Meu mês começou com um curso de GTD NÃvel 2: Projetos & Prioridades logo no primeiro final de semana – dois dias intensos de curso, uma turma muito bacana, e a última do ano com este tema. Teremos uma de NÃvel 3 dia 9/11 e outra de NÃvel 1 dia 14/12. Reduzirei bastante minhas turmas de GTD ano que vem para focar em outras atividades, então não tenho ainda previsão de novas turmas. Se quiser fazer alguma, aproveite as deste ano. (contate atendimentoGTD@gmail.com para saber mais informações)
Na outra semana eu tive a oportunidade de participar do curso de mapas mentais ministrado pela Liz Kimura. Contei em detalhes em um post especÃfico, como foi.
Na mesma semana, eu fiz três novas tatuagens: uma flor de lótus no pulso (simbologia do budism), um “v”de vegan no tornozelo direito e uma plantinha acima do seio esquerdo. Quando desinchar, cicatrizar etc eu tiro fotos bonitinhas e posto aqui.
Espero que tenham gostado dos posts deste mês. Foram em menor quantidade intencionalmente, mas com grande profundidade (acho que cada um equivalia por três ou quatro). Pretendo fazer algumas mudanças no editorial do blog nos próximos meses, e vocês vão sentir (espero que positivamente) todas elas.
Resolvi revisitar um exercÃcio que ensinei aqui no blog há alguns anos refletindo sobre como eu gostaria que fosse um dia ideal de trabalho. No exercÃcio em questão, eu falo para você pensar daqui a 10 ou 15 anos. Por quê? Porque você teria um pouco mais de perspectiva para nada ser um fator limitante para aquilo que você quer que seja verdade no seu dia a dia. Mas eu senti que, para mim, no momento, valeria a pena fazer a mesma reflexão pensando no meu hoje mesmo, pois estou um pouco insatisfeita com a minha rotina.
Pensar sobre como seria o meu dia ideal foi muito bom. Fiz esse exercÃcio dedicando 15 minutos do meu dia e escrevendo em um caderno, com caneta. Prefiro escrever, nessas horas. Dediquei então alguns minutos e tirei boas conclusões, que compartilho com vocês:
Por eu gerenciar muitos trabalhos diferentes, acredito que valha a pena dedicar esse perÃodo bem cedo para despachar coisas – delegar atividades, pedir o que deve ser feito no dia para os outros, cobrar, enfim, dar uma geral nos e-mails e mensagens e já esclarecer o que deve ser feito no dia enfim. Só depois disso eu faria uma pausa, possivelmente para uma atividade fÃsica para dar uma nova acordada, tomar um banho, e aà começar a parte de “produção”.
Quando eu engravidei, algumas coisas aconteceram na minha vida. Meu pai, que já estava com a saúde debilitada (ele teve leucemia), ficou ainda pior. Exatamente uma semana antes do Paul nascer ele morreu. Tinha câncer.
Por conta disso, o último mês de gravidez, especialmente, foi bastante preocupante, pois eu tinha que ir diariamente ao hospital medir os batimentos cardÃacos do bebê e, em determinado momento, foi necessário adiantar o parto. O Paul nasceu umas duas semanas antes do previsto, por conta disso. Foi cesárea.
Voltamos para a nossa casa cerca de um mês depois que ele nasceu, ou um pouco mais. Basicamente, quando eu já tinha me recuperado da cirurgia e o risco da eclâmpsia tivesse praticamente sumido. Morávamos em um sobrado, então antes eu não podia subir ou descer escadas, por causa da cesárea. Mais recuperada, pudemos finalmente ir para casa, o que mudou muito a minha relação com a rotina de ser mãe.
Em algum momento antes de ele completar um ano de idade, meu marido estava muito insatisfeito com a sua rotina, muito cansativa, de dois trabalhos, e tivemos uma conversa que mudou tudo o que farÃamos a seguir. Eu estava me sentindo mal por ficar apenas em casa. Estava sendo muito deprê para mim. Claro que o Paul era o fator mais importante de todos, mas eu precisava sair. A coisa do meu pai, putz, tudo isso me deixava mal de ficar em casa, sozinha com meus pensamentos. Então nós conversamos e concluÃmos que seria muito mais efetivo eu voltar a trabalhar, pois eu era gestora quando saà do meu último emprego, e conseguiria algo melhor, com um salário melhor que o do meu marido. Ele poderia focar na música (que era a segunda atividade dele), ficaria em casa durante o meu perÃodo de trabalho, e eu poderia fazer minha pós-graduação, que era algo que eu acreditava que me ajudaria a conseguir um salário melhor dali em diante. Ele pediu demissão no inÃcio de janeiro, e em fevereiro eu já tinha arranjado um novo trabalho, e assim nossa dinâmica mudou radicalmente. Foi um desafio para todos nós, mas estávamos firmes no propósito.
No final daquele ano, resolvemos finalmente mudar para Campinas, e assim fomos, em dezembro mesmo. Foi uma grande mudança para a gente, porque estarÃamos longe da nossa famÃlia pela primeira vez, e era como se uma nova era se abrisse e nos tornássemos “adultos de verdade”.
2011 foi o ano que resolvi “profissionalizar” o blog, no sentido de postar todos os dias, desenvolver um calendário editorial etc. Na pós-graduação, meu TCC foi a profissionalização mesmo dele – desenvolvendo logo, missão, visão, a coisa toda. Então, entre 2012 e 2013, ao final do curso, eu descobri que queria muito trabalhar com organização.
À medida que ele vai crescendo, ele vai desenvolvendo personalidade própria, questionando coisas, tendo suas curiosidades e momento mais autônomos. Eu me surpreendo diariamente com as coisas que ele faz ou diz, e sigo cada vez mais apaixonada.
Acredito que o fato de eu sempre ter sido mais “molecona” me ajude com o trato com ele. Conto algumas coisas que eu fazia quando era criança e ele dá muita risada. Acho que ele, de certa maneira, sente que eu sou menos rÃgida quando conto que fazia parte da turma do fundão ou que eu ia mal em matemática (que ele ama). Isso me tira do pedestal, ao mesmo tempo que deve gerar nele um sentimento de “minha mãe era legal na escola – ela apenas cresceu”.
Faz, sinceramente, uns 20 anos que eu quero me tornar vegetariana. Quando eu era mais nova, contribuà durante muito tempo com a PETA e o Greenpeace e sempre fiquei revoltada sabendo como os animais são tratados pelos seres humanos – da indústria pecuária à medicina. O fato de o Paul McCartney ser vegetariano (e eu, apaixonada pelos Beatles) sempre foi uma “coisinha” que me cutucou ao longo dos anos. Ao mesmo tempo, sempre tive uma postura meio imatura e rebelde, no sentido de achar cool dizer coisas como “eu amo carne” etc.
Isso foi maravilhoso porque, quando comecei a frequentar esses restaurantes, eu passei a ver a imensa riqueza de opções de comidas e preparos que existem quando você resolve não comer mais carne e qualquer alimento de origem animal. Meu pensamento óbvio foi: “caramba, realmente não tem necessidade nenhuma da gente comer qualquer coisa com carne”. E aà você começa a juntar os pontos dentro de você com outras questões muito urgentes mas que estavam incubadas, como a violência e a exploração animais.
Preparar e deixar marmitinhas prontas garante que você sempre tenha seu alimento mesmo na correria do dia a dia ou quando vai a lugares que não sabe se encontrará opções que você pode comer.
No Budismo, eu aprendi a reforçar uma convicção que eu já tinha, de não-violência e de não prejudicar outros seres vivos sencientes. Me tornar vegana foi apenas mais um “encaixe”, mais uma forma coerente de fazer as coisas de acordo com os meus valores. Estou em transição e acredito que, como todo o resto, isso seja uma construção para toda a vida. Mas, como toda construção, você só precisa começar.
Por incrÃvel que pareça, eu não cheguei ao Budismo procurando pela religião, mas me apaixonando por um modo de vida que foi descrito pelo meu escritor preferido (Jack Kerouac) em um livro chamado “Os Vagabundos Iluminados” (The Dharma Bums).
Foram duas tardes em um clima intimista, um curso para poucas pessoas, de modo que a gente conseguisse conversar e assimilar bastante o conteúdo, trocar ideias e tirar dúvidas pontuais.
Quando postei no Insta, as pessoas ficaram me perguntando se os livros são bons, mas eu não consigo ler tão rápido assim, gente (rs). Peguei os livros na quarta e apenas consegui folhear, mas já posso dizer que parecem excelentes, especialmente porque têm muitas figuras e exemplos de mapas coloridos. Recomendo.
A Liz está estruturando todo seu material de divulgação e agenda de cursos, pois ela tem muuuuuuuuita coisa. Fiquem ligados no Insta dela, onde ela costuma divulgar mais.
Eu fiz um curso de teatro este ano. Na primeira aula de “voz” a professora pediu para cada um da turma contar a sua história pessoal com relação ao seu uso da voz. Ouvi histórias incrÃveis, e aqui vai a minha.
Sempre fui uma pessoa tÃmida e introvertida que usava o humor como mecanismo de defesa. Por isso, na escola, eu aprendi a fazer piadas e a “forçar” um comportamento engraçadinho toda vez que eu fosse apresentar um trabalho na frente da sala, por exemplo. Uma vez, já adolescente, precisei apresentar, junto com o meu grupo, um trabalho em formato de peça de teatro. Naquele momento, em cima do palco, uma luz se acendeu em mim: “quero ser atriz!”. Mas meu problema sempre foi o fato de a cada 15 segundos me empolgar com uma profissão diferente, então passou.
Comecei como todo palestrante começa: sem a menor ideia do que eu estava fazendo, a não ser a vontade de compartilhar aquele conteúdo que eu tinha. Sempre me apeguei ao fato de que, se estava sendo convidada, era porque eu era reconhecida naquele assunto. Mas à medida que você começa a se envolver no meio, começa a reparar nos outros palestrantes e a buscar dicas para ser uma palestrante melhor. E isso só me fez ver como eu não era (na minha cabeça) uma boa palestrante.
Em 2014, passei a viver exclusivamente desse trabalho com organização e produtividade, e grande parte desse trabalho estava em dar palestras e ministrar cursos em sala de aula.
Quando comecei a ser contratada por um grande cliente para ministrar cursos em empresas, passei a ser cobrada de maneira diferente. Existia um sistema de avaliação e feedback, e as duas coisas que eu mais ouvia (e hoje sei como esse sistema era horrÃvel) eram que 1) eu “deveria considerar emagrecer” e 2) “deveria procurar um fonoaudiólogo”.
A partir daquele momento, eu passei a focar então no que eu era melhor – que, pasmem (ou não): eram muitas coisas! E eu estava negligenciando todas elas totalmente, em detrimento de um trabalho de correção em supostos pontos fracos que eu tinha!
Ou seja: a partir do momento que eu resolvi focar em todas as coisas que eu considerava urgentes de serem ditas ao mundo, a travinha na minha voz, o meu peso, tudo isso passou a ser um mero detalhe que não deveria jamais atrapalhar o conteúdo daquilo que eu tinha para compartilhar. Eu mudei completamente o meu foco. Era “urgente” compartilhar tudo aquilo. Eu não via a hora de começar!
Em resumo: mais do que externalizar em voz alta esse conteúdo que eu queria compartilhar, buscá-lo dentro de mim com consciência situacional, paixão e muita vontade de servir aquelas pessoas que estavam me ouvindo, de ajudar – isso sim fez com que eu encontrasse a minha própria voz, e eu tive a minha auto-estima de volta. Passei a ser elogiada pelas mesmas pessoas que antes me criticavam. Porque, no fundo, hoje vejo que tais “falhas” que eu tinha na verdade apenas evidenciavam as inseguranças que eu sentia. (não estou abstendo a responsabilidade do que as tais pessoas me falaram. só quero dizer que superei essas crÃticas.)
Ao subir naquele palco, não apenas o reconhecimento internacional como palestrante, mas a minha percepção de como na verdade eu AMO fazer palestras, estar no palco, ensinar, compartilhar e, acima de tudo, aprender mais sobre mim mesma, eram os aspectos mais motivadores para mim naquela situação.
Photo by Dan TaylorPhoto by Dan TaylorPhoto by Dan Taylor
Eu fiquei apaixonada por esse termo tão logo eu o ouvi. E, desde então, eu venho tentando trazê-lo para a nossa casa e para todas as situações fora dela em que tenham esse potencial para gezellig.
Passeando pelas ruas de Amsterdam, passando pelas casas, vendo o cotidiano lá dentro, toda essa atmosfera traduzida em um só termo despertou a minha atenção.
Aquela sensação de cozinhar ouvindo música ou conversando com meu marido e filho. Música de fundo, dando uma geral na casa. Uma xÃcara de chá ao lado da poltrona e da minha pilha de livros. Amigos conversando na mesa da cozinha. Uma taça de vinho e um filme na tv.
Se você quiser uma forcinha minha para fazer esse exercÃcio, ele, junto com muitos outros exercÃcios desse tipo, eu ensino no workshop de Planejamento de Vida, cuja Turma 3 acontecerá em novembro. Ainda temos algumas vagas. Saiba mais aqui.
Atualmente, a ferramenta que tenho usado para gerenciar as minhas listas tem sido o Trello. Por esse motivo, estou fazendo um teste com um quadro para as minhas áreas de foco.
Tenho uma primeira coluna para “áreas da vida”, onde eu listo as áreas da minha vida (uma para cada cartão) e, dentro delas, uma lista dos pontos a serem revisados relacionados à quela área em questão.
Uma outra forma de organizar as áreas poderia ser criar uma coluna para cada uma delas e, em cada coluna, um cartão ser uma sub-área. Já tentei fazer dessa maneira e hoje acho que do modo como está fazendo fica um pouco mais simples.
Se você quiser ver algum tema especÃfico ou tiver alguma dúvida de organização pontual, por favor, não deixe de comentar abaixo com a sua sugestão. Farei o possÃvel para trazer esse conteúdo para cá, caso já não exista algum post mais completo sobre isso. Obrigada! Feliz mês de outubro!
5 e 6 de outubro (sábado e domingo)
Curso presencial de GTD com foco em projetos
São Paulo, 9h às 17h no sábado e 9h às 12h no domingo
Últimas vagas (encerraremos as inscrições na quarta-feira)
Contate: atendimentoGTD@gmail.com
16 e 17 de outubro (quarta e quinta)
Curso presencial de Mapas Mentais com Liz Kimura
São Paulo, 14h às 18h em ambos os dias
Inscrições abertas diretamente aqui
26 e 27 de outubro (sábado e domingo)
Curso presencial de GTD: Fundamentos
Para iniciantes e iniciados
São Paulo, 9h às 17h em ambos os dias
Ainda temos vagas
Contate: atendimentoGTD@gmail.com
9 de novembro (sábado)
Curso presencial de GTD com foco nos horizontes mais elevados (NÃvel 3)
São Paulo, 9h às 18h
Ainda temos vagas, mas estão se encerrando rápido
Contate: atendimentoGTD@gmail.com
16 de novembro (sábado de feriado)
Workshop Planejamento de Vida (Turma 3)
São Paulo, 9h às 18h
Inscrições abertas
Contate: atendimentovidaorganizada@gmail.com
14 e 15 de dezembro (sábado e domingo)
Última turma do ano!
Curso presencial de GTD: Fundamentos
Para iniciantes e iniciados
São Paulo, 9h às 17h em ambos os dias
Ainda temos vagas
Contate: atendimentoGTD@gmail.com