Estou entrando no último mês do meu estágio aqui na Polônia, e a sensação de que o tempo passou rápido demais é inevitável. Com a proximidade do fim, decidi tirar um momento para revisar todo o trabalho que já foi feito e planejar as próximas semanas com bastante cuidado. Fiz isso no último domingo.
Revisitei o documento inicial do estágio, onde estão definidos os marcos de entregas e os objetivos que deveriam ser alcançados ao longo desses meses. Foi uma ótima oportunidade para relembrar o que já foi conquistado e ter uma visão clara do que ainda precisa ser feito. No final das contas, eu fiz 90% já do que está ali, e foi bom saber disso, mas também me lembrei de um “nice to do” que acredito que dê tempo para fazer, e vou tentar na próxima semana.
Com base nessa revisão, fiz uma lista de pendências, detalhando cada tarefa que ainda falta ser concluída. Organizei tudo de forma a priorizar o que é mais importante e o que precisa de mais atenção. Agora, com a lista em mãos, meu foco é cumprir essas últimas etapas, garantindo que cada objetivo seja atingido antes de eu me despedir desse país (por hora). Distribuí as tarefas meio de acordo com o foco de cada semana e parece factível.
Sim, é o meu Bullet Journal vs. lisérgica
Meu desafio nunca foi a execução. Sou boa e rápida nisso. O que sempre costuma ser um desafio para mim são as questões emocionais ou de saúde que me pegam pelo caminho. Espero ficar bem. São os últimos dias.
Uma seguidora me fez essa pergunta esses dias e eu refleti escrevendo no meu diário a respeito, e compartilho aqui com vocês.
Eu não diria que exista um preparo específico. É o estudar o assunto a vida toda, a minha formação humanista e budista, a prática diária de meditação que me ajudam.
Eu também diria que a motivação correta (é um memorial e não um “ponto turístico”) e ter um foco em mente (minha pesquisa) ajudam não pirar (tanto) com tanta informação visual, sensorial, auditiva.
Ano passado, quando visitei Dachau, ficar em silêncio antes, durante e depois da visita me ajudou bastante. Em respeito a tudo mas para a minha própria absorção da situação. Eu sinto que me ajudou.
Chegar depois no hotel, sendo grata pela minha vida e pelo banho quente que eu posso tomar, a cama que posso dormir, a comida que posso jantar. Entoar o dia todo mantras de compaixão em respeito aos mais de 1,1 milhão de pessoas que morreram nos campos. E aí é procurar descansar. Pintar aquarela, jogar Magic, “esvaziar a mente”.
E, no dia seguinte, reunir minhas notas de campo, os materiais que pegarei lá e escrever. Escrever. Fazer conexões com as notas que já tenho (zettelkasten), escrever no meu diário sobre a experiência do ponto de vista pessoal etc.
O que mais me impressiona em um evento como esse foi ele ter acontecido há quase 100 anos e repetirmos, continuamente, que jamais devemos permitir que aconteça novamente, mas neste exato momento estamos vendo uma situação similar na Palestina. Eu acho que, como humanidade, a pergunta que devemos fazer é: como fazer ESTA guerra parar? Como evitar mais tantas mortes AGORA por um projeto de poder?
Aconteceu há 100 anos, acontece hoje e, se não aprendermos efetivamente, acontecerá sempre.
Uma leitora me pediu para falar sobre isso e acho que vale um post.
A resposta é bem simples na verdade. Após várias tentativas nos últimos anos, eu costumo usar, hoje, um cartão de débito que seja fácil de recarregar via aplicativo e que também permite que eu pague por aproximação e saque dinheiro. Isso resolve a minha vida, pois existem lugares que só aceitam pagamento em dinheiro e esses cartões servem para sacar de qualquer caixa eletrônico normal do país.
Eu conheço e uso dois: Wise e Nomad. Particularmente prefiro o Wise por achar mais prático. A transferência é por pix – você diz quanto quer enviar, ele dá uma chave, você copia, cola no Internet Banking e transfere. Aí basta, dentro do aplicativo, converter para a moeda que deseja usar (euro, dólar, real). O da Nomad é feito por transferência, o que sempre acho um processo mais chatinho, apesar de funcionar também. Dizem que o cartão da Nomad tem ouras vantagens, até para investimentos, mas eu nunca investiguei nem me interessei ainda por esse tema. Uso os cartões exclusivamente para pagamentos no exterior.
Apesar de ambos terem o recurso de pagamento por aproximação, vale a pena ter o cartão físico porque alguns lugares pedem. Além disso, depois de uma quantidade de uso no mesmo dia, por segurança o app pede que seja usado o cartão com chip.
O recebimento da bolsa da faculdade aqui em Varsóvia também foi feito pela conta da Nomad, o que achei bastante prático. Também dá para transferir. Eu precisei pagar por uma consultoria para uma moça em euros e a transferência foi muito tranquila pelo próprio aplicativo.
Para mim, algo que conta muito é não passar perrengue, pois já passei por situações difíceis em viagens. Então o que eu procuro fazer é ter sempre pelo menos dois cartões de crédito para emergências (um visa e um master, pois tem lugar que só aceita um ou outro). A taxa de pagamentos pelo cartão de crédito é muito maior que a dos cartões de débito, mas eles ainda são necessários para reservas de viagens, hotéis, hospedagens, vôos etc. Vale a pena ter e levar.
Quis escrever sobre isso porque é um tema que suscita muitas dúvidas e tenho várias dicas para compartilhar. Organizar viagens e passeios em casal pode parecer complicado, mas com um pouco de planejamento, tudo fica mais fácil e divertido. Desde escolher o destino até arrumar as malas e planejar os roteiros, existem algumas estratégias que podem tornar a experiência mais tranquila e prazerosa. Então, resolvi dividir um pouco do que aprendi para ajudar vocês a aproveitarem ainda mais esses momentos a dois.
Tudo começa pelo propósito. É super importante alinhar as expectativas antes de viajar. Se cada um esperar algo diferente da viagem, isso pode gerar conflitos. Um pode querer descansar e relaxar, enquanto o outro pode estar animado para explorar e fazer várias atividades. Por isso, conversar e chegar a um consenso sobre o que cada um deseja é essencial para garantir que ambos aproveitem ao máximo e fiquem felizes com a experiência.
Uma vez definido o propósito, é hora de planejar os detalhes. Decidir juntos os destinos, fazer uma lista de lugares que ambos querem visitar e atividades que gostariam de fazer. Criar um itinerário balanceado que inclua momentos de descanso e aventura pode fazer toda a diferença. E não se esqueça de ser flexível! Deixar espaço para espontaneidade e ajustes de última hora ajuda a manter a viagem leve e divertida. O importante é que ambos se sintam envolvidos e animados com o que está por vir.
Uma coisa que ajuda muito é buscar atividades e interesses que ambos gostam. No nosso caso, adoramos arte, história, política, música, ciência, livros, desenho, fotografia, moda e comidas típicas. Então, a gente sempre tenta incluir passeios que englobem esses interesses, como visitar museus, galerias, livrarias e locais históricos, além de explorar a gastronomia local. Isso faz com que cada momento da viagem seja interessante e divertido para os dois, criando memórias que realmente significam algo para nós. Encontrar esses pontos em comum torna a experiência ainda mais especial.
Eu costumo criar uma lista no Google Maps e compartilhar com ele para colocarmos os locais que parecem interessantes para visitarmos. Isso facilita muito o planejamento, pois podemos adicionar pontos turísticos, restaurantes, cafés, e qualquer outro lugar que queremos conhecer. Além disso, fica mais fácil visualizar a proximidade entre os locais e organizar o roteiro de forma prática. Adoro essa parte do planejamento, porque já começamos a entrar no clima da viagem juntos, explorando virtualmente tudo o que queremos fazer.
Sobre orçamento, é sempre bom definir um valor que ambos estão confortáveis em gastar. Isso ajuda a evitar surpresas e garante que a viagem seja aproveitada sem estresse financeiro. Nós gostamos de fazer um planejamento prévio, estimando os custos com transporte, hospedagem, alimentação e atividades, mas sem neuras. Funciona mais ou menos assim: “vamos tentar gastar no máximo 100 euros com a diária do hotel?”. Ou: “você paga o almoço, eu pago a janta”. Funciona para nós. Conversem entre vocês! Também é uma boa ideia deixar uma margem para gastos inesperados ou compras impulsivas. Estabelecer um orçamento claro desde o início permite que a gente se divirta sem ficar preocupado com as finanças, aproveitando cada momento da viagem.
Meu namorado gosta de usar o Trello para se organizar, então eu criei um quadro lá para colocar infos da viagem, como o hotel, comprovante de passagens, tickets etc, pois assim mantemos os arquivos organizados. Essa é uma dica que pode ser legal para você que é organizada/o: usar a ferramenta que é comum à outra pessoa. Assim você não tem que ficar “ensinando” caso você use algo mais complexo tipo um Notion ou algo assim.
O restante depende do propósito da viagem. Se a ideia é relaxar, a gente reserva mais tempo para curtir o hotel, fazer passeios tranquilos e aproveitar momentos de descanso. Se é uma viagem mais aventureira, planejamos atividades como trilhas, visitas a museus e eventos culturais. O importante é manter o propósito em mente para que a viagem atenda às expectativas de ambos e seja uma experiência prazerosa. Flexibilidade e comunicação são chave para ajustar os planos conforme necessário e garantir que todos aproveitem ao máximo.
Sobre fotos, eu crio um álbum compartilhado no Dropbox onde colocamos todas as fotos da viagem. É uma maneira prática de organizar e guardar as lembranças, e também facilita o acesso para ambos. Adoro ver as fotos que cada um tirou, pois temos diferentes perspectivas e estilos. Além disso, é ótimo para revisitar os momentos especiais sempre que quisermos e até compartilhar com amigos e familiares. Manter tudo em um só lugar ajuda a preservar as memórias de forma organizada e acessível. Um backup diário durante a viagem pode ser legal, até pra liberar memória, mas dá para fazer semanal ou mensal, se preferir.
Lá vou eu para mais um período na Europa, desta vez para finalizar o meu intercâmbio na Universidade de Varsóvia. Ficarei menos de dois meses lá e sei que serão semanas corridas, mas eu quis compartilhar um pouco aqui sobre a minha organização para essa viagem.
Organizando a mala para a viagem, decidi que vou levar apenas uma mochila nas costas, já que deixei roupas e equipamentos na casa do meu namorado em Berlim. A ideia é levar só o essencial mesmo, apenas o que vou usar antes de chegar em casa. Como vou fazer uma escala em Portugal, vamos aproveitar para descansar no final de semana antes de voltar para a Alemanha. Então, estou focando em itens práticos e versáteis, garantindo que terei tudo o que preciso sem carregar peso desnecessário. Na passagem de volta já comprei duas malas para despachar, pois acredito que tenha bastante coisa para trazer.
A ideia é organizar minhas coisas assim que chegar em Berlim e já voltar para Varsóvia, onde passarei a semana toda trabalhando na minha pesquisa. Isso vai exigir um planejamento semanal muito bem feito, já que estarei me adaptando ao fuso horário novamente e também preciso conciliar com o trabalho no Brasil. Vai ser uma correria, mas com uma boa organização, sei que consigo dar conta de tudo. O segredo vai ser manter uma rotina bem estruturada, priorizar as tarefas e, claro, reservar um tempinho para descansar e me adaptar às novas condições.
Como eu fiquei muito deprimida estando sozinha e longe do meu filho e de todos quando estive em Varsóvia em maio, decidi que aos finais de semana vou viajar para encontrar meu namorado. Isso vai ajudar a diminuir um pouco essa carga e me dar um respiro para manter a saúde mental e aguentar o final desse projeto. Achei que seria um investimento em saúde mental que valeria a pena, porque o importante é eu ficar bem e conseguir finalizar tudo o quanto antes. Passar tempo com ele vai me dar o suporte emocional que preciso para encarar essa reta final com mais tranquilidade.
Também foi importante deixar tudo ok aqui em São Paulo. Conversei com o filhote para garantir que ele está bem, cuidei para que os dogs estejam bem cuidados e alinhei tudo com meu ex-marido. Isso me dá a tranquilidade necessária para viajar e aproveitar essa experiência sem tantas preocupações. Saber que tudo está sob controle aqui em casa me permite focar no intercâmbio e nas minhas pesquisas, aproveitando ao máximo cada momento dessa nova temporada na Europa.
É uma oportunidade privilegiada e importante, e quero aproveitar ao máximo. Ter a chance de finalizar meu intercâmbio na Universidade de Varsóvia é algo que não acontece todo dia, então estou determinada a tirar o melhor proveito dessa experiência. Além de crescer academicamente, é uma chance de viver novas culturas, fazer novos amigos e acumular memórias incríveis. Vou me jogar de cabeça nessa aventura, sabendo que fiz todo o possível para deixar as coisas bem organizadas aqui em São Paulo e poder me concentrar totalmente no que está por vir.
Me desenvolvi enormemente intelectualmente nesses meses em que estive lá, e, mesmo sem perceber, tive um retorno muito positivo da minha professora orientadora aqui no Brasil sobre um artigo que escrevi. Ela fez muitos elogios, o que me fez perceber que estou no caminho certo afinal. Foi uma sensação incrível ver meu esforço sendo reconhecido e saber que todo o trabalho e dedicação estão valendo a pena. Esse tipo de feedback me dá ainda mais motivação para continuar me empenhando e aproveitando essa oportunidade ao máximo.
Dá até vontade de enquadrar esse e-mail haha
Será uma temporada de muito trabalho, mas também cheia de oportunidades. Além de finalizar meu intercâmbio, vou conseguir fazer uma parte da pesquisa de campo para o meu pós-doc, que comentei em outro post. Estou especialmente ansiosa para visitar o campo de concentração de Auschwitz, que é o mais famoso de todos. Essa visita será uma experiência intensa e importante para a minha pesquisa.
Basicamente, minha rotina será bem puxada: durante a semana, vou me dedicar à pesquisa e passar bastante tempo na biblioteca. À noite, vou trabalhar no Vida Organizada, mantendo tudo em dia. E, claro, aos finais de semana, vou tirar um tempo para descansar e recarregar as energias. Essa combinação de trabalho intenso e pausas para relaxar vai ser essencial para manter o equilíbrio e conseguir aproveitar essa temporada ao máximo.
A nível pessoal, estou torcendo para conseguir ajudar meu namorado com a mudança de apartamento dele, além de estar ao lado dele para comemorar seu aniversário. Vai ser ótimo poder dar uma força nessa nova fase e também celebrar uma data tão especial juntos.
Voltando para o Brasil, a rotina vai ser intensa: disciplina no doutorado, entrevistas para a pesquisa de campo e muita escrita para conseguir defender a tese até a metade do ano que vem. Vou precisar de bastante foco para dar conta de tudo, mas estou determinada a alcançar esses objetivos. É um desafio grande, mas com organização e disciplina, sei que vou conseguir. Mas isso é foco para o quarto trimestre do ano. Por hora, é focar no presente e em aproveitar a vida da melhor maneira possível.
Minha mãe e meu ex-marido sempre me perguntam: “Pra que estudar essas coisas?” É difícil explicar para quem não é pesquisador a importância de temas tão dolorosos e complexos, mas quem está mais próximo de mim compreende completamente minhas motivações. E isso inclui vocês. Os comentários no post sobre o pós-doc me mostraram isso. Pra mim, é claro e faz sentido: apesar de ser um tema doloroso, precisamos de pessoas estudando sobre isso. Precisamos entender nossa história para não repetir os mesmos erros e para construir um futuro melhor. E é essa certeza que me motiva a continuar, mesmo quando o caminho é difícil. É um legado para o campo da sociologia do trabalho, em um trabalho de anos.
Muitas vezes, quando estou conversando com o meu namorado sobre uma possível futura mudança para a Europa, eu brinco dizendo que a “treta” mesmo vai ser fazer a mudança da “biblioteca dos reis” – levar toda a minha imensa quantidade de livros através do oceano para uma nova casa em outro continente. Para quem não sabe, essa história de “biblioteca dos reis” teve até um livro escrito pela Lilia Schwarcz (antropóloga):
Primeiro de novembro de 1755, dia de Todos os Santos. A população de Lisboa se apronta para viver mais um pacato dia de feriado, sem imaginar o mal que vinha da terra. Em poucas horas, um terremoto devastador, seguido de incêndio e maremoto, destruiria a capital do Império e, junto com ela, sua célebre Real Biblioteca, fruto dos livros reunidos pelos monarcas portugueses por séculos.A narrativa de A longa viagem da biblioteca dos reis começa a partir desse episódio e percorre eventos fundamentais da história brasileira, sempre através dos livros. A antropóloga Lilia Schwarcz acompanha a reconstrução do acervo nas mãos do marquês de Pombal, os tempos incertos de d. Maria I, o angustiante momento da fuga da família real – que atravessava o Atlântico pela primeira vez – e as vicissitudes de sua nova vida nos trópicos, até chegar ao processo de independência brasileiro – quando se pagou, e muito, pela Real Biblioteca.Os livros, porém, permitem mais: são símbolos de poder e de prestígio, carregam dons e possibilitam viajar no tempo e no espaço. Ao evadir-se de Portugal, d. João não esqueceu da biblioteca – que veio em três viagens sucessivas -, assim como d. Pedro I não abriu mão das obras e do lustro que elas garantiam: nada como iniciar uma história autônoma tendo uma Biblioteca Nacional desse porte para assegurar um passado e conferir erudição a um país recém-emancipado.A longa viagem da biblioteca dos reis refaz muitas jornadas e mostra como, por intermédio de bibliotecários mal-humorados, obras selecionadas, ilustrações raras e muitos sistemas de classificação, pode-se contar uma outra história desse mesmo país.
Tá, eu não tenho exatamente essa mesma quantidade de livros e livros tão raros ou de herança como nesse caso. Tudo não passa de uma brincadeira. Mas a brincadeira soa como o famoso “kkcrying”: tô brincando mas, no fundo, é algo a se pensar. Então eu queria compartilhar com vocês quais são os meus planos.
No momento – e, quando digo momento, me refiro a momento de vida – eu estou organizando a minha biblioteca na sala comercial que antes pertencia ao Vida Organizada. Como eu estou fazendo esse movimento de migração para voltar a trabalhar sozinha, alguns itens não precisarão mais estar no escritório, tais como mesas, cadeiras etc. Então a minha ideia é transformar a sala em uma grande biblioteca, onde eu possa trabalhar e estudar também quando estiver no Brasil. Isso tiraria os meus livros de casa (moro de aluguel) e os deixaria em um lugar mais meu, já que a sala é própria (ainda pagando o financiamento, mas própria). Esse processo tem sido demorado porque estou viajando muitas vezes e então estamos levando estantes e livros todos aos poucos (minha família está me ajudando com a mudança). Eu ainda tenho muitos livros na antiga casa (cerca de 300) e mais alguns tantos (uns 200) no meu apartamento. Vou considerar esse projeto concluído quando eu conseguir levar tudo para a sala e, em uma segunda etapa, ter selecionado livros que não me interessam para doar.
O fato é que, diante de uma eventual mudança de continente, obviamente eu não pretendo levar todos os meus livros. Essa será uma outra fase, em que pretendo fazer o seguinte:
Levar alguns poucos livros mais significativos e que não encontrarei por lá.
Transformar a minha biblioteca aqui em uma biblioteca comunitária a serviço dos trabalhadores.
Eu ainda não sei exatamente como seria esse funcionamento – se eu mesma vou administrar essa biblioteca de longe ou se vou doar para alguma instituição já existente (mais provável). Mas minha ideia é definitivamente criar essa biblioteca comunitária, disponibilizando os livros para todo mundo. Outra possibilidade é abrir uma cafeteria com livraria – sonho antigo – aqui ou na Europa. Mas isso é sonho mesmo, que ainda não virou objetivo. O mais provável é que eu parta para a opção solidária de compartilhamento dos livros. É isso.
Estou de volta ao Brasil por algumas semanas para passar as férias de julho com o meu filhote. Isso envolve continuar a minha rotina de trabalho, estudo e pesquisa, mesmo à distância, ficar com ele e resolver algumas coisas em casa antes de viajar novamente. Por isso, foi importante reorganizar a minha rotina.
Como estou acostumada ao fuso horário de +5 horas, eu decidi tentar mantê-lo. Como meu filho está acordando tarde, porque está de férias, eu aproveito o período da manhã para trabalhar tudo o que preciso trabalhar no dia e que me demanda mais concentração, como escrever, responder e-mails e outras coisas do tipo. Almoço com ele, passo a tarde e o início da noite com ele, e de noite ele fica com o pai, que tem hábitos mais noturnos. E eu consigo dormir cedo. Basicamente é isso.
Tem sido uma boa rotina e estou conseguindo fazer o que preciso fazer e passando todo o tempo possível com ele. Vale lembrar que, por ele ser adolescente, ele tem suas próprias atividades, como ficar com os amigos, namorar (pois é) e jogar vídeo-game. Mas, sempre que está em casa, o fato de estar junto com ele conversar, fazer comida, comermos juntos, fazermos passeios etc, já faz toda a diferença.
É um período difícil esse das viagens mas logo acaba. Tô bem centrada em acabar logo para voltar e organizar as coisas por aqui depois desse intercâmbio e, apesar de ser difícil para todos, temos esse objetivo claro em mente, de que é algo bom para o nosso futuro como um todo. Focamos nisso.
Depois de alguns meses fazendo esse trabalho, acredito que agora eu consiga escrever com uma percepção melhor e atualizar vocês aqui no blog.
Fui convidada pela Universidade de Varsóvia, capital da Polônia, para um intercâmbio de pesquisa. Eu e uma outra pesquisadora da PUC em São Paulo fomos selecionadas por nossos projetos atenderem os requisitos do programa. Todo o processo demandou um investimento enorme de tempo e dinheiro da minha parte, pois a bolsa não cobre todos os custos. Seria um investimento que eu faria profissionalmente.
Os primeiros meses foram dedicados a reuniões com professores e assistir algumas aulas. Agora, que a universidade está em férias, meu trabalho deve se concentrar na pesquisa, usando a enorme base de dados da biblioteca da universidade, para finalizar na sequência com algumas apresentações e voltar para o Brasil.
Eu confesso que não esperava que fosse tão difícil como tem sido. Eu conversei muito com o Paul antes de viajar e, estando longe, nos falamos o tempo todo. Mas não tem sido fácil para mim nem para ninguém. Eu voltei a tomar um medicamento para controle da ansiedade – o que eu já tinha tirado há algum tempo. Esse “jogo” neurológico também custou caro, e eu tive dias em que cheguei a passar mal de verdade, achando que teria que ir para o hospital. A solução que encontrei foi esperar menos da faculdade e ter mais autonomia com a minha pesquisa, e também não ficar tanto tempo sozinha na cidade.
Eu confesso a vocês que eu cheguei a decidir largar o doutorado. Mas quando o meu medicamento estabilizou eu tive condições de refletir melhor e decidi que é importante aproveitar essa oportunidade que eu estou tendo da melhor forma possível e terminar o meu trabalho o quanto antes pra poder voltar logo e de uma vez para o Brasil. Para isso acontecer, vou precisar arquivar ou adiar alguns outros projetos, o que faz parte.
Com meu professor orientador!A maravilhosa biblioteca da Universidade
Complementar a base teórica da minha pesquisa para o doutorado no que diz respeito a religião, trabalho e sociedade.
Conhecer outros professores, pesquisadores e cultura universitária.
Esboçar outros artigos e trabalhos científicos que sejam interessantes ao campo.
Desenhar uma primeira versão do que seria a minha pesquisa para um pós doutorado (trabalho dentro dos campos de concentração nazistas).
Com esse projeto, o meu doutorado foi estendido por mais seis meses. Eu deveria defender a tese em março de 2025 e, com a entrada do intercâmbio, ela vai ficar para o segundo semestre do ano que vem. No entanto, se eu conseguir concluir antes, tanto melhor.
Pierogi é o prato típico da Polônia
Minha impressão da Polônia em si tem sido boa. Eu fico mais na universidade, o que é uma bolha, em certo sentido, e as pessoas são amistosas e prestativas. Na rua, tem muito turista. Imagino que em outras cidades menores a Polônia deva ser diferente. Por enquanto eu só fiquei na capital mesmo. Pretendo conhecer Cracóvia e Auschwitz, mas como eu não estava muito legal ultimamente, achei que não seria uma visita legal a se fazer agora. Mas pretendo fazer antes de voltar.
A comida polonesa é muito boa e temperada. Tem sido a melhor parte, sinceramente. Felizmente a Polônia não é um país caro para se viver, e eu tenho gasto menos do que gastaria se estivesse no Brasil (mesmo convertendo). A bolsa do projeto basicamente paga a hospedagem, mas todo o resto é por minha conta.
Eu tenho uma memória muito vívida da minha infância, de quando eu tinha por volta dos oito ou nove anos de idade.
Estava sentada na escada da minha casa, no quintal, olhando para o céu. Quando meus pais não estavam em casa, eu gostava de colocar um disco na vitrola no último volume e ficar ouvindo no quintal, pensando na vida.
Meus pais tinham um disco de música clássica que eu adorava ouvir. As músicas eram intensas. Eu viajava ouvindo “As quatro estações”. Criava roteiros na minha cabeça, dançava sozinha e imaginava cenários para a vida.
E aí eu me lembro desse dia. Eu estava sentada, olhando para o céu, e pensando em todas as possibilidades que existiam no universo.
Naquele momento, eu não pensava em viajar. Aquilo não fazia parte da minha realidade. Quer dizer, meus pais viajavam para a praia de vez em quando. Mas nunca existiu essa ideia de viajar para outro país. Mesmo outra cidade parecia muito distante.
Alguns anos depois, a minha avó fez uma viagem para a Itália com uma excursão. Era um sonho da vida dela, e ela falou sobre essa viagem pelo resto da vida. Isso me inspirou muito. Tanto que, quando “cresci”, eu comecei a alimentar esse sonho de viver lá. Queria terminar a faculdade e tentar a vida na Europa. Eu achei que isso era um sonho em conjunto, mas não era. Quando essa fria realidade caiu sobre a minha cabeça, eu fiquei muito mal – apesar de não compreender a dimensão disso na época. Foi apenas um plano frustrado que me fez terminar meu relacionamento, e me parecia apenas isso – não deu certo, e pronto.
Depois, eu retomei esse relacionamento, pois amava muito o meu ex-marido. Para mim, o que importava era ficar com ele. Fomos felizes, Tivemos um filho juntos. Mas enterrar os próprios sonhos tem um preço que, muitas vezes, a gente não consegue compreender a não ser quando os anos passam e você percebe que a vida vai acabar e você não fez algo que era tão importante para você.
Antes de o Paul nascer, eu gostava de fazer trilhas e acampar – o chamado hiking. Depois que ele nasceu, não fiz mais isso. Vendi minha barraca e equipamentos.
Meu ex-marido não gostava de viajar. Todo feriado ou férias eu queria viajar, conhecer lugares, descobrir coisas. Então a gente tinha isso, e acabou pesando com o passar dos anos.
Em 2011, comecei a trabalhar em um lugar que demandava viajar muito. Foi quando fiz a minha primeira viagem internacional – para os Estados Unidos, para uma certificação. Aquilo desbloqueou algo em mim: a vontade de viajar novamente. De lá para cá, ouso dizer que essa vontade nunca mais foi embora. Viver na Europa era outro sonho. Tem a ver com segurança, claro, mas também com o estilo de vida que eu queria viver. Mais silêncio, um dia a dia com mais qualidade de vida, arte, história. E veja: eu sempre tentei levar isso para o meu dia a dia, mesmo vivendo em São Paulo. Mas a questão da segurança sempre me pegou muito, especialmente depois que nosso filho nasceu. Nós já passamos pelas seguintes situações nos últimos 14 anos (idade dele):
Entre 2015 e 2016, com o golpe se articulando no cenário político brasileiro, eu já estava pensando em mudar. Desenhei todo o planejamento estratégico para abrir a franquia do método GTD em Portugal. Fiz reuniões com a matriz, tudo certinho. Estava no processo de abertura da empresa no país quando meu ex-marido foi enfático: não vou sair do Brasil. Eu arquivei meu sonho novamente, mas analisando hoje eu vejo que aquilo foi a última pedra do buraco. Chegamos a conversar sobre separação na época, e acho que nunca mais fomos os mesmos depois disso. Nos separamos alguns anos depois.
No ano passado, eu tive a oportunidade de fazer um intercâmbio pelo doutorado na Europa. Vim para a Alemanha. Aí fui convidada para esse projeto na Universidade de Varsóvia. Fui para a Polônia. Ainda não finalizei o projeto, mas será este ano. Fui convidada para palestrar em dois eventos internacionais – um na Holanda e outro na Dinamarca. Cheguei a ministrar um curso em Portugal. Empresas européias têm entrado em contato interessadas no conceito de Produtividade Compassiva. As coisas foram se desenhando.
Foto: Henrique Pimentel
Quando surgiu a oportunidade do intercâmbio, o que me permitiu fazê-lo foi ter a segurança de que o Paul estava mais velho e independente e em segurança com o pai dele, que sempre teve como prioridade a paternagem. A saudade dói? Dói demais, mas me doeria ainda mais trazer o Paul e afastá-lo do pai, da família, dos amigos. Eu não sou egoísta. Me doei inteiramente para os outros a minha vida inteira. Esperei meu filho crescer para poder fazer algo por mim, e é o que eu estou fazendo.
Tudo isso também é sobre o futuro dele. Proporcionar possibilidades e oportunidades, caso o Paul queira viver o que eu não vivi. E, acima de tudo, segurança. Eu amo o Brasil, de verdade. Tenho uma empresa no país, acredito no trabalho, nas pessoas. No final das contas, minha ideia é mais sobre aquela música dos Titãs – “Lugar nenhum” – e a do Paul McCartney – “Here, There and Everywhere”. Um paradoxo de existência que não tem certo ou errado, melhor ou pior, bônus sem ônus, mas que é simplesmente a vida que estou vivendo hoje. Não “me mudei” para a Europa. Moro no Brasil. Neste exato momento, estou em um projeto profissional fora do país, mas logo volto. Foi a maneira meio-termo que encontrei de conciliar as coisas.
Durante muitos anos, enquanto não pude viajar, eu viajei de outra maneira – com os meus livros. Não é à toa que eu leio tanto. Ler é viajar para outro lugar. E, na impossibilidade de ir fisicamente, fui muitas vezes mensalmente. Talvez seja algo a se considerar, se você se identificou com este post.
Viajar pode ser bem solitário às vezes. É o que mais pega para mim quando estou viajando. Mergulhar no trabalho e conversar com as pessoas que eu amo pelo celular me ajuda a diminuir a saudade e a me sentir mais querida. Todo esse estilo de vida me permitiu valorizar mais também quem realmente gosta de mim e quer me ver bem. A viagem é do lado de fora mas a mudança acontece internamente o tempo todo também. É como se os horizontes se elevassem de tal maneira que você só consegue enxergar o que é verdadeiramente essencial, de maneira mais ampla, como se estivesse indo para o céu realmente. Muitas vezes, vai.
Há alguns meses eu tive a oportunidade de viajar de noite em um trem-leito de Amsterdam até Berlin. Optei por uma cabine exclusivamente feminina, pela segurança. Junto comigo na cabine, mais duas mulheres completamente estranhas, que eu nunca tinha visto na vida, um pouco mais velhas do que eu (talvez com 50 ou 60 anos). Ambas com mochilas nas costas, rugas de sol no rosto, o cabelo bagunçado, tênis e calça jeans. De onde estavam vindo? Para onde iriam? Do que vivem? Como são as suas vidas? Do que abriram mão para estar ali? E o que ganharam com isso? Eu não sei responder. Ainda procuro responder essas mesmas perguntas sobre mim mesma. Mas ali, naquela cabine, no silêncio da noite, eu me senti pertencente a esse seleto grupo de mulheres que têm a liberdade de fazer o que querem, ir onde quiserem, e que tudo tem um preço. Não ignoro o privilégio. Me aproveito dele.
Nós viajamos em silêncio. Trocamos poucas palavras durante todo o trajeto – aquelas suficientes para pedir desculpas, por favor, ajuda com a escada (minha cama era em cima). Um sorriso esboçado no rosto ao entrar ou sair da cabine de vez em quando. Essas coisas. Uma cumplicidade construída unicamente pelas circunstâncias do momento. Não sabíamos quem éramos, nem o nome uma da outra. Apenas estávamos ali, juntas por um breve período de tempo, indo de um lugar ao outro, com sonhos e objetivos particulares, mas que nos uniam sob um único propósito: viajar. E isso me tocou profundamente, para o resto da vida. Como poderia ser diferente?
Minha viagem para a Dinamarca começou no dia 12 de junho, pegando o vôo de Berlin para Copenhagen. Chegando lá, eu fiquei hospedada no hotel Best Western Plus, perto do aeroporto, o que foi prático porém um pouco longe do centro. Mas tudo bem, porque dava para chegar facilmente de metrô. Eu fiquei lá porque foi um dos hotéis mais baratos que achei. Tem essa coisa: Copenhagen é uma cidade CARA. A Dinamarca é cara. Eu só descobri isso chegando lá.
Meu motivo para essa viagem foi participar do GTD Summer Camp, um congresso imersivo de GTD em um final de semana no litoral da Dinamarca, organizado pela franquia dinamarquesa do método. Eu fui lá apresentar uma palestra relacionando produtividade compassiva com o GTD, e foi muito legal (o pessoal pelo menos elogiou bastante). Sim, eu pretendo gravar uma aula com essa palestra em português, porque acredito que tenha ficado realmente boa. Em breve! Mas, além do evento, eu aproveitei para conhecer Copenhagen, a biblioteca famosa deles, fazer uma sessão de fotos profissionais para o Vida Organizada e também algumas aulas do evento Alquimia da Rotina, que está acontecendo esta semana, no cenário que eu tinha alugado como quarto do hotel.
O segundo hotel que eu fiquei em Copenhagen para gravar as aulas e fazer as fotos é o Zoku. É uma rede de hotéis muito legal que eu tinha conhecido ano passado quando fui ao treinamento da Holacracia em Amsterdam. Eles também têm essa sede em Copenhagen, com o mesmo padrão. O quarto é bastante funcional, com geladeira, microondas (uma mini cozinha), mas o legal mesmo é que, no mesmo prédio, na cobertura, tem uma área externa com jardim pra trabalhar, um coworking com salas para fazer reuniões, além do bar e restaurante. É um hotel caro, mas valeu cada centavo como investimento pelas coisas que eu fiz na cidade.
Aqui estão algumas dicas e recomendações adicionais e dicas caso você tenha chegado até este post buscando informações sobre viagens para Copenhagen:
O aplicativo para a compra de tickets do transporte público se chama DOT. É bem prático comprar através dele.
Uma coisa importante sobre o transporte público é que você paga pela pelas zonas (regiões) que vai circular. O aeroporto fica em uma zona fora da região central principal, então fique atenta/o a isso.
Eu achei mais fácil circular de metrô que de ônibus. Alguns ônibus mudavam seu trajeto (na mesma linha), o que certamente é uma informação que os locais conhecem bem mas eu, como turista, não sabia. Então preferi me deslocar de metrô sempre que possível.
Hospedar-se no centro de Copenhagen é muito mais caro. Recomendo hospedar-se perto de alguma estação de metrô, que te leva rapidinho pra lá e você pode pagar um preço mais em conta.
Quando eu digo que a cidade é cara, é bem cara mesmo. Geralmente o dobro do que se paga nas coisas em euro em outras capitais européias, tipo Berlin, Lisboa, Amsterdam. A moeda delas é a coroa dinamarquesa (DKK). Pra vocês terem uma ideia, um prato normalzinho de comida em uma cafeteria + suco saía em média uns 30 ou 40 euros. Em restaurantes mais “bonitinhos”, podia chegar a 60-80 euros. Muito mais caro que em vários outros lugares que eu já fui.
Tudo se paga com cartão. Não precisei usar dinheiro vivo nenhuma vez.
Alguns lugares que eu recomendo a visita:
Black Diamond – A livraria real da Dinamarca tem esse nome porque ela parece um diamante negro por fora (é um prédio bem moderna) e é absolutamente estonteante por dentro. Vale a visita, e fica perto dos museus, da estátua da pequena sereia e outros pontos turísticos.
Paludan Bogcafé – Uma cafeteria que é uma livraria. Absolutamente incrível. Recomendo almoçar lá um dia para conhecer.
The Library Bar – Eu não cheguei a conhecer, porque ficava longe para mim, mas eu já vi vídeos e fotos de outras pessoas e basicamente é uma livraria antiga que se transformou em um bar, mantendo as estantes com os livros antigos etc. Parece ser um lugar que vale muito a pena.
Stick’n Sushi – Essa é uma rede de restaurantes japoneses que eu já tinha conhecido em Berlin e que traz peixes frescos e um cardápio diferentinho do convencional. É um pouco caro, mas vale a pena jantar lá pelo menos uma vez. Na frente da estação central eles têm uma filial na cobertura que tem vista para os Jardins do Tivoli, o que vale bastante a visita.
Crust – Uma adorável surpresa em frente ao hotel Best Western, no bairro do aeroporto. É uma pizzaria tradicional napolitana, muito boa meeesmo, frequentada por italianos, com música ambiente italiana – o pacote completo. Não era tão cara e a comida era realmente boa. Um achado!
Faraos Cigarer – Eu não poderia deixar de citar essa rede de lojas focada em games e fantasia que tem em Copenhagen. Eles têm umas 10 lojas na cidade, cada uma focada em uma área específica. Eu fui nessas: a especializada em card games (amo Magic), uma especializada em cosplays (absurdo, dá vontade de levar tudo), uma especializada em mangás (para o Paul), uma especializada em jogos de tabuleiro (essa é um paraíso perdido) e uma especializada em fantasias. A loja mais completa que eu já vi sobre esse tema. Recomendo muitíssimo!
Eu não tive tempo de ir em outros lugares, pois fiquei menos de uma semana e, na maior parte do tempo, dedicada ao evento e ao trabalho. Mas essas são as minhas recomendações. Cheguei a ir ao Museu da Dinamarca, o que é sempre uma experiência interessante, mas fiquei meio na bad porque tinha muita coisa roubada das “colônias” e pouca coisa da Dinamarca em si. Eu esperava ver artefatos vikings e coisas do tipo, e quase não tinha. Foi um pouco decepcionante. Mas a cidade tem outros museus. Eu que não consegui visitar mesmo.
Enfim, a viagem foi bastante positiva para mim, em diferentes aspectos. Mas eu saí de lá bem satisfeita com a experiência e não sei se é um lugar que eu voltaria. Meio que já dei o “check” na minha lista de lugares a conhecer.
Quis escrever um post sobre isso porque percebi que acabei não falando aqui no blog e só no Instagram e no YouTube, mas não aqui, e acho legal o blog ter esse registro em texto até mesmo para quem não me acompanha nas outras redes.
Eu estou em Varsóvia, na Polônia, para um estágio de pesquisa como parte do meu Doutorado. Estou estudando com um professor daqui que é especialista em religião, imigrantes e minorias. Ele foi escolhido justamente pelo fato de eu trabalhar com o impacto das crenças dos praticantes budistas no trabalho, falando de uma religião que veio de imigrantes, especialmente no contexto do Brasil.
O estágio é de 5 meses mas, por eu ter o Paul, não teria como fazer esses 5 meses de maneira corrida, direto. Então eu propus um cronograma que me permitiu ficar um tempo aqui, voltar ao Brasil, aí retornar etc, e o professor foi super legal e aceitou fazer dessa maneira. Claro que a faculdade daqui vai custear só o básico, e todos esses trajetos a mais serão bancados por mim, mas se eu trabalho para alguma coisa, é para poder ver meu filho, certo? Não é fácil mas foi uma maneira de fazer, e ele está bem. Conversamos muito antes da viagem, quando o projeto ainda estava em planejamento mesmo, e existia a possibilidade de eu ficar 5 meses direto e ele vir comigo, mas sinceramente não achei que isso seria certo com ele. Não sou egoísta. Para ele vir, ele teria que sair da escola, não conseguiria estudar por aqui, e ficaria sozinho na maior parte do tempo, já que passo o dia todo na faculdade. Lá, ele está em casa, com o pai, os cachorros, a família, e seguindo sua rotina normal escolar e com seus amigos por perto. É mais difícil para mim estar longe, mas conversamos todos os dias e, sinceramente, presença é mais do que estar fisicamente juntos. Aliás, nos aproximamos muito com essa experiência. Tem sido uma coisa boa.
Aliás, estar na Europa foi uma coisa boa. Antes de vir para a Polônia, eu fui para Hamburgo, na Alemanha, onde pude trabalhar no Museu do Trabalho fazendo uma visita e documentação técnicas, para a escrita de um artigo (em desenvolvimento), além de ficar um tempão na biblioteca deles fazendo um levantamento dos títulos para ter como referência. A experiência como um todo tem sido fantástica. Eu pretendo falar mais sobre essa visita ao Museu do Trabalho por aqui. É que não deu pra escrever com calma sobre isso mesmo ainda!
O tempo aqui na Polônia é curtinho (duas semanas desta vez) e bastante intenso, porque tenho muito a fazer em pouco tempo. Eu optei por ficar em um Airbnb desta vez e foi a melhor coisa que eu fiz, pois o apartamento me permite ter uma rotina o mais próximo possível do normal, o que significa preparar minha própria comida, essencialmente. Mas, das próximas vezes, é provável que eu fique nos dormitórios da faculdade. Ainda estamos vendo essa parte logística para os próximos meses.
O que eu estou achando da Polônia? Bem, é um país bastante conservador, o mais católico da Europa, então isso diz muito a respeito da cultura deles. Mas eu tenho achado as pessoas muito simpáticas, bondosas e prestativas, e o tempero da comida deles é uma coisa de louco, tudo muito gostoso mesmo! Aqui eles falam polonês e um inglês basicão só nas áreas turísticas, então o negócio é se virar com mímica, falar uma palavra ou outra em polonês (obrigada, por favor, com licença, bom dia) ou usar o app do Google Tradutor e mostrar a tela se for algo mais complexo. Tem funcionado. Sobre as aulas na faculdade, pretendo fazer um post especialmente sobre isso, porque tenho uma boa dica.
E é isso! Espero que tenham gostado dessa atualização e, aos poucos, vou compartilhando mais sobre essas aventuras de uma mãe empresária e pesquisadora pelo mundo, haha. Um beijo.
Minha viagem para a Alemanha começou como um projeto para o Doutorado e acabou se estendendo em uma série de objetivos.
No final das contas, ela acabou sendo uma viagem de enorme transformação individual. Acabou de maneira inesperada e antecipada, mas não deixou de ser impactante para mim mesmo assim.
Repensei o meu trabalho. Repensei a minha casa. Repensei os meus relacionamentos. Repensei a maneira como eu vivo a minha vida como um todo, quais são os meus objetivos e construções de vida que ainda quero fazer.
Durante mais de um mês na Alemanha, tive a chance de me reconectar comigo mesma, de refletir sobre minhas prioridades e reavaliar o que realmente importava para a minha felicidade e bem-estar. Foi um processo de autoconhecimento profundo, onde pude identificar as áreas da minha vida que precisavam de mais atenção e cuidado.
Eu ainda estou me recuperando do acidente que sofri lá mas, mais do que nunca, sinto-me inspirada a compartilhar com vocês as estratégias e técnicas que me ajudaram a transformar minha viagem em uma jornada de crescimento pessoal. Acredito que todas nós podemos encontrar o equilíbrio e a paz interior que tanto buscamos, mesmo em meio às responsabilidades do dia a dia.
Ao explorar as cidades, conversar com pessoas locais e experimentar a culinária e os costumes alemães, percebi que essa viagem era muito mais do que apenas uma mudança de cenário. Era uma oportunidade de me reconectar com minha essência, de resgatar partes de mim que haviam sido deixadas de lado em meio às responsabilidades e demandas do cotidiano.
Cada novo encontro, cada experiência vivida na Alemanha, trouxe consigo uma lição. Aprendi a apreciar cada momento, a valorizar o presente e a cultivar a gratidão por tudo o que a vida me oferece. Compreendi que a transformação pessoal não é um evento pontual, mas um processo contínuo de crescimento e evolução.
Ao retornar para casa, trouxe comigo uma nova perspectiva e um sentimento renovado de propósito. Estou determinada a trazer as lições aprendidas durante essa jornada para o meu dia a dia, para minha vida aqui e agora. Quero viver com mais autenticidade, com mais presença e com um coração aberto para o que o mundo tem a oferecer.
Ao escrever essas palavras, sinto uma gratidão imensa por ter tido a oportunidade de vivenciar essa jornada de autoconhecimento e transformação pessoal. Estou ansiosa para explorar novos caminhos, para me permitir crescer e para compartilhar minha jornada com aqueles que também buscam o despertar de sua essência. Quero compartilhar tudo com vocês, à medida que fizer sentido para mim.
Viajar é uma experiência única e empolgante, que nos permite explorar novos lugares, culturas e criar memórias inesquecíveis. No entanto, para que a viagem seja realmente proveitosa e tranquila, é fundamental um bom planejamento e organização. Neste post, vou compartilhar com vocês como organizei a minha viagem para a Alemanha, desde o planejamento inicial até as experiências enriquecedoras que tenho vivenciado durante essa jornada.
Motivação para a viagem
A minha motivação para a viagem para a Alemanha foi impulsionada por diversos fatores inspiradores. Primeiramente, estava em busca de aprimorar o meu conhecimento da língua alemã, por meio de um intercâmbio que me permitiria mergulhar na cultura e no idioma local. Além disso, a Alemanha é um país com uma rica história acadêmica, e como pesquisadora, era fundamental ter acesso aos manuscritos originais de renomados intelectuais, como Max Weber e outros, que poderiam enriquecer o meu trabalho de doutorado. A oportunidade de vivenciar uma nova cultura e experimentar o cotidiano em um país europeu também era algo que me instigava, despertando a curiosidade de conhecer diferentes costumes e tradições. Dessa forma, a minha viagem para a Alemanha era uma chance única de expandir horizontes, aprimorar conhecimentos e vivenciar uma experiência enriquecedora em terras europeias.
Planejamento antecipado
Fiquei sabendo da oportunidade da viagem por volta de novembro do ano passado. Desde então, iniciei o planejamento para viajar no final de abril. O planejamento antecipado desempenhou um papel fundamental na organização da minha viagem para a Alemanha. Desde o início, dediquei tempo e esforço para pesquisar e buscar informações sobre os destinos que gostaria de conhecer, as melhores opções de acomodações, as rotas de transporte mais convenientes e as atividades culturais e turísticas imperdíveis durante a minha estadia. Com antecedência, fiz uma lista detalhada das minhas preferências e necessidades, o que me permitiu encontrar opções alinhadas ao meu orçamento e aos meus interesses. Além disso, a reserva antecipada de passagens aéreas e acomodações me proporcionou tranquilidade e segurança, evitando contratempos de última hora. O planejamento meticuloso me permitiu aproveitar ao máximo cada dia da viagem, otimizando o meu tempo e garantindo que eu pudesse explorar os lugares e experiências que eram mais importantes para mim.
Curadoria
Durante o processo de planejamento da minha viagem para a Alemanha, uma das etapas mais empolgantes foi a curadoria dos locais e eventos que estavam alinhados com os meus interesses pessoais e profissionais. Como uma apaixonada por história, música (especialmente rock), cultura e conhecimento, foquei em pesquisar sobre os lugares que me proporcionariam experiências enriquecedoras nesses aspectos. Priorizei visitar locais históricos, museus, bibliotecas e livrarias renomadas, onde pudesse explorar a riqueza da cultura e do conhecimento alemães. Também busquei identificar eventos culturais, concertos de rock e exposições relacionadas aos meus gostos musicais e áreas de interesse acadêmico, como sociologia do trabalho e comunicação. Essa curadoria cuidadosa me permitiu vivenciar experiências únicas e enriquecedoras, mergulhando na atmosfera cultural e intelectual da Alemanha de forma personalizada e significativa.
Orçamento e finanças
Para garantir uma viagem tranquila e dentro das minhas possibilidades financeiras, adotei algumas estratégias. Uma delas foi estabelecer um orçamento detalhado, levando em consideração todos os aspectos da viagem, como passagens aéreas, acomodações, alimentação, transporte e atividades. Além disso, pesquisei e comparei preços com antecedência, buscando por promoções e descontos, e fiz reservas o quanto antes para garantir melhores tarifas. Também busquei alternativas econômicas, como hospedagens em hostels ou apartamentos compartilhados, e explorei opções de transporte público para economizar nos deslocamentos. Essa abordagem cuidadosa me permitiu aproveitar a viagem sem preocupações financeiras excessivas, garantindo uma experiência equilibrada entre desfrutar das atrações e manter uma boa gestão das minhas finanças. Dinheiro vivo, cartão de crédito para emergências e um cartão de débito pré-pago internacional foram essenciais.
Para acomodação, considerei diversas opções, como hotéis, aluguéis de apartamentos e hospedagens alternativas, levando em conta fatores como localização, comodidades e avaliações de outros viajantes. Eu preferi ficar em hotel por conta da segurança e estrutura, e sempre que possível na rede Accor, que (para mim) oferece uma boa relação custo-benefício para quem viaja falando em inglês. Quanto ao transporte, explorei diferentes alternativas, utilizando principalmente o sistema de transporte público local, como metrô e ônibus, que são eficientes e abrangentes. Também aproveitei para explorar a cidade a pé, permitindo-me descobrir lugares e detalhes que seriam perdidos de outra forma.
Contatos de emergência
Durante o planejamento da minha viagem para a Alemanha, um aspecto importante foi garantir que eu tivesse contatos de emergência caso algo inesperado acontecesse. Procurei obter informações sobre os serviços de emergência locais, como números de telefone para contato em caso de necessidade médica, policial ou de outro tipo de emergência. Além disso, mantive cópias dos meus documentos importantes, como passaporte e seguro de viagem, em locais seguros e compartilhei informações relevantes com familiares e amigos próximos. Também pedi contatos dos meus alunos que moram na Alemanha, caso precise. rs. Ter esses contatos de emergência prontos e acessíveis me proporcionou tranquilidade, sabendo que eu estava preparado para lidar com qualquer eventualidade durante a minha estadia na Alemanha.
Deixar tudo organizado no Brasil
Antes de embarcar para a minha viagem à Alemanha, um dos aspectos essenciais foi deixar tudo organizado em casa para garantir que minha família, meu filho, meus cachorros e as questões financeiras estivessem devidamente cuidadas. Dediquei um tempo para conversar com minha família e dividir responsabilidades, assegurando que todos estivessem cientes das tarefas e rotinas diárias. Organizei uma lista detalhada de contas a pagar, planejei o pagamento antecipado de algumas despesas e organizei minha documentação financeira para facilitar o acesso e o gerenciamento enquanto estivesse fora. Além disso, criei um sistema para garantir que meu filho e meus animais de estimação estivessem bem cuidados e recebessem a atenção necessária durante minha ausência. Ao deixar tudo organizado em casa, pude viajar com a tranquilidade de que as coisas estavam sob controle e todos estariam bem durante minha estadia na Alemanha.
Pretendo sim fazer mais posts com o tempo mas espero que este já ajude um pouco a tirar algumas dúvidas. Se tiver alguma pergunta, deixe um comentário!
Bom, eu estou me preparando para uma viagem internacional e quero compartilhar com vocês como tenho feito a gestão do meu tempo para tornar essa experiência mais tranquila e organizada.
Notion
Cara, eu amo o Notion. É incrível como ele se torna melhor à medida que você vai usando.
Basicamente, o que tenho feito nessa última semana é revisar, revisar e revisar as minhas listas de afazeres e todo o meu planejamento da viagem para garantir que eu não esteja esquecendo nada.
Assim, eu consigo visualizar tudo o que precisa ser feito e priorizar as tarefas mais urgentes.
Finanças
Outro ponto importante é o planejamento financeiro. Eu separei um tempo para revisar meu orçamento e garantir que tenho dinheiro suficiente para cobrir todos os gastos da viagem, incluindo hospedagem, transporte, alimentação e imprevistos.
Algumas hospedagens já foram pagas daqui do Brasil mesmo
Quero usar o cartão de crédito apenas para reserva de hotel pela internet e compras pela Amazon, por exemplo
No dia a dia, vou usar dinheiro e cartão de débito pré-pago, que posso recarregar ao longo da viagem se precisar
Deixei um dinheiro de reserva em casa, contas pagas e tudo o mais
Trabalho
Também estou delegando responsabilidades para minha equipe e definindo prazos claros para a realização de tarefas importantes. Assim, posso ficar mais tranquila sabendo que tudo está sendo cuidado enquanto estou fora.
O grande desafio é o fuso horário. Estarei 5 horas à frente. Estamos nos organizando para reuniões, aulas etc.
Além disso, estou programando as postagens nas redes sociais para entrarem enquanto eu estiver viajando, para manter a presença da empresa mesmo à distância.
Ainda sobre o fuso…
Pretendo usar a primeira semana lá para focar em me acostumar com o novo horário. Isso significa acertar os horários de alimentação, sono e atividade física, para meu metabolismo entender o que está acontecendo e isso leva tempo. Quando isso estiver acertado, eu posso descobrir como vou funcionar melhor por lá, especialmente porque anoitece mais tarde etc. Então vou falar mais sobre isso em breve simmmm.
Planejar e gerenciar o tempo antes de uma viagem internacional é essencial para garantir uma experiência mais tranquila e proveitosa. Espero que essas dicas tenham sido úteis para vocês!
Aqui em casa, filhote já esteve internado algumas vezes com problemas respiratórios e, por isso, não podemos arriscar. Por mais que eu e meu marido estejamos vacinados (por enquanto, só a primeira dose), nosso filho não está. E eu prefiro pecar pelo excesso de cuidado que ter remorso depois.
#1 Colocar o relógio de pulso no horário do destino assim que entro no avião. Isso me ajuda a tentar programar as sonecas ou perÃodos de descanso de acordo com o horário local. Não que eu vá conseguir mudar meu ritmo rápido assim, mas ajuda.
Por exemplo, o evento principal (para mim) era o dia da minha palestra. Que roupa eu gostaria de usar nela? Escolhi a roupa e, a partir dela, fui desenhando para os outros dias.
A gente pegou uns dias bem quentes por lá, então camiseta + calça de sarja + sapatilha ou tênis foram o uniforme de modo geral. Dentro do evento, o ar condicionado sempre pega, então ter um blazer ou jaqueta o tempo todo ajuda.
Outra coisa que eu busquei fazer foi alternar os tipos de looks de acordo com os dias para não parecer que eu estava repetindo muito. Não que isso tivesse algum problema, mas eu prefiro – me ajuda a gerenciar a criatividade com os looks.
Um pouco do jantar no barco (muito chic)
Dizem que levar lenços e outros acessórios ajuda a mudar o visual. Sinceramente, eu calculei bem mesmo esses. Levei uma carteira para sair à noite, uma bolsa padrão para o dia a dia, e apenas dois lenços (e usei só um, na foto acima). Levei alguns colares, mas não usei nenhum. Senti falta da minha mochila. Fico com dor nas costas de levar bolsa o tempo todo.
Vale dizer que viajei despachando mala, então não tive limitações de espaço para levar e trazer tudo o que eu queria.
Outros looks:
Photo by Marta Bockhorny
Espero que este post tenha sido útil caso você esteja organizando uma viagem assim. Deixe nos comentários dicas adicionais, caso as tenha, pois isso poderá ajudar outros leitores. Obrigada!
Antes de entrar no avião, eu guardo na mala de bordo tudo aquilo que eu NÃO vou precisar durante o vôo e deixo comigo (em uma bolsa grande, tipo sacola, com zÃper, bastante flexÃvel) tudo aquilo que vou usar durante o vôo. Isso me ajuda a só ter que abrir o compartimento superior e mexer na mala se for algo muito fora da curva, uma exceção. De modo geral, durante a viagem não faço isso.
a almofada para o pescoço eu levo mesmo que não pretenda dormir, porque ela me ajuda a descansar o pescoço ao longo da viagem
Tenho um post anterior aqui no blog onde listo tudo o que eu levo.
Quando entro e sento na minha poltrona, eu não fico necessariamente fazendo muitas atividades, para não “queimar atividade” antes do tempo. O que eu gosto de fazer: um setup básico, que inclui deixar água, balas e um próximo lanchinho (geralmente uma barra de cereal ou castanhas) no bolsão da frente, assim como o Bullet Journal com uma caneta dentro. Coloco a bolsa embaixo do assento à frente.
No começo da viagem estou descansada e com uma boa energia. Por isso, gosto de aproveitar para fazer atividades que usem a cabeça.
Nessa última viagem, fiz uma super captura no meu Bullet Journal, contando como foi a viagem, o evento, os aprendizados que tive, as conversas, as ideias. À medida que a gente escreve, outras coisas começam a vir na mente, e vou capturando todas. É um momento muito de mente plena e engajamento apropriado.
Depois de escrever nesse modelo quase de diário, eu resolvi fazer uma lista do que seria prioridade naquela semana pós viagem. Eu sempre reservo os primeiros três dias depois da volta para organizar a vida e me colocar no fuso horário de novo. Desse modo, configuro o foco apropriado para quando efetivamente “voltar ao trabalho” no dia seguinte.
Geralmente, ao final desse segundo filme, eu tento tirar uma soneca. Mesmo que não consiga dormir, eu fico de olhos fechados, plugs nos ouvidos, fone de ouvido que corta ruÃdo (Bose Quiet Comfort), máscara nos olhos e travesseiro de pescoço. Se eu conseguir dormir um pouco, excelente. Se não, não tem problema – pelo menos descansei um pouquinho.
Quando falta cerca de meia hora para o avião pousar, vou ao banheiro garantir o último xixi e dar uma geral no visual para descer do avião mais bonitinha (ou nem tanto com uma cara de acabada após 11 horas de vôo!).
vale a pena despachar bagagem para ter um pouco mais de conforto. sei que cada um, cada um, neste quesito. eu apenas prefiro. comigo, a bordo, levo apenas equipamentos de trabalho e itens que usarei durante a viagem.
Mesmo fazendo tudo isso com antecedência, problemas podem acontecer. Nosso vôo foi cancelado um dia antes. Consegui ser alocada na versão mais próxima das condições acima mesmo assim.
Não me importo de ficar em um hotel mais simples, desde que me atenda minimamente, pois não vou passar muito tempo lá – vou ficar fora o dia inteiro. Uma cama confortável e um chuveiro legal são suficientes. Mas especialmente em Amsterdam tem que tomar cuidado para não ficar no red light district, que tem muita gente que bebe de noite, fica circulando fazendo bagunça etc.
Dicas adicionais:
gosto de reservar pelo booking com a opção de cancelamento gratuito.
prefiro que o hotel tenha uma boa localização, mas não precisa necessariamente ser perto do centro da cidade, e sim perto de meios de transporte que me levam para qualquer lugar que eu precise.
dou preferência a quartos maiores pois não gosto da sensação claustrofóbica de ficar em um lugar muito pequeno.
olho pelas fotos se o quarto parece confortável (cama e chuveiro).
na dúvida, fico em redes conhecidas como ibis, mercure, holiday inn, radisson etc.
prefiro não locar airbnb (opção estritamente pessoal, sei que tem gente que adora etc). eu apenas prefiro hotel pela segurança de ter uma recepção caso tenha qualquer problema, pois geralmente viajo sozinha, a trabalho.
Orçamento
Depende muito de cada destino e do objetivo da viagem. Claro que, se você for para a Disney, vai gastar mais, pois tem os parques, tem as compras, você está indo quase que exclusivamente para gastar dinheiro. Agora, de modo geral, eu sempre penso na experiência do local. Existem passeios que vou querer fazer, e reservo dinheiro para eles, mas de modo geral prefiro passear pela cidade como se fosse uma moradora. Imagino como seria se eu passeasse pela minha cidade (São Paulo), pegando Uber e transporte público, comendo fora todos os dias, fazendo passeios e compras ocasionais. Quanto ficaria? Com base nisso, calculo mais ou menos na moeda local quanto vou precisar.
Gosto de estabelecer um valor para compras de acordo com algumas coisas que já tenho em mente. Desta vez, eu queria comprar apenas algumas coisas bem bobas e especÃficas, que eram:
cadernos para bullet journal (moleskine, leichturn)
Particularmente, sou bem caxias com a coisa do dinheiro porque prefiro sempre que sobre a gastar tudo. Enquanto eu não estiver de volta em Guarulhos, no Brasil, eu acho que pode acontecer algo e eu posso vir a precisar do dinheiro.
Não gosto de fazer um roteiro todo engessado para as viagens. Prefiro listar os lugares que pretendo visitar e deixar rolar de acordo com o que for prioridade.
Para mim, segurança, conforto e liberdade são os três valores mais importantes ao organizar uma viagem. Pretendo fazer outros posts nos próximos dias falando sobre outras questões (mala, tempo de avião, fuso horário etc). Espero que o post tenha ajudado de modo geral na questão da organização de uma viagem internacional.
Vale dizer que os livros são mais caros nessas livrarias. Livraria local jamais conseguirá competir com preços de lojas na Internet. Vá preparada/o.
Essas são as minhas indicações em Paraty! Claro que existem vários outros lugares e passeios, mas quis indicar poucos e preferidos. Espero que tenha gostado e que o post seja útil para a sua viagem.