O bullet journal precisa ser todo desenhado e decoradinho?

Uma dúvida que eu vejo muitas pessoas terem sobre o bullet journal é sobre ele precisar ser decorado e todo desenhado. Não, não precisa. Neste texto vou explicar rapidamente sobre isso.

Ontem entrou aqui no blog um post sobre o livro do autor, que foi recém lançado. Talvez você queira ler para entender o que é um bullet journal e por que estou falando sobre ele novamente hoje.

(Não encontrei a fonte da imagem. Caso você saiba, por favor, deixe nos comentários para que eu possa colocar os créditos. Obrigada!)

Sabe, esse estigma não é muito dele (do autor). Ele ensina a fazer o bullet journal de uma maneira minimalista – quase recomendando que seja assim mesmo.

Mas tem uma coisa, quando a gente cria um filho para o mundo: nós perdemos o controle sobre tudo o que será gerado a partir dele. Isso, com métodos, é um comportamento interessante de ser observado. Vejo que isso acontece bastante com o método GTD também. É essencialmente simples, mas é tão gostoso, que é comum ver quem usa GTD testando ferramentas, criando etiquetas e personalizações tais que podem assustar aquele que está chegando e precisando de uma solução simples para se organizar.

Lendo o livro do Ryder, ele é categórico em dizer que o BUJO deve ser simples, mas que também não há problema algum personalizar, decorar e desenhar se você sentir que isso traz benefícios para você. Só não é necessário para ter e usar um bullet journal. E esse é o ponto.

O próprio autor se diz na condição de TDAH (ter o transtorno de déficit de atenção) e que, por isso, desenvolveu algo próprio que o ajudou tanto que, ao compartilhar com amigos, eles o incentivaram a ensinar para o mundo. Assim nasceu o método bullet journal, que ele vem refinando com o passar dos anos.

Há alguns dias mesmo eu postei um vídeo onde falo mais sobre isso, com orientações e um passo a passo para você começar o seu bullet journal usando um caderno inacabado que você tenha em casa e uma caneta. É simples, e é para ser simples, até você ir pegando o jeito. Aí depois você pode decidir se quer personalizar ou continuar mantendo minimalista assim. Uma das características mais legais do bullet journal é justamente a personalização de acordo com as suas vontades e necessidades e a possibilidade de recomeçar de maneira diferente no dia seguinte.

Você já testou? Por favor, compartilhe a sua experiência. Obrigada!

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14 Comments

  1. Não tentei o bujo ainda, pois me perdi nas explicações dos símbolos, confesso. Assim como o GTD eu acabei não entendendo o processo, talvez, e isso me fez deixar de lado.
    Estou pretendendo comprar um planner esse próximo ano (eles estão explodindo!), será que dá pra fazer um bujo no plannner?

    1. Dá para usar bullets em qualquer ferramentas, mas o propósito do BUJO é você configurar um caderno com as suas próprias seções personalizadas, não usar modelos pré-estabelecidos.

  2. Ei Thais… eu comecei a usar, mas confesso que pelo simples fato de “ter” que desenhar, me deixou com preguiça e voltei para a velha agenda diária mesmo… como faço agenda há anos, anoto os compromissos e assuntos profissionais, acabo não anotando outras coisas mais interessantes como tenho visto em bullets, tipo… ida ao cinema, filmes para assistir, cursos para fazer e etc… E para não ficar com 2, agenda e bullet, acabei me desapegando, mas acho muito legal e adoro perder horas navegando no pinterest vendo os bullets lindos!!!

  3. Thais, eu comecei a usar o BUJO ontem e amei a experiência. Consegui trabalhar com mais entusiasmo, porque fui anotando as minhas atividades. E o final do dia me senti orgulhosa por ter tido um dia produtivo. Porém, algumas dúvidas surgiram durante a experiência. Se você puder me auxiliar nos esclarecimentos, ficarei grata. Você coloca no BUJO todas as tarefas que pretende realizar no dia? Tipo fazendo um planejamento prévio para o dia?

    1. Não planejo no dia. Eu acordo, leio meu jornal, etc, aí abro o bullet, coloco a data para hoje e vou escrevendo. Tenho usado mais para captura e registro que para planejamento, pelo menos por enquanto. Ainda estou me habituando ao que o autor prescreve. Tenho gostado bastante de manter esse registro para saber tudo o que eu fiz sem ter que “clicar” em nenhum lugar.

  4. Oi Thaís!! Tudo bem? Comecei a usar o Bujo este ano, exatamente em janeiro. Toda animada e empolgada com os inspirações que encontrava nas redes sociais resolvi entrar na vibe de decorar. Confesso que não durou um mês e em fevereiro já havia abandonado a prática. Em julho ao retornar do recesso (sou professora) senti necessidade de organizar algumas coisas e não queria investir numa agenda. Retomei o Bujo e adotei um estilo minimalista. Passei a registrar de forma simples e de acordo com minhas necessidades e hoje de vez em quando arrisco algumas decorações. Acho que a grande “sacada” do método é justamente a possibilidade de fazer do seu jeito.

    1. Sim, e poder mudar sempre que sentir necessidade. Gosto muito disso também. Obrigada por compartilhar.

  5. Thais nunca fui de canetas coloridas então se eu fosse desenhar ai que eu iria procrastinar as coisas mesmo, o fato de escrever por si só que é o legal da coisa.Desde quando vi seu vídeo tentei aplicar o BUJO com o pouco que sei do GTD..e estou achando impossível. Na verdade estou curiosa em saber como vc esta se dando na implementação dos dois métodos simultaneamente.Porque acho que não tem nada a ver um com o outro.

    1. O que tem dado certo é a captura e o registro no log diário. Para organização eu gosto muito do digital, mas continuarei fazendo testes.

  6. Eu lembro que comecei a anotar tudo em um caderno sem pauta quando conheci o seu blog, em 2013. Era um BuJo meio sem pé nem cabeça mas me dava uma noção incrível de tudo que eu precisava fazer, além de carregar o caderno sempre comigo, o que facilitava as capturas. Depois abandonei o caderno, passei um bom tempo sem me organizar – depressão 🙁 – até que veio a moda dos planners e eu me apaixonei por eles, viciando total… e hoje curto um planner estilo TN mas sinto que o BuJo ainda me “puxa” sabe? Aí voltei pro BuJo, ano passado, mas eu tava com essa coisa de “preciso decorar” na cabeça e não fluiu e lá fui eu de novo pro planner… Vou recuperar meu caderninho inacabado – me animei agora! rs

  7. Eu tinha ficado meio intimidada com o BUJO quando comecei a ler sobre ele, só de ver as imagens super decoradas e bem-feitinhas na internet. Tão intimidada que desisti de entender e tinha ficado por isso mesmo. Tem dois anos que tô tentando implementar o GTD na minha vida, então já viu! Mas só de saber que o desenvolvedor é TDAH (como eu) já me deu um ânimo de saber mais a respeito. Vou comprar o livro assim que possível <3 Obrigada, Thais!

  8. Eu uso bujo, e apesar de gostar de desenhar não o uso para isso.
    O meu é bem minimalista. Gosto do caderno sem pauta e uso uma caneta preta, Bic mesmo porque não vaza para a outra folha. Não uso todos os símbolos que ele tem. Uso aqueles que são mais simples e que fazem sentido pra mim.
    Faço listas semanais por contexto tentando fazer um lin k com o gtd.
    Acho que a graça toda é escrever, organizar os pensamentos, as atividades.
    Quando leio uma frase inspiradora escrevo.
    É simples, se for ficar floreando acho que perde o sentido. Mas cada um cada um.

  9. Muitas vezes fiquei desanimada para começar um “Bujo” justamente por causa das decorações e desenhos mirabolantes… Porém, no final do mês passado resolvi criar meu próprio estilo! Eu mesma estou confeccionando o caderno e pretendo organizar o ano de 2019 de forma totalmente prática e minimalista <3

  10. Thais, adorei que você explicou um pouco mais sem se ater aos desenhos. Vejo muitos vídeos sobre o BUJO, mas a maioria de gente jovem que gosta ou tem tempo de sair decorando. Entendo como o sistema funciona e já faz um ano que tento adaptar a minha vida. Sou aluna de doutorado e as vezes a tarefa que ponho para fazer em tal dia não dá certo de acontecer (equipamento quebrado, acaba luz, falta de reagente, imprevistos de última hora, etc.) aí fico sem saber como fazer nesses casos. Sempre esqueço de olhar o log do mês (tanto que nem tenho mais no meu), então anotar essas tarefas lá não dariam certo. Aí fico um tanto perdida. Gostei da dica do livro e vou aguardar voltar a venda.

    1. Eu gosto muito quando o criador do método enfatiza que ele mesmo usa de maneira minimalista. O uso de desenhos como recurso funciona para algumas pessoas, mas não é a regra. Como a comunidade do BUJO cresceu muito, a gente vê muitas pessoas fazendo com desenhos, o que acha que gera uma certa resistência de quem quer ou precisa usar de forma mais minimalista.

      Eu postei um vídeo ontem no canal que fala sobre o que fazer com as tarefas que não concluiu no dia. Dá uma olhada, acredito que ajude.

      Obrigada por comentar.

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