Por que resolvi comprar um freezer?

Resposta rápida: para fazer mais marmitas e pedir menos delivery. Fiz as contas e o aparelho se pagaria em menos de dois meses. Como somos o Paul e eu aqui, é importante ter refeições prontas para a rotina diária e eu me sinto bem cozinhando uma vez por semana, aos domingos de manhã.

Além disso, preparar as próprias refeições é uma forma de garantir alimentos mais saudáveis e adaptados às preferências daqui de casa.

Outro benefício foi a praticidade que o freezer trouxe para o nosso dia a dia. Aos domingos de manhã, costumo reservar algumas horas para cozinhar. Esse hábito semanal me ajuda a ter as refeições prontas para os próximos dias, poupando tempo durante a semana e reduzindo o estresse com “o que vamos comer hoje?”. É gratificante abrir o freezer e encontrar opções variadas, todas preparadas com cuidado e carinho. Para garantir a qualidade dos alimentos congelados, adotei algumas dicas simples, como usar embalagens herméticas e remover o máximo de ar ao armazenar os alimentos, evitando o temido “freezer burn” (ou queimadura de freezer), que pode afetar o sabor e a textura das comidas.

Outra dica que tem me ajudado bastante é congelar os alimentos em porções individuais ou pequenas, utilizando sacos próprios para freezer e etiquetando tudo com a data de preparo. Isso facilita o planejamento, evita desperdícios e assegura que os alimentos sejam consumidos enquanto ainda estão frescos. Sempre deixo um espaço entre as porções no freezer para garantir que o ar circule e os alimentos congelem de maneira uniforme. Esses cuidados simples fazem toda a diferença para manter as refeições saborosas e com boa textura. (As marmitas do Paul têm 500ml e, as minhas, 300ml).

A experiência de investir em um freezer me fez perceber como pequenos ajustes podem transformar a rotina. Cozinhar em lote e congelar as porções não apenas economizou dinheiro, mas também trouxe mais controle sobre a alimentação, evitando escolhas de última hora que nem sempre são as mais saudáveis. Eu comprei o freezer mais simples, da Consul. Valeu a pena. Se você também está considerando maneiras de otimizar o dia a dia e economizar, vale a pena adotar essas práticas. Com planejamento e alguns cuidados no armazenamento, o freezer se torna um grande aliado!

Ayurveda e Primavera

Eu muitas vezes sinto que as estações como são hoje são apenas uma abstração baseada em um modelo europeu que a gente aplica aqui mas não diz muito respeito ao que acontece nas diferentes regiões do Brasil. De qualquer maneira, oficialmente estamos na primavera, e eu faço algumas alterações na minha rotina de saúde para me adequar ao momento que estamos vivendo na natureza.

Como vocês sabem, eu uso o livro *essencial* Culinária Ayurvédica para o seu dia a dia (compre aqui). Ele é maravilhoso e me guia em tudo nesse assunto. Para ser lido e relido o tempo todo. Tem muitas orientações boas.

A primavera tem duas características: fresco e úmido. Aqui em SP, para mim, isso faz sentido, mas é importante que você adapte à sua região.

Refeições boas para todas as estações:

  • Creme de cereais (ex: mingau de aveia)
  • Pudim de chia
  • Kanji – ou “canja”
  • Frittatas
  • Sopas cremosas
  • Salada cozida no vapor
  • Dosa
  • Kichari
  • Arroz basmati
  • Patê de feijão
  • Sopas verdes detox
  • Chá matinal tranquilizante de limão
  • Lassi digestivo
  • Leite de nuts

Caso não conheça alguma dessas receitas, recomendo o livro ou procurar na Internet, que se encontra facilmente.

Especialmente na primavera:

  • Creme de cereais com amaranto ou centeio
  • Pudim de chia com suco de romã
  • Kanji de trigo-serraceno, cevada, centeio ou painço
  • Frittata com couve de bruxelas, aspargos, alcachofra, brócolis, rúcula e espinafre
  • Sopa cremosa com aspargos, aipo, folhas de mostarda, vagem e espinafre
  • Salada cozida no vapor com chicória, rúcula, brócolis, aspargo
  • Dosa de arroz basmati e feijão mungo amarelo
  • Kichari com rúcula, dente de leão, endívia, repolho, couve de bruxelas, brócolis, aspargos, brotos de feijão
  • Patê de feijão – lentilhas vermelhas
  • Sopa verde detox com brócolis, rúcula, repolho, couve de bruxelas, aipo
  • Lassi digestivo com cúrcuma, gengibre e coentro
  • Leite de sementes de cânhamo

Alimentos para priorizar na primavera:

  • Especiarias: gengibre, pimenta do reino, limão siciliano, cúrcuma, anis, mostarda
  • Grãos secos: cevada, centeio, milho, painço, trigo sarraceno
  • Frutas: maçã, pera, frutas vermelhas, cerejas desidratadas, uva passa, ameixa
  • Proteínas magras: feijão, lentilha, clara de ovo, carne branca (para não vegetarianos), grão de bico, tofu
  • Vegetais amargos: rúcula, couve de bruxelas, repolho, brócolis, folhas de dente de leão, aspargos, alcachofra, alho poró, espinafre, couve flor, endívia, rabanete
  • Mel in natura
  • Sucos: cranberry, romã
  • Leites: arroz, cânhamo, soja, sementes de uva, leite de cabra
  • Vinagres: balsâmico, arroz, maçã

Ideias de receitas para procurar:

  • Café da manhã: creme de cereais com frutas vermelhas, muffins com os alimentos recomendados (ex: ameixa), pho (uma sopa vietnamita com vegetais), húmus picante de feijão preto
  • Almoço: sambar (sopa de tomate do sul da Índia) servido com arroz, tacos de tofu com verduras, sopa de feijão branco com aspargos, dal picante
  • Jantar: tofu simples refogado, sopa de cenoura e gengibre com grão de bico torrado, sopa de couve-flor e alho-poró, croquetes de feijão-branco e alcachofra
  • Sobremesa: pudim de arroz doce com castanhas, creme de avelã, molho doce de frutas vermelhas
  • Bebidas: lassi de limão e gengibre, chá de gengibre e cravo da índia, refresco de laranja com gengibre, suco verde de limão, couve e gengibre

Eu absolutamente amo experimentar os sabores e ver o que gosto mais para manter na minha dieta e observar se me sinto melhor (e frequentemente sim). Novamente, recomendo fortemente o livro para quem tiver interesse nesse assunto. (compre aqui)

9 comidas e bebidas refrescantes para o seu menu semanal de verão

Tem dias que faz tanto calor que eu nem tenho vontade de comer! Mas, como recém fiz uma cirurgia, não posso deixar de me alimentar. Por isso, eu pesquisei algumas comidinhas que poderia trazer para a minha dieta e que sejam leves para dias de muito calor. A família toda se empolgou, então acabaram entrando no menu semanal. Seguem minhas ideias para, quem sabe, inspirar mudanças no seu também:

  1. Saladas um pouco mais complexas. Não só alface, tomate e cenoura, apesar de isso ser gostoso. Mas a ideia era testar diferentes vegetais, diferentes leguminosas, diferentes proteínas, diferentes molhos e temperos. Pode dar um pouco de trabalho no preparo (com os cortes) mas, de modo geral, você não precisa cozinhar nada, e isso já facilita bastante. Muita gente gosta de fazer, por exemplo, um peixe ou frango grelhado para comer com a salada. É uma refeição muito de boa para dias quentes, e você nem precisa comer a proteína animal quente, assim que sair do fogo, se não quiser.
  2. Legumes variados em versão fria. Peraí, quê? haha Vou explicar. Sabe quando você grelha a berinjela e pica pra fazer uma salada de berinjela? Ou grelha os tomates para eles ficarem mais saborosos? É tão prático. Eu pego uma assadeira, corto os legumes que tenho em casa, tempero com especiarias, azeite e levo para o forno. O que sair dali pode virar um monte de coisas – desde comer os legumes sozinhos, com pão, colocar na salada ou preparar outros pratos, tipo uma pasta, uma sopa fria etc.
  3. Sanduíches frios: atum, salpicão, carne maluca, homus com pepino, legumes assados frios, bruschettas, hambúrguer de feijão, grão de bico, cogumelos com mostarda… enfim. Ótima opção para lanchinhos e refeições. Você pode alternar os tipos de pães – francês, de hambúrguer, brioche, de beirute etc. Até tapioca!
  4. Vitaminas geladas – ou “smoothies”. Bater frutas e ingredientes diversos com gelo. Minha preferida é açaí com suco de laranja, morango e hortelã! Faça testes e descubra as suas. Dá para fazer com proteínas diversas, se precisar, de whey a aveia.
  5. Frutas. Às vezes, o simples também é o mais fácil e rápido. Banana tenho sempre em casa. Mamão, maçã, pera. Manga e uva verde no congelador, para um docinho saudável e gelado quando quiser. Também podem ser usadas para sucos e vitaminas, se quiser.
  6. Gazpacho. Trata-se de uma sopa fria espanhola feita com tomate, pepino, pimentão, cebola e vinagre. É uma opção refrescante e deliciosa para o almoço ou jantar. Você pode temperar na intensidade que quiser. Pode testar outras sopas geladas também.
  7. Ceviche. Um prato peruano feito com peixe branco, limão, cebola, coentro e pimenta. Pode fazer com salmão, por exemplo, ou com vegetais, se você tiver uma alimentação vegetariana estrita. Por exemplo, ceviche de manga é uma coisa maravilhosa! Ou de coco. Tente!
  8. Água aromatizada gelada. Em vez de refrigerante ou suco, pode ser que você queira pegar uma jarra com água e colocar algum ingrediente dentro – frutas, ervas, verduras. Exemplo: abacaxi com hortelã. Uma jarra dessas por dia, ou duas, pode ajudar a tomar mais água todos os dias e variar um pouquinho as bebidas da rotina.
  9. Por fim, o campeão absoluto do verão, e um privilégio brasileiro: o creme de açaí! Existem outros, como de cupuaçu, que também são muito gostosos! Uma bela tigela de açaí com frutas, aveia, granola, me faz feliz no verão hahahaha

Nada de passar calor na hora de comer! Fazer algumas mudanças simples no seu menu semanal pode dar uma animada na alimentação do dia a dia.

Alimentos da época – Julho 2022

Conhecer os alimentos da época nos ajuda a:

  • economizar! eles são mais baratos por serem mais abundantes
  • usar ingredientes mais frescos no preparo das refeições
  • buscar novas receitas para dar uma variada no dia a dia
  • para quem curte: reconexão e alinhamento com os ciclos da natureza local

Confira então quais são os alimentos da época neste post.

Frutas

  • carambola
  • kiwi
  • laranja-lima
  • mexerica
  • tangerina

Dicas para o cardápio: ter frutas para fazer sucos diariamente no café-da-manhã, fazer saladas de frutas, comer as frutas puras. Bora colocar vitamina C nessa rotina! 😉

Legumes

  • cenoura
  • abóbora
  • batata-doce
  • cará
  • cogumelo
  • ervilha
  • inhame
  • mandioca
  • mandioquinha
  • milho-verde
  • nabo
  • palmito
  • pepino
  • rabanete

Dicas para o cardápio: incorporar alguns legumes nas saladas (pepino, rabanete, palmito, cenoura, cogumelo, ervilha), fazer tortas de legumes, legumes refogados (no frio é ótimo!), legumes assados como acompanhamento, purês variados, legumes recheados.

Verduras

  • agrião
  • alho-poró
  • chicória
  • coentro
  • couve
  • erva-doce
  • espinafre
  • mostarda
  • salsão

Dicas para o cardápio: chá de erva doce, salada de agrião, creme de espinafre, uso de ervas para temperos.

Fonte: CEVISA

Que tal compartilhar ideias de receitas nos comentários? Vou adorar.

7 dias de café-da-manhã vegetarianos

Durante 7 dias, eu levei um projeto para o Instagram do Vida Organizada postando meus cafés-da-manhã sendo uma pessoa vegana, ou seja, dentro de um regime de alimentação vegetariana estrita. A ideia foi fazer durante as luas crescente e cheia, quando geralmente sinto mais fome, já que em outros momentos do mês muitas vezes eu não costumo comer muito pela manhã e respeito o meu ritmo.

Quis postar porque vocês sempre me pedem para compartilhar como eu me alimento, para dar ideias mesmo. Algumas dessas opções postadas já têm receita aqui no blog, mas outras eu vou compartilhar aqui mesmo como eu costumo fazer. Minha alimentação se baseia não apenas no veganismo de modo geral, mas nos alimentos da estação e seguindo alguns princípios do Ayurveda (nem sempre, vale dizer, ok?).

Dia 1

Eu comecei a semana com uma das minhas receitas preferidas para comer de manhã quando tenho fome, que é tofu mexido. Já tem receita no blog.

Fiz com leite de aveia desta vez e a textura ficou muito parecida com a do ovo. Para todos os veganos que amavam seu ovinho mexido de manhã, como eu. Mesma experiência, mas sem crueldade animal.

Curiosidade que vale a pena comentar. Muitas pessoas me perguntam por que os veganos gostam de usar nomes de receitas que levam ingredientes de origem animal, como no caso acima, que falam “ovo mexido vegano” em vez de “tofu mexido”. É que as pessoas de modo geral têm seus repertórios, e quando você fala “ovo mexido vegano” fica mais fácil de entender do que se trata do que explicar o que seria um “tofu mexido”. Tá tudo bem, é só uma forma de facilitar a comunicação. Muitos veganos não se tornaram veganos porque deixaram de gostar de carne, por exemplo. Gostavam, mas queriam ter a mesma experiência e sabor sem necessariamente consumir algum alimento de origem animal. Eu mesma amava comer ovo mexido. Para mim, foi uma descoberta e tanto poder comer a mesma coisa mas sem usar ovo.

Dia 2

Nesse segundo dia eu fiz um mingau doce com frutas. Tem receita aqui no blog.

Eu não sou muito de doce e comi metade, pra vocês terem uma ideia. Meu marido comeu o resto. rsrs Mas dá pra fazer de mingau sem as frutas, sem açúcar, usando outros grãos, enfim… boa receita para uma manhã fria de inverno. Comfort food total. Acho que é uma receita rápida, prática e que, no geral, agrada crianças também. Você nem sente falta do leite de vaca e muitas pessoas inclusive fazem com água em vez de leite.

Dia 3

No dia 3 eu fiz uns bolinhos de banana bem simples. Postei até a receita aqui no blog, outro dia.

A foto tá meio feinha mas os bolinhos estavam bem gostosos.

Na prática, eu costumo fazer esses bolinhos com o que eu tiver de ingrediente disponível na cozinha. Muitas vezes eu faço salgado, quando não tenho pão. Fica bem bom. Basta temperar e usar uma frigideira anti-aderente ou lembrar de colocar algum tipo de óleo (azeite, óleo vegetal, manteiga vegetal, ghee vegetal, enfim).

Dia 4

Tem dia que o agni (fogo digestivo) acorda bombando. rs

Café-da-manhã do dia 4 foi pão sírio assado no forno com recheio de alface, erva-doce e refogado de shitake. Eu aaaamo pão sírio. Procuro ter sempre em casa. Geralmente compro um ou dois para aproveitar nas refeições. Meu marido também gosta.

Basicamente faço assim: em uma panela, refoguei 1/3 de cebola, 2 dentes de alho, um pouco de tofu fatiafo e cerca de meia xícara de shitake fatiado. Eram coisas que já estavam na geladeira fatiados, então não me tomou muito tempo, apesar de serem preparos rápidos, se fosse o caso. Azeite, sal, cominho, gengibre em pó, cúrcuma e um pouco de shoyu, mas você pode usar os ingredientes que quiser. Uma colher de mostarda dijon. Mexer até o shitake estar cozido e aí colocar no pão.

Não entrou na foto mas fiz chá de capim cidreira pra acompanhar.

Dia 5

Tem dia que tudo o que a gente precisa é de um pãozinho na chapa e um café preto!

A versão vegana é feita com azeite ou outro óleo vegetal, apenas. Única diferença. Prefiro fazer com azeite, quando tenho vontade de comer.

A maioria dos pães franceses é vegana, mas você pode tirar a dúvida perguntando na sua padaria preferida.

Na real eu quis postar esse “prato” só para mostrar que não precisa ficar fazendo nada elaborado e tá tudo bem ter preguiça ou fazer uma refeição mais na pressa mesmo, sabe. Só acho que é importante a gente repensar fazer isso todos os dias, pela questão nutricional mesmo. Mas enfim: dá pra fazer “pão na chapa” com outros tipos de pão, se quiser fugir do francês. Muitas vezes faço com o pão integral, por exemplo.

Dia 6

Toda semana eu gosto de ter um pão que vou comendo até acabar, até para aproveitar o pão ao máximo. Assim eu não compro “vários”. Já perdemos pão por conta da validade, então eu sou mais criteriosa para comprar. Esta semana eu tinha comprado esse pão integral com vários grãos etc. Sempre verifique nos ingredientes se ele é vegano, pois nem todos são.

Pão integral com grãos torrado no forno + abacate passado no pão como se fosse requeijão + shitake refogado com azeite, cúrcuma e pimenta do reino + broto de feijão. Antes de comer: meio limão espremido, erva doce, gergelim preto e mais pimenta do reino.

A erva doce eu congelo, pois é uma maneira simples de conservar. Apesar de eu sempre preferir os alimentos frescos, o que eu prefiro na real é aproveitar mesmo todas as comidas e não perder as coisas! Aliás, isso guia o meu preparo diário. Vejo o que tem e vou me virando até as próximas compras.

Essa técnica de passar o abacate no pão como se fosse requeijão acho tão simples, fácil e prática para o dia a dia! E, sinceramente, eu nunca tinha pensado nisso antes mas, uma vez que eu tenha feito uma vez, quero fazer sempre haha.

Na mesma “vibe”, sempre é bom ter uma verdura fresca para usar em várias comidinhas. Neste caso, é o broto de feijão, que adoro e é muito nutritivo. A gente sempre tem alguma verdura fresca para usar nas refeições, que seja alface mesmo! Procuro variar por conta dos nutrientes, e os meninos comem também.

Dia 7

O café do dia 7 parece elaborado mas na real ele é um mix do que eu já tinha na geladeira. Feijão que já estava pronto, meio abacate, meio limão, sourcream vegano (feito com tofu – peguei várias receitas na internet como referência e montei a minha, bem simples), o último tomate, meio pepino, um pão tostado. É isso. Também não consegui comer tudo e dividi com o marido. rs

Ao longo desta semana, recebi muitos comentários divertidos sobre cada refeição. Para mim, o ponto mais importante da rotina é a personalização. Você come mais quando sente fome, come menos se não sente tanta. Tem dia que você come mais cedo, tem dias que você come mais tarde – quase um brunch! Tem dias que eu cozinho mais, tem dias que tenho que preparar em 5 minutos. Tudo depende. Personalize! Esse é o segredo.

Espero que o post tenha sido útil para trazer algumas ideias. Antes de me tornar vegana, meus cafés-da-manhã era pão com manteiga, leite com achocolatado, no máximo um suco de laranja, às vezes torrada com requeijão. Ter me tornado vegana e ter ido para uma alimentação mais focada em nutrientes do que na fome em si me ajudou a descobrir uma variedade imensa de alimentos e a ser mais criativa na cozinha, preparando alimentos com intenção, mente plena, consciência, enfim, autocuidado mesmo, em resumo. Acredito que seja possível a gente se alimentar melhor com um pouquinho de esforço a mais, sem que isso seja “mais uma coisa a fazer”, sabe? Sem tomar muito tempo etc. É só o tempo necessário e importante que a gente crie.

Como eu organizo os meus frascos na despensa aberta

Eu tenho uma estante aberta na minha cozinha onde organizo parte da despensa.

Sempre que posto alguma foto dela no Instagram, recebo algumas perguntas sobre ela acumular pó etc. Hoje eu reorganizei meus frascos e queria compartilhar então como funciona na prática.

Sobre acumular poeira ou ficarem engordurados. Não fazemos frituras em casa, então não ficam engordurados. De qualquer maneira, também não ficam empoeirados porque o que eu deixo nessa estante, mesmo nos potes, são alimentos que uso praticamente todos os dias. Quando pego algum deles, sempre verifico 1) o prazo de validade e 2) dou uma limpadinha com um pano úmido. Assim, eles sempre ficam limpos. Uma vez por semana, aquela coisa: tira todos da estante e limpa a base de cada prateleira.

Os frascos servem para armazenar itens que foram abertos, especialmente cereais, leguminosas e especiarias.

Tenho uma prateleira onde coloco as compras que ainda vou abrir e depois armazenar corretamente. De modo geral, estou tentando cada vez mais não consumir coisas em pacotes e saquinhos plásticos, mas ainda não alcancei isso em 100% dos casos.

Eu também dedico um nicho no armário fechado para armazenar os frascos vazios e lavados, para que estejam sempre à mão quando eu precisar. De modo geral, se abro um pacote, quero armazenar em um vidro fechado, para evitar bichinhos, umidade etc.

Frasco é uma coisa cara, então compro aos poucos. Também reaproveito sempre que possível – vidros de palmito, por exemplo.

Eu já liguei mais para a padronização das etiquetas. Hoje até prefiro que cada vidrinho tenha uma cara, pois traz um ar rústico, aconchegante, de trabalho prático mesmo e não de perfeição. Logo, tem vidrinhos com etiquetas bonitinhas, outros em que escrevo com caneta, e muitos em que eu simplesmente corto da embalagem e colo com fita adesiva.

Para isso, deixo sempre uma tesoura multifuncional na cozinha e uma fita adesiva transparente. No dia a dia, quando abro alguma embalagem, eu passo para o frasco e recorto tanto o nome quanto a data de validade e colo no vidrinho.

Eles são usados todos os dias. Então não são apenas decoração, acumulando poeira. Por isso faz sentido ficarem em estante aberta.

Desde que me tornei vegana, há quase um ano, tenho cozinhado muito mais. Com a implementação do Ayurveda, cozinho todos os dias – às vezes, três vezes por dia. Então precisa ser prático para mim, e esse é um formato que funciona bem para todos nós aqui em casa (meu marido também cozinha). Funciona para nós. Não ligo tanto para a padronização, mas para a praticidade e a sustentabilidade.

“Thais, sua família segue a sua dieta?”

Existem algumas perguntas que eu recebo com muita frequência, então, sempre que eu identificar alguma assim, vou criar um post com a resposta, pois pode ser a dúvida de outras pessoas também e me ajuda a dar a referência em caso de a pergunta aparecer novamente.

Resposta rápida: não, não segue. A explicação vem abaixo.

Ayurveda é a ciência da vida indiana. Uma abordagem indiana da medicina. Nós estamos inseridos na medicina ocidental, o que inclui também o papel de nutrólogos e nutricionistas. Não tenho a pretensão sequer de dizer que quero saber mais do que eles. Mas eu preciso dizer que sigo uma abordagem diferente para a alimentação, que é um conceito de saúde integrada. Ou seja, não é exatamente uma dieta que eu sigo, ou uma comida com mais ou menos calorias que deixo de comer. É uma abordagem com perspectiva na longevidade. E um entendimento de que saúde envolve um mix de coisas.

Dentro do Ayurveda, o tratamento da saúde não tem como não ser individual. Logo, mesmo que meu marido e nosso filho seguissem a mesma linha, nossa alimentação teria variações, pois cada pessoa tem necessidades diferentes que são resolvidas com a alimentação. Cada pessoa tem um biotipo e a alimentação deve ser guiada em benefício individual. Claro que existem recomendações gerais, e é o que seguimos.

Além do fator Ayurveda, tem a questão de eu ser vegana. Meu marido é simpático à causa, é ovolactovegetariano a maior parte do tempo (come carne tipo uma vez por mês), mas nosso filho come carne (compramos só orgânicos). Já expliquei em outro post como costumo organizar a nossa alimentação atualmente mas, de modo geral, eles aproveitam a maior parte do que eu cozinho para mim, e apenas complementam com outras coisas, ou meu marido prepara uma refeição diferente. Por exemplo, se eu preparar arroz, ou uma massa, ou legumes no forno – eles comem isso normalmente, e apenas complementamos com outros alimentos, a gosto. Vale dizer que sempre foi meu marido que cozinhou em casa e eu passei a preparar minhas refeições quando me tornei vegana.

Eu estou em um momento de transição na minha saúde com várias questões. Faz três anos que fiz a cirurgia de redução do estômago, e só agora meu corpo estabilizou. Foi o que me deu a liberdade de me tornar vegetariana há um ano, e a integrar as práticas de Ayurveda para o resto da vida. No momento, tenho uma terapeuta de Ayurveda que está me orientando e estamos no meio de vários processos por aqui, especialmente hormonais, e a alimentação complementa muito. Sim, ainda pretendo falar mais sobre isso em outros posts. 😉

Então não, a minha família não segue a minha dieta, pois o que cada um deve comer deve atender suas necessidades individuais, gostos, necessidades de saúde, projetos pessoais, princípios, enfim, uma série de questões.

Não posso deixar de expressar minha preocupação em receber esse tipo de pergunta porque geralmente não vejo a mesma sendo colocada em perfis de homens que trabalham com produtividade, então fica meu convite a perguntar para eles também como é a alimentação da família. Isso não é responsabilidade apenas da mulher. Dentro do meu papel aqui, vejo-me obrigada a comentar a questão do gênero, pois ela é um pilar fundamental quando a gente fala de sobrecarga principalmente nas atividades domésticas. Por que perguntar esse tipo de coisa apenas às mulheres? Fica o questionamento.

Sopa de inhame com espinafre e especiarias (vegana)

Seguindo por aqui na pegada de fazer receitas com base em cremes, caldos e purês durante a lua nova, hoje preparei uma sopa de inhame com espinafre e especiarias. Ela fica pronta bem rapidinho, vou contar como faço.

Ingredientes

  • 4 inhames
  • espinafre a gosto
  • 2 cebolas pequenas
  • 3 dentes de alho
  • 1/2 alho poró
  • azeite
  • sal a gosto
  • pimenta do reino a gosto
  • cúrcuma a gosto
  • cominho a gosto

Modo de preparo

Descasquei, cortei em cubos e coloquei para cozinhar 4 inhames em água e sal.

Enquanto cozinhava, eu piquei 2 cebolas pequenas, 3 dentes de alho e meio alho-poró.

Na panela em que ia preparar a sopa, aqueci um pouco de azeite e coloquei: cúrcuma, pimenta do reino e gengibre. Aí joguei a cebola, o alho, o alho poró e o espinafre (a gosto).

O inhame cozinha muito rápido então nesse meio tempo ele já tava molinho. Escorri a água e acrescentei o inhame à outra panela, junto com os demais ingredientes. Amassei o inhame como se fosse para fazer um purê (para ele se desfazer, sabe?) e dei uma misturada em tudo até “borbulhar”.

Nesse momento, fui colocando água. Coloco a olho mesmo, sentindo o ponto que eu quero. Deixei cozinhar um pouco e testei o sal: pus um pouco mais, um pouco a mais de pimenta do reino e cominho em pó (bem pouco, só pra dar um sustinho mesmo).

Mexi durante uns 5 minutos e estava pronta. Minha intenção era bater pra virar um creme, mas quis deixar com pedaços nessa refeição. Ficou bem boa!

Como organizamos o armazenamento e estoque de alimentos

Quando o primeiro caso de COVID19 foi notificado no Brasil, eu já vinha acompanhando o que estava acontecendo nos outros países (especialmente Itália e Espanha) e já iniciei um planejamento mesmo que leve para termos estoque de alimentos em casa, caso não pudéssemos sair. Eu não sabia o que esperar, tive medo de termos alguém contaminado em casa (marido com bronquite, filho com asma) e isso nos deixar de quarentena. Fizemos uma compra para duas semanas então, e assim estamos administrando desde o final de fevereiro. Comentei em outro post recente como estamos fazendo as compras – pode ser que te interesse para entender melhor o contexto do post de hoje, se você ainda não tiver lido.

O grande desafio sempre foi com alimentos frescos. Então analisamos o que poderíamos comprar e congelar, e assim o fizemos com carnes (para o Paul), brócolis, couve-flor, massa (eu gosto de fazer massas, tipo para biscoitinhos, e aí congelo), edamame, espinafre, ervilhas, seleta de legumes, algumas frutas.

Os outros alimentos frescos compraríamos semanalmente. Para diminuir o risco de contágio (pela exposição dos itens no mercado), assinamos uma cesta de orgânicos. Falei mais sobre isso no outro post, que citei acima. Em resumo, toda semana recebemos esses alimentos frescos e orgânicos, e isso resolve a nossa demanda por alimentos frescos.

Todo o restante podemos administrar comprando a cada 7 ou 15 dias. Essas foram as coisas:

  • bebidas (água de coco em caixinha, chá, refrigerante, suco integral, água mineral)
  • especiarias secas (canela, cúrcuma, cravo, essas coisas)
  • arroz
  • massas secas
  • feijão
  • grão de bico enlatado
  • outros vegetais enlatados (milho, ervilha)
  • proteína texturizada de soja
  • molho pronto de tomate
  • amendoim e castanhas no geral
  • docinhos (como goiabada)
  • pão integral, bisnaguinhas, essas coisas de padaria
  • frios (para os meninos)
  • carnes frescas (para o Paul)

Temos quatro pontos de armazenamento em casa, como a maioria das casas: geladeira, congelador, despensa fechada e despensa aberta. E um um dos meus planos para os próximos meses é montar uma pequena horta para ervas frescas em casa, porque usamos bastante e também porque acho que vai ser uma coisa a mais para me distrair.

Um investimento de vida, que já faço há algum tempo, é de produtos organizadores para a despensa, como potes herméticos. Isso é algo para ir comprando aos poucos, mas é a melhor maneira de armazenar grãos e outros itens com embalagens abertas. Eu reaproveito muita embalagem também. Se vocês quiserem, posso fazer um post exclusivamente sobre esse assunto!

Lembre-se de sempre colocar a validade quando tirar o alimento da embalagem.

Não há por que comprar em quantidades extremas porque os mercados continuam abertos e vão continuar. Ter em casa sempre armazenamento para pelo menos duas semanas me deixa tranquila, caso seja necessário. Espero que o post tenha sido útil de alguma maneira.

Ideias de comidas fáceis e rápidas para o dia a dia atualmente

Aqui em casa temos estilos de alimentação diferentes. Eu sou vegana e sigo os princípios do Ayurveda, o que significa trazer algumas particularidades para o processo de alimentação (ingredientes, preparo, alimentos frescos etc). Meu marido é ovolactovegetariano e nosso filho come carne. Tudo isso é levado em consideração nos preparos diários.

Antes, meu marido cuidava da alimentação de modo geral. Quando me tornei vegana, passei a preparar a minha própria comida em paralelo. Agora, com todo mundo em casa, temos alternado quem prepara a comida. E também temos preparado as comidas com antecedência – por exemplo, fazemos em quantidade maior no almoço para ter um pouco para a janta também. E aí complementamos a refeição com alimentos frescos. Vou explicar neste post então como geralmente temos feito.

Bases

Eu gosto de chamar de “base” os carboidratos. Então toda refeição aqui tem uma das seguintes bases:

  • arroz (branco, integral, vermelho, basmati – varia)
  • massa (espagueti, penne, talharim, parafuso, lasanha, nhoque – varia)
  • pão (francês, integral, sírio, hot-dog, hambúrguer – varia)
  • purê (batata, abóbora, mandioquinha – varia)
  • legumes assados (batata, abóbora, mandioquinha, alho, cebola – varia)

Aqui podemos preparar para mais de uma refeição. Geralmente o que fazemos em uma (ex: almoço) acaba ficando para a próxima (jantar).

Proteína

Toda refeição deve conter proteínas. Existem muitas proteínas vegetais também. De modo geral, então, toda refeição tem uma proteína.

  • carne, no caso do Paul (geralmente frango em todas as suas variações)
  • proteína texturizada de soja em variados formatos (eu não estava mais comendo isso por conta do ayurveda mas no caso da quarentena abri a exceção por ser prático de estocar)
  • tofu
  • vegetais (brócolis, lentilhas, feijões, grão de bico, quinoa, nozes, chia, ervilhas)

Aqui podemos preparar para mais de uma refeição. Geralmente o que fazemos em uma (ex: almoço) acaba ficando para a próxima (jantar). A gente acaba fazendo a versão vegetariana do que o Paul come. Por exemplo, se ele quiser um frango à parmegiana, eu faço a versão vegetariana com legumes (abobrinha ou berinjela) ou bife de soja.

Vegetais frescos

Para compensar a comida da refeição anterior, sempre temos alimentos frescos acompanhando. O que costumamos fazer a cada refeição é:

  • salada (tomate, alface, acelga, repolho, pepino, cenoura, rabanete, cebola etc.)
  • ervas (tomilho, orégano, manjericão, salsinha, cebolinha)

Isso é bem interessante porque, mesmo que a refeição tenha sido preparada antes, fazendo algumas coisas fresquinhas traz a impressão de que tudo é fresco.

A gente vai combinando as refeições então de acordo com o que tem em casa. Especialmente os alimentos frescos vão ditando as combinações, quando estão mais próximos do vencimento. Mas é isso: todas as nossas refeições são preparadas dessa maneira. Não temos ido tanto ao mercado, então tudo é guiado pelo que temos na despensa. Pretendo fazer outro post em breve sobre esse armazenamento e como escolhemos o que estocar para mais dias.

Por exemplo, hoje, tínhamos um peito de frango temperado, que fizemos para o Paul. Para acompanhar, salada de tomate (que já estava bem maduro) e eu preparei um tofu grelhadinho para mim (meu marido odeia tofu, rs). Fiz também um refogado de brócolis com alho para todos. Aproveitei e coloquei um pouco de abóbora no forno para assar, no papel alumínio (meu marido gosta). Tínhamos feijão pronto, então acrescentamos.

Tudo muito prático e pronto em menos de meia hora, super nutritivo, e uma refeição bastante completa para todos. Muitas vezes, deixo a comida no forno ou fogo e continuo trabalhando, ou preparo rapidamente nesse intervalo. Quando estou com a agenda mais cheia, meu marido costuma preparar. É bem prático.

Costumo compartilhar no Insta nossas refeições, caso você tenha curiosidade. Lá é mais prático de compartilhar a rotina diariamente.

Receita: lamen vegano

Para facilitar a minha digestão, tenho buscado jantar sopa todos os dias.

Nos dias que tenho mais fome, coloco macarrão ou arroz na sopa, para ela ficar mais encorpada.

Eu também gosto de preparar as refeições no próprio momento, então não pode ser algo que não seja prático e rápido, pois acabaria não conseguindo manter o hábito.

Por isso, já faz algum tempo que venho fazendo um lamen praticamente todos os dias. Já compartilhei algumas vezes no Instagram, e achei que valeria a pena trazer para o blog como eu faço também.

Essa receita pode ser inteira personalizada. Vou tentar dar o máximo possível de dicas nesse sentido, neste post.

Ingredientes

Esses foram os ingredientes da minha versão na foto acima:

  • água
  • shitake fatiado
  • tofu firme
  • ghee (no meu caso uso o vegetal)
  • cebolinha picada
  • pasta de missô orgânico
  • gengibre
  • cúrcuma
  • curry
  • sal
  • macarrão sem ovos

Você pode substituir o shitake e o tofu por legumes e verduras diversos ou usar até carne.

O ghee serve para refogar os cogumelos e o tofu antes, e você pode substituir por qualquer outra gordura – azeite, óleo, gordura animal.

A cebolinha é fresca e você pode substituir por outros temperos frescos, como coentro ou salsinha.

A pasta de missô orgânico eu uso para dar consistência. Uso orgânico porque tem menos sódio. Ela é totalmente opcional.

As especiarias (gengibre, cúrcuma, curry) podem ser substituídas a gosto.

Sal, uso bem pouco apenas na refoga do shitake e do tofu. Como a pasta de missô já tem sal, eu restrinjo o uso. Tenho tentado usar menos sal na comida de modo geral.

Uso macarrão sem ovos porque sou vegana, mas você pode usar qualquer macarrão ou até substituir por arroz ou pão. Muitas vezes eu uso bifum, que é o macarrão feito com arroz, em vez de trigo.

Modo de preparo

  1. Toda a refeição será feita em uma panela única. Então eu pego a minha panelinha funda e coloco um pouco do ghee vegetal, os cogumelos e o tofu. Um pouco de sal. Refogo até sentir aquele cheirinho gostoso de refogado.
  2. Coloco a água. Para saber a quantidade, eu simplesmente encho a cumbuca que vou usar para tomar a sopa. Como a água evapora, mesmo colocando mais ingredientes a medida fica certinha.
  3. Depois da água, coloco o macarrão, para dar tempo de ele cozinhar, e o restante das especiarias. Deixo ferver e abaixo o fogo. O ponto que eu gosto do macarrão é “al dente”. Você pode deixar mais tempo se preferir o macarrão mais molinho.
  4. Desligo o fogo e coloco uma colher de sopa da pasta de missô. Você precisa colocar a missô com o fogo desligado porque, se a água estiver fervendo, a pasta de soja perde os seus nutrientes. Deixo um ou dois minutinhos para ela dissolver e misturo tudo.
  5. Não cozinho a cebolinha junto. Coloco a cebolinha picada já na cumbuca que vou usar pra comer e, quando estiver pronta, jogo a sopa ali dentro com a cebolinha já no “prato”.

Eu faço praticamente todos os dias. Acho uma refeição fácil, rápida, nutritiva e que me sustenta bem, além de ser leve para o jantar. Muitas vezes eu faço até no almoço mesmo, colocando mais shitake, tofu e macarrão.

Sopa é uma refeição muito reconfortante. Jantar sopa tem deixado a minha digestão mais tranquila e harmoniosa.

A melhor alimentação que você puder, nas condições da sua vida hoje

Acho que esse tipo de post pode até mesmo ser escrito de maneira recorrente aqui para o blog, pois a vida muda o tempo todo. Na minha rotina atual, eu tive que mudar muitas coisas (e foi todo um processo) para que eu conseguisse ter uma alimentação que vou tentar resumir em alguns pontos:

  • Não esquentar comida no microondas. É uma opção minha, pois acredito que o microondas mate o prana (energia) dos alimentos, além de ser um aquecimento seco, que tira a umidade da comida. Não esquentar a comida no microondas parece algo trivial, mas na verdade demanda um pouquinho mais de planejamento na hora das refeições – precisa aquecer em banho-maria no fogão ou preparar a comida na hora. Eu uso o microondas apenas em casos excepcionais, quando levo marmita para o escritório, por exemplo.
  • Dar preferência aos alimentos frescos e refeições preparadas no dia, e não as “requentadas”. Ainda não cheguei aqui 100%, pois ainda há dias em que preciso da agilidade das marmitas e de usar alimentos que coloquei no congelador (salsinha, cebolinha, edamame). Mas estou construindo a coisa toda de modo que eu só consuma refeições frescas em algum momento.
  • Comer fora apenas excepcionalmente. Muitas vezes, como em casa antes de sair para comer em algum lugar (com outras pessoas), e lá eu tomo um chá ou suco. Faço isso porque não sei a procedência da comida, muitas vezes vou em restaurantes que não têm opções para mim, não quero comer tarde etc. Se preciso comer na rua, procuro sempre restaurantes naturais e, se possível, vegetarianos, com comida por kg, pois assim tenho mais variedade e consigo escolher.
  • Preparar a minha própria comida. Acho um dos maiores atos de auto-cuidado. Eu paro de trabalhar mais cedo para conseguir preparar tanto o meu almoço quanto a minha janta. Priorizo refeições rápidas, mas feitas na hora. Minha saúde ficou 300% melhor depois que comecei a priorizar nisso.
  • Não comer de noite. Janto por volta das 18h, e sempre é uma sopinha com macarrão. Isso me ajuda a dormir mais cedo (por volta das 21h já estar na cama). Se fico acordada até mais tarde, sinto falta de mais alimento, mas consumo chá, suco ou sopa igualmente. Procuro não comer nada sólido para não agitar meu metabolismo antes de dormir.
  • Deixar de comer industrializados. Ainda não tirei 100%, mas estou no caminho. Atualmente consumo algumas bebidas, como chá, água de coco etc. E vez ou outra uma carne de soja, um grão de bico enlatado, coisas assim, mas muito pouco (uma vez por mês, eu diria). Todo o restante eu compro natural, de feira ou mercearia.
  • Já comentei antes, mas vale a pena lembrar: não consumir alimentos de origem animal.
  • Consumir alimentos orgânicos e de produtores locais. Isso me faz desenvolver uma relação mais saudável com o alimento e a sociedade.
  • Comer menos. Eu me observei e percebi que estava “beliscando” muito. Agora eu presto mais atenção às refeições principais, os horários, e tudo isso me ajuda a ficar bem nutrida ao longo do dia.
  • Consumir chá ao longo do dia. Diminuí muito o café por conta disso. Acho que estou tomando de 1 a 2 vezes por semana, apenas.
  • Fazer do almoço a principal refeição do dia. Não importa o que aconteça, meu almoço tem que ser bom. A janta e o café-da-manhã são leves. Um exemplo de um bom dia com refeições para mim:
      • café-da-manhã (8h): tofu mexido c/ açafrão + torrada + meio mamão
      • almoço (12h): arroz + feijão + legumes + verduras + proteínas (tudo quente, sempre)
      • jantar (18h): sopa + shitake + tofu + macarrão (tipo lamen)
  • Não me alimentar de noite. Vez ou outra há exceções, como a gente sair para comer uma pizza ou quando fico acordada até mais tarde e dá vontade. Mas sempre me arrependo. Fico enjoada, durmo pior etc. De modo rotineiro, não me alimento de noite para dar um tempo para o sistema digestivo.
  • Valorizar cada refeição de modo que os alimentos sejam nutritivos.
  • Aprender sobre os alimentos e o equilíbrio dos doshas, fazendo uma alimentação voltada a essa pacificação e equilíbrio.
  • Parar de consumir bebidas e alimentos gelados. Apenas quente ou em temperatura ambiente. Descobri que, no calor, por exemplo, beber água de coco em temperatura ambiente refresca mais do que beber água gelada. Isso tudo para favorecer meu processo digestivo. Minha vida mudou demais depois que mudei essa prática simples. Por exemplo, a única bebida que acompanha refeições é meia xícara de chá. Auxilia demais no bem-estar.
  • Consumir cada vez mais alimentos da estação, locais.
  • Atentar para que todas as minhas refeições tenham duas coisas: 1) proteínas vegetais e 2) os 6 sabores do Ayurveda (salgado, doce, ácido, adstringente, amargo e azedo).

Essas mudanças foram todas graduais e eu fui implementando no último ano. Mudaram completamente a minha vida. Quando saio da minha rotina, meu corpo sente demais. Fiz duas viagens em fevereiro e, nas duas, meu corpo sentiu a mudança. O que eu posso fazer das próximas vezes? Me hospedar em locais onde eu possa preparar a minha própria comida. Faz toda a diferença. Por exemplo, terei uma nova viagem em junho e já reservei um Airbnb em vez de ficar em hotel. Assim, vou conseguir comer minha própria comida feita diariamente, com alimentos frescos, além de me permitir um ritmo mais tranquilo.

Além de melhorar a minha saúde, estou economizando pra caramba. Eu costumo gastar uma média de 50 reais por semana com alimentação (para mim). Vale sempre lembrar que meu marido que sempre cozinhou aqui em casa, então nada mudou nesse setor. Eu que passei a preparar minha comida em paralelo pois estou fazendo uma alimentação diferente. Na alimentação deles a gente gasta uma média de 150 reais por semana, no máximo. Meu marido parou de comer carne também então estamos economizando ainda mais. O filhote come frango orgânico, criado nas melhores condições dentro do possível etc etc. Não consumimos leite de vaca e ovos, o que também encarece a alimentação. Comprando na feira e em mercearias, você economiza DEMAIS.

Essas são as mudanças que consegui implementar na minha alimentação dentro do estilo de vida que tenho hoje, e ainda quero melhorar muito mais, apesar de estar satisfeita como as coisas estão no momento. Gostaria que este post servisse não como modelo, mas como inspiração para que você reflita sobre as suas necessidades (e as da sua família) e consiga tomar providências para melhorar o que vocês já fazem hoje, sem radicalismos. Se quiser, compartilhe comigo nos comentários. 😉

Chás

Eu sei que existe uma cultura milenar do chá e eu jamais teria a pretensão de fazer um post tentando esgotar o tema. O post de hoje é apenas para compartilhar uma das minhas paixões crescentes atualmente, que é o chá. Sempre gostei de tomar chá, mas no momento eu tenho consumido muito mais e os motivos me levaram a escrever este post.

Uma das zilhões de coisas que tenho aprendido com a Ayurveda é que não é muito legal beber líquidos gelados (na maior parte das vezes) porque a nossa digestão, o agni, é o “fogo digestivo”. Logo, líquidos mornos e quentes favorecem a digestão. E eu a vida toda bebendo chá gelado, suco gelado etc. Depois que comecei a prestar atenção nisso, vi uma diferença absurda na minha digestão. Dificilmente alguma refeição me faz mal de qualquer maneira, me sinto indisposta depois de comer, com enjôo etc. – aspectos que eram comuns antes, especialmente depois da cirurgia bariátrica. Claro que os alimentos que tenho ingerido fazem toda diferença também. Praticamente não consumo industrializados, processados, preparo a minha própria comida etc.

Mas o chá.

Vi algum vídeo sobre o hábito dos chineses beberem água quente. Juntei com a recomendação da Ayurveda, e acho que faz muito sentido. Facilita a digestão. Mantém o foguinho interno aceso. Não tem por que ficar bebendo coisa gelada, a não ser em casos excepcionais!

Mas essencialmente durante a refeição, já não bebo mais um suco, por exemplo. Ou é um pouco de água pura (em temperatura ambiente), ou é chá. E eu sempre acho que o chá ajuda mais na digestão (e deve ajudar mesmo). Me sinto muito bem fazendo uma refeição com um pouco de chá (não é uma caneca inteira – meia caneca, eu diria).

O chá também é uma ótima opção de lanche para quando se está fora de casa. Reunião na cafeteria? Sempre tem chá. Almoço no shopping? Até no McCafé tem chá. E você sempre pode levar seus próprios saquinhos e pedir um copo de água quente, caso o estabelecimento não tenha.

Vejo o chá não apenas como algo agradável (que é) como para fins nutricionais e curativos. Por isso, prefiro preparar o chá com ervas frescas ou secas, em vez de comprar os de saquinho, mas confesso que consumo bastante os de saquinho por serem mais práticos. Em casa, o consumo é variado.

Muitas pessoas me pedem para compartilhar meus chás preferidos quando mostro no Insta que estou tomando, então aqui vão eles:

  • Hortelã
  • Boldo
  • Erva-cidreira
  • Erva-doce
  • Quebra-pedra
  • Carqueja
  • Chá verde
  • Frutas vermelhas e flores silvestres
  • Frutas cítricas (maracujá, laranja)

E de noite…

  • Desinchá especial para o sono (é um mix de vários chás)
  • Camomila
  • Mulungu
  • Jasmin

Os chás noturnos são maravilhosos porque me ajudam a dormir melhor.

Eu compro chás em diversos lugares. Na mercearia do bairro, na Liberdade, pela internet.

Vale a pena falar dos acessórios! Em casa, tenho as tradicionais canecas de cerâmica e sempre aqueço a água na “leiteira” mesmo, nunca no microondas. Às vezes uso o processo de infusão para as ervas e côo na hora de servir, ou às vezes uso uma chaleira de cerâmica que comprei na Liberdade para deixar a erva ali mais tempo e ir bebericando aos poucos.

A minha é como essa da foto, mas com outra estampa.

Também tenho garrafinhas térmicas e um copo que levo para cima e para baixo e que aguenta altas temperaturas (de silicone), que uso especialmente em viagens, cursos e reuniões.

Para o escritório novo, comprei uma chaleira elétrica pela internet, pois não temos fogão no local e eu não gosto de esquentar água no microondas.

Que horas do dia costumo beber? Ao longo do dia. Quando acordo, em pequenos lanchinhos no meio da manhã e da tarde, durante as refeições, de noite. Eu sinto que ajuda a manter a digestão bem, simplesmente. Me ajudou a “beliscar” menos entre as refeições também.

Costumo adoçar muito pouco ou às vezes nem uso qualquer tipo de adoçante. Quando sim, é açúcar mascavo, demerara ou stévia.

Essa prática tem feito parte do meu dia a dia e tem me feito muito bem, fora que é todo um mini-ritual de auto-cuidado que me agrada muito. Achei que, de alguma maneira, compartilhar isso com vocês seria legal.

Receita: tofu mexido para o café-da-manhã

Ontem eu compartilhei um post sobre a adaptação da minha alimentação às boas práticas da medicina indiana (ayurveda) e um dos alimentos citados para o café-da-manhã foi o tofu mexido, para substituir ovos mexidos. Para quem não sabe, sou vegana, então esse tipo de substituição cai muito bem no dia a dia, especialmente se você gosta de consumir ovos, como eu gostava.

E a receita para mim precisa ser prática, especialmente de manhã. Se não for, não me animo a fazer.

Ingredientes

  • tofu firme (cerca de 200g) – já tentei usar o soft e vira uma pasta, não recomendo!
  • pitada de sal (a gosto)
  • ghee vegetal (compro pela internet ou em lojas de produtos naturais)
  • cúrcuma
  • salsinha (opcional)

Modo de preparo

  • Amasso o tofu com um garfo
  • Aqueço a frigideira
  • Coloco uma colher de ghee e deixo derreter um pouco
  • Coloco o tofu
  • Sal
  • Cúrcuma
  • Misturo
  • Deixo alguns minutos para dar uma torradinha – calculo 2 a 3 minutos
  • Sirvo
  • Coloco a salsinha por cima

Como eu como pouco (cirurgia bariátrica), muitas vezes não consigo comer de uma vez essa quantidade. É comum comer metade e guardar o resto na geladeira para comer de lanchinho na parte da tarde, com algumas torradas.

Adoro essa refeição e costumo comer uma vez por semana.

Muita gente não gosta de tofu, mas ele é apenas um ingrediente que precisa ser temperado. Puro eu também não curto muito não. Desse jeito que ele está na receita, fica bem gostoso.

Ideias de receitas vegetarianas para o Natal e o Ano Novo

Este será o meu primeiro Natal e Ano Novo vegano. Tradicionalmente, é a época de maior comilança de carne na nossa família. É peru, é tender, é chester no Natal. No Ano Novo, churrasco. Por isso, eu fiz uma pesquisa de receitas legais para fazer nessa época e achei que poderia ser uma boa compartilhar com vocês, especialmente porque, com a alta do preço da carne, muitas pessoas têm buscado receitas alternativas. Espero que seja útil. 🙂

Para o ano novo, farei de acordo com as sugestões deste ótimo vídeo do Fábio Chaves. Inclusive já experimentei fazer esse molhinho de gergelim que ele ensina no vídeo e fica inacreditável de bom!

Boas festas!

Receita: estrogonofe vegano

Esta tem sido uma das minhas receitas preferidas desde que me tornei vegana. Eu faço pelo menos uma vez por mês porque gosto muito! Ela permite que você faça em maior quantidade e congele o que sobrar. Fica bom quando descongela.

Eu absolutamente AMO estrogonofe. Quando descobri o universo dos leites vegetais, eu passei a fazer algumas experiências. O creme de leite deste estrogonofe será feito com amendoim, mas se você tiver alergia a esse ingrediente, você pode elaborar o leite com outro cereal ou grão, até arroz.

Para preparar o estrogonofe eu uso os seguintes ingredientes:

  • 100g de amendoim sem casca e, de preferência, sem sal
  • água (uso de 1 a 2 canecas, meio a olho mesmo)
  • 1 xícara de soja texturizada pequena escura
  • 2 dentes de alho
  • 1 cebola pequena ou média (a seu gosto)
  • salsinha (um punhado)
  • mostarda
  • molho de tomate (pode ser pronto ou caseiro)
  • sal a gosto
  • pimenta do reino a gosto
  • noz moscada (importante)
  • champignon (opcional)

Hidrate a soja texturizada colocando em uma tigela e cobrindo com água quente (não precisa estar fervendo). Deixe hidratando enquanto você cuida dos outros ingredientes.

Você pode usar a proteína de soja que desejar aqui. Já testei com a mais clara, que simula frango, e já testei com a maiorzinha, que parece uns pedaços grandes de carne. Particularmente, prefiro a pequena, mas fica totalmente a seu critério. Quem não gosta de soja ou tem alergia pode substituir por grão de bico. Nunca fiz, mas já vi algumas receitas usando. Na verdade, qualquer legume pode substituir a proteína. Vai do seu gosto pessoal mesmo. Eu prefiro a soja, neste caso.

Enquanto a soja hidrata, eu pico o alho e a cebola e deixo na panela (desligada) enquanto cuido dos outros ingredientes. Eu pico em pedaços bem pequenos mesmo, para só darem o gosto no molho.

Coloque o amendoim e a água no liquidificador e bata. Vá adicionando água se sentir que falta. O que estamos buscando é uma textura de creme. O legal é que, quando bate o amendoim com água, ele fica branquinho, como um creme mesmo. Eu não coloco sal nesse momento, pois prefiro temperar na panela. Se o amendoim tiver sal, será melhor para você ponderar.

Creme de amendoim pronto, reserve. Tire a água da soja. “Aperte” a soja entre as mãos para que ela fique o mais sequinha possível. Reserve.

Vá para a sua panela (eu uso uma frigideira grande funda) e refogue em óleo o alho e a cebola. Eu prefiro usar óleo de canola, mas qualquer um serve. Quando a cebola estiver transparente, eu jogo a proteína de soja na panela e coloco um pouco de sal (bem pouco, só pra “grudar” um salzinho quase natural nela mesmo). Refogo até dourar um pouco.

Dourou, é hora de colocar o creme de amendoim. Coloque e dê uma primeira misturada. Sinta o sal. Se precisar mais, é hora de colocar. Coloque também o champignon, se quiser usá-lo.

Depois do sal no creme, vamos aos temperos de modo geral. Eu uso mostarda a gosto – vou colocando e experimentando. O molho de tomate, se usar pronto, é equivalente a um saquinho. Muitas vezes, é mais prático. Coloco cerca de duas colheres de chá de noz moscada, mas você pode ir colocando pouquinho e testando, sempre misturando. Pimenta à gosto. Nem precisa colocar, se não for fã.

Agora é misturar, provar e ver se o sal etc está a seu gosto e ir ajustando. Por último, antes de desligar o fogo mesmo, eu coloco um punhado de salsinha e mexo bem, aí desligo.

Eu aaaamo esse prato e acho que ele fica muito saboroso.

Você pode preparar o arroz (de acompanhamento) como você preferir. Devido à minha cirurgia de redução do estômago, os grãos integrais não são muito digestivos para mim, por isso prefiro fazer arroz branco. Gosto mais do parabolizado, mas no caso do estrogonofe eu acho que o branco comum fica melhor porque ele absorve mais o molhinho do prato. Mas use o que você preferir como acompanhamento! Eu também coloco batata palha ao servir.

Se fizer a receita, me conta como foi. 🙂 Vou adorar saber.

Alimentos da época (novembro 2019)

Gostaria de voltar a publicar aqui no blog os alimentos da época para que você possa ter como referência para planejar os seus menus semanais. Seguem então os alimentos de novembro, segundo o site do CEAGESP.

FRUTAS

  • abacate breda
  • abacaxi pérola
  • acerola
  • amêndoa
  • amora
  • avelã
  • banana prata
  • castanha estrangeira
  • coco verde
  • graviola
  • jaca
  • laranja pera
  • lima da pérsia
  • maçã fuji
  • maçã estrangeira red dell
  • mamão havaí
  • manga haden
  • manga palmer
  • manga tommy
  • melão amarelo
  • nectarina nacional
  • nozes
  • sapoti
  • tangerina murcot
  • uva thompson

LEGUMES

  • abobrinha italiana
  • berinjela
  • berinjela japonesa
  • maxixe
  • pepino caipira
  • pepino japonês
  • taquenoco
  • tomate caqui

VERDURAS

  • almeirão
  • aspargos
  • beterraba com folhas
  • brócolis
  • cenoura com folhas
  • couve de bruxelas
  • erva-doce
  • espinafre
  • folha de uva
  • gobo
  • hortelã
  • manjericão
  • mostarda
  • nabo
  • palmito
  • rabanete

DIVERSOS

  • cebola nacional
  • cebola SP

Optei por não recomendar alimentos de origem animal.

Quais são seus alimentos preferidos desta estação? Pretende fazer algo diferente com algum deles? Por favor, compartilhe nos comentários. Obrigada!

Suco verde “detox” para tomar de manhã

Você que já acompanha o meu blog há alguns anos sabe que eu tenho como costume beber uma xícara de água morna com suco de meio limão todos os dias ao acordar.

Agora, o que eu tenho feito depois disso é preparar um “suco verde” que, para mim, funciona como um limpador de organismo total! Por isso, este post de hoje é só para mostrar como eu faço.

O termo “detox” é só um modo familiar de me referir a esse suco. Esse termo não tem validade científica. (falo isso para ninguém vir nos comentários informar coisas que a gente já sabe, tá?)

Os ingredientes são:

  • Suco natural de laranja
    (você pode preparar com a fruta em casa ou comprar pronto)
  • Gengibre
    (pode ralar o gengibre ou comprar gengibre em pó)
  • Macã
    (a quantidade varia / uso 1 maçã para 1 copo de suco)
  • Couve crua
    (uso 2 folhas para cada copo de suco)
  • Pedrinhas de gelo
  • Açúcar demerara (opcional)

Particularmente, eu só coloco açúcar se outra pessoa (marido ou filho) for tomar, porque eu prefiro natural.

Bato tudo no liquidificador. Leva segundos e faço todos os dias.

O suco me sustenta bem para as atividades do meu primeiro bloco matinal, que incluem yoga, por exemplo. Eu só como algo sólido depois dessa atividade, então o suco me sustenta bem.

Quero cada vez mais compartilhar receitas rápidas assim no blog, mas só se vocês curtirem. Portanto, me deixe seu feedback aqui nos comentários, por favor, para eu saber se continuo postando ou não! Obrigada.

Veganismo

Bem, chegou o momento de escrever sobre isso no blog. Sei que é um assunto polêmico, mas tudo o que peço é respeito a esse meu espaço (que, afinal, é um blog pessoal) e respeito também nos comentários, para mim e para os outros.

Este post faz parte de uma série de posts onde estou escrevendo sobre estilo de vida, e você pode conferir todos os outros clicando aqui.

Faz, sinceramente, uns 20 anos que eu quero me tornar vegetariana. Quando eu era mais nova, contribuí durante muito tempo com a PETA e o Greenpeace e sempre fiquei revoltada sabendo como os animais são tratados pelos seres humanos – da indústria pecuária à medicina. O fato de o Paul McCartney ser vegetariano (e eu, apaixonada pelos Beatles) sempre foi uma “coisinha” que me cutucou ao longo dos anos. Ao mesmo tempo, sempre tive uma postura meio imatura e rebelde, no sentido de achar cool dizer coisas como “eu amo carne” etc.

(Mal sabia eu que isso não tinha nada de rebelde, pelo contrário. Nada é tão a favor do sistema quanto consumir algo que é mainstream.)

Em 2017, eu fiz a cirurgia bariátrica e, depois disso, não só o paladar muda bastante, como também alguns alimentos se tornam mais indigestos. A carne vermelha foi um desses alimentos. Eu só conseguia consumir se fosse moída, tipo em hambúrguer ou refogada. Mesmo assim, eu reduzi muito. Não comia nem duas vezes por semana, quando muito. Minha alimentação diária era à base de frango, ovos e peixe (porque eu também sempre adorei um restaurante japonês!).

Só que, com o passar do tempo, fui ficando muito enjoada do gosto e até o cheiro do frango. Comia apenas pela “obrigação nutricional”, o que é péssimo (acho que o momento da alimentação é sagrado e deve ser aproveitado com felicidade, e não com esse sentimento de obrigação). Acabei tirando o frango também e consumindo carnes, de modo geral, apenas duas ou três vezes por semana.

Em dezembro do ano passado, na ceia de Natal, eu passei mal comendo uma carne vermelha. Tive um entalo, coisa que nunca tinha tido após a cirurgia porque sou muito cuidadosa. Mas, na ceia, conversando, me distraindo, acabou acontecendo. Fiquei conversando e provavelmente engoli um pedaço sem mastigar direito, o que basicamente causou uma obstrução entre o meu estômago e o intestino delgado. Comecei a sentir uma dor muito forte, cada vez maior, até o ponto que meu sexto sentido me disse que era melhor ir para o hospital. Fui. Não apenas passei a noite de Natal internada como fiquei mais alguns dias, com sonda, foi horroroso, fora o medo de ter que passar por uma nova cirurgia. Não houve obstrução, por fim. Eu vomitei horrores antes mesmo de dar entrada na internação, e a partir daquele dia eu decidi que não comeria mais carne vermelha.

Em fevereiro, comecei a passar muito mal, de outra forma. Meu médico e eu, a princípio, achamos que fosse uma intoxicação alimentar. Vou resumir aqui para não ficar muito longo, mas eu passei quase TRÊS MESES nessa situação, quase beirando uma anemia e sem forças para trabalhar, sair de casa, nada, de tão desidratada. Foi uma bateria de exames (que, como vocês podem imaginar, tomam tempo pra caramba), passando super mal todos os dias. Até finalmente descobrir que o que eu tinha era uma alergia muito forte à lactose. Do nada. Tão forte que, se o produto for daqueles elaborados na mesma máquina que outro que não tenha, isso pode me dar uma reação (e geralmente dá). Isso impactou toda a minha vida, especialmente minha dedicação ao trabalho. Foram meses bem difíceis.

Em um primeiro momento, a solução óbvia era evitar derivados do leite e conseguir encontrar um remédio de lactase que equilibrasse a minha alimentação. Durante os meses seguintes, fiquei lutando contra a minha própria natureza tendo que ingerir remédios se quisesse comer sem passar mal (eu não gosto de tomar remédios).

Percebi também que comer fora de casa era um desafio. Nunca vou me esquecer do dia em que passei mal porque comi uma couve refogada, concluindo depois que isso aconteceu porque ela deve ter sido preparada com manteiga. Lembrei que não bastava não consumir queijos e alimentos com leite – mas que há muitos alimentos preparados com esses ingredientes! Lembro nitidamente de um dia em que fui ao Outback com a minha família depois disso, e todos os itens do cardápio eram sinalizados com uma gotinha, que simbolizava “preparado com leite”. (Ironicamente, o único prato do menu que não contém lactose é o prato da costela com molho barbecue!)

Naquela época, um aluno que também tinha alergia a lactose me deu uma dica: ir em restaurantes veganos. “Assim”, ele disse, “tenho certeza que nada ali vai ter leite, porque veganos não consomem nada de origem animal”. Achei que era uma ótima ideia, na verdade. Uma grande sacada! E foi o que eu comecei a fazer.

Isso foi maravilhoso porque, quando comecei a frequentar esses restaurantes, eu passei a ver a imensa riqueza de opções de comidas e preparos que existem quando você resolve não comer mais carne e qualquer alimento de origem animal. Meu pensamento óbvio foi: “caramba, realmente não tem necessidade nenhuma da gente comer qualquer coisa com carne”. E aí você começa a juntar os pontos dentro de você com outras questões muito urgentes mas que estavam incubadas, como a violência e a exploração animais.

Também desmistificou a ideia de que vegano só come mato. Tinha até pizza quatro queijos feita com ingredientes à base de plantas. Realmente um novo mundo se abriu para mim a partir dali.

Em paralelo a essa “descoberta gastronômica”, estava fazendo uma pesquisa muito aprofundada sobre a questão da lactose, conversando com médicos e outros profissionais da área, e uma coisa era consenso: o leite da vaca tinha que passar por tantas modificações e adições de elementos artificiais para ser industrializado no volume que existe hoje, que esse é o motivo de muitas pessoas estarem desenvolvendo alergia à lactose, infelizmente. Para passar dessa informação para outras que mostram como o leite é produzido, é um só pulo. E aí isso te abre os olhos para um mundo muito mais obscuro e triste, que vai além de você, ser humano, ter alergia à lactose. Envolve toda uma indústria de muito dinheiro, e animais sendo maltratados para a gente ter o alimento na nossa mesa.

Vale dizer que tudo isso também aconteceu este ano, com uma série de notícias sobre política e o meio-ambiente que estavam deixando todo mundo meio inconformado.

Naquele momento, eu ainda estava consumindo ovos (e adorava), até assistir um documentário chamado “Terráqueos” (tem no YouTube) e perceber o que eu estava financiando. Naquele momento, eu tomei a decisão de não mais compactuar com aquilo. Foi o dia que tomei a decisão de fazer minha transição para o veganismo.

Por uma incrível coincidência, foi na mesma semana que aconteceu aquilo que a imprensa chamou de “dia do fogo” – um dia de queimadas que acabou ocasionando um dia de céu super escuro aqui em São Paulo alguns dias depois. Inflamou-se cada vez mais a questão amazônica e os motivos das queimadas (gerar pasto). Minha revolta interna aumentou ainda mais e dali em diante minha decisão não tinha mais volta. Simplesmente decidi que não consumiria mais nada de origem ou exploração animal – não apenas na comida, mas qualquer outro produto (roupas, cosméticos, produtos de limpeza, uma infinidade de coisas). Quando você começa a pesquisar, vê que a alimentação é um indústria enorme, mas a de testes em animais, por exemplo, é tão grande quanto. Não tem como não ficar inconformado.

O veganismo é uma transição. Não acontece do dia para a noite, mas a decisão sim. Naquele momento, eu decidi que dali em diante eu ajustaria toda a minha vida de acordo com os meus princípios mais uma vez (que é basicamente o que eu faço com tudo).

O veganismo não diz respeito apenas à alimentação. É um estilo de vida. Não consumir alimentos de origem animal é o vegetarianismo. O vegano segue uma dieta vegetariana estrita. Quem não come carne, mas ainda consome leite, ovos, mel, é chamado de ovolactovegetariano. O veganismo inclui não apenas a alimentação, mas outros produtos, como bolsa de couro, por exemplo, ou usar um cosmético que tenha sido testado em animais. Por isso eu digo que é um processo. Eu ainda tenho shampoo, hidratante, peças de roupa com origem animal. Mas não vou comprar mais daqui em diante. E é isso.

Eu e meu leite vegetal preparado em casa. <3

Lembro de um dia em que fui à farmácia depois de iniciar essa transição e, só por curiosidade, dei uma olhada em alguns produtos para ver quais tinham aquele selo de “cruelty free”, o que significa que não foram testados em animais. Muito poucos. O que me veio à mente foi imaginar que todo o restante da farmácia, que é enorme, mas é apenas uma entre milhares de farmácias, existe essa imensidão de produtos testados em animais. Quando penso no mundo todo, e nessa febre que existe hoje com produtos de maquiagem e skin care… socorro!

Um fenômeno curioso que começa a ocorrer quando você declara que se tornou vegano é uma “encheção de saco” coletiva e completamente não solicitada de pessoas que se sentem no direito de questionar as suas escolhas, tão pessoais. Existe um estigma de que “vegano é chato”, e até concordo que seja. Mas são os chatos revoltados que mudam o mundo, no entanto. Então não me importo de estar deste lado. No entanto, acho as intervenções desrespeitosas e muito inconvenientes. Gente que nem me conhece me mandando mensagem ofensiva pacas – mas enfim, isso é a Internet, anyway.

Minha política pessoal, com as pessoas do meu convívio, tem sido a de só falar sobre veganismo se alguém me perguntar. Alguma amiga, algum aluno, alguém no trabalho. Na Internet, é meu espaço, então falo o que quiser. 🙂

Dei uma imensa sorte aqui em casa também porque, algumas semanas depois da minha “virada”, o youtuber Felipe Neto anunciou que tentaria virar vegetariano, o que reverberou nas redes sociais e gerou conversas. Então o assunto foi se tornando mais evidente por aqui. Não imponho (obviamente) minhas escolhas à minha família, mas sei que ela impacta totalmente na maneira como eles vêm consumindo os alimentos. O Paul já disse que quer parar de comer carne e meu marido tem diminuído também. Outro dia me disse que acredita que será vegano em algum momento. Minha mãe, que sempre amou os animais, viu nisso um incentivo para virar também. A gente tem trocado receitas. 🙂 Então tem sido um processo incrível e muito significativo para mim, pois além de tudo mostra a responsabilidade das minhas escolhas na minha família, especialmente na criação do Paul.

Existem muitos motivos para uma pessoa se tornar vegetariana. Alguns o fazem pela saúde, outros pela proteção ao meio-ambiente. Existem veganos que o fazem como maneira de protesto ao sistema capitalista. Mas, acima de tudo, o veganismo é sobre os animais. Sobre entender que estamos em um planeta convivendo juntos, e que nada nos dá o direito de superioridade, de achar que podemos controlar e matar os animais apenas pelo nosso “paladar” ou por conforto de ter um produto de beleza que deixa o nosso cabelo mais sedoso. É uma maneira de não compactuar com essa indústria de maldade. Não é uma causa que cuida de “tudo”. Existem muitas causas do mundo. Se cada um escolher uma, o mundo vai melhorando aos poucos. Escolha a sua, uma que você se identifique. E deixe os que estão lutando por outras lutarem. 😉

É claro que, por eu ter passado pela cirurgia bariátrica, preciso triplicar a minha atenção com relação aos nutrientes, além da suplementação de uma vitamina (B12), o que eu já fazia antes mesmo de me tornar vegana. Esse é um ponto importante pra todo mundo, aliás: não basta tirar a carne. Precisa substituir com alimentos nutritivos. Mas se você fizer acompanhamento médico direitinho e cuidar de perto da sua alimentação, perceberá que nunca comeu tão bem na vida. Hoje eu me alimento basicamente de comida natural, comprada na feira, e apenas 10% do que consumo vem de industrializados. Passei a me envolver mais com os processos, a cozinhar mais, enfim, estou curtindo pra caramba. Descobri que cozinhar é uma terapia, para mim. Além de tudo, economizo dinheiro, porque carne é caro. Gasto de 40 a 50 reais por semana com a minha alimentação.

Preparar e deixar marmitinhas prontas garante que você sempre tenha seu alimento mesmo na correria do dia a dia ou quando vai a lugares que não sabe se encontrará opções que você pode comer.

Outro lado bom de todo esse processo também é fazer novas amizades e se envolver com gente legal, do bem. Desde conhecidos que ficaram mais próximos até pessoas novas. Assim como a dona da mercearia, o dono do mercadinho de produtos naturais. Você acaba desenrolando as conversas porque troca dicas, receitas e fica sabendo sobre os eventos que você acaba querendo ir até para dar uma força. É todo um mundo consciente que se abre, com inúmeras possibilidades.

Além do acompanhamento médico, tenho seguido diversos canais no YouTube, lido livros e assistido documentários relacionados. Estou muito engajada!

No Budismo, eu aprendi a reforçar uma convicção que eu já tinha, de não-violência e de não prejudicar outros seres vivos sencientes. Me tornar vegana foi apenas mais um “encaixe”, mais uma forma coerente de fazer as coisas de acordo com os meus valores. Estou em transição e acredito que, como todo o resto, isso seja uma construção para toda a vida. Mas, como toda construção, você só precisa começar. 😉

Minhas marmitas desta semana

Postei outro dia um texto sobre como preparo as minhas marmitinhas para toda a semana. Está bem completo e recomendo a leitura. Lá explico como faço, como me organizo, como meu marido e filhote comem, se eu congelo, que receitas uso etc.

Tenho compartilhado nos stories do Instagram quando eu preparo e muitas pessoas me pediram para compartilhar no blog as receitas que usei a cada preparo, então o post de hoje traz como foi na última vez. Preparei no domingo 16 potinhos e ainda sobrou bastante comida que ficou na geladeira e se será consumida por todos em casa ao longo dos dias.

Eu gosto de aproveitar o que eu já tenho na despensa, então um dia antes de fazer as compras eu analiso o que eu tenho, penso no esquema dos preparos e aí faço a minha lista de compras.

Minha ideia nesta última leva foi variar mais os ingredientes, porque eu percebi que estava fazendo as mesmas combinações em todas as marmitas e isso deixava um pouco mais enjoativa a refeição. Desta vez, todas as combinações foram diferentes.

Por enquanto uso potes de plástico, mas sei que os de vidro são melhores e mais duráveis. Como já tenho esses, não planejo substituir agora.

De bases, eu preparei:

  • macarrão tipo conchiglione que eu tinha aberto na despensa
  • macarrão tipo espaguete
  • arroz vermelho com castanhas
  • batatas assadas no forno com alecrim

Quando tudo ficou pronto, eu fui colocando essas bases nas marmitinhas, e depois fui complementando com os acompanhamentos, que foram:

  • tofu marinado no shoyu e assado com cogumelos (travessa 1, junto com as batatas)
  • tomates recheados com azeitona, pesto e champignons, assados no forno (travessa 2)
  • cebola roxa, pimentão, abóbora e abobrinha, assados no forno (travessa 2)
  • brócolis grelhados com alho
  • feijão preto
  • salada de feijão branco (como se fosse um vinagrete)
  • molho de tomate com muitos legumes
  • lentilha cozida
  • carne de soja refogada com legumes, como se fosse carne moída

Não cozinho com receita. Eu simplesmente preparo os ingredientes e depois vou montando as marmitas. Por exemplo:

  • espaguete, carne de soja, molho de tomate e brócolis
  • espaguete, tomate assado, lentilha e molho de tomate
  • batata, feijão, legumes e tofu
  • conchiglione, tomate assado, lentilhas e legumes
  • arroz, feijão, carne de soja e legumes
  • etc. (veja mais na foto acima)

Fecho as marmitas e já congelo imediatamente. Meu marido fez faculdade de gastronomia e diz que, quanto antes for congelado, melhor para absorção de nutrientes. Eu pretendo fazer um curso de técnicas de congelamento em algum momento, assim como outros cursos de culinária.

Um dia antes, eu pego duas marmitas no congelador e coloco na geladeira, para descongelar. Tanto em casa quanto no trabalho eu consigo consumir essas refeições no almoço e no jantar.

O que eu sempre faço a mais:

  • macarrão
  • molho
  • lentilha
  • arroz
  • feijão
  • salada
  • carne de soja

Dessa maneira, nos próximos dois ou três dias eu não me alimento com as marmitas, e sim com esses alimentos que estão na geladeira. Meu marido e filho consomem carne ainda, então eles usam essas bases de acordo com o gosto deles e meu marido apenas prepara alguma proteína que eles estejam com vontade para comer junto. Por exemplo, se tiver macarrão e molho, ele pode misturar atum ao molho ou fazer almôndegas. Geralmente eles fazem frango grelhado, frango ou linguiças assadas, ou filezinhos grelhados. Eles amam estrogonofe, então geralmente quando acabam as comidas acima eles fazem juntos.

A única coisa que ainda preparo no dia a dia são as saladas, que não duram muito tempo na geladeira (de dois a três dias). É bem tranquila a rotina.

O que também ajuda bastante é dar uma incrementada nos temperinhos quando esquento a comida. Por exemplo, no macarrão, coloco o “queijo” ralado e manjericões frescos. A comida descongelada fica super boa e saborosa, e com esses toquezinhos ela fica melhor ainda.

Eu gosto muito de valorizar meus momentos das refeições, então faz parte do ritual tirar a comida da marmita depois que esquentou e arrumá-la bonitinha em um prato.

Cada potinho cabem 270 gramas e isso é suficiente para mim (muitas vezes nem como tudo). Você pode aumentar o tamanho ou consumir junto com salada e legumes frescos.

16 potinhos costumam levar quase duas semanas para serem consumidos pois, como disse, nos primeiros dias eu como os outros alimentos que estão na geladeira e também almoço / janto fora em algumas situações que forem necessárias. Quando eles estão acabando, eu escolho no meu planejamento semanal o dia em que vou preparar as próximas e me programo para fazer compras.

Se vocês gostarem desse formato de post, posso continuar compartilhando. Obrigada!