Como criar uma rotina matinal que realmente funciona

A rotina matinal tem um lugar especial na organização da nossa vida. É aquele momento do dia em que tudo é possível: estamos diante de uma nova oportunidade de começar bem, com leveza e intenção. Mas, se você já tentou seguir rotinas perfeitas que viu por aí e acabou desistindo, não se preocupe. Hoje, quero compartilhar como você pode criar uma rotina matinal que realmente funciona – e, mais importante, que esteja alinhada aos seus valores pessoais.

O que torna uma rotina matinal especial?

Uma rotina matinal eficaz não é sobre acordar às 5 da manhã ou seguir um cronograma cheio de tarefas. É sobre criar um espaço que te ajude a se sentir bem e preparado para o dia. Quando você alinha sua manhã ao que realmente importa para você, cada dia ganha mais significado.

Alinhe sua rotina aos seus valores pessoais

  1. Identifique seus valores: Antes de definir o que incluir na sua rotina, reflita sobre o que é importante para você. Você valoriza a saúde? Então talvez incluir movimento ou uma refeição nutritiva seja essencial. Prioriza conexão? Reserve tempo para estar com sua família ou conversar com alguém querido.
  2. Crie momentos que te conectem com esses valores:
    • Se você valoriza a paz interior, comece o dia com meditação ou journaling.
    • Se você preza pela criatividade, inclua um momento para escrever ou desenhar.
    • Para quem valoriza produtividade, uma breve revisão das prioridades do dia pode ser transformadora.
  3. Ajuste ao seu ritmo: Cada pessoa tem uma energia diferente pela manhã. Não force algo que não combina com você. Se você é mais ativo, comece com exercícios. Se precisa de calma, inicie devagar, com um café ou leitura.

Passo a passo para criar sua rotina matinal

  1. Comece com o essencial: Escolha de 2 a 3 atividades que fazem sentido para você. Por exemplo: alongar, preparar um café tranquilo e revisar a agenda do dia.
  2. Teste e ajuste: Experimente por uma ou duas semanas e veja o que funciona. Se algo não fizer sentido, adapte.
  3. Seja gentil consigo mesmo: Nem todos os dias serão perfeitos, e tudo bem. A ideia é criar um ritual que se encaixe na sua vida, não algo que se torne uma fonte de pressão.

Exemplo de rotina matinal alinhada aos valores

Se seus valores incluem saúde, tranquilidade e organização, sua rotina pode ser assim:

  • 7h: Acordar e beber um copo de água.
  • 7h10: Alongamento leve ou caminhada de 10 minutos.
  • 7h30: Preparar um café da manhã nutritivo.
  • 7h50: Revisar as prioridades do dia em um planner.
  • 8h: Começar as atividades diárias com clareza e energia.

Rotina é sobre intencionalidade

Lembre-se: o objetivo não é encaixar mil coisas na sua manhã, mas garantir que esse momento te prepare para um dia alinhado com quem você é e com o que você acredita. Pequenos ajustes podem fazer uma grande diferença.

Que tal reservar um momento hoje para refletir sobre sua manhã e experimentar criar uma rotina matinal que seja verdadeiramente sua?

Plano Geral do Dia

Esta ferramenta é uma CHECKLIST.
O que significa que ela se trata de um material de REFERÊNCIA.

O plano geral do dia é um documento de referência que funciona como uma checklist, mapeando as suas atividades, tarefas e compromissos diários. Ele serve como um guia para ajudar a organizar e priorizar as ações por contexto, garantindo que todas as etapas importantes sejam uma orientação para você ao longo do dia.

O plano geral do dia é uma ferramenta flexível e pode ser personalizado conforme a necessidade da pessoa ou sempre que houver mudanças na rotina. À medida que novos compromissos surgem ou prioridades mudam, o plano pode ser ajustado para refletir essas alterações, garantindo que ele continue sendo uma representação das atividades diárias. Essa personalização regular permite que a pessoa mantenha o controle sobre suas tarefas e se adapte a novas demandas, tornando o planejamento mais eficaz e alinhado com os objetivos e responsabilidades atuais.

O plano geral do dia não precisa seguir um formato rígido, como um mapa visual; ele pode ser elaborado em formato de lista, de acordo com a preferência e estilo pessoal de organização. Seja uma lista simples de tarefas ou uma checklist detalhada, o importante é que o plano funcione como um guia eficaz para o dia. O formato é flexível e pode ser escolhido com base no que for mais intuitivo e prático para a pessoa, permitindo que as tarefas sejam facilmente visualizadas e acompanhadas ao longo do dia.

Aqui está o meu em formato de mapa mental:

Print: Mind Meister

E o detalhamento a seguir:

Este post se relaciona com outro – a rotina do artista, onde falo sobre contextos e nível de energia ao longo do dia.

Como falei, a ideia é ter um direcionamento. “Ah, de manhã eu foco mais nisso, de tarde naquilo, nos intervalos falo com as pessoas etc”. Isso me ajuda a compreender que o dia pode ser mais leve, fluido e adaptável sempre.

Fica a dica então caso você queira criar essa checklist como guia para o seu dia.

Vivendo e fazendo

Bom dia. Este foi um grande aprendizado que eu tive no ano passado e eu gostaria de compartilhar com você.

Afinal de contas, quantas vezes você já não deixou de fazer algo importante para você porque não tinha tempo? Várias né? Pois é, eu também, mas não por falta de organização, mas por ter compromissos demais.

Porque veja meus papéis: empresária, pesquisadora, mãe, professora, criadora de conteúdo, escritora… Todos esses papéis me demandam pra caramba mas, mais do que isso, são papéis que me alocam em compromissos diversos ao longo do ano. Às vezes passo uma semana inteira em outra cidade, participando de mentorias ou eventos. Gravo muitas aulas e ministro eventos ao vivo. Participo ativamente da vida do meu filho. Participo de eventos acadêmicos. Assisto aulas do Doutorado. Participo de grupos de pesquisa. Faço lives. Escrevo. Enfim… deu pra ter uma ideia.

Nos últimos anos, eu deixei de fazer muita coisa quando eu tinha algum compromisso agendado. Exemplo: se eu tivesse que ministrar uma aula durante algum evento, eu adiava para a semana seguinte – que já tinha seus agendamentos. Aí eu ficava lá no evento e, na semana seguinte, tinha que trabalhar quase que em dobro pra dar conta das demandas que não fiz na semana anterior. Foi aí que veio o grande insight.

E se eu diminuísse minhas expectativas e simplesmente conciliasse meus compromissos diários com os meus compromissos profissionais de modo geral? Por exemplo: o que me impediria de sair de um evento no horário da aula, dar a aula e depois voltar? Absolutamente nada. Eu só não conseguiria fazer isso caso estivesse intencionalmente de férias / offline ou se a conexão com a internet fosse ruim.

Depois que tomei essa decisão, minha rotina ficou muito mais leve, porque eu não precisava agrupar muitos agendamentos no mesmo dia ou na mesma semana. Eu poderia espalhá-los melhor e ter um dia a dia mais equilibrado. Fora que acho divertido a coisa de trabalhar de qualquer lugar, pois acho que tudo é aula, sabe? E, quando compartilho o que vivencio, estou ensinando algo também.

Talvez sua vida não tenha tamanha complexidade – ou talvez tenha até mais. Mas você pode aproveitar a sua rotina para fazer coisas que, de modo geral, não consegue muito tempo. Tipo planejar a semana enquanto o filho está na aula de música? Você está ali presente, ouvindo, mas também está planejando a sua semana. Ou rabiscar um planejamento de um projeto na sala de espera do dentista. Fazer a lista do mercado enquanto o professor fala sobre um assunto não interessante na aula da faculdade.

“Ai Thais, mas e a mente plena? E o momento presente?” Quando estiver realizando algo com atenção, foque sua atenção. Simples assim. Quando eu saio de uma sala de evento e vou para o quarto do hotel fazer uma aula ao vivo com os meus alunos, estou focada na aula com meus alunos. Quando volto, estou focada no evento.

A vida é feita de escolhas, e realização é uma escolha diária.

Feito é melhor que o perfeito não feito.

Para mim, viver e fazer enquanto vive foi um grande insight de 2022 e me permitiu repensar a rotina de vida e de trabalho de uma maneira libertadora. Espero que este post contribua com a sua vida também, nem que seja um pouquinho.

A rotina do artista (2020)

Em 2018, escrevi pela primeira vez sobre essa ideia em um post, depois da leitura do livro “Os segredos dos grandes artistas” (super recomendado).

Estou em um momento da minha vida em que revisitar essa ideia pareceu apropriado.

Nós aqui em casa entendemos que o cenário de pandemia não mudou em nada e não mudará enquanto não houver uma vacina. Que, de tempos em tempos, todos os países abrirão um pouco o confinamento e, com o aumento dos casos, fechará novamente. Geralmente isso tem acontecido depois do verão, pois as pessoas saem mais de casa e, por consequência, se infectam com mais facilidade. Imagino que no Brasil deva acontecer o mesmo, pois os casos estão aumentando novamente mesmo antes da chegada dessa estação.

Trabalhando em casa, estou reformulando o meu home-office. Ele é um quarto pequeno, mas ainda assim um espaço que considero um privilégio, em que posso deixar minhas estantes e meus livros, e me “refugiar” quando preciso de concentração ou privacidade. No entanto, por estar em casa, com a minha família, e por ter a consciência de que não vivo em uma bolha, sei que não dá para eu ficar trancada ali dentro trabalhando e ignorar a existência da dinâmica da casa. Preciso desenvolver estratégias.

Uma estratégia que já comentei anteriormente foi sobre a decisão de manter o escritório fora de casa. Eu tinha tomado a decisão de entregar a sala, pois a sala que tínhamos era longe de casa, só dava para ir de carro, e atenderia outro modelo de negócios que, com a pandemia, reconfiguramos. Eu achei que bastaria para mim ter espaço em casa mas, a partir do momento que tomei essa decisão, um certo fenômeno aconteceu: fiquei MUITO desanimada. E olha que sou uma pessoa entusiasmada e positiva de modo geral.

Primeiro, porque eu teria que trazer equipamentos e coisas de trabalho para dentro de casa. Não moramos em uma casa pequena, mas ela também não é espaçosa a ponto de guardarmos essas coisas sem um impacto na nossa rotina. A casa ficaria cheia de equipamentos e materiais de trabalho que são essenciais para o que eu faço, mas que fariam uma “mistura” que eu não queria fazer. Queria que a nossa casa continuasse como nosso espaço familiar.

Além disso, o confinamento passou a me fazer mal. Comecei a ter crises de ansiedade. A recomendação médica foi sair de casa todos os dias, que seja um pouco, para não virar pânico. Por isso, conversando com o meu marido, ambos vimos a importância de eu ter um espaço fora de casa, mas que fosse perto, que desse para ir a pé, de modo que eu já fizesse a caminhada do dia e tivesse também um lugar para trabalhar concentrada, quando necessário.

Sobre a família. A essa altura do campeonato, nosso filho está detestando a quarentena. Não aguenta mais as aulas online, acha um saco não poder ver os avós, sair, passear. Do nosso lado, a preocupação é com a agitação mental que vem do excesso de telinhas. E como proibir, se ele faz aula online e se a única interação social que ele tem é com os amigos através da Internet ou do vídeo-game?

Com tudo isso, ele tem ficado entediado muitas vezes ao longo do dia e me interrompido infinitas vezes mais que o normal. Eu vejo isso com muito carinho porque entendo a falta de maturidade emocional dele como criança, e que afinal de contas eu sou a mãe dele ali em casa, que ele quer ficar junto e interagir. Então sempre trago ele para ficar comigo, mas não dá para fazer nada que demande concentração, pois nem um e-mail consigo ler direito porque ele conversa comigo o tempo todo. Logo, eu percebi que precisaria mudar a minha dinâmica de trabalho.

Revisitando a ideia da rotina dos artistas, meu dia atualmente tem sido composto por esses três grandes blocos:

  • Pela manhã, enquanto o filhote tem aulas, eu faço atividades que demandem mais concentração e sejam mais introspectivas – ou seja, sem contato com ninguém. Pego meu café ou chá e trabalho sozinha, concentrada, com a mente ainda descansada. No intervalo do filhote, também paro, fico um pouco com ele, aproveito pra dar uma geral na cozinha, e aí trabalho mais um pouco antes de parar umas 11h ou 11h30 para o almoço. Preparo a comida, almoço com calma.
  • De tarde, “me abro para o mundo”. Se não estiver chovendo, arrumo minha mochila (que já fica meio pronta em casa) e vou andando até o escritório, onde consigo trabalhar também com foco. Em casa, as coisas ficam bem. Filhote fica jogando vídeo-game, faz lição, meu marido fica com ele de boas. Então eu fico tranquila para trabalhar fora e, no final da tarde, encerro definitivamente meu dia de trabalho, voltando para casa, tomando banho, aquela coisa. Se trabalhei em casa à tarde, eu também encerro fechando o computador quando anoitece e faço a mesma coisa – banho, outra roupa, e pronto.
  • De noite, procuro fazer atividades offline – exceto quando tenho alguma atividade de grupo de pesquisa ou de algum curso que estou fazendo ou ministrando. Aproveito para estudar. Também temos um momento em que fazemos algo todos juntos – um jogo, uma série, uma live de alguém que gostamos, cozinhar juntos, um filme, depende. Os meninos ficam SUPER agitados de noite, que é quando a minha bateria começa a querer acabar, então fico com eles mas sou a primeira a se preparar para dormir. Tenho ido dormir um pouco mais tarde ultimamente, mas isso não tem me feito bem, e quero mudar meu horário de volta. Não para dormir às 20h30, porque em casa ficou complicado nesse momento, mas pelo menos estar na cama antes das 22h. Desse modo, o filhote já está acalmando também, lendo um livro, e meu marido dá o suporte ali que precisar, ou muitas vezes o filhote vai dormir no mesmo horário que eu.

De modo geral, todo trabalho que precise essencialmente da minha cabeça é feito pela manhã. Decisões, análises, escrita, gravações. Trabalhos de rotina, que eu não precise pensar tanto (mas ainda preciso, rsrs), faço pela tarde. Outras gravações, responder e-mails, mensagens, resolver coisas de modo geral, arrumar o espaço, atividades mais práticas mesmo. E, de noite, leituras, estudos, revisões offline, planejamentos no papel, mas tudo de modo leve e tranquilo. Nada corrido ou estressante. São contextos.

Dá pra dar conta de tudo? Claro que não, e nem é o objetivo. O objetivo não é fazer tudo, mas sim dizer NÃO a tudo que não seja essencial, de modo que meu trabalho diário seja focado.

Eu trabalho todos os dias um pouco. Prefiro fazer assim a me matar de trabalhar durante a semana para descansar no final de semana. Mesmo porque, faço coisas aos finais de semana. Então prefiro ter uma rotina leve, fácil e tranquila todos os dias, de modo que, quando eu precisar ou quiser descansar, ou ter um dia de folga, ele pode ser na segunda, na quinta ou no domingo, bastando um planejamento assertivo.

Ainda estou fazendo ajustes. Mas só esse entendimento e soma de:

  • meu nível de energia que oscila ao longo do dia
  • a dinâmica da casa e da família
  • as demandas e a construção do meu próprio trabalho
  • as possibilidades e privilégios da vida que eu tenho hoje
  • a rotina que construí pra mim
  • necessidades das pessoas que se relacionam comigo

É fundamental em qualquer reajuste de rotina. Vou compartilhando com vocês por aqui e também no Instagram. Me segue lá, se quiser. 😉

Tá de boas hoje? Olhe a agenda para amanhã…

Eu costumo trabalhar com a agenda do Google aberta em uma aba do navegador, em visualização semanal. Isso me permite ter uma visão do todo, desses sete dias, especialmente em termos de volume.

Poder ter esse volume sempre visível me dá um gatilho sobre existirem coisas que precisarão ser feitas nos próximos dias. Então pode ser que hoje as coisas estejam tranquilas mas, daqui a dois dias, os dias fiquem cheios. Para que eles não me sobrecarreguem, quero ver se eu consigo adiantar alguma atividade, para dar um respiro para os dias que já serão cheios por natureza.

Eu faço isso todos os dias, na segunda metade da tarde (entre 15, 15h30).

É uma dica bastante simples mas que ajuda bastante a olhar a agenda de amanhã e pensar:

  • tudo o que preciso fazer amanhã está listado?
  • tem alguma coisa que NÃO precisa ser feita amanhã e que eu posso mudar?
  • posso adiantar algo?

Essas três perguntas são chave e garantem que a minha semana fique muito mais tranquila e, a minha cabeça, mais ainda. 🙂

Checklist Diária (novembro 2020)

A checklist diária é uma lista com todas as coisas que preciso ou posso fazer diariamente, tanto no trabalho quanto em âmbito pessoal.

A diferença entre uma checklist e uma lista de afazeres é conceitual, mas também prática. Em teoria, toda lista é uma checklist. Mas, para o que estamos usando aqui, checklist seria uma lista de verificação. Uma lista com coisas que você já faz normalmente, sem precisar de lembretes, mas gosta de verificar se está mesmo fazendo tudo.

Por exemplo, você pode fazer uma checklist de coisas para levar na mala toda vez que vai viajar. Quando for fazer a sua mala, você verifica essa lista, que é meio permanente, só pra garantir que não esteja esquecendo de nada que normalmente costuma levar.

App: Todoist

O conceito da checklist diária é o mesmo. Existem coisas que você já faz normalmente no seu dia a dia – não precisa de lembretes. No entanto, os dias podem ser corridos às vezes, e pode valer a pena você ter uma lista de verificação assim para bater o olho e garantir que esteja fazendo tudo o que precisa fazer.

Se você ainda tem coisas a fazer que precisa de lembretes, isso entra em uma lista de afazeres normal, para dar “check” e, se quiser, com recorrência diária, dependendo da ferramenta que usar (por exemplo: Todoist).

Se estiver em dúvida entre organizar uma ação em uma lista ou na agenda, leia este texto explicativo.

A checklist me ajuda a ter foco, especialmente naqueles dias em que ele parece ter sumido. Fico com a checklist aberta e vou apenas verificando se já fiz o que preciso fazer.

Um ponto importante na checklist diária é ela trazer o mínimo. Ou seja, não “tudo o que posso fazer”, mas “o mínimo que deve ser feito”. Você até pode ter itens como “se der tempo, fazer tal coisa”, mas tem que haver uma distinção clara.

A checklist diária não só pode como deve ser sempre adaptada à sua nova realidade. Você deve repensá-la sempre, pois é a espinha dorsal do seu dia. Logo, ela deve ser adaptada a todas as suas circunstâncias e será diferente de pessoa para pessoa.

Comece hoje mesmo a criar sua checklist e deixe-a em um lugar que conseguirá ver sempre – no seu caderno, no computador, no celular, não importa, contanto que você veja sempre.

Leituras diárias recorrentes

Existem alguns livros que eu leio todos os dias. Este post é para mostrá-los e explicar porque eu os leio todos os dias e como essa leitura me ajuda a ter uma vida mais organizada.

Os “livros” (nem todos são exatamente livros, como você verá) são os seguintes:

  • O livro da tradição Kadampa que estou lendo ou relendo no momento, para focar a minha meditação da leitura que fiz dele no dia;
  • “The Daily Stoic” – Ryan Holiday
  • “Atitude Mental Positiva” versão de bolso – Napoleon Hill
  • “1001 pérolas de sabedoria budista” – Publifolha
  • Deck de cards do GTD
  • “Luz sobre o Yoga” – Iyengar

Eu tenho um objetivo de médio prazo (leva anos de vida) de ler e estudar todos os livros da tradição budista que eu sigo, que é a Nova Tradição Kadampa. Essa tradição tem (até o momento) mais de 20 livros publicados e, como você pode imaginar, são leituras cíclicas, pois o que eu leio hoje terá um sentido diferente amanhã. No momento, quero ler todos os livros na ordem recomendada pela editora e, por isso, minha maneira e encaixar a leitura de uma maneira significativa é ler um trecho todos os dias e usar esse trecho como objeto de meditação. O trecho pode ser tanto um parágrafo quanto um capítulo inteiro (depende). Então essa é uma leitura que faço todos os dias, que eu posso até fazer uma analogia com quem é cristão e reza com a bíblia diariamente, pois tem a ver com a minha espiritualidade e quietude interior.

“The Daily Stoic” é um livro que leio e releio diariamente já há alguns anos, que eu tinha na versão Kindle e este ano me dei a versão impressa de presente. O livro traz uma compilação de trechos de livros escritos pelos chamados “estóicos” (Seneca, Marco Aurélio, Epíteto), com uma reflexão por dia usando o trecho + reflexões levantadas pelo autor da compilação. Eu adoro ler a reflexão do dia. Leio sempre que faço o “check-in” (rs) no meu home-office.

“Atitude mental positiva” é um dos meus livros preferidos com ensinamentos do Napoleon Hill e, no ano passado, comprei essa versão de bolso para literalmente carregar comigo sempre que sentir necessidade. No dia a dia, eu abro e leio uma frase, um parágrafo, que me ajuda a manter esses conhecimentos sempre presentes.

“1001 pérolas de sabedoria budista” é um livrinho pequeno, da Publifolha, que comprei lá atrás, quando comecei a estudar meditação (entre 2007 e 2008), e até hoje gosto de abrir e ler uma frase por dia. Faço a qualquer momento do dia, entre uma atividade e outra.

Esse deck de cards do GTD foi um presente do Jacques, também instrutor de GTD na Call Daniel, que só é vendido nos Estados Unidos (talvez dê para importar pela Amazon). Os cards trazem perguntas e reflexões relacionadas ao método GTD, tais como: “toda decisão para agir é intuitiva – o desafio é migrar de um estado de ‘espero que seja a coisa certa’ para um estado de ‘confio que é a coisa certa’ a ser feita”. São insights diários legais que ajudam a manter o método fluindo e sendo aperfeiçoado.

Muitas vezes os insights que tenho lendo esses trechos me ajudam a implementar práticas de imediato na minha rotina ou a criar conteúdos para todos os canais do Vida Organizada inspirados por eles.

“Luz sobre o Yoga” é um livro MARAVILHOSO de estudo da prática de yoga. Traz fotos e orientações passo a passo para as posturas (asanas), assim como seus efeitos. Eu costumo estudar uma ou mais posturas todos os dias e treiná-la nas minhas práticas diárias. Geralmente na prática do final da tarde, quando encerro meu expediente.

Esses são os livros (ou leituras) que leio diariamente e que me ajudam a manter uma rotina tranquila através da organização. O que quero encorajar com esse post é você se perguntar: que leituras eu poderia fazer diariamente para me ajudar a ser cada vez mais a pessoa que eu quero ser? Ou fortalecer cada vez mais aquela pessoa que eu já sou?

Contextos da semana: projetos, dias e atividades focadas (setembro 2020)

Já faz alguns anos que estabeleci essa prática, mas eu vou alternando entre fazê-la e não fazê-la conforme sinto vontade. É atribuir um contexto para cada dia da minha semana e, no dia em questão, procuro:

  • fazer agendamentos relacionados àquele dia
  • revisar meus projetos naquela área
  • fazer planejamento de alguns projetos relacionados
  • trabalhar mais focada em atividades que demandem um bloco de tempo maior

Pela primeira vez nessa “quarentena”, eu tive vontade de fazer, e tem dado bastante certo para a minha configuração atual. Basicamente:

DOMINGO
Projetos pessoais, estudos, planejamentos de vida

SEGUNDA
Marketing, direcionamento da empresa, estratégia

TERCA
Learning, meus cursos

QUARTA
Conteúdo, livros

QUINTA
Mestrado, Doutorado, certificações (carreira)

SEXTA
Administrativo, pendências, burocracias diversas

SÁBADO
Casa e família

Como quem acompanha o blog há mais tempo sabe, toda semana eu faço a Revisão Semanal do GTD, onde reviso todos os meus projetos como um todo. No entanto, se identifico que um ou mais deles precisam de uma atenção maior, ou de um planejamento específico, eu planejo essa próxima ação para fazer no dia da semana relacionado àquele contexto.

“Thais, significa que você só vai fazer esse tipo de atividades no dia?”. Com certeza não. Tenho atividades de rotina que faço todos os dias, como dar suporte aos alunos dos meus cursos, gravar aulas, preparar materiais e produzir conteúdos. Mas a organização dos contextos me ajuda a trabalhar mais concentrada naquela área em questão – basicamente, as atividades da lista do início do post. Se eu precisar fazer uma reunião naquele tema, por exemplo, eu procuro agendá-la (se possível) no dia daquele contexto porque já estarei imersa nele.

Lembrando que isso não atrapalha prazos. Ou seja: se eu tiver algo relacionado à educação que tenha que ser feito na segunda, será feito na segunda e não na terça, quando “estabeleci” que o foco do dia seria esse. Mas, quando eu posso escolher trabalhar em algo, porque já finalizei tudo o que tinha prazo para o dia, eu foco nas atividades relacionadas, e isso tem me dado realmente um foco incrível e consigo ter ideias legais. Ou seja, eu crio os contextos que, dentro da minha análise de áreas de foco, são importantes que eu tenha no meu trabalho.

Já me ajudou em muitas situações práticas como: “Gostaria de formatar o grupo tal no Facebook. Mas peraí, melhor fazer na quinta-feira, que é o meu foco.” Porque, estabelecendo esse foco, trabalhar em atividades semelhantes me faz ter novas ideias e inspirações.

A grande graça de trabalhar com contextos no GTD é justamente se auto-conhecer e personalizar esses contextos para a sua vida. Essa configuração também pode me ajudar (essa é uma ideia) a definir prazos para atividades específicas. Tem sido bastante útil trabalhar desse modo hoje em dia porque consigo ajustar meu foco. Fica bem organizado e assertivo.

Estrutura do meu dia (2020)

Meus queridos, após receber alguns comentários e reações a este texto eu resolvi fazer uma revisão dele e inserir algumas notas, pois creio que não devo ter escrito de modo a me fazer entender. Fazer essas alterações para mim é importante porque quero mostrar de maneira clara para ensinar e ajudar. Você encontrará essas anotações complementares abaixo, em amarelo. Obrigada.

Já faz algum tempo que ando querendo escrever este post para compartilhar com vocês como tem sido a rotina do meu dia depois das mudanças que implementei no meu trabalho, então este post traz justamente essa demonstração.

Não acredito em dias perfeitos nem em rotinas ideais, mas penso que a gente se conhecer e tentar trazer para o dia a dia formatos que nos permitam viver bem e com significado sejam boas práticas de organização pessoal.

Eu passei a entender o meu dia com três grandes blocos nos períodos em que eu estou acordada. Vou falar sobre manhã, tarde e noite, mas se você tiver horários diferentes basta adaptar. Não se trata do horário em si, mas da sequência – já expliquei sobre isso em textos anteriores sobre rotinas. 😉

Eu uso manhã, tarde e noite porque eu costumo dormir à noite e ficar acordada durante o dia, mas quem trabalha de noite e dorme durante o dia pode simplesmente adaptar à sua realidade. Mais uma vez: não é sobre horário! Esse é o ponto mais importante de todo o post. Continua.

Cada um dos blocos dura de 1 a 2 horas, dependendo dos meus outros compromissos e horário em que acordei. Entre um bloco e outro, levanto, me movimento, faço alongamentos. Isso é muito importante, para a “separação física” entre um e outro mesmo! Veja abaixo então como ficam os blocos.

Eu coloquei a duração média de cada bloco apenas como estimativa. Pode variar para baixo e para cima. Não é esse o ponto, e sim a sequência. Segue o fio.

Bloco 1 – Manhã

Este é o bloco da “hora mágica”, que os nossos amigos Hal e Robin chamam de “milagre da manhã” ou “5am club”. Eu procuro sempre adequar meu sono ao horário de nascer do sol (atualmente 5h35 da manhã), mas nem sempre consigo. Como falei, vida real, não ideal. Mas, sempre que acordo mais cedo, gosto muito.

Esse primeiro bloco acontece então das 5h30 às 7h30, mais ou menos.

O que eu faço nesse bloco: leio (tomando minha xícara de café, a única do dia), medito (sozinha ou com o aplicativo Calm, que me dei de presente no final do ano passado), faço a saudação ao sol da yoga, escrevo um pouco (diário) e leio o jornal enquanto tomo meu café-da-manhã.

Se eu acordar às 5h, às 9h ou ao meio-dia, esse bloco será o primeiro do dia. Certo? Entendemos que não diz respeito ao horário e sim a ser o primeiro bloco ao acordar? Eu coloquei o horário médio que costumo acordar no dia a dia, mas não que é a regra para todo o sempre. 😉

Bloco 2 – Manhã

É meu bloco de deep work. Coloco o fone de ouvido e a playlist Deep Focus no Spotify e vou para o computador escrever. O que eu escrevo? Textos para o blog, a newsletter, scripts para vídeos e aulas, materiais dos meus cursos e outros insights para conteúdos futuros.

Também é o momento em que crio os conteúdos para o canal do Telegram e o Instagram.

Esse bloco também dura de 1 a 2 horas, em média, pois é o tempo que consigo ficar concentrada sem me cansar tanto mentalmente. Se eu comecei às 7h, vou então até umas 8h ou 9h, dependendo do meu próprio ritmo. Aqui, dei a estimativa de horário apenas para ilustrar caso eu tenha acordado em tal horário. Mais uma vez: não quer dizer que eu faça exatamente neste horário… mas que este bloco é o segundo do meu dia, antes de almoçar.

Mantenho sempre uma garrafa de 1 litro de água abastecida ao meu lado, para ir tomando golinhos ao longo da manhã. Fico muito satisfeita quando chego na hora do almoço com a garrafa vazia, pois repito o procedimento de tarde e aí sei que bebi bastante água.

Bloco 3 – Manhã

Como já venho de um bloco grande e de concentração, eu gosto de fazer um breve intervalo para a realização de algumas tarefas domésticas, como guardar as roupas limpas, colocar a roupa para lavar, trocar as lixeiras e lavar a louça. O ponto aqui é: depois de um bloco de concentração intensa, o terceiro bloco vem com atividades mais rotineiras e físicas, que descansam a mente.

Eu evito ao máximo sentar no sofá ou algo do tipo para não ficar com preguiça!

Nesse bloco eu também lido com as prioridades do dia que estão na minha agenda. Por exemplo, as contas a serem pagas, ações pontuais, rotinas, planejamento de compromissos.

Se eu começar esse bloco umas 9h, consigo ir até às 11h tranquilamente. Nesse horário, dou uma olhada nas minhas mensagens (What’sApp e e-mails) para ver se tem algo urgente e, se sim, respondo. Se não, deixo para responder mais tarde.

Se eu estiver trabalhando em casa, aproveito a pausa para preparar o almoço.

Quando mudarmos nosso escritório, em alguns dias da semana eu terei o tempo de deslocamento, que será feito mais ou menos nesse horário.


Almoço

Gosto de almoçar ao meio-dia pois isso está alinhado com a ayurveda. Ou eu almoço o que preparei no dia ou esquento a comida em banho maria (estou deixando de usar microondas aos poucos porque ele mata a prana dos alimentos).

Vamos lá. Toda a minha rotina está alinhada ao meu sono e à minha alimentação. Meu sono é prioridade – a alimentação em segundo lugar. Todo o restante se adequa, e não o contrário. Se eu acordasse meio-dia, devido ao meu trabalho ou à minha rotina de vida de qualquer maneira, almoçaria depois dos três blocos. E cada bloco pode durar qualquer quantidade de tempo. EU comentei que, PARA MIM, de 1h a 2h funciona bem, pois mais do que isso eu perco a concentração. Mas se eu tiver 15 minutos pro bloco, vai durar 15 minutos. Mais uma vez: não é sobre horários… mas neste post, trouxe horários apenas para ilustrar, pois são os horários que faço hoje, em um dia de verão, normal na minha vida, sem acontecimentos externos e outros compromissos que fujam dessa configuração.

Vale dizer que isto não é uma REGRA nem serve para ENGESSAR o meu dia. Eu criei essa estrutura de blocos observando os CONTEXTOS que já faço na minha vida NATURALMENTE. Entendendo como eu funciono MELHOR, estabeleci essa ideia dos blocos apenas porque SEI que ela funciona para MIM. Eu não IMPUS uma rotina que não é natural para mim.

Gosto de almoçar tranquilamente. Monto a mesa com uma taça bem bonita para a água, coloco talher, guardanapo, tudo bonitinho. E sento e como com calma, se preferência sem ficar mexendo no celular ou fazendo outra atividade que não seja me concentrar na comida.

Quando termino, lavo a louça e já atualizo a lista do mercado com o que preciso comprar. Faço uma caminhada leve depois de comer, para facilitar a digestão, então é a hora que eu aproveito para resolver coisas na rua (mercado, farmácia, banco, entre outros).


Bloco 1 – Tarde

Ao voltar do almoço, é hora de eu “me abrir para o mundo”.

Este é o momento em que respondo os comentários do blog, os comentários nas redes sociais, e processo as minhas caixas de entrada (What’sApp e e-mails).

Geralmente é um bloco que leva de 1 a 2 horas também. Eu costumo colocar uma música mais animada para ouvir com o fone, para não ficar com sono. Beber água ajuda muito a “acordar o cérebro” (melhor do que café).

Se eu começar esse bloco às 13h, então, vou até 14h ou 14h30 com ele.

“Thais, e se você tiver um compromisso o dia todo e não tiver como fazer essa rotina?”

Aí eu não faço, gente. A estrutura de um DIA não está desvinculada de uma estrutura maior de uma semana, de um mês etc. Isso é essencial entender aqui e em todo o processo de organização. Quando eu faço o meu planejamento semanal, e se vejo que terei dias em que não estarei em casa ou no meu trabalho normal, eu vejo que obviamente não terei os tais blocos, então se tiver algo para aquele dia em questão, eu adianto.

“Thais, significa que você não realiza reuniões nem tem compromissos externos?”

Hoje eu passei o dia todo fora. Meus blocos “da tarde” não aconteceram como neste post. 1) Porque não são obrigação. 2) Porque eu adiantei ontem o de hoje e isso me deixou tranquila para fazer meus outros compromissos…

A organização não é sobre engessar, impôr padrões ou regras, gente. É sobre se entender, se conhecer, e adequar TUDO ao seu estilo e ritmo de vida.

Bloco 2 – Tarde

Esse é o momento do dia em que me dedico a gravar aulas, vídeos, editar, fazer reuniões (se necessárias), cuidar dos cursos e programas de mentoria de modo geral e responder as mensagens de suporte em todos os meus cursos.

De modo geral, tudo o que for relacionado aos cursos eu acabo fazendo aqui. Por exemplo, se preciso finalizar a diagramação de alguma apostila, ou editar aulas. É um dos maiores blocos do dia, mas tomo cuidado para ele não passar de 2h, pois sei que esse é o meu limite para não ficar cansada mentalmente dedicada a um único tipo de atividade.

Se eu começar às 14h30, esse bloco vai até umas 16h ou 16h30.

Vou trazer mais um exemplo para ilustrar: se eu tiver uma reunião nesse horário, obviamente esse bloco não vai acontecer. Se tiver algum prazo, terei feito antes, no dia anterior, o necessário aqui…

Bloco 3 – Tarde

O último bloco da tarde é dedicado a alguns encerramentos. Vejo novamente as caixas de entrada, respondo comentários, faço últimas postagens nos stories, resolvo pendências que surgiram no dia etc. Se ainda houver algo não finalizado no segundo bloco da tarde, aproveito para finalizar agora.

O bloco costuma ir até umas 17h30 ou 18h30 no máximo. Depende da nossa logística com o filhote também (tem dias que eu o pego na escola, outros dias é o marido).

Tenho me disciplinado para, nesse momento, realmente desligar o computador e ir fazer outras coisas. Mesmo quando tenho aula ou LIVE de noite, eu desligo tudo nesse momento para descansar um pouco ou parar de vez.

Vamos lá: quando encerro meu dia oficial de trabalho, é com esse bloco. Não importa o horário…


Bloco 1 – Noite

Esse é o bloco “do agito” aqui em casa. É aquele momento de chegar, colocar o filhote no banho, fazer comida, dar uma geral na casa. Fica todo mundo pra lá e pra cá arrumando as coisas.

Geralmente é o horário das 18h30 até umas 19h30 ou 20h.

Se eu fiz comida na hora do almoço, provavelmente essa será a nossa janta também. Se não, meu marido ou eu preparamos algo. Às vezes eu tenho compromissos na parte da noite, às vezes ele que tem, então vamos alternando quem faz o quê no dia a dia.

Tudo o que ainda faltar da rotina da casa a gente acaba fazendo nesse momento, que termina com o jantar. Devido à ayurveda, eu gosto de jantar cedo (entre 18h e 18h30). Mas, se eles comerem mais tarde, enquanto eles jantam eu bebo um suco ou tomo uma sopinha leve, para acompanhar.

Tenho percebido que, quando não como alimentos mais pesados à noite, eu fico melhor. Já faz cerca de um ano que venho tentando implementar essa mudança e meu corpo fica muito bem quando eu consigo.

Bloco 2 – Noite

Este é um bloco de concentração na parte da noite. Geralmente cada um vai fazer suas atividades – Paul vai ler, brincar, fazer lição ou jogar um pouco de vídeo-game e meu marido vai tirar músicas, finalizar algumas edições de vídeos ou qualquer outra atividade particular dele. Eu aproveito esse momento para trabalhar na minha dissertação (percebi que escrevo melhor nela nesse período noturno) ou em artigos acadêmicos de modo geral. Também posso simplesmente realizar algumas leituras, especialmente revisão de textos traduzidos do GTDâ„¢.

A gente também se organiza para fazer coisas juntos ao longo da semana. Por exemplo, em um dia meu marido assiste um filme com o filhote enquanto eu escrevo, no outro dia eu assisto séries com ele, e por aí vai. Assim conseguimos ter sempre tempo de qualidade juntos mas também realizar atividades individuais, quando necessárias.

Vai das 20h às 22h no máximo esse bloco.

Se o bloco levar 15 minutos, vai até 20h15. Se levar 1h, vai até 21h. Se levar 2h, vai até 22h. Se a gente estiver fora, ele nem vai existir. Espero que agora tenha ficado um pouco mais claro…

Bloco 3 – Noite

O propósito desse bloco é simplesmente me preparar para ter uma boa noite de sono. Se eu acordei antes das 6h, provavelmente estarei bastante cansada aqui, então é tomar banho, fazer massagens e ler um pouco antes de dormir, se eu conseguir. O Paul e eu costumamos ler juntos na cama, às vezes.

Mais uma vez, esse bloco pode acontecer às 20h15, ou depois da meia-noite… independe do horário, ele é apenas ANTES DE DORMIR.

É comum meu marido ainda ficar acordado, pois a rotina dele é diferente da minha. Ele aproveita para assistir os filminhos dele (é cinéfilo) na quietude da noite kkk.


Ter estruturado o meu dia dessa maneira foi muito importante porque:

  1. O que guia a coisa toda é a minha rotina de sono. Esse é o ponto-chave pra definir os horários.
  2. Em segundo lugar, a minha alimentação. Tenho seguido os princípios da alimentação ayurvédica.
  3. Entendo como funciono melhor em termos de energia ao longo do dia. Me concentro de manhã, me abro a outras pessoas na parte da tarde e me concentro mais um pouco à noite. Porque essa é a minha rotina de vida. Para uma pessoa que trabalhe à noite, será outro horário. Ela provavelmente terá mais energia à noite. Etc.

Ter descoberto o que funciona para mim foi essencial. Estruturar a rotina dessa maneira faz meus dias terem mais significado e consigo encaixar tudo o que é importante na minha vida.

Claro que há dias em que mudo a “programação”. Por exemplo, nesta semana tenho dois dias em que ficarei o dia inteiro em reunião. O que preciso fazer é decidir se a troca valerá a pena. Ou seja, trocar como normalmente é o meu dia com o compromisso em si. Às vezes preciso adiantar algumas coisas para que não sejam prejudicadas as atividades essenciais e prazos do meu trabalho, mas de modo geral eu já atuo assim no dia a dia (por ex, quando escrevo para o blog, escrevo de 3 a 5 textos de uma vez, então sempre está adiantado).

Tenho gostado muito dessa rotina atualmente e encorajo todos os meus alunos a elaborarem algo parecido levando em conta suas necessidades atuais e responsabilidades tanto no trabalho quanto em casa. A ideia aqui não é copiar a minha rotina, mas usá-la para ter insights a respeito de como estruturar a sua. Espero que o post tenha cumprido essa missão.

Se tiver dúvidas, deixe um comentário. Obrigada!

A tática de tomar uma grande decisão por dia

Hoje eu gostaria de compartilhar uma dica sobre algo que eu tenho feito e que tem me ajudado bastante a não “cansar a mente”.

Entre abril e junho, eu passei por um período bastante complicado, que envolve questões diversas de natureza íntima que não cabe compartilhar aqui. Vocês só precisam saber que foi um período complexo. 🙂 Mas, quando isso acontece na vida (e vai acontecer diversas vezes ao longo de toda uma vida), se a gente não tiver controle e clareza pode se sentir meio “no desespero”. Além de tudo o que eu já recomendo aqui no blog (GTD, revisão semanal etc etc), quero recomendar essa outra dica também, que me ajudou bastante.

Tomar decisões cansa a mente. Já li alguns artigos que dizem que a nossa mente toma MUITAS decisões ao longo do dia. Chegando ao final da tarde, estamos mensalmente cansados. Por isso, eu implementei a seguinte estratégia:

    1. Tomar apenas uma decisão importante por dia
    2. Dedicar tempo a essa decisão pela manhã, quando minha mente está descansada

Suponhamos que eu tenha um problema como “resolver se vamos mudar de sala para o escritório”. É uma decisão, e quero dedicar tempo a ela para conseguir decidir com clareza e tranquilidade.

Quando eu acordo, faço a minha rotina matinal. Antes de “começar a trabalhar”, eu pego folha e caneta e me dedico ao problema ou ao assunto que quero dar algum tipo de resolução. Posso escrever sobre ele em formato de diário, pois isso me ajuda a organizar os pensamentos, ou posso montar um Modelo de Planejamento Natural, que é um framework do GTD. Ambos ajudam, e depende do problema ou assunto para eu escolher o que se encaixa melhor.

Uma vez que eu tenha resolvido aquele problema ou decidido algo sobre algum assunto, isso me deixa com uma sensação de dever cumprido antes mesmo de começar o dia. E, se eu tiver outros problemas ou assuntos que precisam ser decididos, eu não vou decidir no mesmo dia. “Hoje eu decidi sobre isso. Ponto. Amanhã decido sobre aquilo.”

Enfim, quis compartilhar porque é uma tática que me ajudou bastante e ainda ajuda em tempos difíceis. Espero que ajude você também.

Planejamentos e imprevistos: como lidar quando você se planeja mas algo inesperado acontece

Quando se fala em planejamento pessoal e das atividades, um problema que sempre emerge é: o que fazer quando a gente se planeja mas acontece algum imprevisto? “Imprevisto” aqui engloba qualquer coisa inesperada, desde o computador pifar até o seu chefe te chamar na sala dele para uma reunião de última hora que toma preciosas horas do seu dia.

Bem, o primeiro ponto é lembrar que os planejamentos não vão garantir que você saiba exatamente o que vai acontecer. A vida por si só é imprevisível. E querem saber? Ainda bem! Já pensou que chato que seria se a gente soubesse o que vai acontecer em 100% do tempo?

Em segundo lugar, acho que entra aqui a forma como nós encaramos os imprevistos. Se você passar a ver os imprevistos como oportunidades de aprendizado, o modo mental de lidar com aquilo até muda. Coisas inesperadas podem trazer oportunidades. Na pior das hipóteses, nos ensina sobre uma administração melhor da nossa rotina. Quer saber como? continue lendo.

David Allen, o autor do método GTD (que eu uso), diz que toda pessoa, não importa seu grau hierárquico ou tipo de atividade, tem três tipos de atividades em um dia de trabalho: as atividades já planejadas (que você já sabia que ia fazer), as atividades não planejadas e o tempo que você dedica a processar “entradas” (e-mails, mensagens, notas de reuniões etc). Logo, sabendo disso, precisamos entender que o dia precisa abrigar esses três tipos de atividades. Na prática, significa deixar tempo livre para abrigar o não planejado. É saber que ele vai acontecer, inevitavelmente, mas você tendo consciência disso não deixará que esse não planejado atrapalhe o que você se programou para fazer.

Veja, a vida muda o tempo todo. Quando passamos a nos organizar – e o planejamento das atividades faz parte disso – passamos na verdade a desenvolver uma mente mais presente, mais plena, mais engajada. E, a cada dia que passa, vamos mantendo aquilo que for mais significativo, mais prioritário, mais coerente. Mas é uma jornada. E, como toda jornada, encontraremos obstáculos, desafios, dias melhores que os outros. A gente precisa ser um pouco mais compassivo consigo mesmo e aprender a se perdoar caso as coisas não tenham saído exatamente como se tinha planejado. É perfeitamente normal não dar conta “de tudo”.

[Tweet “Ter uma vida organizada é uma jornada. Aprenda a se perdoar quando algo não sai conforme o planejado. É ok não dar conta de tudo!”]

Quando você se planeja para realizar uma determinada atividade e não consegue realizá-la por qualquer motivo, é inevitável se sentir frustrado. Agora, o que pode ajudar a lidar com essa frustração é você pegar aquela atividade que não fez e aprender com ela. O que aconteceu? Por que não consegui fazer? Às vezes você abrigou outra atividade que era mais importante. Então essa análise te permite ficar mais ok com aquilo que você deixou de fazer.

Quando eu não consigo fazer algo que tinha me proposto a fazer, não fico mais me martirizando por isso. Simplesmente acontece e faz parte da vida. Peço desculpas se envolvia outra pessoa, mas perdôo principalmente eu mesma. Porque a lista de coisas a fazer é infinita, mas a minha vida não. E eu sei que faço o melhor uso do meu tempo, porque sou uma pessoa organizada. Se não consegui executar aquilo por qualquer motivo, sei que não é para eu me culpar.

Eu tenho alguns outros textos aqui no blog que podem ajudar você a não se frustrar (ou a se frustrar menos) quando as coisas não saírem como o planejado:

A leitura dos textos acima certamente te ajudará a lidar melhor com o não planejado em seus planejamentos pessoais. 🙂