Tchau, Instagram

Cada vez mais, temos refletido sobre os impactos das redes sociais na nossa vida, e uma constatação que me veio recentemente foi a seguinte: Eu fico infeliz toda vez que entro no Instagram.

Não foi algo que percebi de um dia para o outro. Foi um acúmulo de pequenas sensações que, com o tempo, se tornaram impossíveis de ignorar. Começou com as postagens de pessoas que me deixavam mal — seja por comparação, seja por discursos que não ressoavam com os meus valores. Resolvi parar de segui-las, um passo que parecia simples e até libertador. No entanto, isso não foi suficiente.

Mesmo com uma curadoria mais atenta no meu feed, os comentários e mensagens diretas que recebia frequentemente me deixavam para baixo. Comentários rudes, críticas destrutivas ou até mesmo cobranças que, muitas vezes, ultrapassavam a linha do razoável. A experiência se tornou desgastante. Era como se cada vez que eu abria o aplicativo, estivesse me expondo a algo que consumia minha energia e minava minha alegria.

Foi então que decidi mudar minha relação com o Instagram.

Criei um perfil pessoal secreto, onde eu sigo apenas amigos próximos e familiares. Ali, posso compartilhar momentos da minha vida sem me preocupar com a opinião de quem não me conhece de verdade. E mantive um perfil profissional, focado na divulgação do meu trabalho, mas sem me expor tanto pessoalmente.

Esse foi o caminho que fez sentido para mim. Talvez não funcione para todos, mas acredito que a mensagem principal aqui seja: é importante respeitarmos nossos limites e cuidarmos do nosso bem-estar. Redes sociais são ferramentas, e nós temos o poder de decidir como usá-las — ou se queremos usá-las.

Se você sente algo parecido, minha sugestão é parar e refletir. Como o uso dessas plataformas tem impactado sua vida? O que você pode ajustar para que elas sirvam às suas necessidades, e não o contrário?

Viver bem é mais importante do que qualquer curtida ou visualização. Estou priorizando o que realmente me faz feliz.

Sobre a autora

Thais Godinho

Autora do Método Vida Organizada, criou este blog em 2006.

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8 Comments

  1. Bom dia, sim sonto mesmo, o que mais me deixa pensativa é que, no meu caso, se eu não vendo algo pelo instagram logo eu sou o produto. Fiquei 40 dias sem usar , sobrevivi a tentanção de postar sobre o natal, ano novo, férias e até mesmo aniversário do meu filho, sim tudo isso aconteceu meio que simultaneamente. Ontem, tive a infelicidade de instalar novamente, mas agora pensando melhor me arrepndi, vivo numa linha tênue com relação a esse assunto, sinto que seria interessante o meu perfil pois meus líderes me seguem e acompanham o que eu faço isso meio que “me promove”, mas em outros momentos penso que mais importante que essa “tal” promoção via redes sociais são os números que eu entrego mensalmente, enfim, hoje não consigo ter uma opinião formada sobre e isso é muito triste.

  2. Desde o ano passado comecei a restringir redes sociais, limpando feed, deixando de seguir varias paginas e colocando limite de uso. Percebi uma relação direta entre uso de redes sociais e cansaço mental, frustração e tedio. Quanto menos eu rolava o feed, mais eu tinha energia para fazer tarefas como cozinhar, caminhar na rua ou ler livros. Entao em 2025 dei adeus de vez as redes. Até pq o conteúdo que realmente me interessa possui newsletter, ou podcast, e não dependo mais de algoritmo nenhum. Aconselho qualquer um a criar um email só para receber newsletters, vale muito mais a pena.

  3. Eu acabei de fazer o mesmo, que coincidência. Na verdade, eu fui um pouco além, como até pessoas próximas postam coisas desagradáveis e que me engatilhavam, eu fiz um perfil exclusivamente para contatos profissionais que são mais “chegados”, por assim dizer, com bom conteúdo, e aí criei esse novo perfil numa guia anônima e com um email não relacionado a outras contas (um email novo). Toda vez que entro, entro pela guia anônima e tem sido um sucesso, como uso uBlock Origin, não tem mais propaganda, não tem mais reels tóxicos, só o que quero ver – e por consequência, tenho entrado bem menos também. Libertador.

  4. Eu era MUITO viciada em instagram e resolvi tentar parar de usar em janeiro de 2024. Achei que seria muito difícil e nos primeiros dias foi mesmo, mas depois… passa. Hoje eu sinto que foco muito mais em mim do que em me comparar com os outros, consumo menos (e eu nem consumia tanto assim) porque nao vejo tanto anúncio ou influencers.

    Continuo próxima de quem realmente me importo pelo whatsapp (moro em outro país, como vc sabe 🙂 ). Acabo tendo conversas mais significativas porque nao me sinto superficialmente informada sobre a vida dos meus amigos e família pelas redes sociais. Exemplo: eu nao parto do princípio que minha amiga está bem porque ela está sorrindo num story, porque eu nao vi nenhum story. Eu tenho que ir no whatsapp e perguntar como ela está. E ela vai me dizer se está bem ou nao. haha parece simples mas muda tudo.

    Ainda uso youtube, pinterest e linkedin, mas nenhum deles me vicia TANTO quanto o instagram (tiktok nem entrei porque sabia que só perderia tempo), porque o algoritmo nao é tao bom.

  5. Tenho uma relação complicada com o Instagram. Já exclui várias vezes e voltei, o problema é que aparecer nas mídias sociais ajuda até mesmo no posicionamento offline, para conseguir trabalhos. Excelente sua reflexão.

  6. Acho que essa mistura de rede social com vitrine tem causado em todos nós esse sentimento de ansiedade, infelicidade… Não quero ser aquela pessoa chata que fala “na minha época…” e tal, mas as redes sociais costumavam ser um pouco menos insalubres quando eram exatamente isso: redes sociais e a gente seguia quem conhecia e trocava foto e comentários e não precisava se abrir pro mundo dessa forma. Sei que hoje em dia qualquer pessoa que tem um negócio ou oferece um serviço precisa usar as redes sociais como vitrine mesmo, não tem jeito. Mas essa mistura deixou tudo meio confuso.

    Já há alguns anos eu mantenho meu Instagram (única rede que uso) fechado e só sigo pessoas que conheço e me conhecem. Tem funcionado, mas é meio complicado mesmo assim.

    Boa sorte para nós!

  7. oi Thais! Decisão dificil, mas que considero muito acertada… Tb percebo q redes sociais drenam muito minha energia e o ato de scrollar é muito viciante.. depois da pandemia encerrei insta, face e linkedin; outras, eu nem tinha… Só mantive o Youtube e Pinterest.

  8. Oi, Thais!

    Tenho o mesmo sentimento. Faz alguns meses que desinstalei o App do instagram do celular e de tempos em tempos acesso ao web.

    Sinceramente, me sinto muito melhor.

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