Revisitando as minhas 5 prioridades para 2018

No início do ano, eu defini que teria 5 prioridades para 2018. Definir essas 5 prioridades significaria dar mais atenção a elas diariamente. Como estamos mais ou menos da metade do ano, senti necessidade de fazer uma revisão de tais prioridades para ver como tenho me saído até aqui e o que demanda ajustes para os próximos meses.

Prioridade 1: Ficar bem

Eu fiz uma cirurgia complexa no ano passado, que poderia ter causado n problemas colaterais. Cuidar da minha saúde física e mental foi essencial. Além disso, “ficar bem” envolve mais do que saúde, mas bem-estar de maneira geral (o que conversa sim com a nossa saúde, como eu falei no post de editorial deste mês).

Acredito que eu tenha ido bem com relação a todos esses fatores até então. Nunca estive tão bem fisicamente e sinto que agora estou em uma fase de ajustes e adaptações para continuar construindo um futuro saudável. Mas, mentalmente falando, poderia ter sido melhor. Toda a situação com a minha avó, a família, impactaram significativamente e ficar bem realmente tem sido um foco fundamental.

A morte da minha avó me ajudou a olhar mais para dentro de mim e respeitar os meus sentimentos. Eu tenho uma característica, que é pensar demais nos outros. Sou aquele tipo de pessoa que, se alguém faz algo que me magoa, quando eu vou conversar acabo pedindo desculpas, sabem? Você conhece alguém assim? Ou talvez você seja assim? Eu preciso trabalhar muito essa questão comigo mesma, o que é um bom foco para os próximos anos.

Estou me sentindo muito sensível nesses dias atuais, o que sei que tem a ver com o emocional, por tudo o que tem acontecido, e também pela questão hormanal (meu corpo ainda não se adaptou 100% ao novo peso).

Em resumo, sim, “ficar bem” tem sido tratado como prioridade máxima por aqui, mas preciso de ajustes para que continue fazendo sentido.

Assim, de verdade, que momento profundo na minha vida. Eu comparo aos sentimentos que tive há cerca de dois anos, quando passei por outra situação bastante difícil. Sinto que tenho muito o que aprender com essa situação atual e que ela vai me fazer mudar de nível de verdade uma vez superada. Apesar de existirem muitos desafios, estou vendo esta fase de uma forma muito boa e positiva.

Lembrando também que em breve (setembro) entro em uma nova revolução solar e numerólogica, que certamente vai trazer novidades.

Prioridade 2: Criar o melhor ambiente possível para o Paul

É incrível o nível de percepção que ter definido essas cinco prioridades me traz. Passamos, em família, por muitas dificuldades nesse primeiro semestre (a principal foi a morte da minha avó). Ter o Paul como foco de atenção em todos esses momentos enquanto a minha avó estava internada, ou em casa (e ele ficava brincando com ela, lendo livros ou contando piadas), ou quando ela faleceu, me ajudou demais.

A todo momento, mesmo com tudo o que estava acontecendo, eu tinha como princípio deixar o Paul bem. Foi um primeiro semestre muito difícil, emocionalmente falando, especialmente para ele, que ainda está aprendendo sobre as suas próprias emoções.

Todos os dias tenho feito alguma coisa com ele, de lição de casa a cozinhar juntos ou passear. Ter isso definido como prioridade me ajuda a pensar diariamente: o que vou fazer de especial hoje com o meu filhote?

Prioridade 3: Proteger a minha arte

Eu trabalho com criação. Escrever, produzir conteúdo, gravar vídeos – tudo isso é um trabalho de criação. Nunca, em todos esses anos, eu dei tanta prioridade a esse processo como agora. Dedicar mais tempo de trabalho para produzir conteúdo tem me ajudado a profissionalizar cada vez mais o que eu venho fazendo.

Produzir conteúdo, quando o conteúdo em si não é o que traz monetização, é um desafio. Porque na verdade você precisa deixar uma série de atividades (que talvez tragam mais remuneração) de lado para conseguir produzir. No entanto, eu acredito que o conteúdo seja o sangue que corre nas veias do meu trabalho. Nada do que construí existiria sem essa parte.

Hoje o conteúdo que eu produzo está dividido basicamente assim:

Vida Organizada representa o meu canal principal. Aqui no blog tem post todo dia útil. No canal do YouTube, vídeo novo toda segunda, quarta e sexta. No Instagram, dicas diárias em formato de imagens, além de VLOGS do meu dia a dia no stories. No Pinterest, painéis de inspiração alimentados diariamente. O Twitter traz dicas pontuais e divulgações de posts e eventos, assim como o Facebook.

Thais Godinho representa o meu canal pessoal, onde eu produzo conteúdo que não seja relacionado a organização mas que faça parte da minha vida. O blog tem posts ocasionais sobre temas diversos, assim como o canal do YouTube. Meu Instagram pessoal tem sido um xodó ultimamente (tenho adorado atualizá-lo), assim como meu perfil no Twitter, onde sou bastante assídua.

GTD Brasil traz conteúdo específico sobre GTD, funcionando como um grande hub de conteúdos meus, da franquia e oficiais da David Allen Company. Essa separação foi importante em termos de uso de marca (parte legal) e também porque muitas pessoas que acompanham o Vida Organizada não gostam de conteúdo específico sobre GTD, então a ideia foi colocar tudo em um canal separado para quem tiver interesse. O blog funciona organicamente, com novos posts sempre que há novidades e conteúdos extras. O canal traz vídeos de bate-papo sobre a metodologia. O grupo no Facebook é o mais ativo, alimentado diariamente e com muita interação entre as pessoas.

Tudo isso demanda pesquisa, planejamento e espaço de tempo para produção mesmo, e fico feliz por conseguir ir, ao longo desse ano, moldando a melhor maneira de fazer as coisas. Isso ainda está em andamento, mas creio que hoje posso dizer que amadureceu bastante.

Prioridade 4: Aprimorar as minhas habilidades de ensino

O que incluiu o mestrado (e a percepção de que me formarei como professora, além de pesquisadora), minhas habilidades de didática e oratória, e o cuidado com os meus cursos de maneira geral.

Eu posso dizer que isso tem sido realmente prioridade porque todo o meu foco profissional está na produção de cursos, materiais, gravação de aulas, formação de instrutores e trabalhos relacionados.

Ainda estou organizando o meu foco dentro disso, buscando uma linha coerente e que envolva a formação de outras pessoas trabalhando comigo, então ficam aí como pontos de melhoria para o segundo semestre.

Além disso, ter conseguido organizar um cronograma de produção de cursos (em andamento) tem me ajudado bastante a produzir com qualidade e revisar o que já foi publicado para promover melhorias.

Prioridade 5: Cuidar das minhas finanças

Tanto pessoais quanto da empresa, as finanças têm sido uma área de extrema atenção este ano. Acho que nunca eu prestei tanta atenção às finanças como um todo, desde o faturamento até os gastos e investimentos. Ainda tem bastante coisa a ser melhorada mas estou em uma caminho que considero legal.


Para melhorar a experiência deste post, eu gravei um vídeo comentando sobre as prioridades, que você assistir abaixo ou clicando aqui.

Obrigada!

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23 Comments

  1. “Sou aquele tipo de pessoa que, se alguém faz algo que me magoa, quando eu vou conversar acabo pedindo desculpas, sabem? Você conhece alguém assim? Ou talvez você seja assim.” Sou exatamente assim, antes considerava essa característica um defeito, hoje por sua vez considero.a como uma qualidade, pois peço desculpas justamente para me manter bem comigo, para não perder energia, para fazer o exercício do perdão, para ser feliz e não ter muitas preocupações com o que é medíocre, mas sim com o que realmente importa!

    1. Eu também considero, Fran, de verdade. Mas às vezes sinto que algumas pessoas abusam disso.

      1. Isso é fato, Thaís!

    2. Obrigada por compartilhar de forma tao bonita seus sentimentos, conquistas, angustias, e tantas outras coisas com a gente. Seu blog e uma inspiracao diaria!

  2. Sabe Thais, adorei ler o seu post de hoje, e ele me fez mergulhar em pensamentos que tenho tido neste ano, que se encaixam muito bem no tema prioridades: aquela velha ideia de encontrar sua missão pessoal e etc etc… Aí, aqui na empresa que trabalho, estão batendo tanto nessa tecla que resolvi pensar melhor a respeito do meu propósito. E penso que isso se encaixa perfeitamente na sua temática para o mês: saúde (principalmente a mental/emocional). Poxa, quando conseguimos enxergar claramente nosso propósito de vida, isso dá um gás absurdo! Parece que tira uma venda enorme dos olhos para o que realmente faz sentido, e é exatamente o que vc tratou neste post. Agradeço por compartilhar conosco todos os seus ricos aprendizados!

    1. É isso mesmo! Obrigada por compartilhar, Valéria!

  3. Bem haja Thais. Houve uma frase que me cativou em particular: “Eu preciso trabalhar muito essa questão comigo mesma, o que é um bom foco para os próximos anos.” Esta ideia de que às vezes é mesmo assim…leva tempo e isso não tem mal. Tranquilizou-me essa ideia. Um abraço de Portugal 🙂

    1. Obrigada, Ana Bela. Pois é! Essas coisas levam tempo, pois são construções e mexem muito internamente.

  4. Olá Thais,
    Gostaria de indicar um livro, que está me ajudando muito em uma fase de mudança e transição:
    Caminhos da Mudança – Eugenio Mussak

    Abraços

    1. Obrigada pela sugestão. Já coloquei na minha lista de desejos da Amazon.

  5. Poxa Thaís, me identifiquei 100% com o seu “pensar demais nos outros”. Esse é um desafio que enfrento todos os dias e que já estou muito muito muito melhor. O que me ajudou em relação a isso foi a terapia com psicóloga (a minha é da linha gestalt). Passei a ter uma autopercepção muuuuito boa e acabei aprendendo intuitivamente a comunicação não-agressiva (que agora que descobri o nome tô estudando a teoria e cada vez mais apaixonada).
    Pensar demais nos outros é uma benção e um desafio. Logo, é uma oportunidade. Porque isso significa que a gente tem mais facilidade pra “aceitar” a humanidade das outras pessoas. Aí o truque é aprender a lidar com a nossa humanidade: nossos sentimentos, sensações, medos e angústias e entender que são tão importantes quanto os das pessoas que a gente convive ou ama ou admira.
    Aí agora quero te fazer um convite (ó que osada kkkkkkkkkk) pra conhecer a minha conta no instagram, que criei pra dividir os meus insights que aprendo na terapia ou no dia a dia mesmo. Criei inspirada em você e na Ale Garattoni, bem no sentido de proteger a minha arte (amo escrever/ensinar) somado a minha vontade de compartilhar. Enfim, do jeito que tô falando parece algo super grande mas não é não hahahaha mas é meu xodozinho <3 aí minha conta pessoal é @supermidnightcookies (mas essa não tem nada de interessante pra quem não me conhece, risos) e a que uso pra dividir coisas é a @epifania.diaria.
    Aiai, enrolei enrolei e ó, desculpa a propaganda. Enfim, acho muito importante essa questão de aprender a dividir o que é das outras pessoas e o que é seu, valorizando cada coisa certinho. Minha vida melhorou muito desde que comecei a aprender sobre isso. Sorte e boas energias pra você nessa caminhada \o/

    1. Fabine, muito obrigada pelo seu comentário. Tenho certeza que a terapia ajuda muito nisso sim. Vou conferir seu Instagram! Um beijo.

  6. Obrigada por continuar a nos inspirar mesmo com situações difíceis e “mais importantes”. Aproveito para ressaltar a minha admiração por você permanecer tão coerente com os seus propósitos e valores. Muito obrigada, de verdade <3

    1. Eu que agradeço, Bárbara.

  7. Thais, que belo e profundo post! Hoje especialmente estou focada nessa questão de criar conteúdo. Tem dia que rola uma infertilidade…hoje me sinto assim. Realmente é a nossa matéria prima, precisamos olhar para o nosso processo de criação com muito amor e indulgência. E Paul é o teu sol! Bjs

  8. Apenas para parabenizá-la pela forma ORGANIZADA e firme como você tem conduzido sua vida nesses momentos de grandes desafios.

  9. Gostei deste post, foi muito oportuno para mim. Vou contar uma história: há dois meses, fiz um comentário qualquer numa conversa (não foi com intenção de ferir ninguém), mas uma grande amiga ficou magoada… Foi algo tão bobo ao meu ver, falei que não queria virar uma “mãe que encana com tudo na criação dos filhos” (eu sou bem meio termo com meus filhos) e ela me interpretou mal, porque ela própria é um pouco encanada demais com a criação da única filha, proíbe muitas coisas, não deixa a filha passear sozinha com as tias ou sozinha com o pai, por exemplo, é super protetora, enfim. Mas no momento em que falei isso, não me toquei PARA QUEM eu estava falando. Na hora eu notei que ela ficou com raiva, porque ficou seca, ríspida. Nos despedimos e depois disso ela começou a me evitar e, finalmente, parou de falar comigo, me bloqueou até do whatsapp. Fiquei triste com esta reação, muito mesmo, porque além de sermos amigas, nossas filhas também eram, brincam juntas desde os 2 anos de idade. Passei semanas me culpando por ter dito aquele comentário, remoendo aquilo, me martirizando, me achando uma pessoa má… Queria falar com ela, mas diante da reação tão raivosa que ela teve, fiquei receosa. Enfim, reuni toda minha coragem e escrevi uma carta (ela me bloqueou do whatsapp, não tinha outro jeito de conversar com ela). Na carta, pedi sinceras desculpas pelo comentário, disse que não sabia que isso iria feri-la. E sabe? Ela nem se dignou a escrever de volta, não me ligou, nada. O silêncio continua. Entendi, com esta atitude, que ela não aceita minhas desculpas e que continua com muita raiva. Fiquei muito triste a princípio, mas sabe? Me sinto leve… não me sinto mais culpada, pois fiz minha parte. Tb me senti muito ferida quando ela foi começou a ser grosseira comigo por causa do que eu tinha falado, mas não me arrependo de ter me colocado no lugar dela, de ter praticado o perdão, de ter tentado, de ter tido coragem. Pior, no meu ponto de vista, é ficar remoendo coisas, isso nos envenena. Perdoar só faz bem.

    1. Que históri, Cristina! Me reconheço muito em seu relato. Obrigada por compartilhar.

  10. Fique bem, Thais. E continue a nos inspirar com sua generosidade em compartilhar tanto e nos ensinar que a vida tem um propósito para cada um e devemos buscá-lo diariamente. Obrigada!

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