Vamos aproveitar que estamos falando de planejamentos e pensando no ano seguinte para refletir sobre os aprendizados do ano em questão. A ideia aqui é analisar o que você fez, o que você deixou de fazer, e o que você aprendeu com todas as suas experiências neste ano de 2017.
Os aprendizados geram princípios de vida. E esses princípios são algumas das coisas mais elevadas que a gente pode ter, porque nos ajudam a tomar decisões.
Uma maneira de registrar esses aprendizados é mantendo um diário. Se você não tem um, pode ser algo a se considerar para o ano que vem. A ideia é registrar aprendizados diários, quando for o caso. Outra maneira de registrar aprendizados é usando um commonplace book. Aliás, essa foi uma das coisas que eu aprendi esse ano e passei a incorporar oficialmente (eu já fazia isso informalmente desde que era adolescente).
Como eu tenho como princípio de vida compartilhar os meus aprendizados, a maioria do que aprendo ou percebo acaba virando post para o blog ou conteúdo que eu publico de alguma forma (vídeos, livros). Esse é um exercício legal porque eu entendo que os meus aprendizados podem servir como aprendizados para outras pessoas também. Então por que não compartilhar?
Logo, uma maneira de avaliar meus próprios aprendizados é revisitar o que eu postei aqui ao longo deste ano. E, quando faço isso, identifico aprendizados bem legais, como por exemplo:
- Começo dizendo que meu lema para 2017 foi “mente como água” e eu o cumpri lindamente. Isso me faz pensar em qual será meu lema para 2018. Ainda não defini, mas convido você a pensar junto comigo e definir um para você também. Me ajudou bastante a nortear algumas decisões e atitudes ao longo do ano.
- Minha casa serve para eu viver, não para armazenar coisas. Ao longo de 2017, eu refleti muito sobre a impermanência nossa e dos objetos, e também sobre o sentimento de posse que temos sobre eles. Fiz algumas reflexões interessantes a respeito, como por exemplo pensando no que eu levaria comigo se eu mudasse de continente? Pode parecer uma situação hipotética, mas a reflexão me ajuda. Falei sobre isso também em outros posts:
- Já comentei mais de uma vez aqui no blog como descobrir que manter uma atitude mental positiva fez toda a diferença na minha vida ao longo deste ano, especialmente no caso de ter uma empresa. Esse foi um dos meus principais aprendizados de 2017. Leia também o post onde falo sobre a importância dos livros do Napoleon Hill na minha vida hoje.
- Outro aprendizado legal, importante e até fundamental, eu diria, em 2017, foi o entendimento de que não existe “equilíbrio entre pessoal e profissional” e sim um equilíbrio de vida como um todo que concilia as diversas áreas da nossa vida. Fazer as pazes com o trabalho mesmo. Aceitar que estamos em outra era com relação a isso, e que é ok pensar em trabalho nas “horas vagas” assim como é ok pensar em projetos pessoais durante o horário de trabalho. Mais tarde eu também descobri os contras disso, mas ainda pretendo explorar em posts futuros esse assunto. Outros posts que também abordaram esse assunto tão importante:
- O poder de definir o seu trabalho
- Somos todos terceirizados
- Caos não depende do quão ocupado você está
- Como é a vida com 94 projetos em andamento
- Em que fuso horário você está?
- Controle e perspectiva: a chave da experiência produtiva
- Como você se engaja com os seus pensamentos?
- O que me tira da cama é essa inquietude
- Quantas das suas atividades atuais você realmente deveria estar fazendo?
- Personalizando contextos ao longo da semana
- Criando o seu trabalho
- Trata-se simplesmente de se estressar menos
- Um movimento que vem vindo desde 2015 e se tornou um princípio também para mim foi a necessidade de simplificar o meu sistema de organização. Abordei um pouco esse assunto em um post em que perguntei “você conseguiria manter seu sistema de organização se estivesse doente?”. A reflexão ainda vale. Vamos tentar fugir do microgerenciamento! Outros posts relacionados:
- O problema da lista diária de tarefas
- Muito controle = fora de controle
- Não se trata só de “dicas práticas”
- Como registrar os marcos do seu ano
- Esteja presente onde quer que esteja
- A diferença entre organizar, planejar e registrar
- Sem medo de mudança
- O poder da organização ao buscar as decisões dentro de você
- Ou seja, tudo mais ou menos voltado a viver a vida com significado, com foco no essencial, e fazer isso se refletir no seu trabalho também.
- Eu também aprendi este ano que, além de ter como missão (do blog) inspirar as pessoas a se tornarem organizadas para que tenham mais qualidade de vida, eu estou aqui nesse mundo para ajudar as pessoas a serem menos estressadas. Isso foi um aprendizado importante porque conectou vários pontos dentro da minha cabeça – que eu tentei explanar um pouco em um post sobre como foi o meu mês de outubro.
- Todos os meus aprendizados, de maneira geral, são “reaprendizados”. São pontos que eu já tocava, mas refinei ou aprendi melhor. Outro assunto que me trouxe novos aprendizados em 2017 foi sobre a questão das rotinas. Como usar as rotinas a meu favor, refinar melhor esse papo. Desde outubro eu venho tentando estabelecer rotinas mais consolidadas para mim, independente das minhas atividades diárias, e isso tem funcionado muito bem. Por exemplo, todo dia pela manhã eu me dedico à escrita. Vocês devem ter percebido a mudança nos textos do blog de outubro para cá. Não só escrevi mais, como sinto que escrevi melhor. Rotina tem tudo a ver com isso.
Li meu texto do ano passado sobre os aprendizados de 2016 e cheguei a ficar emocionada. Foi um ano bem complicado. 2017, para mim, foi um ano incrível porque, como eu tive o lema de “mente como água” e o princípio da atitude mental positiva para todas as coisas, isso fez toda diferença no modo como eu me engajo com as diferentes situações. Ter me colocado também como papel responsável pela minha própria vida, um estado mental eterno meio de “Marvin” (“te vira”) me fez ter um sentimento de guerreira pessoal, que precisa desbravar e moldar a própria vida, defendendo-a com unhas e dentes, porque é do meu tempo de vida que estou falando. E bem, isso se refletiu em tudo.
E você, já tentou listar seus aprendizados deste ano? Pode ser um excelente começo para pensar em planejar o ano que vem ou qualquer outro que venha. 🙂