Quis escrever um post sobre isso porque percebi que acabei não falando aqui no blog e só no Instagram e no YouTube, mas não aqui, e acho legal o blog ter esse registro em texto até mesmo para quem não me acompanha nas outras redes.
Eu estou em Varsóvia, na Polônia, para um estágio de pesquisa como parte do meu Doutorado. Estou estudando com um professor daqui que é especialista em religião, imigrantes e minorias. Ele foi escolhido justamente pelo fato de eu trabalhar com o impacto das crenças dos praticantes budistas no trabalho, falando de uma religião que veio de imigrantes, especialmente no contexto do Brasil.
O estágio é de 5 meses mas, por eu ter o Paul, não teria como fazer esses 5 meses de maneira corrida, direto. Então eu propus um cronograma que me permitiu ficar um tempo aqui, voltar ao Brasil, aí retornar etc, e o professor foi super legal e aceitou fazer dessa maneira. Claro que a faculdade daqui vai custear só o básico, e todos esses trajetos a mais serão bancados por mim, mas se eu trabalho para alguma coisa, é para poder ver meu filho, certo? Não é fácil mas foi uma maneira de fazer, e ele está bem. Conversamos muito antes da viagem, quando o projeto ainda estava em planejamento mesmo, e existia a possibilidade de eu ficar 5 meses direto e ele vir comigo, mas sinceramente não achei que isso seria certo com ele. Não sou egoísta. Para ele vir, ele teria que sair da escola, não conseguiria estudar por aqui, e ficaria sozinho na maior parte do tempo, já que passo o dia todo na faculdade. Lá, ele está em casa, com o pai, os cachorros, a família, e seguindo sua rotina normal escolar e com seus amigos por perto. É mais difícil para mim estar longe, mas conversamos todos os dias e, sinceramente, presença é mais do que estar fisicamente juntos. Aliás, nos aproximamos muito com essa experiência. Tem sido uma coisa boa.
Aliás, estar na Europa foi uma coisa boa. Antes de vir para a Polônia, eu fui para Hamburgo, na Alemanha, onde pude trabalhar no Museu do Trabalho fazendo uma visita e documentação técnicas, para a escrita de um artigo (em desenvolvimento), além de ficar um tempão na biblioteca deles fazendo um levantamento dos títulos para ter como referência. A experiência como um todo tem sido fantástica. Eu pretendo falar mais sobre essa visita ao Museu do Trabalho por aqui. É que não deu pra escrever com calma sobre isso mesmo ainda!
O tempo aqui na Polônia é curtinho (duas semanas desta vez) e bastante intenso, porque tenho muito a fazer em pouco tempo. Eu optei por ficar em um Airbnb desta vez e foi a melhor coisa que eu fiz, pois o apartamento me permite ter uma rotina o mais próximo possível do normal, o que significa preparar minha própria comida, essencialmente. Mas, das próximas vezes, é provável que eu fique nos dormitórios da faculdade. Ainda estamos vendo essa parte logística para os próximos meses.
O que eu estou achando da Polônia? Bem, é um país bastante conservador, o mais católico da Europa, então isso diz muito a respeito da cultura deles. Mas eu tenho achado as pessoas muito simpáticas, bondosas e prestativas, e o tempero da comida deles é uma coisa de louco, tudo muito gostoso mesmo! Aqui eles falam polonês e um inglês basicão só nas áreas turísticas, então o negócio é se virar com mímica, falar uma palavra ou outra em polonês (obrigada, por favor, com licença, bom dia) ou usar o app do Google Tradutor e mostrar a tela se for algo mais complexo. Tem funcionado. Sobre as aulas na faculdade, pretendo fazer um post especialmente sobre isso, porque tenho uma boa dica.
E é isso! Espero que tenham gostado dessa atualização e, aos poucos, vou compartilhando mais sobre essas aventuras de uma mãe empresária e pesquisadora pelo mundo, haha. Um beijo.