Rituais com início e fim

O tempo se desfaz sem forma se não o marcamos. Dias que começam arrastados e terminam sem um ponto final, uma página virada sem pausa entre um capítulo e outro. A vida segue em fluxo contínuo, mas sem margens definidas, tudo se mistura: manhãs que já começam cansadas, noites que se arrastam sem descanso, horas que se esvaem sem deixar rastro.

Criar rituais de início e fim é desenhar pequenas fronteiras, dar contorno ao que poderia se perder. Não precisam ser grandes gestos, nem cerimônias elaboradas. Um café feito devagar, a primeira luz do dia entrando pela janela, um momento de silêncio antes de começar. O fechar de um caderno, um último olhar para a lista de tarefas, um chá quente entre as mãos antes de se recolher. Pequenos marcos que dizem: agora começa, agora termina.

Esses rituais não são apenas sobre rotina, mas sobre presença. Sobre fazer do comum algo sagrado. Sobre dar significado ao que poderia passar despercebido. Quando o dia começa sem pressa, quando a noite chega com um desfecho, há uma sensação de ordem que não vem da rigidez, mas do cuidado.

O começo pode ser um suspiro profundo antes do primeiro compromisso, uma música que toca sempre na mesma hora, um par de minutos olhando para o céu. O fim pode ser um livro lido à meia-luz, um banho que marca a transição entre o mundo e o descanso, um caderno onde se escrevem fragmentos do que foi vivido. Coisas pequenas, mas que criam uma trilha no tempo, um caminho para os dias não se dissolverem no esquecimento.

E não importa se alguns rituais mudam. Se um dia a manhã pede silêncio, que seja. Se outro dia o fim precisa de uma caminhada longa para desanuviar a mente, tudo bem. O essencial é a intenção de separar os momentos, de dar a eles um começo e um fim. De lembrar que há pausas entre os movimentos, que a vida pode ter ritmos, intervalos, respiros.

O mundo apressa, empurra, atropela. Mas dentro da pressa ainda pode haver um instante de pausa, uma transição, uma forma de dizer: este momento importa. Este dia teve um início, este dia encontrou seu fim. Não foi só mais um.

Porque a vida não é uma linha reta e contínua. Ela precisa de vírgulas, de pontos, de espaços em branco. Pequenos rituais seguram o tempo entre os dedos e fazem dele algo mais nosso.

Rotinas líquidas

As rotinas sempre foram vistas como pilares, como formas de segurar o tempo entre as mãos e dar a ele alguma ordem. Mas há momentos em que o tempo escapa, que os dias mudam sem aviso, e as velhas estruturas já não servem mais. O que fazer quando a vida não cabe nas linhas retas do planejamento? Quando cada dia pede algo novo, quando a rigidez sufoca ao invés de dar suporte?

Talvez a resposta esteja na liquidez. Em rotinas que não sejam grades, mas correntes de um rio. Que tenham forma sem se prender a ela. Uma rotina líquida não exige repetições idênticas, não se sustenta em horários fixos e tarefas imutáveis. Ela se adapta ao dia, ao cansaço, às marés internas. É uma estrutura que aceita mudanças, um ritmo que dança conforme a música da vida.

Dias de energia pedem movimento.
Dias de exaustão pedem silêncio.

Uma rotina líquida escuta antes de impor, acolhe antes de exigir. Ela permite que o essencial continue ali – os pequenos hábitos que sustentam, os cuidados que não podem ser deixados para depois –, mas sem o peso da obrigação inflexível. Não é sobre fazer sempre da mesma forma, mas sobre continuar fazendo, de um jeito que faça sentido.

A fluidez não significa desordem. Pelo contrário, é o que impede que tudo se desfaça diante da imprevisibilidade. O que é rígido se quebra; o que é líquido encontra caminhos. Em tempos de mudança, o mais importante não é seguir um plano, mas ter um norte. Não é prender-se a uma lista, mas manter um fio condutor. A rotina continua existindo, mas respira. E é assim que se torna sustentável.

Porque a vida não segue roteiros fixos. Ela muda, se desfaz e se refaz. E as rotinas podem acompanhar esse fluxo sem se perderem. O segredo não está em segurar com força, mas em aprender a navegar.

5 maneiras de tornar sua rotina mais líquida

Nem toda rotina precisa ser rígida. Algumas precisam de espaço para respirar, para se moldar ao que a vida pede. Se prender a estruturas fixas pode ser sufocante quando os dias não seguem o planejado. Mas há formas de manter um ritmo sem se aprisionar a ele. Aqui estão cinco maneiras de tornar sua rotina mais líquida, mais leve, mais humana.

1. Crie blocos de tempo, não horários fixos

Em vez de definir tarefas para horários exatos, experimente organizá-las em blocos mais flexíveis. Um período da manhã para trabalho profundo, uma janela de duas horas à tarde para tarefas administrativas, um momento da noite para descanso e lazer. Isso permite que o dia respire e se adapte sem perder a estrutura.

2. Defina prioridades, não listas intermináveis

Nem tudo precisa ser feito hoje. Escolha no máximo três prioridades diárias – o essencial, aquilo que precisa acontecer para o dia ter valido a pena. Se sobrar espaço, outras tarefas podem entrar naturalmente. Mas se o dia for mais pesado, cumprir apenas o essencial já é suficiente.

3. Tenha rituais, não regras

Regras rígidas quebram sob pressão, mas rituais se moldam ao que é possível. Se um dia a rotina matinal for completa, ótimo. Se outro dia for só um café bebido devagar antes de começar, tudo bem também. O que importa é manter a intenção, não a perfeição.

4. Use pontos de ancoragem ao invés de uma estrutura fechada

Pontos de ancoragem são momentos que ajudam a trazer um senso de continuidade, mesmo quando tudo está mudando. Pode ser um tempo para revisar o dia pela manhã, uma pausa no meio da tarde para respirar, um momento de leitura antes de dormir. Pequenos marcos que ajudam a manter o fluxo sem engessar a rotina.

5. Aceite que alguns dias serão diferentes – e tudo bem

A vida não segue um roteiro fixo, e sua rotina também não precisa seguir. Alguns dias serão intensos, outros arrastados. Alguns produtivos, outros introspectivos. Quando há espaço para adaptação, a rotina deixa de ser um peso e passa a ser um suporte. Algo que se ajusta ao ritmo da vida, sem resistir a ele.

Uma rotina líquida não é desorganizada – ela é viva. Ela permite mudança, acolhe o inesperado, segue o fluxo sem se perder nele. E talvez seja isso que torne tudo mais leve.

Pelas gavetas imperfeitas

Existem coisas que simplesmente não pertencem a lugar nenhum. Ficam vagando pelos cômodos, pelas pastas digitais, pelos cantos da mente. Pequenos objetos esquecidos, papéis sem destino, ideias que ainda não amadureceram. São os vestígios do que um dia fez sentido ou do que pode vir a fazer, mas, por ora, não se encaixam em nenhuma categoria. O mundo exige ordem, mas a vida escapa por entre os dedos, deixando rastros que não sabemos onde colocar.

A gaveta imperfeita nasce dessa necessidade de um refúgio. Um espaço onde o que não tem nome pode repousar sem culpa, sem a pressão de pertencer. Uma caixa no fundo do armário, um arquivo no computador chamado “coisas soltas”, um caderno de rascunhos para pensamentos que ainda não sabem para onde vão. Criar esse lugar é permitir que a bagunça tenha um limite, sem sufocar a fluidez. Um gesto de carinho com aquilo que ainda não encontrou seu destino.

Há quem diga que isso é desorganização, mas talvez seja apenas um tipo de gentileza. Nem tudo precisa ser resolvido imediatamente. Algumas coisas pedem um tempo de espera, um silêncio antes da resposta, um canto onde possam respirar até que sua função se revele. Revisitar essa gaveta de tempos em tempos é como abrir uma cápsula do passado: algumas coisas finalmente fazem sentido, outras já não importam mais. Deixar ir o que perdeu a relevância é tão importante quanto preservar o que um dia pode florescer.

Pense naquelas cartas escritas e nunca enviadas, nos ingressos de cinema guardados sem motivo, nos livros cheios de anotações à margem. Pequenas âncoras do que já fomos, rastros de memórias que ainda não queremos apagar. A gaveta imperfeita não é um espaço de acúmulo, mas de espera. Um abrigo temporário para aquilo que ainda não sabemos nomear.

E não são apenas objetos. Há também as palavras que engolimos, as decisões adiadas, as vontades indefinidas. Nem tudo pode ser resolvido no instante em que surge. Algumas respostas precisam de tempo, de maturação, de um canto onde possam existir sem urgência. Criar esse espaço dentro de si mesmo é um ato de paciência, uma forma de respeitar o próprio ritmo.

O mundo moderno exige definição, precisão, categorização. Mas a vida é feita de arestas, de intervalos, de momentos que fogem da lógica dos sistemas perfeitos. Uma organização real precisa acomodar essas brechas, deixar um espaço para o inacabado, para o não dito, para o que ainda não encontrou forma.

E aceitar isso não é desistir da ordem, mas aprender a dançar com o que escapa dela. Afinal, entre o caos absoluto e a rigidez extrema, há sempre um meio-termo possível. Talvez seja esse: uma gaveta imperfeita, esperando o tempo fazer seu trabalho.

Carnaval e organização: dá para conciliar?

O Carnaval é um dos períodos mais esperados do ano. Para muitos, é sinônimo de festa, viagens e descontração. Para outros, representa dias de descanso e a oportunidade de colocar a vida em ordem. Com a rotina pausada em diversos setores, essa pode ser uma excelente chance de equilibrar diversão e planejamento, sem abrir mão de nenhum dos dois.

De acordo com um levantamento da Fundação Getúlio Vargas, períodos de folga bem aproveitados aumentam a produtividade quando se retorna ao trabalho ou estudo. Ou seja, o Carnaval pode ser um momento estratégico para organizar pendências, refletir sobre objetivos e até estruturar planos para o restante do ano, sem deixar de lado os momentos de lazer.

A questão principal é saber como conciliar as duas coisas. A ideia não é trocar a folia pela organização, mas sim integrar ambos de maneira equilibrada. Com um bom planejamento, é possível aproveitar as festividades e ainda otimizar o tempo para tarefas que normalmente ficam em segundo plano.

Você já pensou no Carnaval
como uma pausa estratégica?

Os dias de Carnaval podem ser uma oportunidade para quem sente que a rotina está acelerada demais. Segundo um estudo publicado na Harvard Business Review, pausas planejadas aumentam a clareza mental e ajudam na tomada de decisões. Assim, antes de voltar à correria, esse pode ser um momento para reavaliar prioridades.

Usar parte do feriado para revisar projetos, organizar a agenda e repensar hábitos pode tornar o ano mais produtivo. O descanso também faz parte desse equilíbrio, e pequenas ações organizacionais podem ser feitas sem comprometer o lazer.

Para quem quer curtir a folia, um planejamento prévio pode evitar contratempos. Reservar hospedagem com antecedência, definir roteiros e garantir que todas as obrigações estejam em dia antes da folia evita preocupações desnecessárias e melhora a experiência.

Além disso, organizar documentos, finanças e compromissos antes do feriado permite uma diversão sem preocupações. Dessa forma, o período de festa pode ser desfrutado sem culpa e com maior tranquilidade.

O segredo para conciliar festa e organização está no equilíbrio. Definir horários específicos para pequenas tarefas permite que a folia aconteça sem que o feriado seja desperdiçado. Segundo um estudo da Universidade de Oxford, dividir o tempo entre lazer e organização reduz a sensação de sobrecarga.

Pequenas ações, como responder e-mails, revisar contas ou planejar os próximos meses, podem ser realizadas entre os eventos. Dessa forma, é possível manter o foco no longo prazo sem comprometer o descanso.

Tá perfeitamente ok aproveitar o feriado para organizar a casa e a vida se isso é o que você quer verdadeiramente fazer

Para quem prefere um Carnaval mais tranquilo, essa é uma excelente oportunidade para colocar a casa e a vida em ordem. Organizar armários, digitalizar documentos ou revisar metas são atividades que podem ser feitas de forma leve e sem pressa.

Aproveitar o período para estabelecer novas rotinas e ajustar hábitos pode facilitar a manutenção da organização ao longo do ano. De acordo com um artigo da Stanford Behavior Lab, pequenas mudanças em períodos de folga são mais fáceis de consolidar, pois há menos interferências externas.

Outro ponto importante: o Carnaval acontece no início do ano, sendo um bom momento para refletir sobre metas e revisar objetivos. Muitas vezes, as resoluções de Ano Novo já foram deixadas de lado, e essa pode ser a chance de reavaliá-las e ajustá-las de forma mais realista.

Fazer uma revisão do que foi conquistado até o momento e definir novas estratégias pode evitar a frustração no futuro. Esse tipo de planejamento consciente é um diferencial para quem quer manter a organização ao longo do ano.

7 maneiras de equilibrar Carnaval e organização

  1. Definir prioridades – Antes do feriado, estabeleça quais atividades precisam ser concluídas para evitar preocupações durante a folia.
  2. Criar uma agenda flexível – Reserve momentos para organização sem comprometer os planos de lazer, garantindo equilíbrio.
  3. Manter a rotina financeira em ordem – Controle gastos e planeje despesas do Carnaval para evitar impactos no orçamento após o feriado.
  4. Aproveitar pequenos momentos para ajustes rápidos – Intervalos entre eventos podem ser usados para revisar compromissos e responder e-mails.
  5. Organizar o espaço físico – Aproveite o tempo livre para pequenas arrumações que fazem diferença na rotina diária.
  6. Usar o feriado para revisão de metas – Faça um balanço do ano até o momento e ajuste planos conforme necessário.
  7. Priorizar o descanso – A organização também inclui cuidar da saúde mental e garantir que o Carnaval não termine em exaustão.

Conciliar Carnaval e organização é possível com planejamento e equilíbrio. Aproveitar o feriado para se divertir não impede que pequenas ações organizacionais sejam realizadas, melhorando a produtividade e bem-estar no retorno à rotina.

A chave está em estabelecer prioridades e integrar atividades organizacionais sem comprometer o descanso e o lazer. Dessa forma, o Carnaval pode ser um período de renovação tanto para o corpo quanto para a mente.

Por que resolvi comprar um freezer?

Resposta rápida: para fazer mais marmitas e pedir menos delivery. Fiz as contas e o aparelho se pagaria em menos de dois meses. Como somos o Paul e eu aqui, é importante ter refeições prontas para a rotina diária e eu me sinto bem cozinhando uma vez por semana, aos domingos de manhã.

Além disso, preparar as próprias refeições é uma forma de garantir alimentos mais saudáveis e adaptados às preferências daqui de casa.

Outro benefício foi a praticidade que o freezer trouxe para o nosso dia a dia. Aos domingos de manhã, costumo reservar algumas horas para cozinhar. Esse hábito semanal me ajuda a ter as refeições prontas para os próximos dias, poupando tempo durante a semana e reduzindo o estresse com “o que vamos comer hoje?”. É gratificante abrir o freezer e encontrar opções variadas, todas preparadas com cuidado e carinho. Para garantir a qualidade dos alimentos congelados, adotei algumas dicas simples, como usar embalagens herméticas e remover o máximo de ar ao armazenar os alimentos, evitando o temido “freezer burn” (ou queimadura de freezer), que pode afetar o sabor e a textura das comidas.

Outra dica que tem me ajudado bastante é congelar os alimentos em porções individuais ou pequenas, utilizando sacos próprios para freezer e etiquetando tudo com a data de preparo. Isso facilita o planejamento, evita desperdícios e assegura que os alimentos sejam consumidos enquanto ainda estão frescos. Sempre deixo um espaço entre as porções no freezer para garantir que o ar circule e os alimentos congelem de maneira uniforme. Esses cuidados simples fazem toda a diferença para manter as refeições saborosas e com boa textura. (As marmitas do Paul têm 500ml e, as minhas, 300ml).

A experiência de investir em um freezer me fez perceber como pequenos ajustes podem transformar a rotina. Cozinhar em lote e congelar as porções não apenas economizou dinheiro, mas também trouxe mais controle sobre a alimentação, evitando escolhas de última hora que nem sempre são as mais saudáveis. Eu comprei o freezer mais simples, da Consul. Valeu a pena. Se você também está considerando maneiras de otimizar o dia a dia e economizar, vale a pena adotar essas práticas. Com planejamento e alguns cuidados no armazenamento, o freezer se torna um grande aliado!

Como está sua rotina depois da volta às aulas?

A volta às aulas marca o retorno à rotina estruturada de estudos, trabalho e outras responsabilidades diárias. Para muitos, esse período pode ser um desafio, exigindo reajustes na organização do tempo e no equilíbrio entre as tarefas escolares, profissionais e pessoais. É comum sentir-se sobrecarregado nas primeiras semanas, mas pequenas mudanças podem tornar esse processo mais tranquilo.

Estudos da American Psychological Association mostram que períodos de transição exigem adaptação gradual para evitar o acúmulo de estresse. A readaptação ao ritmo de estudos e atividades pode ser otimizada com um planejamento bem estruturado, garantindo que as demandas sejam cumpridas sem comprometer o bem-estar.

A boa notícia é que algumas estratégias podem tornar essa retomada mais prática. Ajustes na rotina diária, revisão das prioridades e o uso de ferramentas de organização ajudam a lidar com esse momento sem sobrecarga. A seguir, discutimos formas eficazes de organizar o tempo após a volta às aulas.

O retorno às aulas frequentemente altera o horário de sono, impactando diretamente o desempenho acadêmico e a produtividade. Segundo a National Sleep Foundation, adolescentes e adultos que mantêm uma rotina de sono consistente apresentam melhor concentração e memória.

Para facilitar essa transição, é recomendável estabelecer horários fixos para dormir e acordar, evitando mudanças bruscas no relógio biológico. Criar um ritual noturno, como evitar telas antes de dormir e manter uma iluminação adequada no quarto, pode contribuir para um descanso mais reparador.

Equilibrar os compromissos acadêmicos e momentos de lazer é essencial para evitar o esgotamento mental. De acordo com um estudo da Harvard Business Review, pausas estratégicas entre períodos de estudo aumentam a retenção de informações e melhoram a produtividade.

Uma abordagem eficaz é dividir o tempo de estudo em blocos intercalados com pequenas pausas, método conhecido como Pomodoro. Além disso, reservar períodos fixos para atividades recreativas ajuda a manter a motivação e evitar o desgaste excessivo.

Um ambiente organizado impacta diretamente a eficiência nos estudos. Pesquisa da Princeton University Neuroscience Institute indica que um espaço desorganizado reduz a capacidade de foco e aumenta a sensação de cansaço mental.

Manter materiais escolares e digitais bem organizados economiza tempo e facilita a rotina. Investir em pastas, organizadores digitais e um local de estudo livre de distrações pode tornar o processo mais eficiente e menos estressante.

Ter um planejamento bem estruturado permite priorizar tarefas e evitar sobrecarga. Um estudo da MIT Sloan Management Review aponta que estudantes que utilizam agendas e planejadores digitais têm melhor controle do tempo e menos procrastinação.

Definir metas diárias e semanais, além de revisar compromissos periodicamente, ajuda a manter a rotina equilibrada. A adaptação do plano conforme as necessidades evita a rigidez excessiva e permite maior flexibilidade nos estudos.

Após as primeiras semanas, é comum sentir uma queda na motivação. Segundo a University of California, acompanhar pequenos progressos aumenta a sensação de realização e incentiva a continuidade dos estudos.

Uma forma eficiente de manter o ritmo é celebrar pequenas conquistas, como completar tarefas dentro do prazo ou melhorar o desempenho em uma disciplina. Criar um sistema de recompensas simples, como momentos de lazer após concluir uma atividade, pode tornar a rotina mais agradável.

7 maneiras de tornar a rotina pós-volta às aulas mais tranquila

  1. Estabelecer horários fixos de sono – Criar uma rotina regular de sono melhora a disposição e o desempenho acadêmico.
  2. Utilizar técnicas de gestão de tempo – Métodos como o Pomodoro ajudam a otimizar o estudo e evitar a fadiga mental.
  3. Manter um ambiente de estudo organizado – Reduzir distrações e organizar materiais melhora o foco e a produtividade.
  4. Definir metas alcançáveis – Criar pequenos objetivos diários mantém a motivação e facilita o cumprimento das tarefas.
  5. Equilibrar estudo e lazer – Reservar momentos para descanso evita o esgotamento e melhora o rendimento nos estudos.
  6. Revisar e ajustar a rotina semanalmente – Adaptar o planejamento conforme as necessidades reduz o estresse e melhora a eficiência.
  7. Criar um sistema de recompensas – Estabelecer pequenas recompensas após concluir tarefas pode tornar a rotina mais motivadora.

O período pós-volta às aulas pode ser desafiador, mas algumas estratégias tornam a rotina mais equilibrada. Ajustar horários, organizar materiais e planejar o tempo de maneira eficiente são passos fundamentais para evitar sobrecarga e manter a produtividade.

Cada pessoa tem um ritmo próprio, e pequenas mudanças podem fazer grande diferença. Implementar hábitos consistentes e revisar periodicamente o planejamento garantem uma adaptação mais tranquila ao longo do semestre.

Referências:

Uma biblioteca funcional em casa – atualizações de uma professora e pesquisadora

Um dia eu fiz o exercício de pensar o que eu levaria se fizesse uma mudança de continente. Hoje, com o planejamento real para que isso aconteça nos próximos anos, eu já comecei um movimento para compreender o que vai ficar aqui (no Brasil) e o que pretendo levar comigo. Eu não tenho grandes apegos a nada, nem aos meus livros. No entanto, é fato que eu sou professora e pesquisadora, e continuarei sendo. E precisarei ter muitos livros comigo além dos que comprarei ainda pelo resto da vida. Por isso, iniciei um projeto de edição da minha biblioteca, vendo o que consigo ter no Kindle e o que vou ter que levar na versão física. Sim, eu já cheguei a pesquisar preços de contâiners. Mas eu sinceramente quero diminuir ao máximo a quantidade de coisas que pretendo levar.

Já fiz um post aqui anteriormente sobre os planos para a minha biblioteca. Esse plano continua de pé. O que me refiro aqui é ao que devo levar comigo, e iniciar esse projeto agora me permite selecionar com calma e ir substituindo alguns exemplares aos poucos.

Destralhe

A regra é clara: não é possível organizar tralha. O primeiro passo é definitivamente fazer a seleção do que preciso ou quero manter comigo e ver se tem a versão para Kindle. Simples assim. Nem tudo estou comprando no Kindle agora, pois não estou usando o livro no momento. Nesse caso, eu coloco na minha lista de desejos para não esquecer dele.

O que ainda pretendo ler?

Existem alguns que não vão para a biblioteca comunitária e eu quero ler ainda. Nesse caso, separo para ler nos próximos meses e pretendo vender ou doar antes de viajar. Existem outros que não tenho mais interesse e já podem ir para essa fase de descarte.

Estou evitando comprar livros físicos

Esse momento chegou! Eu realmente estou evitando comprar livros físicos, a não ser que eu tenha a mais absoluta certeza de que vou lê-los nos próximos meses e que ou eu necessariamente vou levá-lo comigo ou vou deixar com toda a certeza, depois de ler. Por exemplo, na semana passada eu comprei um livro com técnicas de leitura. Eu quero ler o livro físico, manusear, fazer marcações. O livro é ótimo mas eu posso tê-lo no Kindle para referência, futuramente, ou comprar a versão dele em inglês, quando estiver fora. Mas o que eu usei aqui para ler eu posso dar de presente para uma prima que ama livros tanto quanto eu, porque sei que ela vai amar. E para cada livro eu tenho feito esse exercício de pensar para quem eu posso dá-lo depois de ler, seja uma pessoa, a biblioteca comunitária ou outra finalidade.

Manter em casa o que pretendo levar ou ler antes de mudar

Eu tenho três estantes aqui no meu apartamento e tenho mantido os livros que quero ler ainda ou levar comigo na mudança. Os livros que ficarão no Brasil eu estou levando para o escritório aos poucos. A ideia é fazer essa separação e centralizar tudo lá para facilitar qualquer logística posterior.

De verdade, muito livro eu pretendo comprar em inglês, lá fora. Fica até mais barato. O que não quero é deixar de ter um exemplar raro, especialmente nativo brasileiro, como livros do Florestan Fernandes, Carlos Nelson Coutinho e outros que não são tão fáceis de encontrar em livrarias estrangeiras. Mas também sempre existe a possibilidade de vir para cá todo ano e ir levando os livros aos poucos. Vamos ver. Por hora, o que tenho feito é essa primeira seleção e quis compartilhar com vocês.

Banheiro minimalista = limpeza e tranquilidade

Na minha outra casa, nosso banheiro era preto. Eu achava bonito no início, mas enjoei com o tempo. O banheiro, para mim, tem que ser claro e transmitir a sensação de limpeza e tranquilidade. É o cômodo da casa onde eu me limpo, me purifico, me conecto comigo mesma. Ela tem que transmitir essas sensações.

Aqui no apartamento onde eu moro, o banheiro é em tons de um bege cinzento que me agrada. É bem simples, com azulejos meio retrô, mas eu gosto. Transformar o banheiro em um espaço funcional e relaxante pode parecer um desafio, mas com algumas escolhas conscientes, é possível criar um ambiente minimalista que convida à calma no dia a dia. E olha que eu nem sou minimalista. Mas, como ponto de partida para encontrar o essencial, acho interessante.

Um banheiro minimalista não é apenas sobre estética, mas também sobre funcionalidade. Ele nos convida a refletir sobre o que realmente importa, removendo o excesso e deixando espaço para o essencial. Aqui, compartilho algumas dicas práticas para você começar.

1. Comece eliminando o excesso

Não é possível organizar tralha. Por isso, comece destralhando o seu banheiro. Isso significa tirar o que está duplicado, o que acabou, o que venceu, o que você não usa.

Avalie o que realmente precisa estar nesse espaço. Uma pia limpa, com apenas o básico à vista, já transmite uma sensação de tranquilidade. Organize os itens restantes em gavetas ou cestos para que fiquem acessíveis, mas fora da vista.

Dica prática: Categorize os produtos que ficam no banheiro, como higiene pessoal, primeiros socorros e limpeza. Use organizadores simples para manter tudo em seu lugar.

2. Aposte em uma paleta de cores neutras

Tons claros e neutros são os melhores aliados do minimalismo. Eles criam um ambiente visualmente calmo e ajudam a refletir a luz, fazendo o espaço parecer maior e mais arejado. Branco, bege e cinza são escolhas clássicas, mas você também pode adicionar um toque de cor suave, como azul ou verde claro. Aqui em casa tem uns toques de azul acizentado que me ajudaram a definir alguns itens para decoração – até quadros.

Dica prática: Se o orçamento estiver apertado, comece trocando os pequenos detalhes, como toalhas, tapetes e cortinas, para cores mais neutras.

3. Escolha acessórios simples e funcionais

Sei que é difícil, mas evite itens decorativos que só acumulam poeira.

Invista em peças que combinem beleza e utilidade, como saboneteiras de cerâmica ou vidros reutilizáveis para armazenar produtos. Aprenda um pouco sobre Feng Shui para criar um ambiente harmônico. Menos coisas em cima das superfícies também significa menos tempo limpando – uma vantagem extra!

Dica prática: Use cestos de fibra natural ou bambu para armazenar toalhas ou rolos de papel higiênico. Eles são bonitos, funcionais e ajudam a manter a harmonia visual.

4. Iluminação: simplicidade e conforto

A iluminação faz toda a diferença em um banheiro minimalista. Prefira luzes suaves e naturais sempre que possível. Um espelho grande pode ajudar a refletir a luz e fazer o ambiente parecer mais amplo. Se for adicionar luz artificial, opte por lâmpadas de tom quente, que são mais aconchegantes.

Aqui em casa eu tenho uma janela redonda na área do box, que ilumina bastante durante o dia. Uma luz central no teto e uma luz direcionada em cima do espelho. Considero suficientes.

Dica prática: Instale uma luminária simples acima do espelho ou use velas aromáticas para um toque relaxante durante o banho.

5. Incorpore toques de natureza

Plantas vivas trazem um elemento natural que suaviza o ambiente e melhora a qualidade do ar. Espécies que se adaptam bem a ambientes úmidos, como samambaias e jiboias, são perfeitas para o banheiro.

Eu coloquei uma trepadeira em cima da porta do box. Ela fica super bonita ali, pendurada.

Dica prática: Coloque uma planta pequena na pia ou pendure um vaso no canto do espaço para trazer vida e cor sem ocupar muito espaço.

Criar um banheiro minimalista é mais do que mudar o visual – é sobre construir um espaço que apoie seu bem-estar e sua rotina de forma leve e organizada. Pequenos passos, como reduzir o excesso, escolher cores suaves e valorizar a funcionalidade, podem transformar completamente esse ambiente.

Lembre-se: a organização é uma ferramenta para viver melhor. E seu banheiro, por menor que seja, pode ser um refúgio de tranquilidade no meio da correria do dia a dia.

Organização como autocuidado para momentos difíceis

Recentemente, li um artigo que falava sobre como lidar com a desorganização em momentos difíceis pode ajudar a melhorar nosso estado emocional. Quero compartilhar com vocês alguns insights desse texto e como isso pode ser aplicado na prática, de uma forma que respeite o momento de cada um.

1. Comece pequeno

Se a bagunça parece insuperável, escolha uma área pequena para começar, como uma gaveta ou uma prateleira. Não se preocupe em resolver tudo de uma vez. Foque em um espaço específico que pareça gerenciável no momento.

Pode ser aquela gaveta onde você guarda objetos diversos, um canto da mesa que está acumulando papéis ou até mesmo a bolsa que você usa diariamente.

Organizar algo pequeno traz uma sensação imediata de realização, porque você consegue ver o progresso rapidamente. Essa conquista, por menor que pareça, pode ser o empurrão necessário para motivar você a continuar, expandindo aos poucos para outras áreas.

Lembre-se de que cada pequeno passo ajuda a transformar o ambiente e, consequentemente, melhora sua percepção de controle e bem-estar.

2. Encontre conforto na rotina

Em momentos de estresse, tarefas simples e repetitivas, como lavar louça ou dobrar roupas, podem ter um efeito calmante. Essas atividades, apesar de parecerem triviais, têm um ritmo que nos ajuda a desconectar da pressa e das preocupações do dia a dia.

Ao focar nos movimentos, como o som da água corrente ou o cuidado em alinhar as peças de roupa, criamos uma oportunidade de estar presentes no momento.

Transformar essas ações em um ritual é uma maneira poderosa de trazer sensação de ordem ao caos. Colocar uma música suave, acender uma vela ou simplesmente fazer tudo com calma pode transformar esses momentos em pequenas pausas para o autocuidado, ajudando a mente a relaxar enquanto o ambiente ao redor se organiza.

3. Descomplique

Quando nos sentimos sobrecarregados, reduzir as expectativas pode ser essencial.

Nesses momentos, é importante lembrar que tudo bem não conseguir resolver tudo de uma vez. Talvez hoje você não consiga arrumar a casa inteira, e isso é completamente normal. Em vez disso, foque em um espaço menor, mas significativo — como a sua escrivaninha, o cantinho do sofá onde você gosta de ler ou o balcão da cozinha.

Escolher um lugar que você usa com frequência e transformá-lo em um ambiente mais limpo e organizado pode ter um impacto enorme na sua sensação de bem-estar. Cada pequena conquista ajuda a criar um ciclo positivo, onde a ordem do ambiente ao seu redor contribui para aliviar a sobrecarga interna.

4. Use a organização como ferramenta, não como meta

A ideia aqui não é alcançar a perfeição, mas criar um ambiente que realmente te ajude a se sentir melhor. A perfeição, muitas vezes, pode ser paralisante, enquanto pequenos passos em direção a um espaço mais organizado trazem resultados reais e satisfatórios.

Um ambiente mais organizado não significa necessariamente impecável, mas sim funcional e agradável para você. Quando reduzimos a bagunça ao nosso redor, abrimos espaço para mais clareza mental, o que pode ajudar em momentos de tomada de decisão ou simplesmente trazer uma sensação de leveza ao dia a dia.

Além disso, um ambiente acolhedor é aquele que reflete quem somos e o que valorizamos, proporcionando conforto e uma sensação de pertencimento. Criar esse tipo de espaço é uma forma de autocuidado, ajudando a cuidar não apenas da casa, mas também de você mesmo.

Eu sei que, em dias difíceis, até pequenas ações podem parecer muito. Por isso, não se cobre tanto. Lembre-se de que cada passo conta e que a organização pode ser uma forma gentil de cuidar de si mesmo.

5 dicas simples para começar um dia com mais intenção

Respire: um novo dia começou. Muitas vezes, começa antes mesmo de você abrir os olhos? Quando o despertador toca, e você já sente o peso de tudo o que precisa fazer? É como se estivesse vivendo no modo automático, sem espaço para respirar. Mas, olha, eu acredito muito que a manhã pode ser um momento de reencontro. Uma oportunidade de criar um pouco de ordem no meio do caos.

Eu não vou mentir para você: eu também já tive minhas manhãs bagunçadas. Mas, aos poucos, fui descobrindo pequenos ajustes que ajudam a transformar esse comecinho do dia em algo mais leve, mais humano, sabe? Vou compartilhar aqui cinco passos simples que podem te ajudar a começar o dia com mais clareza e propósito. Não é fórmula mágica, mas funciona. Bora?

1. Dê uma espiadinha na sua agenda

Antes de qualquer coisa, olhe a sua agenda. Não como quem vai enfrentar um monstro, mas como quem quer entender o terreno. Quais compromissos já estão lá? Quais são as tarefas que realmente precisam da sua atenção hoje? Essa olhadinha rápida é como preparar o café: essencial para começar o dia.

Um truque que salva: reserve uns 5 minutos para revisar a agenda. Use uma caneta colorida ou um marcador para destacar os compromissos mais importantes. Só esse pequeno ato já dá uma sensação de controle.

2. Eleja suas três prioridades do dia

Eu sei, a lista de tarefas é infinita, e isso pode ser desesperador. Mas a verdade é que você não vai conseguir fazer tudo. E tudo bem. Escolha três coisas que são realmente importantes para hoje. Só três. Quando você foca no essencial, o resto flui.

Minha dica amiga: escreva essas três prioridades num post-it e cole no lugar mais visível da sua mesa. Isso vai te lembrar do que importa, mesmo quando o caos tentar te distrair.

3. Limpe (pelo menos um pouco) o seu espaço

Vamos combinar: trabalhar em uma mesa bagunçada é como tentar correr numa estrada cheia de obstáculos. Antes de começar o dia, tire uns minutinhos para dar uma organizada básica. Pelo menos guarde os papéis espalhados e deixe sua mesa com o básico do básico.

Dois minutos que mudam tudo: ponha um timer no celular e faça uma limpeza rápida. Só isso já dá uma clareza mental que não tem preço.

4. Divida seu dia em blocos de tempo

Você já tentou fazer tudo ao mesmo tempo e acabou não fazendo nada direito? Pois é, eu também. Descobri que dividir o dia em blocos é um alívio. Reserve horários específicos para responder e-mails, trabalhar em algo importante ou até mesmo descansar. É quase terapêutico.

Dica de ouro: use um timer para cada bloco e, quando o alarme tocar, levante, alongue ou vá buscar um café. Essas pausas são como pequenas férias para a cabeça.

5. Cuide de você antes de cuidar do mundo

E, por fim, faça algo para você antes de mergulhar na loucura do dia. Pode ser um alongamento, tomar um café com calma, ouvir uma música que você ama ou simplesmente ficar uns minutinhos em silêncio. Quando você se prioriza, o dia começa com outro tom.

Pense nisso: o que te faz sentir bem? Inclua um desses momentos logo pela manhã. É um presente que você dá para si mesmo.


Pequenas mudanças, grandes resultados

Organizar a manhã não é sobre seguir regras rígidas ou criar uma rotina perfeita. É sobre encontrar pequenos respiros no meio do caos. Esses cinco passos não são milagrosos, mas eles funcionam porque ajudam a criar uma base sólida para o resto do dia. E, no final, são os pequenos hábitos que fazem a diferença.

E você? Como começa o seu dia? Tem algum ritual ou hábito que te ajuda a encontrar um pouco de ordem no meio do turbilhão? Vamos trocar ideias nos comentários!

Espero que esse texto tenha trazido um pouco de inspiração para suas manhãs.

Como criar uma rotina matinal que realmente funciona

A rotina matinal tem um lugar especial na organização da nossa vida. É aquele momento do dia em que tudo é possível: estamos diante de uma nova oportunidade de começar bem, com leveza e intenção. Mas, se você já tentou seguir rotinas perfeitas que viu por aí e acabou desistindo, não se preocupe. Hoje, quero compartilhar como você pode criar uma rotina matinal que realmente funciona – e, mais importante, que esteja alinhada aos seus valores pessoais.

O que torna uma rotina matinal especial?

Uma rotina matinal eficaz não é sobre acordar às 5 da manhã ou seguir um cronograma cheio de tarefas. É sobre criar um espaço que te ajude a se sentir bem e preparado para o dia. Quando você alinha sua manhã ao que realmente importa para você, cada dia ganha mais significado.

Alinhe sua rotina aos seus valores pessoais

  1. Identifique seus valores: Antes de definir o que incluir na sua rotina, reflita sobre o que é importante para você. Você valoriza a saúde? Então talvez incluir movimento ou uma refeição nutritiva seja essencial. Prioriza conexão? Reserve tempo para estar com sua família ou conversar com alguém querido.
  2. Crie momentos que te conectem com esses valores:
    • Se você valoriza a paz interior, comece o dia com meditação ou journaling.
    • Se você preza pela criatividade, inclua um momento para escrever ou desenhar.
    • Para quem valoriza produtividade, uma breve revisão das prioridades do dia pode ser transformadora.
  3. Ajuste ao seu ritmo: Cada pessoa tem uma energia diferente pela manhã. Não force algo que não combina com você. Se você é mais ativo, comece com exercícios. Se precisa de calma, inicie devagar, com um café ou leitura.

Passo a passo para criar sua rotina matinal

  1. Comece com o essencial: Escolha de 2 a 3 atividades que fazem sentido para você. Por exemplo: alongar, preparar um café tranquilo e revisar a agenda do dia.
  2. Teste e ajuste: Experimente por uma ou duas semanas e veja o que funciona. Se algo não fizer sentido, adapte.
  3. Seja gentil consigo mesmo: Nem todos os dias serão perfeitos, e tudo bem. A ideia é criar um ritual que se encaixe na sua vida, não algo que se torne uma fonte de pressão.

Exemplo de rotina matinal alinhada aos valores

Se seus valores incluem saúde, tranquilidade e organização, sua rotina pode ser assim:

  • 7h: Acordar e beber um copo de água.
  • 7h10: Alongamento leve ou caminhada de 10 minutos.
  • 7h30: Preparar um café da manhã nutritivo.
  • 7h50: Revisar as prioridades do dia em um planner.
  • 8h: Começar as atividades diárias com clareza e energia.

Rotina é sobre intencionalidade

Lembre-se: o objetivo não é encaixar mil coisas na sua manhã, mas garantir que esse momento te prepare para um dia alinhado com quem você é e com o que você acredita. Pequenos ajustes podem fazer uma grande diferença.

Que tal reservar um momento hoje para refletir sobre sua manhã e experimentar criar uma rotina matinal que seja verdadeiramente sua?

10 dicas para começar 2025 com a casa (ou escritório) organizada

O início de um novo ano é a oportunidade perfeita para criar um ambiente mais organizado e funcional, seja na sua casa ou no seu espaço de trabalho. Um ambiente organizado não apenas traz mais praticidade para o dia a dia, mas também promove bem-estar e clareza mental.

Neste post, compartilho 10 dicas práticas para começar 2025 com tudo no lugar!


1. Faça uma limpeza geral

Antes de organizar, elimine o que não faz mais sentido. Dedique um dia ou alguns momentos ao longo da semana para doar, reciclar ou descartar itens que não usa mais.


2. Crie categorias

Agrupe itens semelhantes. Por exemplo, na cozinha, organize utensílios por uso; no escritório, reúna documentos por tipo. Isso facilita encontrar o que você precisa.


3. Tenha um lar para cada coisa

Certifique-se de que tudo tenha um lugar específico. Isso evita que objetos fiquem espalhados ou sem destino.


4. Revise seus documentos

No escritório ou em casa, tire um tempo para revisar papéis acumulados. Digitalize o que for necessário e descarte o restante.


5. Organize gavetas e armários

Esses espaços tendem a se desorganizar rapidamente. Revise um de cada vez, e use organizadores para manter tudo no lugar.


6. Otimize seu espaço de trabalho

Verifique se sua mesa ou estação de trabalho está funcional. Reduza o excesso de itens e mantenha apenas o que é essencial para sua rotina.


7. Invista em etiquetas

Seja para caixas, pastas ou frascos, as etiquetas são ótimas para manter a organização e identificar rapidamente o que está guardado.


8. Crie rotinas de manutenção

A organização é um hábito contínuo. Reserve alguns minutos por dia para colocar as coisas de volta ao lugar e evitar o acúmulo de bagunça.


9. Planeje a organização de grandes espaços

Se há áreas maiores para organizar, como o guarda-roupa ou a garagem, divida a tarefa em etapas. Assim, você não se sobrecarrega e mantém a consistência.


10. Use a regra de 1 minuto

Se uma tarefa levar menos de 1 minuto para ser feita, faça na hora. Isso ajuda a evitar que pequenas coisas se acumulem.


Conclusão

Organizar sua casa ou escritório no início do ano é um investimento no seu bem-estar e na sua produtividade. Com pequenas ações consistentes, você transforma seu ambiente em um espaço mais leve e funcional para 2025.

Por onde você vai começar? Compartilhe suas experiências nos comentários!

Ritmo do dia como se fosse um jazz

Executar tarefas no ritmo do jazz é transformar a rotina diária em uma jornada fluida e intuitiva, onde cada atividade é uma nota que compõe a melodia do seu dia. Assim como o jazz, que abraça a improvisação e a liberdade de criação, essa abordagem convida você a se afastar de estruturas rígidas e listas inflexíveis, permitindo que as tarefas se encaixem naturalmente no seu ritmo pessoal.

Em vez de seguir uma agenda apertada e imposta, você se move de acordo com sua energia, inspiração e disposição, ajustando o dia com leveza e espontaneidade.

No ritmo do jazz, as pausas são tão importantes quanto as ações. Assim como os músicos utilizam o silêncio para dar destaque às notas seguintes, ao executar tarefas, as pausas intencionais se tornam essenciais para recuperar o fôlego, refletir e recalibrar a energia. Essas pausas não são interrupções, mas sim partes essenciais do fluxo, permitindo que você mantenha o equilíbrio entre momentos de alta intensidade e relaxamento, sem forçar um ritmo que não se encaixa no momento presente.

Abraçar essa forma de produtividade é ter a coragem de improvisar, adaptando-se às circunstâncias do dia e se permitindo mudar o rumo quando necessário.

Quando você executa tarefas como se fosse um músico de jazz, cada dia é uma nova composição, onde a flexibilidade e a intuição guiam suas escolhas. Algumas vezes, as notas são intensas e cheias de ação; em outras, são suaves e contemplativas, mas todas têm valor.

É sobre encontrar seu próprio ritmo e harmonizar as demandas do dia com o que faz sentido para você naquele instante, criando uma rotina que é tão única e autêntica quanto uma melodia improvisada.

O que você acha dessa ideia?

Ayurveda e Primavera

Eu muitas vezes sinto que as estações como são hoje são apenas uma abstração baseada em um modelo europeu que a gente aplica aqui mas não diz muito respeito ao que acontece nas diferentes regiões do Brasil. De qualquer maneira, oficialmente estamos na primavera, e eu faço algumas alterações na minha rotina de saúde para me adequar ao momento que estamos vivendo na natureza.

Como vocês sabem, eu uso o livro *essencial* Culinária Ayurvédica para o seu dia a dia (compre aqui). Ele é maravilhoso e me guia em tudo nesse assunto. Para ser lido e relido o tempo todo. Tem muitas orientações boas.

A primavera tem duas características: fresco e úmido. Aqui em SP, para mim, isso faz sentido, mas é importante que você adapte à sua região.

Refeições boas para todas as estações:

  • Creme de cereais (ex: mingau de aveia)
  • Pudim de chia
  • Kanji – ou “canja”
  • Frittatas
  • Sopas cremosas
  • Salada cozida no vapor
  • Dosa
  • Kichari
  • Arroz basmati
  • Patê de feijão
  • Sopas verdes detox
  • Chá matinal tranquilizante de limão
  • Lassi digestivo
  • Leite de nuts

Caso não conheça alguma dessas receitas, recomendo o livro ou procurar na Internet, que se encontra facilmente.

Especialmente na primavera:

  • Creme de cereais com amaranto ou centeio
  • Pudim de chia com suco de romã
  • Kanji de trigo-serraceno, cevada, centeio ou painço
  • Frittata com couve de bruxelas, aspargos, alcachofra, brócolis, rúcula e espinafre
  • Sopa cremosa com aspargos, aipo, folhas de mostarda, vagem e espinafre
  • Salada cozida no vapor com chicória, rúcula, brócolis, aspargo
  • Dosa de arroz basmati e feijão mungo amarelo
  • Kichari com rúcula, dente de leão, endívia, repolho, couve de bruxelas, brócolis, aspargos, brotos de feijão
  • Patê de feijão – lentilhas vermelhas
  • Sopa verde detox com brócolis, rúcula, repolho, couve de bruxelas, aipo
  • Lassi digestivo com cúrcuma, gengibre e coentro
  • Leite de sementes de cânhamo

Alimentos para priorizar na primavera:

  • Especiarias: gengibre, pimenta do reino, limão siciliano, cúrcuma, anis, mostarda
  • Grãos secos: cevada, centeio, milho, painço, trigo sarraceno
  • Frutas: maçã, pera, frutas vermelhas, cerejas desidratadas, uva passa, ameixa
  • Proteínas magras: feijão, lentilha, clara de ovo, carne branca (para não vegetarianos), grão de bico, tofu
  • Vegetais amargos: rúcula, couve de bruxelas, repolho, brócolis, folhas de dente de leão, aspargos, alcachofra, alho poró, espinafre, couve flor, endívia, rabanete
  • Mel in natura
  • Sucos: cranberry, romã
  • Leites: arroz, cânhamo, soja, sementes de uva, leite de cabra
  • Vinagres: balsâmico, arroz, maçã

Ideias de receitas para procurar:

  • Café da manhã: creme de cereais com frutas vermelhas, muffins com os alimentos recomendados (ex: ameixa), pho (uma sopa vietnamita com vegetais), húmus picante de feijão preto
  • Almoço: sambar (sopa de tomate do sul da Índia) servido com arroz, tacos de tofu com verduras, sopa de feijão branco com aspargos, dal picante
  • Jantar: tofu simples refogado, sopa de cenoura e gengibre com grão de bico torrado, sopa de couve-flor e alho-poró, croquetes de feijão-branco e alcachofra
  • Sobremesa: pudim de arroz doce com castanhas, creme de avelã, molho doce de frutas vermelhas
  • Bebidas: lassi de limão e gengibre, chá de gengibre e cravo da índia, refresco de laranja com gengibre, suco verde de limão, couve e gengibre

Eu absolutamente amo experimentar os sabores e ver o que gosto mais para manter na minha dieta e observar se me sinto melhor (e frequentemente sim). Novamente, recomendo fortemente o livro para quem tiver interesse nesse assunto. (compre aqui)

Organizando artes criativas

Artes criativas são atividades que permitem a gente se expressar e criar coisas novas de maneira pessoal e única. Incluem desenho, pintura, música, escrita, fotografia, artesanato e outras. Essas atividades são sobre colocar nossas ideias e emoções para fora, de forma divertida e relaxante, ajudando a desenvolver habilidades e a nos sentir bem.

As artes criativas e a organização têm tudo a ver, porque ambas envolvem colocar nossas ideias em ordem de uma maneira que faça sentido para nós. Quando desenhamos, pintamos ou fazemos artesanato, estamos dando forma aos nossos pensamentos e emoções, o que também acontece quando organizamos nosso espaço ou nossa agenda. Essas atividades ajudam a liberar a mente, reduzir o estresse e aumentar a produtividade, já que um ambiente e uma mente organizados deixam a criatividade fluir melhor e fazem tudo funcionar mais suavemente no dia a dia.

Nos últimos anos, muita gente tem voltado a usar ferramentas de papel, como planners, bullet journals e cadernos, para se organizar e planejar a vida. Isso acontece porque essas ferramentas permitem uma conexão mais direta e pessoal com nossas tarefas e metas. Escrever à mão e decorar as páginas com desenhos e adesivos não só ajuda a visualizar melhor o que precisamos fazer, mas também torna o processo de organização mais criativo e divertido. Além disso, tirar um tempo para planejar no papel pode ser um momento de relaxamento e reflexão, algo que a tecnologia nem sempre consegue oferecer.

Para mim, usar ferramentas de papel para me organizar sempre foi algo importante e natural, desde que eu era criança. Cresci adorando cadernos, agendas e todo tipo de material de papelaria, e sempre achei que colocar minhas ideias e tarefas no papel me ajudava a clarear a mente e a me sentir mais no controle. Além disso, adoro a parte criativa de decorar e personalizar minhas anotações, o que torna o processo muito mais prazeroso. Essa prática não só me ajuda a me organizar melhor, mas também é uma forma de expressão pessoal que sempre fez parte da minha vida.

Algumas artes que fazem parte da minha vida ainda hoje:

  • Journaling, ou a prática de escrever em um diário, sem dúvida. Não apenas como registro, mas também para planejar a minha vida como um todo. Em vez de ter um planner separado (o que também pode ser legal, dependendo do que você está precisando na fase da vida em que você está), tenho um único caderno para escrever sobre a minha vida. Aprendizados de terceiros entram em outro, que é o chamado commonplace book. Mas essa escrita, a coisa de ter um caderno para fazer colagens, desenhos, caligrafia, organizando informações, tudo isso me atrai muito.
  • Moda. Querendo ou não, a maneira como a gente se veste expressa para o mundo a nossa personalidade. Eu sempre acreditei nisso mas, nos últimos anos, com esse resgate da minha autoestima, se tornou ainda mais importante. Escolher minhas roupas com cuidado e atenção me ajuda a mostrar quem eu realmente sou e a me sentir mais confiante. É incrível como uma peça de roupa pode mudar nosso humor e a forma como nos vemos. Para mim, moda é mais do que seguir tendências; é sobre encontrar o que me faz sentir bem e usar isso como uma forma de expressão.
  • Música sempre foi uma parte fundamental da minha vida. Adoro compor, ouvir e apreciar as artes dos discos, e tocar algum instrumento me transporta para outro mundo. Tem algo mágico em criar uma melodia ou letra, e também em descobrir novas músicas que tocam a alma. Os álbuns de vinil, com suas capas detalhadas e cheias de arte, são como tesouros para mim, e passar um tempo ouvindo e admirando cada um deles é uma das minhas formas favoritas de relaxar. A música é uma maneira incrível de expressar emoções e conectar-se com outras pessoas, e eu não consigo imaginar minha vida sem ela.
  • As artes plásticas sempre tiveram um lugar especial no meu coração. Adoro desenhar, colorir e pintar, porque é uma forma de dar vida às minhas ideias e emoções. Nada me relaxa mais do que sentar com um caderno e alguns lápis de cor, deixando a criatividade fluir. Além de criar, também gosto muito de apreciar outras artes, visitando museus e galerias sempre que posso. Ver o trabalho de outros artistas é inspirador e me dá uma nova perspectiva sobre o mundo. A arte, seja feita por mim ou por outros, é uma maneira incrível de se conectar com nossas emoções e com o que está ao nosso redor.
  • Fotografia é uma das minhas paixões, mesmo de forma informal e amadora. Adoro capturar momentos do meu cotidiano e compartilhar nos stories do Instagram, porque é uma maneira divertida de registrar e dividir pedacinhos do meu dia a dia. Além disso, tiro muitos autorretratos para documentar minha vida e as mudanças ao longo do tempo. E uma das coisas que mais gosto é tirar fotos de shows; a energia e a emoção dos artistas no palco são sempre incríveis de capturar. Para mim, fotografia é uma forma de expressão e uma maneira de guardar lembranças especiais.

Mas como, afinal, organizar essas artes, que são tão associadas ao espontâneo? É uma questão de encontrar um equilíbrio entre a liberdade criativa e um pouco de estrutura. Eu gosto de ter um espaço dedicado para cada tipo de arte, como um canto para desenhar e pintar, e uma área onde guardo meus materiais de fotografia. Também uso um bullet journal diariamente para anotar ideias e planejar projetos criativos. Mesmo sendo atividades espontâneas, um pouco de organização ajuda a manter tudo acessível e a garantir que eu realmente encontre tempo para me dedicar a elas. Assim, posso aproveitar o melhor dos dois mundos: a liberdade de criar e a tranquilidade de saber onde tudo está.

Claro que a inspiração é diária e acontece a todo momento. Gosto de buscar referências no Pinterest, onde sempre encontro ideias incríveis para novos projetos. Filmes, livros e até mesmo a vida cotidiana são fontes constantes de inspiração. Às vezes, uma simples caminhada no parque ou uma conversa com amigos pode acender uma nova ideia. Manter os olhos e a mente abertos para o mundo ao nosso redor é essencial para alimentar a criatividade e manter as artes vivas e vibrantes no meu dia a dia.

Aqui estão 5 ações práticas que você pode fazer já para organizar as artes criativas na sua vida:

  1. Reserve um cantinho da sua casa exclusivamente para suas atividades criativas. Pode ser uma mesa, um estúdio improvisado ou até uma prateleira onde você guarde seus materiais. Ter um espaço dedicado ajuda a manter tudo organizado e sempre à mão.
  2. Anote suas ideias, projetos e prazos em um planner ou bullet journal. Isso não só ajuda a manter suas atividades organizadas, mas também é uma ótima maneira de planejar seu tempo e garantir que você está dedicando momentos regulares à criatividade.
  3. Separe um tempo para organizar seus materiais de arte. Use caixas, gavetas ou prateleiras para guardar tintas, pincéis, lápis, cadernos e outros itens. Etiquetar tudo pode ajudar a encontrar o que você precisa rapidamente.
  4. Incorpore um tempo fixo na sua rotina diária ou semanal para se dedicar às suas artes. Pode ser uma hora pela manhã, um fim de semana por mês ou sempre que sentir inspiração. O importante é criar o hábito de reservar tempo para a criatividade.
  5. Documente suas criações em um portfólio ou diário visual. Isso pode ser um caderno físico onde você cola fotos e anotações, ou um arquivo digital com imagens dos seus trabalhos. Ter um registro das suas obras ajuda a acompanhar seu progresso e a manter a inspiração viva.

Desenvolver arte e projetos criativos é, na verdade, mais uma maneira de vivermos o presente e prestarmos atenção às coisas com uma mente plena. Quando estamos imersos em criar algo, estamos realmente ali, no momento, esquecendo as preocupações e apreciando o processo. Isso nos ajuda a desacelerar e a valorizar os pequenos detalhes que muitas vezes passam despercebidos. Além de tudo, essa prática torna a nossa existência mais feliz e gratificante, pois nos dá a chance de expressar nossas emoções e explorar nossa criatividade.

Planos para a minha biblioteca

Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro

Muitas vezes, quando estou conversando com o meu namorado sobre uma possível futura mudança para a Europa, eu brinco dizendo que a “treta” mesmo vai ser fazer a mudança da “biblioteca dos reis” – levar toda a minha imensa quantidade de livros através do oceano para uma nova casa em outro continente. Para quem não sabe, essa história de “biblioteca dos reis” teve até um livro escrito pela Lilia Schwarcz (antropóloga):

Primeiro de novembro de 1755, dia de Todos os Santos. A população de Lisboa se apronta para viver mais um pacato dia de feriado, sem imaginar o mal que vinha da terra. Em poucas horas, um terremoto devastador, seguido de incêndio e maremoto, destruiria a capital do Império e, junto com ela, sua célebre Real Biblioteca, fruto dos livros reunidos pelos monarcas portugueses por séculos.A narrativa de A longa viagem da biblioteca dos reis começa a partir desse episódio e percorre eventos fundamentais da história brasileira, sempre através dos livros. A antropóloga Lilia Schwarcz acompanha a reconstrução do acervo nas mãos do marquês de Pombal, os tempos incertos de d. Maria I, o angustiante momento da fuga da família real – que atravessava o Atlântico pela primeira vez – e as vicissitudes de sua nova vida nos trópicos, até chegar ao processo de independência brasileiro – quando se pagou, e muito, pela Real Biblioteca.Os livros, porém, permitem mais: são símbolos de poder e de prestígio, carregam dons e possibilitam viajar no tempo e no espaço. Ao evadir-se de Portugal, d. João não esqueceu da biblioteca – que veio em três viagens sucessivas -, assim como d. Pedro I não abriu mão das obras e do lustro que elas garantiam: nada como iniciar uma história autônoma tendo uma Biblioteca Nacional desse porte para assegurar um passado e conferir erudição a um país recém-emancipado.A longa viagem da biblioteca dos reis refaz muitas jornadas e mostra como, por intermédio de bibliotecários mal-humorados, obras selecionadas, ilustrações raras e muitos sistemas de classificação, pode-se contar uma outra história desse mesmo país.

Tá, eu não tenho exatamente essa mesma quantidade de livros e livros tão raros ou de herança como nesse caso. Tudo não passa de uma brincadeira. Mas a brincadeira soa como o famoso “kkcrying”: tô brincando mas, no fundo, é algo a se pensar. Então eu queria compartilhar com vocês quais são os meus planos.

No momento – e, quando digo momento, me refiro a momento de vida – eu estou organizando a minha biblioteca na sala comercial que antes pertencia ao Vida Organizada. Como eu estou fazendo esse movimento de migração para voltar a trabalhar sozinha, alguns itens não precisarão mais estar no escritório, tais como mesas, cadeiras etc. Então a minha ideia é transformar a sala em uma grande biblioteca, onde eu possa trabalhar e estudar também quando estiver no Brasil. Isso tiraria os meus livros de casa (moro de aluguel) e os deixaria em um lugar mais meu, já que a sala é própria (ainda pagando o financiamento, mas própria). Esse processo tem sido demorado porque estou viajando muitas vezes e então estamos levando estantes e livros todos aos poucos (minha família está me ajudando com a mudança). Eu ainda tenho muitos livros na antiga casa (cerca de 300) e mais alguns tantos (uns 200) no meu apartamento. Vou considerar esse projeto concluído quando eu conseguir levar tudo para a sala e, em uma segunda etapa, ter selecionado livros que não me interessam para doar.

O fato é que, diante de uma eventual mudança de continente, obviamente eu não pretendo levar todos os meus livros. Essa será uma outra fase, em que pretendo fazer o seguinte:

  1. Levar alguns poucos livros mais significativos e que não encontrarei por lá.
  2. Transformar a minha biblioteca aqui em uma biblioteca comunitária a serviço dos trabalhadores.

Eu ainda não sei exatamente como seria esse funcionamento – se eu mesma vou administrar essa biblioteca de longe ou se vou doar para alguma instituição já existente (mais provável). Mas minha ideia é definitivamente criar essa biblioteca comunitária, disponibilizando os livros para todo mundo. Outra possibilidade é abrir uma cafeteria com livraria – sonho antigo – aqui ou na Europa. Mas isso é sonho mesmo, que ainda não virou objetivo. O mais provável é que eu parta para a opção solidária de compartilhamento dos livros. É isso. 😉

Até lá, tenho muito ainda a curtir minha biblioteca, o que faço diariamente, onde eu estiver.

Reorganizando a minha rotina de volta ao Brasil

Estou de volta ao Brasil por algumas semanas para passar as férias de julho com o meu filhote. Isso envolve continuar a minha rotina de trabalho, estudo e pesquisa, mesmo à distância, ficar com ele e resolver algumas coisas em casa antes de viajar novamente. Por isso, foi importante reorganizar a minha rotina.

Como estou acostumada ao fuso horário de +5 horas, eu decidi tentar mantê-lo. Como meu filho está acordando tarde, porque está de férias, eu aproveito o período da manhã para trabalhar tudo o que preciso trabalhar no dia e que me demanda mais concentração, como escrever, responder e-mails e outras coisas do tipo. Almoço com ele, passo a tarde e o início da noite com ele, e de noite ele fica com o pai, que tem hábitos mais noturnos. E eu consigo dormir cedo. Basicamente é isso.

Tem sido uma boa rotina e estou conseguindo fazer o que preciso fazer e passando todo o tempo possível com ele. Vale lembrar que, por ele ser adolescente, ele tem suas próprias atividades, como ficar com os amigos, namorar (pois é) e jogar vídeo-game. Mas, sempre que está em casa, o fato de estar junto com ele conversar, fazer comida, comermos juntos, fazermos passeios etc, já faz toda a diferença.

É um período difícil esse das viagens mas logo acaba. Tô bem centrada em acabar logo para voltar e organizar as coisas por aqui depois desse intercâmbio e, apesar de ser difícil para todos, temos esse objetivo claro em mente, de que é algo bom para o nosso futuro como um todo. Focamos nisso.

O que significa ter uma Vida Organizada descomplicada?

Bem, esse tem sido um tema de profunda reflexão por aqui nas últimas semanas, quando percebi que as pessoas que começam a se organizar têm muita dificuldade em compreender alguns princípios-base chave da organização porque é simplesmente muita coisa para absorver de uma só vez, o que torna o processo complicado do ponto de vista delas. Uma vez que você compreende essa base e transforma as boas práticas em hábitos, tudo flui lindamente mas, até lá, tem que dar mastigadinho mesmo, simplificar. E eu, como professora, estou sempre buscando a melhor maneira de fazer tudo isso.

Primeiro passo: ferramentas

Minha nossa, como o povo gosta de procurar ferramenta e aplicativo pra tudo achando que é isso o que vai fazer diferença! E, assim: é óbvio que boas ferramentas ajudam demais no dia a dia, senão a gente nem usaria! Mas é fato que de nada adianta você baixar o aplicativo se não sabe o que colocar nele, se não fizer uma reflexão sobre outros elementos da sua vida que envolvem justamente o conteúdo do que vai ali dentro. Então é importante sim ter uma parte sobre ferramentas, mas dentro desse contexto.

Segundo passo: o que entra

Beleza, então “o que entra” nas ferramentas e que eu preciso tanto saber antes pra fazer o melhor uso delas?

Quando a gente começa a se organizar, a agenda é uma ferramenta essencial porque ela gerencia o nosso tempo, ou seja, as nossas 24 horas diárias. Levando isso em consideração, pensa bem: o que faz sentido entrar na agenda? São duas categorias de coisas: aquelas que estão atreladas a um horário específico e aquelas que estão atreladas a um dia específico. A agenda é perfeita para isso, mas ainda assim as pessoas querem usar como cabide para absolutamente todas as atividades que elas precisam fazer.

Se você pensar que na sua agenda deve entrar apenas aquilo que você precisa fazer e saber em um dia ou horário específico, a conta fecha. Fica mais simples. Porque nem tudo entra na agenda, assim como bastante coisa entra. E essa diferenciação, esse “gingado” do que entra ou não você vai aprendendo na prática, à medida que vive e presta atenção na forma como executa as coisas na vida. Todas as revisões e planejamentos vão te ajudar, e isso é pra vida e não algo que você faz hoje e pronto.

Todo o restante de coisas que você tem para fazer e que não se enquadram no que eu falei entram em uma ferramenta para listas. Essa ferramenta pode ser um caderno, pode ser um aplicativo, pode ser um arquivo .doc onde você escreve tudo. Não importa, mas você precisa ter um lugar, mesmo porque as coisas vêm em milhares e é simplesmente muita informação para administrar. Tendo um único baldinho onde você coloca tudo isso já vai fazer muita diferença.

“Ah Thais, mas tem muita coisa, posso categorizar?” Sim, a categorização é uma parte natural do processo, quando começa a ter muita coisa. Eu vejo assim o critério: se você consegue revisar a lista inteira todos os dias, uma só lista basta. Se já está complicada, categorize. Essa categorização pode ser feita de várias maneiras e é completamente pessoal. Existem boas práticas, como por exemplo:

  • organizar por contexto de execução (trabalho, casa, telefone, rua)
  • organizar por natureza de afazer (ação, projeto, rotina, objetivo)
  • organizar pelo sentimento que você tem ao executar (alegria, alívio)
  • por tempo (15 minutos, meia hora, mais de 1 hora)
  • por área da vida (finanças, estudos, lazer)
  • etc.

Aí fica a seu critério realmente. O que não recomendo é que você categorize antes de ter material suficiente para tal. E aqui que muita gente se perde, criando pastinha pra categorizar informação que ainda nem existe. Muita calma nessa hora. Crie uma primeira lista e, conforme sentir necessidade, categorize.

Terceiro passo: revise!

A revisão da agenda e das listas deve ser diária! Essa revisão tem dois focos: atualização e execução. O que você coloca na sua agenda e nas suas listas é para executar, certo? Você coloca ali apenas como um lembrete do que deve fazer. Não está ali para ficar bonitinho. Então, ao revisar essas ferramentas diariamente, você sempre deve atualizá-las, marcar o que foi concluído, reescrever de forma mais clara, inserir mais informações e por aí vai. Uma vez por semana você pode revisar e atualizar os seus projetos, objetivos maiores etc. Mas todo dia deve ter algum tipo de revisão, porque o que você quer é que as informações estejam atualizadas para que você consiga executar, e esse deve ser o foco sempre.

Quarto passo: planejamentos

Todo planejamento é uma coisa boa e o que vai garantir que ele funcione são essas revisões diárias para fazer ajustes, e pronto. Não é para ser mais complicado do que isso. Não precisa se melindrar se algo sair do planejado – reorganize-se e ajuste. Pronto. Planejar o dia, a semana, o mês, o trimestre, o semestre, o ano, projetos em particular, objetivos – tudo isso são boas práticas e excelentes rituais de organização que sem dúvida fazem parte de uma Vida Organizada. Mas todo planejamento deve ter como a sua execução, senão é microgerenciamento total! Planeje sim quando fará seus planejamentos (momento do dia, momento da semana, momento do mês etc) mas lembre-se que a revisão diária que fará toda a diferença.

Quinto passo: compassivo é diferente de complacente

Desenvolver uma abordagem compassiva para a sua produtividade significa compreender que existem coisas que fogem ao seu controle e que você deve focar naquilo que tem o mínimo de controle, que normalmente são suas revisões e planejamentos. Não se culpar pelo que não é responsabilidade sua. Para ajudar, vale a pena criar um mapa mental com as suas responsabilidades e ir revisando sempre que houver necessidade. A roda da vida também é uma ferramenta que ajuda aqui, pois nos traz consciência de como estamos aproveitando (ou não) a vida. Muitas vezes, você acha que está procrastinando mas está apenas exausta/o. Só que, se conhecendo, e tendo seu sistema organizado, como falei acima, você conseguirá perceber se está descansando e fazendo ajustes porque está sendo compassiva/o ou se está apenas sendo complacente deixando as coisas para depois. Parte da autonomia e da autorresponsabilidade que só o processo pessoal de organização pode proporcionar.

Eu espero que este post seja útil para você. Ele é um resumo das boas práticas de organização para quem está começando. Obviamente que tem vários outros assuntos que precisamos falar, como a organização de arquivos digitais, fluxo de mensagens no What’sApp e e-mails, reuniões e tantos outros. Mas, para começar, o essencial tá aí. A partir disso, vamos nos aprofundando, então essa é a importância de estar em contato diário aqui com a gente, formando esses hábitos e implementando mudanças significativas.

Mantendo a consistência na organização

A organização é uma habilidade fundamental que transcende os limites dos estudos e do trabalho, permeando todos os aspectos de nossas vidas. No entanto, manter essa organização no dia a dia exige mais do que boas intenções; requer consistência. Consistência é a força motriz por trás da transformação de boas práticas em hábitos duradouros, permitindo-nos viver de maneira mais intencional e menos reativa.

Por que a consistência é a chave?

Consistência significa aplicar os mesmos princípios e esforços regularmente, não apenas quando estamos motivados ou quando as circunstâncias são favoráveis. É a consistência que nos ajuda a construir e manter a ordem em nossas vidas, independentemente das turbulências ou desafios que possamos enfrentar.

O segredo da consistência, que na verdade representa executar sempre o que quer que seja, está em facilitar a execução. Você tem tudo o que precisa para executar o que precisa fazer? Essa é a pergunta essencial que você deve se fazer.

Como aplicar a consistência à organização

  1. Defina metas claras e realistas: Antes de qualquer coisa, é importante ter um claro entendimento do que você deseja alcançar com sua organização. Seja específico sobre suas metas e certifique-se de que elas são realistas e alcançáveis.
  2. Crie rotinas factíveis: As rotinas servem como o esqueleto de uma Vida Organizada. Elas reduzem a necessidade de tomar decisões constantes sobre quando e como fazer as coisas, liberando energia mental para outras tarefas. Dedique um tempo para estabelecer rotinas diárias, semanais e mensais que apoiem seus objetivos de organização.
  3. Use ferramentas que facilitam a consistência: Ferramentas e aplicativos de organização podem ser aliados valiosos na manutenção da consistência. Escolha ferramentas que se alinhem com seus métodos preferidos de organização e incorpore-as às suas rotinas. É importante gostar das ferramentas. Leve isso em conta.
  4. Acompanhe seu progresso: Manter um registro do seu progresso não só oferece uma visão clara do quanto você já alcançou, mas também serve como um incentivo para continuar. Celebre as pequenas vitórias e ajuste sua abordagem conforme necessário.
  5. Seja flexível e adaptável: A consistência não significa rigidez. Ser capaz de adaptar suas estratégias de organização às mudanças nas circunstâncias é crucial. A flexibilidade permite que você mantenha a consistência, mesmo quando a vida não segue exatamente o plano. É melhor fazer um pouco todos os dias a fazer muito em um só dia da semana.
  6. Priorize o autocuidado: A manutenção da consistência requer energia, tanto mental quanto física. Portanto, é essencial cuidar bem de si mesmo. O autocuidado não é um luxo, mas uma parte fundamental de um estilo de vida organizado.

Consistência além dos estudos

Aplicar a consistência em todos os aspectos da vida significa integrar princípios organizacionais em tudo, desde a gestão do tempo e finanças até o cuidado pessoal e as relações interpessoais. Quando vivemos de forma consistente organizada, estamos melhor equipados para enfrentar desafios, alcançar nossos objetivos e viver de acordo com nossos valores mais profundos.

Lembre-se, a jornada para uma vida organizada é pessoal e única para cada um de nós. A consistência não é sobre perfeição, mas sobre progresso. É sobre fazer pequenos ajustes todos os dias, com o objetivo de viver uma vida mais intencional e satisfatória.

Minha mudança para um apartamento

Vou começar essa série de posts aqui no blog compartilhando sobre a mudança e este primeiro vai ser para explicar os motivos.

Existem muitas informações minhas bastante pessoais que eu opto por não compartilhar para evitar a exposição das pessoas envolvidas, tá bem? E porque quero ser discreta em algumas áreas da minha vida, mesmo tendo este trabalho que demanda um certo nível de compartilhamento pessoal.

A ideia de mudar para um apartamento já é antiga, de anos. A casa onde eu morava tinha sido a casa que antes era da minha avó, e a casa onde eu nasci e cresci. Morar lá, para mim, causava uma série de sentimentos que, com o tempo, identifiquei e pude dar nome a eles, compreendendo que gostaria de morar em outro lugar.

Durante a p4ndemi4, ter ficado lá, fechada, por tanto tempo, me deu crises de ansiedade e outras coisas que não vêm ao caso compartilhar no momento. Por isso, a ideia de mudar já vem faz tempo.

Quando eu fui para a Alemanha, eu percebi como eu consegui me virar sozinha estando lá e como era boa a sensação não apenas de liberdade, mas de ter autonomia sobre o meu próprio cantinho. E eu nunca, nunquinha tinha tido “a minha própria casa”. Sempre foi ou a casa dos meus pais, da minha avó ou a casa do casamento. E eu sentia falta de ter esse canto meu.

Além disso, veio o acidente. Eu morava em um sobrado. Não tem como se deslocar, tudo é terrível, dolorido e custoso. Tanto que, quando cheguei no Brasil, considerei ficar em um hotel ou alugar um Airbnb para não ter que ficar no sobrado, devido às escadas e todos os desníveis para coisas básicas, tipo chegar até o banheiro. Elas por elas, valeria mais já abraçar a mudança de apartamento, e foi o que eu fiz.

Eu encarei essa mudança como se estivesse mudando de país. Eu não pude visitar o imóvel, fiz tudo pela Internet, e dei sorte porque foi tudo certo. Eu procurei um apartamento no primeiro andar por conta dos barulhos de patinhas dos cachorros que não incomodariam o vizinho de baixo. São dois quartos – um para mim e outro para o Paul – sendo que terei uma mesa na sala para trabalhar e um mini-estúdio para ele estudar teclado e eu tocar meus instrumentos. O apartamento é antigo, tem umas coisinhas para arrumar, mas eu já adoro estar nele! O prédio é muito gostoso e silencioso e, os funcionários, muito prestativos. Todos têm me ajudado demais com a mudança e sendo compreensivos com o meu estado.

Fazer uma mudança com a perna quebrada não é nada fácil, mas isso fica de assunto para outro post. O que posso adiantar é que estou fazendo aos poucos, sem pressa, no ritmo que dá.