Produtividade com compaixão: o caminho que precisamos seguir
Nos últimos anos, minha visão sobre produtividade passou por uma transformação significativa. Antes, como muitas pessoas, eu acreditava que ser produtiva significava fazer mais em menos tempo, preencher cada minuto do dia com tarefas, correr de uma atividade para outra. Mas esse modelo tradicional de produtividade é tóxico e muitas vezes nos empurra para o esgotamento. Hoje, defendo o que chamo de produtividade compassiva — uma abordagem que respeita nossos limites, valoriza pausas e coloca nossa saúde em primeiro lugar.
A produtividade compassiva vai contra a corrente do que o mundo costuma valorizar. Vivemos em uma sociedade que ainda exalta a cultura da pressa, do fazer por fazer, e muitas vezes associa valor pessoal ao volume de realizações. O problema com essa mentalidade é que ela ignora completamente a realidade do nosso corpo e da nossa mente. Não somos máquinas; somos seres humanos com emoções, necessidades, momentos de cansaço e, sobretudo, com limites. A verdadeira produtividade não deveria ser medida apenas pelo quanto produzimos, mas sim pela qualidade do que fazemos e, mais importante, pelo quanto conseguimos nos manter saudáveis no processo.
Esse movimento de priorizar a saúde e o bem-estar não é amplamente aceito. Muitas vezes, quando sugerimos desacelerar, ouvimos frases como “você está ficando pra trás” ou “assim você nunca vai alcançar seus objetivos”. Mas eu acredito que esse é um caminho necessário. Precisamos, como sociedade, aprender a valorizar o descanso e reconhecer que fazer menos com mais qualidade é muito mais sustentável do que viver à beira do colapso. Se continuarmos empurrando a produtividade tóxica, só iremos aumentar os casos de burnout, ansiedade e outras doenças relacionadas ao estresse.
Um aspecto essencial da produtividade compassiva é o foco na saúde. Sem saúde física e mental, qualquer tipo de produtividade se torna insustentável a longo prazo. É por isso que, em vez de buscar fórmulas milagrosas para fazer mais, precisamos incorporar o autocuidado na nossa rotina diária. Isso inclui respeitar momentos de pausa, ajustar nossas expectativas e aceitar que não precisamos estar em ritmo máximo o tempo todo. Quando cuidamos de nós mesmos, não só somos mais produtivos em um sentido mais amplo, mas também somos mais criativos, concentrados e satisfeitos com o que fazemos.
Por fim, acredito que esse é um movimento que precisamos abraçar juntos. Não se trata de um conceito individual, mas de uma mudança cultural em como vemos o trabalho, os estudos e nossas vidas de maneira geral. A produtividade compassiva é uma escolha consciente por um caminho mais saudável, que respeita nossos ritmos naturais e nos ajuda a manter o equilíbrio necessário para alcançar nossos objetivos sem nos perdermos pelo caminho.
Concordo em gênero, número e grau…
Você já ouviu falar em ENEAGRAMA? Depois que fui mais a fundo no perfil compartamental percebi que inconscientemente eu sempre estava me cobbrando em fazer mais e mais e nem era a ”sociedade” que , muitas vezes, ditava esse padrão para mim, mas eu memas…claro que existem momentos e fases que precisamos acelar um pouquinho, mas a vida não é uma competição. Hoje prestes a fazer 38 anos já consigo compreender certas coisas e consigo trabalhar melhor o meu tipo 3 pautado por resultado.
Assunto extremamente necessário! Eu sempre fui de me cobrar muito, de preencher minha agenda das 5h a 00h. Isso me causava sensação de culpa ate no meu momento de descanso, pois eu acreditava que se eu estava descansando, estava sendo improdutiva. Hoje em dia estou aprendendo a respeitar os meus limites e saber valorizar o tempo de qualidade com a família.
Que texto !