Ah, a vida. Nada como dar um tempo, mudar de ares, viver novas experiências para a gente se conhecer melhor e repensar toda a vida.
Durante a minha viagem pela Alemanha, eu refleti muito sobre o meu trabalho e sobre tudo aquilo que me incomodava nele. E foi difícil admitir que ser empresária era grande parte disso.
Veja. Vivemos no mundo da alta performance e do empreendedorismo. Se você tem uma empresa, percebe muito rapidamente que precisa crescer para a empresa não acabar. Mas, nesse crescimento, só a experiência pode ensinar o limite pessoal que se reflete pelos seus valores. Dá medo de fazer a coisa errada. Porque, na real, ninguém nasce empresário e, mesmo com formações, não existe um ponto “perfeito” que você possa dizer que se tornou empresária.
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Ter focado em me tornar empresária, nos últimos anos, me afastou do que eu mais gostava de fazer, que era ser criadora de conteúdo e ser professora. O meu lance não é gerenciar uma empresa. Gosto de ser criativa, ter visão, direcionar os projetos, mas não ter esse ímpeto do gerenciamento. Sou introspectiva. Não sou boa em ficar delegando e cobrando os outros. Sei que, em todos os âmbitos da vida, precisamos fazer isso. Mas, quando você se assume como empresária, essa é principal e basicamente a sua função. E eu não queria só essa função. Demorou mas eu aprendi isso sobre mim.
Embora eu tenha aprendido muito e me dedicado com afinco a esse papel, gradualmente comecei a sentir uma desconexão com o trabalho que estava realizando. Algo parecia faltar, como se eu não estivesse realmente alinhada com minha verdadeira essência.
Foi quando percebi que minha verdadeira paixão sempre esteve relacionada ao ensino e à criação de conteúdo. Essas eram as áreas em que eu me sinto mais viva, realizada e capaz de impactar positivamente a vida das pessoas. Foi o motivo de ter criado esse trabalho. E, sabe: se eu criei um trabalho para mim, ele não deveria refletir o que eu gosto de fazer? Senão, qual o ponto?
Não há nada mais gratificante do que ver meus alunos progredindo, aprendendo e alcançando seus objetivos. É um privilégio poder compartilhar meu conhecimento e experiência para ajudar os outros em seu próprio caminho de crescimento e desenvolvimento. É o que gosto de fazer e o que quero continuar fazendo.
Sei que existem responsabilidades com relação à empresa das quais “não posso fugir”. Mas elas não podem ser o meu foco. Tenho pessoas de confiança e competentes para cuidar dessa parte. Eu quero delegar tudo isso para poder fazer o que realmente acredito que faço de melhor, que é ensinar, escrever, conversar, de maneira leve, bem-humorada e criativa, para encorajar as pessoas a construírem uma vida com coerência e significado. A empresa tem que crescer sim, de maneira sustentável e saudável, principalmente para mim, e felicidade é saúde mental também.
Estava com saudades das suas reflexões aqui no blog. Estava acompanhando só pelo Instagram ou YT. E, como é bom olhar tudo de outra perspectiva. E refletir sobre.
Também adoro a leveza do blog!!!
Me fez gostar ainda mais de você e do seu trabalho. Desejo que possa se dedicar ao que mais gosta
Tenha certeza de que você faz a diferença na vida de muitas pessoas.
Obrigada
Oi, É tão bom ver você escrevendo e “Thais sendo Thais “ ! Parabéns e sucesso por tanta coragem! Isso sempre nos inspira.
Sim, eu concordo contigo as coisas precisam terem e fazerem sentido pra quem as executa. Não basta apenas a saúde financeira, sem a mental estar sendo respeitada tudo pode perder o sentido.
Gosto de seu conteúdo pois em todos esses anos que te sigo, mesmo com todas as mudanças que foi fazendo pelo caminho nunca vc se esqueceu de o porquê de estar caminhando nele.
Me senti muito representada. Sou psicóloga e me tornei empresária por consequência , mas não foram poucas as vezes que senti que minha paixão estava sendo abafada pelas burocracias e demandas administrativas. Essa é sempre uma reflexão importante para quem empreende!