fbpx

Assine a Newsletter do blog - clique aqui

Descobri que ser empresária me deixa infeliz

Ah, a vida. Nada como dar um tempo, mudar de ares, viver novas experiências para a gente se conhecer melhor e repensar toda a vida.

Durante a minha viagem pela Alemanha, eu refleti muito sobre o meu trabalho e sobre tudo aquilo que me incomodava nele. E foi difícil admitir que ser empresária era grande parte disso.

Veja. Vivemos no mundo da alta performance e do empreendedorismo. Se você tem uma empresa, percebe muito rapidamente que precisa crescer para a empresa não acabar. Mas, nesse crescimento, só a experiência pode ensinar o limite pessoal que se reflete pelos seus valores. Dá medo de fazer a coisa errada. Porque, na real, ninguém nasce empresário e, mesmo com formações, não existe um ponto “perfeito” que você possa dizer que se tornou empresária.

Ter focado em me tornar empresária, nos últimos anos, me afastou do que eu mais gostava de fazer, que era ser criadora de conteúdo e ser professora. O meu lance não é gerenciar uma empresa. Gosto de ser criativa, ter visão, direcionar os projetos, mas não ter esse ímpeto do gerenciamento. Sou introspectiva. Não sou boa em ficar delegando e cobrando os outros. Sei que, em todos os âmbitos da vida, precisamos fazer isso. Mas, quando você se assume como empresária, essa é principal e basicamente a sua função. E eu não queria só essa função. Demorou mas eu aprendi isso sobre mim.

Embora eu tenha aprendido muito e me dedicado com afinco a esse papel, gradualmente comecei a sentir uma desconexão com o trabalho que estava realizando. Algo parecia faltar, como se eu não estivesse realmente alinhada com minha verdadeira essência.

Foi quando percebi que minha verdadeira paixão sempre esteve relacionada ao ensino e à criação de conteúdo. Essas eram as áreas em que eu me sinto mais viva, realizada e capaz de impactar positivamente a vida das pessoas. Foi o motivo de ter criado esse trabalho. E, sabe: se eu criei um trabalho para mim, ele não deveria refletir o que eu gosto de fazer? Senão, qual o ponto?

Não há nada mais gratificante do que ver meus alunos progredindo, aprendendo e alcançando seus objetivos. É um privilégio poder compartilhar meu conhecimento e experiência para ajudar os outros em seu próprio caminho de crescimento e desenvolvimento. É o que gosto de fazer e o que quero continuar fazendo.

Sei que existem responsabilidades com relação à empresa das quais “não posso fugir”. Mas elas não podem ser o meu foco. Tenho pessoas de confiança e competentes para cuidar dessa parte. Eu quero delegar tudo isso para poder fazer o que realmente acredito que faço de melhor, que é ensinar, escrever, conversar, de maneira leve, bem-humorada e criativa, para encorajar as pessoas a construírem uma vida com coerência e significado. A empresa tem que crescer sim, de maneira sustentável e saudável, principalmente para mim, e felicidade é saúde mental também.