Eu recebo essa pergunta constantemente então achei que valia a pena escrever um post para deixar como referência.
Quando o Paul era mais novo, eu costumava expôr ao longo do ano os desenhos pela casa e guardar em uma pasta os trabalhos e provas. Uma vez por ano, tirava foto e digitalizava os mais legais e significativos, fotografia a letrinha dele, coisas do tipo, e reciclava o material no final do ano, doando os livros escolares.
Nesta escola que o Paul está agora, há um cuidado não apenas com a sustentabilidade mas com a compreensão do uso e a posse de novas coisas. Há um movimento coordenado pela escola de doação dos livros do ano anterior para alunos que estão mudando de série e também há o incentivo em continuar a usar os cadernos enquanto tiverem folhas limpas.
Escolher uma escola assim foi algo determinante. Foi intencional. Eu mudei de bairro praticamente para que ele pudesse ter acesso a uma escola que fosse desse jeito. Não por esse mínimo detalhe, mas pela direção da escola como um todo, mais humana, mais consciente de todos os aspectos.
Neste exato momento, o que temos:
- Paul saiu do sétimo e foi para o oitavo ano
- Livros de ficção que ele usou, a gente vai doar (e alguns eu peguei pra mim kkk)
- Os cadernos do ano passado, eu vejo COM ELE o que ele quer fazer. Já está numa idade de poder escolher se ele quer manter por n motivos.
- O mesmo vale para os materiais.
Penso que a maternagem se desenvolve através da conexão nesses pequenos momentos da rotina.
Ter me comprometido com a formação como professora também me permite enxergar o aprendizado de outra forma. Vivemos o que aprendemos. Conversamos sobre o que ele estuda. A vida é o assunto. O papel é um material, e o que importa é o conhecimento. Mas, sobre o assunto do post, agora que ele tem 12 para 13 anos a orientação é: ver com ele. Pelo menos para nós isso faz muita diferença.
Olá Thais!
Essa sua fala “Vivemos o que aprendemos. Conversamos sobre o que ele estuda. A vida é o assunto. O papel é um material, e o que importa é o conhecimento.” vou usar pra mim no meu dia a dia!
Que fala incrível!
Thaís,
Fiquei bastante interessada neste modelo de escola em que ele estuda. Saberia me dizer qual linha eles seguem?
Beijos e sucesso!!!
Lindo post/depoimento… Cada dia que passamos juntos (eu, esposa e filho) é uma dádiva, principalmente no compartilhar de conhecimentos. Ver meu filho caminhando cada vez mais com as próprias pernas é uma paz diária que não tem preço, pois tudo em nossa vida deve ser considerado um investimento eterno, prazeroso e divino.