nunca me senti tão culpada como nos últimos meses e só quero agilizar as coisas o mais rápido possível. A mudança continua prevista para a primeira quinzena de dezembro.

Tirando a bronquiolite, ele está bem. Não vejo a hora de passar quatro dias inteirinhos ao lado dele. Parece que vai chover, então passeios externos serão meio reduzidos. Eu preciso descansar também. A ideia era encaixotar as coisas, mas estamos tão adiantados nesse sentido que nem vou precisar gastar meu feriado empenhada exclusivamente no assunto. Quero ficar com ele o tempo todo e deixar o resto para quando ele estiver dormindo, por exemplo.

Ele deu um pulo enorme com relação à fala, tentando imitar tudo o que a gente diz. A palavra nova é “para” –  quando o Ande faz alguma coisa que o irrita, como fazer cócegas. Isso foi hoje de manhã e eu achei lindo.

Ele também está aprendendo a fazer frases. A que ele mais fala é “didi paô” – que significa que a máquina de lavar parou. Ele chama a máquina de “didi” por causa do barulho que ela faz. Ele fica “didi, didi” e dançando como um pêndulo.

Ele está muito ativo, até dormindo – rola para lá e para cá o tempo inteiro. Não para quieto um minuto.

outra coisa que chama a atenção é a independêcia para comer. Ele só quer comer sozinho agora.

Com relação aos “assuntos do momento”:

Desfralde – Ele começou a avisar quando está fazendo xixi e cocô, o que eu acho ótimo. Nós vamos primeiro nos mudar, estabilizar e, ainda no verão, tentar ensiná-lo a usar o piniquinho. A ideia é aproveitar a época de calor.

Mudar para a caminha РEle se mexe MUITO no ber̤o ainda, batendo a cabe̤a em todos os lados. Acho que, mesmo com grade, ele cairia muitas vezes. Enṭo, como vamos 1) mudar e 2) desfraldar, nada de caminha por enquanto. Pensamos em tentar a transi̤̣o quando come̤ar a chegar o frio, depois que ele completar dois anos de idade.

Birras – Eu estou sabendo lidar bem com isso (o Ande não, rsrs). Li o livro “Domando sua ferinha” (indicado pela Thais) e lá resume bem o que acontece e o que fazer. Minha tática tem sido a seguinte: se ele faz manha ou chora porque queria algo, eu tento distraí-lo. Costuma funcionar em 90% dos casos. Quando não funciona, o negócio é aguentar o choro e fazer o que tem que ser feito (dar banho, por exemplo). Eu sempre me abaixo na altura dele, olho nos olhos e digo: “filho, agora é hora de tomar banho, não adianta chorar”. E dou banho. Nunca nunca nunca cedo a alguma birra dele. Hoje mesmo de manhã eu estava tomando leite com Toddy e ele choramingou apontando. Eu disse: “você quer um pouquinho? não precisa chorar”. E dei um biquinho na colher para ele. Acho que vai muito da sensibilidade de perceber o que pode gerar um comportamento ou não.

Birras II – Ataques de raiva acontecem com frequência. Quando é assim, eu não dou atenção e deixo-o em um lugar onde ele pode “extravasar” sem se machucar. Ele joga brinquedos longe, bate no chão etc, mas sem atenção, broncas ou mimimi da nossa parte. Ele desconta a raiva, se acalma e volta ao normal, daí ficamos com ele normalmente. Tem dado certo.

Birras III – O mais importante de tudo é o auto-controle dos pais. Eu vejo o Ande ficando nervoso (não no sentido de bravo, mas de não saber o que fazer) e digo para ele: “mantenha o controle, você é o adulto”, e ele fica ok. Porque é muito difícil, quando a coisa toda acontece, lidar com tranquilidade. Domingo passado fomos ao restaurante japonês e o Paul queria pegar tuuudo na mesa, chorando quando não conseguia. O Ande queria ir embora, rsrs. Eu tinha levado um verdadeiro estoque de distrações que duravam alguns minutos e assim comemos (mais rápido que o normal, claro, mas eu tenho consciência que é uma fase e passa). A consciência de maternidade e paternidade é fundamental.

E, para mim, o fundamental desde que ele nasceu: jamais querer agitá-lo em horário de sono, seja à tarde ou à noite. Nunca saímos com ele à noite. Toda vez que ele fica mais manhoso é porque dormiu pouco à tarde, por exemplo. Então a gente respeita o ritmo dele primeiro de tudo.

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