Planos para a minha biblioteca

Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro

Muitas vezes, quando estou conversando com o meu namorado sobre uma possível futura mudança para a Europa, eu brinco dizendo que a “treta” mesmo vai ser fazer a mudança da “biblioteca dos reis” – levar toda a minha imensa quantidade de livros através do oceano para uma nova casa em outro continente. Para quem não sabe, essa história de “biblioteca dos reis” teve até um livro escrito pela Lilia Schwarcz (antropóloga):

Primeiro de novembro de 1755, dia de Todos os Santos. A população de Lisboa se apronta para viver mais um pacato dia de feriado, sem imaginar o mal que vinha da terra. Em poucas horas, um terremoto devastador, seguido de incêndio e maremoto, destruiria a capital do Império e, junto com ela, sua célebre Real Biblioteca, fruto dos livros reunidos pelos monarcas portugueses por séculos.A narrativa de A longa viagem da biblioteca dos reis começa a partir desse episódio e percorre eventos fundamentais da história brasileira, sempre através dos livros. A antropóloga Lilia Schwarcz acompanha a reconstrução do acervo nas mãos do marquês de Pombal, os tempos incertos de d. Maria I, o angustiante momento da fuga da família real – que atravessava o Atlântico pela primeira vez – e as vicissitudes de sua nova vida nos trópicos, até chegar ao processo de independência brasileiro – quando se pagou, e muito, pela Real Biblioteca.Os livros, porém, permitem mais: são símbolos de poder e de prestígio, carregam dons e possibilitam viajar no tempo e no espaço. Ao evadir-se de Portugal, d. João não esqueceu da biblioteca – que veio em três viagens sucessivas -, assim como d. Pedro I não abriu mão das obras e do lustro que elas garantiam: nada como iniciar uma história autônoma tendo uma Biblioteca Nacional desse porte para assegurar um passado e conferir erudição a um país recém-emancipado.A longa viagem da biblioteca dos reis refaz muitas jornadas e mostra como, por intermédio de bibliotecários mal-humorados, obras selecionadas, ilustrações raras e muitos sistemas de classificação, pode-se contar uma outra história desse mesmo país.

Tá, eu não tenho exatamente essa mesma quantidade de livros e livros tão raros ou de herança como nesse caso. Tudo não passa de uma brincadeira. Mas a brincadeira soa como o famoso “kkcrying”: tô brincando mas, no fundo, é algo a se pensar. Então eu queria compartilhar com vocês quais são os meus planos.

No momento – e, quando digo momento, me refiro a momento de vida – eu estou organizando a minha biblioteca na sala comercial que antes pertencia ao Vida Organizada. Como eu estou fazendo esse movimento de migração para voltar a trabalhar sozinha, alguns itens não precisarão mais estar no escritório, tais como mesas, cadeiras etc. Então a minha ideia é transformar a sala em uma grande biblioteca, onde eu possa trabalhar e estudar também quando estiver no Brasil. Isso tiraria os meus livros de casa (moro de aluguel) e os deixaria em um lugar mais meu, já que a sala é própria (ainda pagando o financiamento, mas própria). Esse processo tem sido demorado porque estou viajando muitas vezes e então estamos levando estantes e livros todos aos poucos (minha família está me ajudando com a mudança). Eu ainda tenho muitos livros na antiga casa (cerca de 300) e mais alguns tantos (uns 200) no meu apartamento. Vou considerar esse projeto concluído quando eu conseguir levar tudo para a sala e, em uma segunda etapa, ter selecionado livros que não me interessam para doar.

O fato é que, diante de uma eventual mudança de continente, obviamente eu não pretendo levar todos os meus livros. Essa será uma outra fase, em que pretendo fazer o seguinte:

  1. Levar alguns poucos livros mais significativos e que não encontrarei por lá.
  2. Transformar a minha biblioteca aqui em uma biblioteca comunitária a serviço dos trabalhadores.

Eu ainda não sei exatamente como seria esse funcionamento – se eu mesma vou administrar essa biblioteca de longe ou se vou doar para alguma instituição já existente (mais provável). Mas minha ideia é definitivamente criar essa biblioteca comunitária, disponibilizando os livros para todo mundo. Outra possibilidade é abrir uma cafeteria com livraria – sonho antigo – aqui ou na Europa. Mas isso é sonho mesmo, que ainda não virou objetivo. O mais provável é que eu parta para a opção solidária de compartilhamento dos livros. É isso. 😉

Até lá, tenho muito ainda a curtir minha biblioteca, o que faço diariamente, onde eu estiver.

Armário-Cápsula – 1 mês na França

Ah, o que a quarentena faz com as nossas pobres mentes! XD

Eu gosto de usar a técnica do armário-cápsula para organizar o meu guarda-roupa. A adaptação que faço é criar uma cápsula de peças para um período de tempo em que ela faça sentido para mim – não necessariamente por estação, mas uso as estações como direcionamento.

No início de setembro, eu reorganizei o meu armário para esse período entre estações. Setembro é um mês esquisito em São Paulo, porque temos dias muito quentes, assim como dias frios, e chove muito ou o tempo fica super seco durante uma semana. Então foi um armário de transição mesmo.

No entanto, com a entrada de outubro, o “friozão” se tornou menos frequente e eu percebi que poderia guardar as blusas mais grossas de lã, lavando, mandando cobertor mais grosso para a lavanderia e dando adeus definitivamente para o inverno. Isso me deu vontade de reorganizar o guarda-roupa novamente, e decidi dar a ele o tema de “1 mês em Paris”. rs

Não, é óbvio que eu não vou viajar. Mas eu quis cortar a minha franja de novo e, inspirada pela série na Netflix (“Emily em Paris”), tudo estava me deixando com vontade de pensar em um armário-cápsula de transição para o verão com essa temática. Então lá fui eu no último domingo reorganizar as coisas e manter as peças que fossem coesas nessa temática. É uma maneira de exercitar a criatividade. Eu me divirto.

Escolhi duas cores neutras escuras (preto e marinho) e duas cores neutras claras (branco e bege). Como cores de destaque, escolhi o azul “bic” e o amarelo. Tudo o que não se encaixasse nesses tons eu guardei em outra parte do guarda-roupa, com uma ou duas exceções (por exemplo, uma camiseta listrada marrom que dá para ver na gaveta acima).

Sobre as peças:

  • Calças essencialmente jeans, tirando uma de alfaiataria preta e uma pantacourt bege. Uma minissaia de couro (fake) preta, porque é a única minissaia que tenho. Dois vestidos de malha pretos e um vestido florido longo que adoro. Uma bermuda jeans com laço e uma bermuda de linho bege. Essas foram as partes de baixo.
  • Mantive suéteres pretos, bege, marinho e branco. E um listrado preto e branco.
  • Camisas, apenas duas: uma branca e uma jeans.
  • De casacos: um trench bege, uma jaqueta jeans e um blazer preto.
  • Algumas blusinhas estão penduradas – blusas que não considero camisetas, pois são de algum tecido mais molinho ou são regatas.
  • Na gaveta, estão, da esquerda para a direita: os suéteres, camisetas listradas (em seu esplendor nesse tema de armário!), camisetas lisas, camisetas estampadas e camisetas de manga longa. Acabam sendo o que eu mais uso no dia a dia.

Nas outras duas gavetas do armário, uma é para lingeries e outra para pijamas e roupas de ginástica.

As calças jeans, tenho tipos diferentes: uma pantalona, uma skinny, uma pantacourt e uma reta, mais clara. Também tem uma de sarja branca e outra preta.

Chamei esse armário de “1 mês na França” porque é o que eu levaria se fosse passar um mês lá. Só podemos sonhar no momento, então que a França venha até mim. <3

Eu acredito que esse armário se mantenha por mais ou menos um mês mesmo, antes da chegada do verão e de um calor mais intenso.

Organização da estante de livros por cores

Ter uma biblioteca em casa é um hobby fascinante.

Eu amo os meus livros. Amo cuidar deles e constantemente buscar novas maneiras de interagir e brincar com a sua disposição.

Organizar por ordem cronológica, por autor ou por assunto é o que normalmente se faz. E é como faço. Mas, de vez em quando, tenho vontade de testar novas configurações.

Esta semana, em comemoração à Semana da Produtividade Compassiva, para deixar o cenário das aulas mais “festivo”, eu resolvi organizar as minhas estantes novamente pelas cores das lombadas dos livros.

Tenho duas estantes, então uma está com os livros coloridos e a outra com os livros em preto e branco.

Eu tenho livros em outros lugares da casa também: cozinha, sala, meu quarto e no quarto do filhote. Essas estante estão no meu escritório em casa (vulgo home-office).

É claro que organizar por assunto torna a busca mais fácil, mas dá para ter uma ordem mesmo organizando por cores. Nas cores em questão, eu agrupo os livros pelos temas, então não fica tão difícil assim encontrar o que eu procuro. Além do que, eu ADORO procurar os livros. Lembre-se o que disse no início: a biblioteca não é apenas funcional – ela é um hobby, para mim. Amo demais ter os livros e cuidar deles. Me pego várias vezes apenas refletindo olhando os títulos na estante.

Esse tipo de coisa torna a minha vida mais feliz. <3 Gosto de compartilhar.

Como eu organizo os meus frascos na despensa aberta

Eu tenho uma estante aberta na minha cozinha onde organizo parte da despensa.

Sempre que posto alguma foto dela no Instagram, recebo algumas perguntas sobre ela acumular pó etc. Hoje eu reorganizei meus frascos e queria compartilhar então como funciona na prática.

Sobre acumular poeira ou ficarem engordurados. Não fazemos frituras em casa, então não ficam engordurados. De qualquer maneira, também não ficam empoeirados porque o que eu deixo nessa estante, mesmo nos potes, são alimentos que uso praticamente todos os dias. Quando pego algum deles, sempre verifico 1) o prazo de validade e 2) dou uma limpadinha com um pano úmido. Assim, eles sempre ficam limpos. Uma vez por semana, aquela coisa: tira todos da estante e limpa a base de cada prateleira.

Os frascos servem para armazenar itens que foram abertos, especialmente cereais, leguminosas e especiarias.

Tenho uma prateleira onde coloco as compras que ainda vou abrir e depois armazenar corretamente. De modo geral, estou tentando cada vez mais não consumir coisas em pacotes e saquinhos plásticos, mas ainda não alcancei isso em 100% dos casos.

Eu também dedico um nicho no armário fechado para armazenar os frascos vazios e lavados, para que estejam sempre à mão quando eu precisar. De modo geral, se abro um pacote, quero armazenar em um vidro fechado, para evitar bichinhos, umidade etc.

Frasco é uma coisa cara, então compro aos poucos. Também reaproveito sempre que possível – vidros de palmito, por exemplo.

Eu já liguei mais para a padronização das etiquetas. Hoje até prefiro que cada vidrinho tenha uma cara, pois traz um ar rústico, aconchegante, de trabalho prático mesmo e não de perfeição. Logo, tem vidrinhos com etiquetas bonitinhas, outros em que escrevo com caneta, e muitos em que eu simplesmente corto da embalagem e colo com fita adesiva.

Para isso, deixo sempre uma tesoura multifuncional na cozinha e uma fita adesiva transparente. No dia a dia, quando abro alguma embalagem, eu passo para o frasco e recorto tanto o nome quanto a data de validade e colo no vidrinho.

Eles são usados todos os dias. Então não são apenas decoração, acumulando poeira. Por isso faz sentido ficarem em estante aberta.

Desde que me tornei vegana, há quase um ano, tenho cozinhado muito mais. Com a implementação do Ayurveda, cozinho todos os dias – às vezes, três vezes por dia. Então precisa ser prático para mim, e esse é um formato que funciona bem para todos nós aqui em casa (meu marido também cozinha). Funciona para nós. Não ligo tanto para a padronização, mas para a praticidade e a sustentabilidade.

Como organizamos o armazenamento e estoque de alimentos

Quando o primeiro caso de COVID19 foi notificado no Brasil, eu já vinha acompanhando o que estava acontecendo nos outros países (especialmente Itália e Espanha) e já iniciei um planejamento mesmo que leve para termos estoque de alimentos em casa, caso não pudéssemos sair. Eu não sabia o que esperar, tive medo de termos alguém contaminado em casa (marido com bronquite, filho com asma) e isso nos deixar de quarentena. Fizemos uma compra para duas semanas então, e assim estamos administrando desde o final de fevereiro. Comentei em outro post recente como estamos fazendo as compras – pode ser que te interesse para entender melhor o contexto do post de hoje, se você ainda não tiver lido.

O grande desafio sempre foi com alimentos frescos. Então analisamos o que poderíamos comprar e congelar, e assim o fizemos com carnes (para o Paul), brócolis, couve-flor, massa (eu gosto de fazer massas, tipo para biscoitinhos, e aí congelo), edamame, espinafre, ervilhas, seleta de legumes, algumas frutas.

Os outros alimentos frescos compraríamos semanalmente. Para diminuir o risco de contágio (pela exposição dos itens no mercado), assinamos uma cesta de orgânicos. Falei mais sobre isso no outro post, que citei acima. Em resumo, toda semana recebemos esses alimentos frescos e orgânicos, e isso resolve a nossa demanda por alimentos frescos.

Todo o restante podemos administrar comprando a cada 7 ou 15 dias. Essas foram as coisas:

  • bebidas (água de coco em caixinha, chá, refrigerante, suco integral, água mineral)
  • especiarias secas (canela, cúrcuma, cravo, essas coisas)
  • arroz
  • massas secas
  • feijão
  • grão de bico enlatado
  • outros vegetais enlatados (milho, ervilha)
  • proteína texturizada de soja
  • molho pronto de tomate
  • amendoim e castanhas no geral
  • docinhos (como goiabada)
  • pão integral, bisnaguinhas, essas coisas de padaria
  • frios (para os meninos)
  • carnes frescas (para o Paul)

Temos quatro pontos de armazenamento em casa, como a maioria das casas: geladeira, congelador, despensa fechada e despensa aberta. E um um dos meus planos para os próximos meses é montar uma pequena horta para ervas frescas em casa, porque usamos bastante e também porque acho que vai ser uma coisa a mais para me distrair.

Um investimento de vida, que já faço há algum tempo, é de produtos organizadores para a despensa, como potes herméticos. Isso é algo para ir comprando aos poucos, mas é a melhor maneira de armazenar grãos e outros itens com embalagens abertas. Eu reaproveito muita embalagem também. Se vocês quiserem, posso fazer um post exclusivamente sobre esse assunto!

Lembre-se de sempre colocar a validade quando tirar o alimento da embalagem.

Não há por que comprar em quantidades extremas porque os mercados continuam abertos e vão continuar. Ter em casa sempre armazenamento para pelo menos duas semanas me deixa tranquila, caso seja necessário. Espero que o post tenha sido útil de alguma maneira.

Reorganizando o guarda-roupa para a meia estação (já é outono?)

As mudanças climáticas em nosso planeta definitivamente estão fora do controle e cada vez mais vamos senti-las em nosso cotidiano. Vejam vocês: São Paulo, em pleno Carnaval, chuva e frio. Tudo bem que sempre chove nessa época (“são as águas de março fechando o verão”), mas faz calor, essencialmente. Eu fiquei bem friorenta depois que emagreci e estava passando frio *real* nas últimas semanas, quando decidi parar um dia e reorganizar todo o meu guarda-roupa. Vou explicar neste post como eu fiz.

Eu organizo meu guarda-roupa por estações. Mais precisamente, usando o método do armário-cápsula. Isso significa que durante um determinado período de tempo eu vou usar apenas aquelas peças que escolhi e que fazem sentido para o período em questão. Esse período tradicionalmente é por estação, mas pode ser por tempo (1 mês, 1 semana), para uma viagem, ou qualquer outro critério que você queira. Não se trata da estação em si, nem de uma quantidade menor de peças, mas de escolher peças coerentes com o que você vai viver naquele período que estabeleceu.

Minha situação então era a seguinte: não era outono ainda, também não estava um frio exagerado, mas eu não planejava mais ir para a praia ou piscina, e estava passando frio diariamente. Logo, o que eu fiz foi colocar TODAS as minhas roupas em cima da cama e fazer uma seleção do que poderia guardar e do que gostaria de usar nessa “cápsula”.

Eu guardei o que ainda era muito de inverno e que não vou usar agora, como calças de lã e casacos mais pesados. Também guardei o que era muito de verão, como maiôs, biquínis e acessórios de praia. Esses eu guardo em um compartimento que fica na parte de cima do meu guarda-roupa, que só consigo acessar com uma escadinha.

A ideia era deixar na parte mais fácil de acessar do guarda-roupa as peças da “cápsula” atual.

Para isso, quis me impôr um desafio criativo: não usar preto. Eu amo preto, uso muito e, de certa maneira, é meu uniforme. Mas eu quero explorar outras cores. Veja: eu já tive um período radicalmente minimalista na minha vida, onde tinha apenas duas calças jeans e sete camisetas pretas. Era o meu guarda-roupa. Eu já vivi isso. Hoje, depois de ter passado por vários desafios de saúde e ter emagrecido, estou em uma fase de me curtir, me cuidar e querer ficar bonita para me sentir bem. Estou feliz assim. A vida é feita de fases. Logo, esse desafio me pareceu uma oportunidade criativa interessante,

Escolhi as cores de outono mesmo – que eu costumo associar ao outono. Marrom, camelo, bege, verde e vinho. O azul entrou como cor do jeans – calça e jaqueta, basicamente, para facilitar as combinações no dia a dia, pois não tenho tantas peças (especialmente partes de baixo nos tons terrosos) e não quero sair comprando roupas assim.

Logo, tudo o que não era dessas cores eu guardei – olha que bonitinho. Mas eu guardei em caixas que ficam em um local mais acessível. Logo, se eu tiver vontade de usar outras peças de outras cores, inclusive preto, tá fácil de pegar. Porém, eu deixo “expostas” apenas as peças das cores que quero, pois acredito que isso me estimule a usar tais combinações.

De fato, eu sei que é um pouco abstrato tentar explicar sem efetivamente mostrar, por isso eu gravei um vídeo mostrando as peças e a arrumação no armário. Espero que gostem. <3

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E me acompanhe no Insta, onde vou postar nos stories os looks diários com as peças desse armário.

Vamos ver se vai dar certo usar essas peças de meia estação e não usar preto (pelo menos não diariamente). 🙂

O ponto-chave da organização de cada ambiente da casa

Trabalhar com organização permite algumas situações muito legais, ricas e criativas no meu dia a dia. Eu converso com outras pessoas que trabalham com isso, especialmente Personal Organizers, e trocamos ideias sobre os desafios da profissão. Também converso muito com as minhas alunas e amigos sobre a organização da vida como um todo, e o tema “organização da casa” sempre aparece, pois é uma necessidade que todo mundo tem.

Eu já levantei esse ponto algumas vezes aqui no blog, que é o de como a gente vem repensando, na contemporaneidade, o propósito de cada ambiente da casa. Pelo menos, aqui em casa, tenho percebido muito isso. Aqui em casa, a nossa sala, por exemplo, é o espaço coletivo. Logo, atende todos nós que moramos aqui. Também tem o home-office do meu marido.

Já a cozinha é o coletivo mas funciona essencialmente como um espaço de trabalho. Então várias vezes eu fico trabalhando por lá, ou meu marido usa a bancada para encapar cadernos do Paul, ou o Paul usa para fazer a lição de casa. Mais do que apenas preparar as refeições, é esse espaço coletivo de trabalho.

Meu home-office é um lugar de concentração. E eu estou proporcionando mudanças na organização dele justamente para que ele fique cada vez mais voltado para essa finalidade.

Quarto é lugar de descanso. Banheiro é lugar de renovação.

Pensar dessa maneira na casa, em cada cômodo, ajuda muito a gente a repensar a organização e o armazenamento das coisas. Já comentei outras vezes por aqui que minimalismo não é um destino, mas um princípio – quero ter em casa apenas o que a gente ama, usa ou precisa. Logo, o destralhar é um exercício diário, que na verdade começa naquilo que não consumimos.

Eu ainda vejo muitas casas “vazias” no sentido de que existem cômodos arrumados mas que não são usados. Outro dia eu citei em um vídeo lá no canal que às vezes a pessoa tem uma sala de jantar com uma mesa de oito lugares, mas nunca recebe ninguém. E precisa ter um home-office em casa, mas “não tem espaço”. A gente precisa ressignificar os cômodos. Repensar os propósitos. Porque o mundo está mudando e essa mudança está se refletindo nas nossas casas. A pergunta é: estamos preparados para ela? O que você tem feito na sua casa hoje para que ela reflita, cada vez mais, as necessidades de quem vive ali, diariamente?

Para pensar…

Organização de arquivos domésticos e pessoais

Sempre achei curioso quando lia o David (Allen, autor do método GTD) dizendo que um dos maiores fatores de bagunça e confusão mental para a maioria das pessoas era não ter um sistema de arquivamento de referências eficaz. Um arquivo de referência pode significar muita coisa. Pode ir desde a sua agenda de contatos até as escrituras, certidões, recibos do Imposto de Renda e outros documentos importantes. São, dentro do GTD, o que categorizamos como “não demanda ação, mas precisamos guardar”.

O tal arquivo de referência é tão importante que, no livro, ele diz que a pessoa precisa tê-lo antes mesmo de se propôr a usar o método, pois essa parte 1) leva tempo e 2) é decisiva sobre onde armazenar alguns materiais. Em resumo, se você não tiver isso organizado, não adianta tentar implementar método algum, pois a bagunça vai se instaurar. Você vai se fazer fazendo pilhas de papéis e arquivos, acumulando novamente documentos que fez download em sua área de trabalho e por aí vai.

Eu poderia passar o post inteiro dizendo quais são os benefícios de você ter um sistema de arquivamento organizado, mas vou focar em apenas três: sua vida fica mais fácil (por encontrar rápido o que precisa), você economiza tempo (idem) e reduz frustrações (é extremamente frustrante você precisar de um documento que sabe que tem mas não tem ideia de onde está).

Para ler especificamente sobre arquivo de referência dentro do método GTD, temos outro post aqui que entra em detalhes. Mas recomendo a leitura apenas após o término deste aqui, que dá uma visão mais geral, tá bem?

Toda e qualquer solução de organização, do meu ponto de vista, deve se adequar à sua vida para funcionar de verdade. É importante que cada pessoa analise suas necessidades e busque então soluções de organização que tenham a ver com a vida que se tem. Com a organização dos arquivos é a mesma coisa.

A ideia é sempre encontrar lugares lógicos para colocar qualquer tipo de coisa – e isso vale não apenas para arquivos, como para os objetos na sua casa e até mesmo as suas listas de afazeres (por isso a gente aprende a organizá-las por contextos – onde você precisa estar para ver as opções do que pode fazer estando efetivamente ali).

Este post também poderia falar sobre gerenciamento de arquivos de trabalho (e certamente todas as dicas trazidas aqui podem ser aplicadas a eles), mas vai focar essencialmente nos seus arquivos que estão em casa, seus arquivos pessoais, da casa em si e da sua família. Porque, no trabalho, muitas vezes a gente tem normas e orientações. Mas e em casa? Portanto, espero que o post seja verdadeiramente útil nesse sentido.

Quando falo sobre organização de arquivos, não consigo deixar de lembrar do meu colega de profissão Tadeu Motta, que inclusive tem cursos sobre gestão de arquivos (e recomendo!). Ele sempre diz que não existe essa de “arquivo morto”. Isso é o fim da picada. Quando alguém fala em arquivo morto, eu logo me lembro daqueles almoxarifados enormes, com caixas de mil novecentos e bolinha, algumas mofadas ou estragadas, que ninguém nunca olha. Eu sei que as nossas casas têm cada vez menos espaço, então por isso mesmo não há ar e espaço a perder com coisa que não precisa ser guardada. Lembra que eu sempre falo aqui que não é possível organizar tralha? Então, para o arquivo de referência, isso cabe lindamente. Não é para ser um arquivo morto. É para ser sua “biblioteca” pessoal de consulta, limpa e atualizada.

A gente pode chamar de arquivo um conjunto de documentos que foram reunidos seguindo algum tipo de critério. Então, daqui em diante, quando me referir ao sistema como um todo, usarei apenas “arquivo”, tá bem?

Dois tipos de arquivos de referência

Você pode ter um arquivo de referência geral, que vai organizar os documentos que você tem dentro de variadas categorias, que chamamos de taxonomia pessoal. E também pode ter arquivos de referência específicos, como por exemplo a sua agenda de contatos telefônicos, um catálogo de clientes ou pacientes, um caderno de receitas e por aí vai.

De modo geral, o que torna um arquivo de referência geral específico é o seu volume. A gente vai falar mais sobre isso posteriormente. Por enquanto, preocupe-se com seu arquivo geral, pois ele que resolve a vida de 99% das pessoas.

Físico, digital e ambos

Quando se fala em arquivo, a tendência a acumular papel é gigantesca. Por isso, você precisa ser criteriosa/o para saber o que deve ser armazenado em formato físico, o que deve ser digitalizado e o que deve manter em ambos os formatos (como backup ou consulta).

Uso corrente, consulta ocasional e guarda permanente

Você também precisa aprender a diferenciar os tipos de arquivos. Existem arquivos que você simplesmente está usando no momento. Por exemplo, enquanto escrevo este post, eu tenho alguns materiais aqui comigo, que estou usando como referência para um projeto de conteúdo sobre arquivos que eu tenho. Outro exemplo são as contas do ano da casa, recibos de banco, provas e trabalhos do ano escolar do seu filho – tudo isso são arquivos de uso corrente, que estão rolando no momento, na sua vida.

Agora, existem outras duas categorias de arquivos, que são: 1) os arquivos para consultas ocasionais e 2) os arquivos permanentes, que são basicamente aqueles que você não mexe NUNCA mas precisa guardar por qualquer motivo.

Ciclo de vida do documento

Cada documento passa por um processo, um ciclo de vida próprio. Quando ele chega na sua vida, você o processa e decide se precisa manter ou não. Se precisa mantê-lo, mas não demanda qualquer tipo de ação, você vai arquivá-lo. Simples assim. Agora, ONDE você vai arquivá-lo é o que faz diferença, e é para isso que serve a organização. 🙂

Ferramentas para gerenciar arquivos

Para arquivos digitais, existem ótimas ferramentas. Evernote, Dropbox, Google Drive, Notion, entre outras. As ferramentas que você vai escolher dependem essencialmente do que você precisa. Revise as qualidades e recursos de cada uma para poder escolher.

Para arquivos em papel, minha recomendação é sempre buscar reduzir ao mínimo necessário, justamente para não ocupar espaço. Eu sou uma pessoa que trabalha com conteúdo desde sempre. Quando eu era criança, eu desenhava meus próprios gibis e escrevia meus livrinhos. Na adolescência, ainda sem Internet, eu criava fanzines! Obviamente me encontrei com os blogs, mas o mercado editorial sempre me fascinou como um todo. Por que estou dizendo isso? Porque sempre acumulei revistas, reportagens interessantes que poderiam ser usadas como fontes de consulta para o que eu estava produzindo. Com a chegada do Evernote e de outras ferramentas, eu pude digitalizar todo esse material e mantê-lo no formato digital, em vez de guardar pastas e caixas cheias de papéis. Entende o que eu quero dizer? Talvez você não se identifique porque você não tem uma profissão que demande tantos papéis assim, mas talvez tenha! O segredo aqui então é identificar o que realmente PRECISA ser armazenado em formato impresso. Não é maioria das coisas. De fato, é bem pouco. São certidões, passaportes, documentos, escrituras. Você verá, ao fazer sua análise.

Pastas, caixas, móveis: como armazenar arquivos?

A melhor maneira de armazenar arquivos de uso corrente sem dúvida são as famigeradas pastas. Quanto mais acessíveis elas estiverem, melhor. Podem ser maletas, caixas A-Z, revisteiros, caixas organizadoras, pastas suspensas – depende do seu espaço. Sinceramente, hoje em dia eu prefiro mais coisas móveis do que os grandes móveis de arquivo em si. Você pode armazenar essas pastas e caixas em estantes ou prateleiras que já existam na sua casa.

Para os arquivos de consulta ocasional, você pode usar pastas A-Z ou caixas e armazenar em um lugar menos acessível, pois eles não serão consultados no dia a dia – apenas ocasionalmente, quando necessário. Sabe quando alguém te pede um negócio que você tem e você precisa procurar, entrega, verificam, e aí você guarda de novo? Basicamente isso.

Já os arquivos de guarda permanente precisam ter um cuidado especial no armazenamento, pois a ideia é que eles durem muitos anos – muitas vezes, uma vida inteira. Para isso acontecer, você precisa analisar a natureza do material de cada documento (papel, foto, enfim) e armazená-lo no compartimento de material também mais adequado. Até cofre pode entrar aqui. Depende. Um fotógrafo, por exemplo, pode precisar de um sistema de armazenamento completamente diferente de uma advogada.

Categorias de arquivos

Taxonomia pessoal é o seu conjunto de categorias pessoais. Dá para pirar o cabeção aqui pensando em quais são as categorias pessoais de cada um. Finanças, saúde, carreira, educação, bens, veículos, bens de consumo, pets, família, lazer, serviços por assinatura são categorias comuns, mas você pode ter outras. Isso é taxonomia pessoal – identificar seu próprio conjunto de categorias.

Para organizar o arquivo, gosto de ir no mais simples, que é: 1) por assunto e 2) por ordem alfabética. No digital isso é mais fácil, pois uma vez que você crie uma pasta com um determinado assunto, ela já vai ficar automaticamente em ordem alfabética comparada com as outras. Mas, para arquivos impressos, você precisa tomar esse cuidado básico manualmente.

Uma recomendação importante, especialmente no digital, é a de evitar sub-pastas e muitas hierarquias de pastas de modo geral. Vale mais a pena ter uma visão geral de todas as pastas, mesmo que seja uma lista enorme, do que ter que ficar entrando de pasta em pasta procurando o que você precisa.

Fluxo diário de gerenciamento dos arquivos

Você vai armazenar seus arquivos diariamente, à medida que for lidando com os diversos materiais que chegam até você. Vale a pena, de tempos em tempos, fazer uma revisão geral para atualizar e fazer uma “limpa”. Particularmente, adoro fazer essa revisão na semana entre o Natal e o Ano Novo, porque é uma semana normalmente mais tranquila para todo mundo. (Inclusive é por isso que estamos falando sobre esse assunto nesta época do ano!)

“Como começar a organizar os meus arquivos?”

Nem preciso dizer que vou recomendar que você comece destralhando os seus arquivos em casa para iniciar esse processo de organização. Se você não destralhar, vai gastar espaço e dinheiro comprando caixas, pastas e móveis que não precisa. Isso não é organizar, é simplesmente arrumar, armazenar. A bagunça continuará dentro desses compartimentos.

Muito do que a organização nos ensina tem a ver com conhecer e respeitar nossos limites de espaço. Mais uma vez, isso vale não apenas para arquivos, como para objetos em casa e compromissos na agenda. Se você definir que tem espaço apenas para uma maletinha de pastas suspensas para organizar os seus arquivos, eles precisam caber ali e acabou! Esse é o conceito, entende? E aí você reduzir tudo o que tem ao máximo.

Não vou falar para você fazer isso de uma vez porque é cansativo pacas, fora que lidar com documentos é algo a se fazer com atenção. Aqui vou trazer a recomendação da minha colega de profissão Marie Kondo e recomendar que você estabeleça uma caixa para ir colocando todo tipo de papel que demande algum tipo de pendência, e aí consegue pelo menos ficar um pouco mais tranquila/o com o processo de seleção.

“Pendências” X “Arquivos”

Num primeiro momento, use uma caixa grande para colocar tudo o que você chama de “arquivo”. Você vai olhar papel por papel e determinar se demanda ação ou não. Se demanda ação, coloque na caixa de “pendências” para processar mais tarde. Se não demanda ação, coloque na caixa maior chamada “arquivo”, para apenas categorizar depois. Assim você fica sossegada/o de que não tem nada ali que seja urgente de resolver. (Mas, por favor, não use isso como desculpa para deixar a caixa mofando embaixo da escada!)

Você vai jogar muita coisa fora nesse processo. Recicle esse papel. Veja se na sua cidade há postos de reciclagem. Gosto sempre de lembrar todos que no nosso planeta não existe o “fora” – só da nossa casa mesmo. “Jogar fora” significa apenas tirar de casa, mas o destino do objeto pode ser melhor determinado por nós, buscando uma solução menos agressiva para o planeta.

De tudo o que sobrar (as caixas de pendências e de arquivos), dê conta primeiro da caixa de pendências. Pegue a semana seguinte para processar o que há nela. Assim você se livra de preocupações diversas que possam estar te incomodando. Aproveite esse mesmo momento para providenciar uma caixa de entrada física. Essa caixa de entrada não vai servir para armazenar, mas para centralizar tudo o que chega diariamente para você – de correspondências e anotações pessoais. A ideia é processá-la e esvaziá-la diariamente, para não deixar tudo se acumular de novo. Parece trabalhoso mas na verdade leva poucos minutos por dia para fazer, se você fizer todos os dias.

Quando você finalmente chegar na sua caixa maior com os papéis que precisam ser armazenados no seu arquivo de referência, tente não ficar aflita/o olhando para o todo e lide com um documento de cada vez. Quando pegá-lo na mão, pergunte-se se precisa ser mantido em papel ou se pode ser digitalizado e ter a cópia física descartada. Se tiver dúvidas legais aqui, pode ser uma boa consultar seu advogado ou contador.

Nessa fase, você vai identificar sua taxonomia pessoal. Só agora. Não é para definir essas categorias antes, entendeu? Senão você corre o risco de criar categorias desnecessárias. Por exemplo, uma vez que encontre um exame médico importante que fez e que quer manter arquivado em papel (tipo um raio-x, que é um negócio enorme), você pode pensar: “ah, ok, vou criar uma categoria para exames médicos”. É assim que deve funcionar. Ir criando organicamente as categorias. (Por sinal, uma dica para armazenar esses raios-x gigantes são aquelas pastas portfolio vendidas em papelaria e lojas de materiais para escritório. Como são grandes, avalie se vale mesmo a pena manter tais exames para justificar um armazenamento assim!)

Esse é da marca Dello e vende na Kalunga

Enfim, garanto que você terá muita diversão na sua casa após a leitura desse post! Ele poderia gerar uma série de outros conteúdos, de praticamente todos os tópicos abordados, e é isso o que eu pretendo fazer daqui em diante, para ajudar você nessa empreitada.

Encare como um projeto mesmo, algo que você não vai concluir em um dia, mas que pode levar semanas ou meses. Tá tudo certo, só não abandone o negócio. É necessário sempre fazer algo a respeito – talvez uma ou duas vezes por semana? todos os dias? você que pode determinar, de acordo com a sua vontade de terminar logo e sua disponibilidade de tempo.

De cara, queria saber um pouquinho como está a sua situação de arquivos em casa e pessoais neste momento, e o que você acha de tudo isso após a leitura do post. Aliás, obrigada por ler até aqui! Foi um texto bem grande, hein? Mas queria que ele fosse bastante completo e abrangente, e espero de verdade ter ajudado, que seja te inspirando a começar a colocar a mão na massa com relação aos seus arquivos. Como eu falei, essa é uma parte essencial da organização pessoal, incrivelmente importante, e a gente só vê a diferença quando ele está organizado de verdade.

Como criar um guarda-roupa versátil para clima quente na cidade

Se você não mora em uma cidade que tem praia e, pelo contrário, tem prédios e mais prédios (ok, alguns parques!), você sabe o que é passar por um verão escaldante precisando bater perna e ir trabalhar pegando metrô, ônibus, ou mesmo de carro. Por isso, vou trazer aqui algumas dicas que funcionam comigo quando se trata de montar um guarda-roupa versátil para usar nessa estação tão quente.

Eu venho passando por um processo profundo de conscientização sobre moda e meu estilo e gostaria de compartilhar essas dicas com vocês, como sempre fiz no blog. <3

Privilegie compras que você vai usar agora

Imagem: College Fashion
Imagem: College Fashion

Estamos em época de grandes liquidações. Se não tivermos foco, nosso orçamento vai por água abaixo. É claro que podemos encontrar excelentes achados de inverno nessas liquidações? Sim! Podemos comprar alguma peça que achamos incrível e que vestiu de maneira espetacular em nosso corpo? Lógico! Mas o que estou querendo dizer aqui é que aprendi com o tempo, depois de anos de consumo de moda, que as roupas nunca vão acabar. Sempre existirão lojas, coleções novas, opções mil. Se eu sair comprando de tudo apenas porque ficou fantástico, não vai ter fim.

Por isso, neste verão eu fiz uma análise do meu guarda-roupa e pensei: o que eu estou realmente precisando neste momento? E lá, em meio a camisas de manga 3/4 ou compridas, cheia de blusinhas de malha que não fazem diferença, eu constatei: preciso de boas blusas e camisetas fresquinhas para trabalhar. Então esse tem sido o meu foco. O seu poderia ser comprar saias, por exemplo.

O que estou querendo dizer aqui é para você questionar se precisa mesmo comprar aquela camisa verde militar de sarja na liquidação sendo que não tem uma blusa de manga curta decente para usar hoje no trabalho.

Não deixe no seu guarda-roupa nada quente demais

Eu se que em algumas cidades do Brasil a gente tem quatro estações no mesmo dia, mas não dá para deixar um sobretudo de lã no armário quando temos um verão de 40 graus (para mais!) na maior parte do tempo.

Guarde as peças mais quentes na parte de cima do armário e deixe suas peças respirarem também. Mantenha sempre à mão apenas aquilo que você pode usar nessa época, sem complicações.

Você pode precisar de um cardiganzinho ou de uma camisa de manga comprida em algum dia? Pode. Mas não são peças que precisam estar tão acessíveis como camisetas, blusas de manga curta, vestidos, entre outras. Otimize a organização do seu guarda-roupa para a estação também.

Preste atenção aos tecidos

Tecidos naturais como linho, algodão e viscose fazem com que você transpire menos, então são ideias para os dias mais quentes. Mesmo uma calça de linho é mais leve que uma camisa de manga curta de poliéster, por exemplo! Poliéster é plástico! Logo, faz seu corpo transpirar muito mais porque não deixa o ar sair, fica abafado. No verão, procure usar peças com tecidos naturais. Isso pode (e deve) até mesmo direcionar as suas compras para cada estação.

Invista em bons curingas

Fui eu que desenhei :)
Fui eu que desenhei 🙂

E, para os meninos:

  • Mocassins em vez de sapatos fechados.
  • Camisas de manga curta de algodão ou linho.
  • Calças de alfaiataria em cores como cáqui e cru.
  • Cores mais claras no geral.

Espero que as dicas sejam úteis. 🙂

Aumente o espaço do seu guarda-roupa com dicas simples

É muito comum vermos guarda-roupas com poucas gavetas ou prateleiras, ou mesmo áreas mais altas que o necessário. Veja neste post dicas simples para aproveitar melhor o espaço que você tem.

O grande segredo está no uso de caixas organizadoras. Melhores do que gaveteiros (que geralmente são feios e ocupam muito espaço), as caixas possuem mobilidade melhor e você pode customizar da maneira como quiser. Por exemplo: um gaveteiro tem gavetas do mesmo tamanho, enquanto que as caixas você pode comprar do tamanho necessário para cada função (uma caixa para guardar malhas geralmente é maior que uma caixa para guardar lenços).

Pense nas caixas como gavetas. As caixas preenchem o guarda-roupa como se fossem gavetas mesmo, com a diferença que você pode montar do jeito que você precisa. Tudo o que pode ser guardado em uma gaveta pode ser guardado em caixas. Não parece ótimo?

Você pode literalmente guardar todo tipo de coisas: calcinhas, camisetas, meias, malhas e o que quiser:

Imagem: Imperfectly Polished
Imagem: Imperfectly Polished

Você pode guardar bolsas:

Imagem: Cury.net
Imagem: Cury.net

Você pode guardar sapatos:

Imagem: Fashionismo
Imagem: Fashionismo

Simplesmente acrescente caixas de acordo com sua necessidade e crie suas próprias “gavetas”!

Outras dicas para otimizar o espaço em guarda-roupas pequenos:

  • Tenha somente roupas que tenham a ver com seu estilo no seu armário! Quem tem pouco espaço não pode se dar ao luxo de comprar sem pensar.
  • Leve acessórios para a decoração do quarto, como chapéus pendurados na parede ou colares em um quadro com moldura. Assim, você libera espaço no seu armário.
  • Use caixas de sapato como divisores de gavetas, em vez de comprar produtos organizadores específicos.
  • Organize suas peças de roupas em gavetas na vertical. É simples: em vez de colocá-las deitadas, dobre uma vez mais para que fiquem “durinhas” e guarde-as em pé, uma atrás da outra.
  • Em vez de dobrar as roupas que vão em prateleiras de forma padrão, diminua a largura das pilhas para conseguir guardar mais peças.
  • Guarde as roupas de outra estação em uma mala em cima do seu guarda-roupa e deixe embaixo somente aquilo que usará durante os próximos meses. Faça escolhas.

[alert icon=”fa-cut”]Se você quiser saber mais sobre como construir seu estilo e organizar seu guarda-roupa, as inscrições para o nosso workshop ainda estão abertas. Será no dia 14 de novembro em São Paulo e falaremos exatamente sobre todo esse trabalho de conscientização para se vestir de acordo com a vida que se tem, de acordo com quem a gente é, e organizar nosso armário da maneira mais funcional possível para o dia a dia. Clique aqui para ver a programação do curso e se inscrever.[/alert]

O conceito de armário-cápsula e como ele se aplica no nosso dia a dia

Às vezes a Internet aparece com uma moda nova e uma das recentes é um conceito de “armário-cápsula”, que consiste no seguinte: escolher uma quantidade limitada de peças para viver durante um tempo, sem comprar nada novo, apenas promovendo combinações com as peças selecionadas.

A coisa tomou grandes proporções e começaram a surgir pequenas variações, como a (minha preferida) organização por estações. Quando vi isso pela primeira vez, pensei: “agora sim fiquei com vontade de brincar com esse negócio”.

Imagem: Un-Fancy.com
Imagem: Un-Fancy.com

Como funciona

Você escolhe algumas peças básicas, versáteis e que você ama usar para o seu guarda-roupa. A cada estação, você vasculha seu guarda-roupa para escolher as peças. Os números (da quantidade de peças) variam entre 15, 30, 45, mas é claro que não precisa ser engessado e você pode escolher um número pessoal como desafio. Vale lembrar que, nesse número, incluem-se também os acessórios como bolsas, lenços e sapatos. Seu guarda-roupa cápsula da estação deve ter peças que combinem entre si e, durante os três meses da estação, você não poderá comprar nada novo nem usar outras peças do seu guarda-roupa. Você pode, inclusive, tirá-las do guarda-roupa e guardar em um compartimento superior, para que não fique tentada a mexer. Quando você montar o armário cápsula, pode perceber que, para a estação corrente, precisa de alguma peça essencial que realmente não tenha (um casaco, por exemplo), então pode comprá-lo. Porém, é a exceção, pois o ideal é que você use peças que já tem. Durante esses três meses, você deve guardar o dinheiro que normalmente usaria para comprar roupas e, no próximo armário cápsula da estação seguinte, pode usar esse dinheiro para fazer boas compras para itens que você realmente precisa. Se não precisar de nada, guarde para a estação seguinte.

Os benefícios

  • Aproveitar melhor as peças que você já tem. Às vezes, temos tantas roupas no guarda-roupa que fica até difícil ser criativa nas combinações. Quando você limita o número de peças, consegue versatilizar o que tem.
  • Economizar dinheiro, pois você não comprará roupas novas nos próximos três meses. Ou mesmo gerenciar compras imediatas com parcelas em 2 ou 3 vezes no cartão apenas (em vez de 5, 8 ou 10). Você organiza seu orçamento destinado a roupas.
  • Usar só peças que ama muito. Isso é um princípio.
  • Otimizar o espaço no seu guarda-roupa, que não ficará cheio de roupas.
  • Economizar com liquidações e peças da estação desnecessárias.
  • Não ter mais aquela sensação de abrir o guarda-roupa e não saber o que vestir.
  • Gerenciar melhor sua variação de peso e como isso afeta a quantidade de roupas novas que você compra.
  • Descobrir o seu estilo, pois montar um armário cápsula nada mais é que um exercício de auto-conhecimento.

Imagem: http://thelovelylauralife.com/
Imagem: http://thelovelylauralife.com/

Como fazer?

  1. Comece pela estação que você está e o clima da sua região (a estação é diferente para brasileiros e portugueses, por exemplo, assim como a temperatura é diferente para quem mora em Porto Alegre e para quem mora em Maceió).
  2. Defina seu número limite de itens. Faça o teste e lembre-se de que você pode mudar esse número para o próximo armário cápsula, se achar necessário. Procure ter a menor quantidade possível de itens, pois essa é a ideia. Mais de 50, já perde um pouco o sentido. Eu vou tentar ficar com umas 40 peças.
  3. Veja que você vai usar esse único armário até a chegada da nova estação. Com base nisso, selecione as peças que acredita serem mais úteis para você durante esse período.
  4. Use a regra da Ana para saber se as peças funcionam entre si: cada parte de baixo deve ter outras 5 partes de cima que combinem com ela. Se perceber que não fez uma boa escolha, você pode trocar ou descobrir que precisa de uma peça que realmente não tem, planejando suas compras.
  5. Leve em conta seus compromissos e estilo de vida ao selecionar as peças.
  6. Quando tiver suas peças selecionadas, guarde todas as outras em uma mala em cima do seu armário, ou onde achar melhor.
  7. Use apenas as peças selecionadas até a estação seguinte.
  8. Cerca de duas semanas antes do início da nova estação, faça essa nova seleção para a estação que vai chegar, para ver se precisa comprar algo ou mudar o número de itens.
  9. Você consegue viver com poucas peças se elas forem as escolhas certas!

Dicas para ajudar no processo de escolha

  • Escolha apenas peças que você realmente ama e ficam bem em você.
  • Defina uma paleta de cores.
  • Leve em conta sua rotina de lavanderia para saber quantas partes de cima são necessárias para passar bem a semana.
  • Priorize os básicos, que combinam com tudo.
  • Verifique se as peças escolhidas proporcionam pelo menos 31 combinações (uma para cada dia do mês).
  • Tire fotos das combinações que criar para usar como catálogo de escolha para o seu dia a dia.
  • Tente incluir também pijamas e roupas de academia, mas não se limite se não conseguir.
  • Se você passar pela segunda vez pela mesma estação (ex: o segundo inverno) e não tiver usado alguma peça de frio que está guardada, vale a pena considerar se vale a pena mantê-la.

Para se inspirar, veja o painel “Armário cápsula” no Pinterest do Vida Organizada e divirta-se!

Como planejar a mala para uma viagem internacional

Hoje comecei a organizar a mala que vou levar para a minha viagem (10 dias fora) e quis compartilhar com vocês como estou fazendo, pois algumas dicas podem ser úteis.

Saiba seus limites

Quantas malas você pode levar? Qual o limite de peso? Mesmo quando posso levar até duas malas de 32kg, eu gosto de viajar mais leve. É claro que,s e você estiver indo com o objetivo de fazer compras, isso muda de figura. Minha sugestão aqui é para alguém que esteja indo viajar a passeio, possa sim fazer um ou outra comprinha, mas não com esse objetivo final.

Escolha suas malas

Eu gosto de levar sempre uma mala tamanho médio (com extensor), pois acho mais fácil de ficar dentro do peso limite que levar uma muito grande, além de ser mais fácil para carregar. Além dela, levo uma bolsa de mão e minha pasta com notebook, livro etc – isso quando estou trabalhando. Se não, levaria apenas a bolsa de mão.

É importante também avaliar seu percurso com malas ao chegar ao local. Eu vou sair do aeroporto e vou de trem ou bonde para o hotel, então com duas malas isso ficaria extremamente chato de ser feito.

Conheça o tempo

A primeira coisa é saber como estará o tempo no lugar onde você vai. Dá para ter uma ideia pela média do mês, que geralmente pode ser consultado na Internet, pela estação e, uma semana antes, consegue-se ter uma visão um pouco mais precisa com a previsão do tempo mesmo. Eu costumo digitar “weather nome da cidade” no Google para saber a previsão. Isso é importante não só pela temperatura, mas pelo tempo mesmo: se vai chover, se venta muito etc.

Imagem: Tem Wiking
Imagem: Tem Wiking

Escolha 3 partes de baixo básicas

Eu escolhi três. Pode parecer arriscado levar apenas três partes de baixo mas, no meu caso, funciona. Lembre-se que você sempre pode comprar alguma peça em seu destino, caso falte, rasgue ou manche alguma que você levou. Se a gente pensar “e se” para tudo, vai levar o guarda-roupa inteiro.

Eu escolhi uma calça jeans, uma calça preta de sarja com elastano e uma saia preta. Considerei levar uma calça bege também mas, quando fiz as combinações, vi que seria apenas um “plus” não tão necessário (talvez eu ainda mude de ideia).

A calça jeans é um coringa e uso muito no meu dia a dia, então sei que posso fazer muitas combinações. É um jeans mais escuro, que dá para usar tanto para trabalhar quanto para atividades de lazer. A calça preta de elastano é outro coringa que vai com tudo e é confortável – gosto de usar na própria viagem em si, no avião. A saia serve apenas como parte de baixo básica que traz um visual diferente, para não parecer que estou de uniforme.

Eu penso que cada um pode montar sua variação de acordo com o próprio estilo, já impresso no guarda-roupa que tem. Viagem não é hora de inventar roupas que você não usa no dia a dia, a não ser, claro, que você vá para um lugar muito diferente (escalar o Everest ou fazer um safári na África).

O legal de escolher as partes de baixo básicas é que elas são a sua base para todo o resto.

Escolha a paleta de cores que pretende usar

Aqui a coisa começa a ficar divertida. Veja as peças de baixo que escolheu e estabeleça uma paleta de cores. Eu gosto muito de usar preto, branco e marinho – são as cores básicas que já uso muito no meu dia a dia. Que outras cores eu poderia adicionar a essas? E aqui você pode escolher algo que esteja mais a fim de usar no momento, como um verde militar ou um cor de rosa. Isso vai ser importante porque, quanto mais as peças combinarem, mas você vai ter possibilidade de usá-las.

Escolha 5 partes de cima básicas

Eu escolhi: camiseta branca, camiseta preta, camiseta listrada, camisa lisa colorida e camisa estampada. Coloquei em cima da cama.

A camisa lisa já foi em um tom que combina com tudo (azul claro) e, a estampada, preta e branca. A camiseta listrada é marinho e branco (preto e branco funcionaria melhor, mas aí ficaria muito monocromático).

Escolha 1 vestido

A vantagem do vestido é que pode ser usado sozinho, com camiseta, com camisa, como blusa, como saia, além de ser prático e confortável. Como vou ter um jantar em que quero estar mais arrumadinha, estou levando um vestido com estampa sóbria e que combina com a paleta de cores escolhida.

Escolha 3 partes de cima de frio

Eu escolhi: suéter marinho, suéter verde e jaqueta de couro preta. Já escolhi o suéter verde para dar uma cor diferente à minha paleta. O vestido tem nuances de verde também. Vejam como a paleta está se formando.

Escolha os sapatos que combinem com as partes de baixo

Eu vou viajar para uma cidade que pode chover muito ou não (sempre há a possibilidade). Então não posso deixar que meus looks sejam destruídos apenas porque está chovendo. O que fiz então foi escolher dois sapatos que gosto e uso muito – ou seja, são do meu estilo e confortáveis – um marrom e um preto. E estou levando também uma bota marrom e outra preta, ambas impermeáveis. Elas servirão não só para dias de chuva, mas para dias que o tempo esfriar também. Eu já vi na previsão do tempo que existe uma variação grande, então não quero passar frio nem ficar com os pés molhados por lá.

Escolha acessórios que combinem com tudo o que você já pegou até aqui

Eu peguei: cinto preto e três lenços. Um lenço é colorido (rosa bem forte, que faz contraponto com as cores frias da minha paleta), outro estampado (com tons de azul) e outro também estampado, com tons de marinho e branco. Todos eles pareciam combinar com as peças que eu escolhi.

Experimente e faça combinações

Eu visto uma primeira peça de baixo (ex: saia preta) e coloco uma parte de cima (ex: camiseta preta). Aí me pergunto assim:

  • Se esfriar, o que vou usar? Alguma parte de cima de frio tem que combinar;
  • Que outras variações posso fazer com essa mesma base, com os acessórios e outras peças que estou levando?

Com isso, vejo que posso usar a saia + camiseta com oxford, com bota, com jaqueta, com suéter, com lenço, com camisa por cima, entre outras combinações.

Faço isso para todas as partes de baixo. Anoto todas as possibilidades. Você pode querer tirar foto para registrar, se preferir.

Nesse processo, posso perceber que uma blusa combina apenas com uma peça. Isso é um indicativo de que essa peça só vai ocupar espaço e talvez não seja uma boa levá-la. Isso aconteceu quando escolhi a camisa azul (inicialmente, um azul marinho, mais escuro), e acabei trocando por uma camisa azul bem claro, pastel, que combina com mais peças.

Analise as combinações feitas

Com o papel em mãos onde você anotou suas combinações, veja quantas foram formadas. Eu formei 40 combinações com apenas 12 peças, sem contar os acessórios. Isso é muito legal, porque significa que você nunca se arrependerá de ter levado as peças que levou, nem ficará com tédio ao escolher que roupa vai usar, pois todas combinam com todas.

Veja o que falta

Uma coisa que gosto de fazer é usar sempre uma parte de cima por dia, porque em pouco tempo de viagem não dá para lavar e esperar secar. Em alguns hotéis dá, mas não é o caso. Por isso, gosto de ter uma parte de cima para cada dia. Percebi que vou precisar de 11 partes de cima (estou contando o dia da viagem) e tenho apenas 6. Isso significa então que vou escolher mais 5 peças semelhantes (3 camisetas brancas + 2 camisetas pretas) e acrescentar à minha mala. Escolhi essas porque ocupam pouco espaço e vão me deixar mais confortáveis com as minhas escolhas.

Eis a lista de peças que vou levar:

  • jaqueta de couro preta
  • calça jeans
  • calça de sarja preta
  • saia preta
  • suéter verde
  • suéter marinho
  • lenço preto
  • lenço marinho
  • lenço rosa
  • cinto preto
  • camisa azul claro
  • camisa estampada preto e branco
  • camiseta branca (4)
  • camiseta preta (3)
  • camiseta listrada
  • vestido
  • oxford marrom
  • oxford preto
  • bota marrom
  • bora preta

Quanto separei essas peças, elas formaram um pequeno montinho, que caberia até em uma mala de mão. Confesso que fiquei impressionada com a tão pouca quantidade!

É claro que vou acrescentar outras peças a esse montinho, como um pijama, camisete para colocar por baixo das camisas, meias, roupa íntima, mas a base é essa mesma. E eu só vou levar camisetas sobressalentes porque vou em um evento de trabalho porque, se fosse a passeio, eu levaria menos e daria um jeito de lavar mesmo.

Vale lembrar também que algumas dessas peças já irão comigo no próprio dia da viagem, diminuindo o volume na mala em si.

Estou bastante satisfeita com as peças que escolhi e um repertório com 40 possibilidades para 10 dias, podendo escolher livremente de acordo com o meu humor, temperatura e clima.

Espero ter ajudado um pouco quem tem dificuldades para saber o que levar em viagens longe e um pouco mais longas que uma semana.

Pretendo fazer outro sobre como organizar a mala, parte que acho divertidíssima!

Obrigada por tudo, pessoal.

Gerenciando o guarda-roupa das crianças

Imagem: Womenolog
Imagem: Womenolog

Eu recebi uma mensagem de uma leitora que me inspirou a escrever este post:

[quote class=”rosa”]”Thais, eu queria saber que dica você me dá para gerenciar o guarda-roupa da minha filhinha. Ela tem muitas roupas mas mesmo assim sempre falta alguma coisa na hora de se vestir. Não sei estimar quantidades na hora de comprar nem com que frequência devo fazer isso. Me ajuda, por favor?”[/quote]

Uma vez eu postei aqui no blog uma planilha que tenho que me ajuda a saber quando devo comprar cada peça de roupa. Não é uma regra, mas uma orientação. Acredito que o mesmo possa ser feito com relação às crianças, com a seguinte exceção: as necessidades mudam de idade para idade e isso precisa ser observado ao manusear os dados. Outro fator que deve ser levado em consideração é a rotina da criança – quanto tempo fica na escola, quantos uniformes têm, que atividades extras ela faz, se viaja muito, se brinca na terra, se fica mais em casa etc. Isso só pode ser observado por cada pai e mãe.

Para o filhote, eu costumo fazer compras sazonalmente (a cada quatro meses) ou sempre que precisa de algo não previsto antes. Hoje, um guarda-roupa de inverno dele inclui:

  • 14 cuecas
  • 14 pares de meias
  • 1 par de luvas
  • 2 toucas
  • 10 camisetas de manga comprida
  • 10 camisetas de manga curta
  • 5 camisetas sem manga (para usar por baixo)
  • 1 blusa de lã com zíper e capuz
  • 1 blusa de lã fechada (tipo suéter)
  • 1 blusa de moletom com zíper e capuz
  • 1 blusa de moletom fechada
  • 1 colete aberto
  • 1 colete fechado
  • 1 casaco
  • 7 conjuntos de pijamas (podem ser camisetas + calças ou shorts)
  • 3 calças legging (para dormir ou pôr por baixo)
  • 5 calças jeans ou de sarja
  • 10 calças de moletom
  • 3 calças de uniforme
  • 5 camisetas de manga curta de uniforme
  • 5 camisetas de manga comprida de uniforme
  • 1 agasalho com capuz de uniforme
  • 1 conjunto de moletom de uniforme
  • 1 par de tênis confortáveis para a escola
  • 1 par de tênis mais bonitinhos para passear
  • 1 par de pantufas
  • 1 par de sandálias (para usar com meias)
  • Pelo menos um conjunto bonitinho para sair

O guarda-roupa de verão:

  • 14 cuecas
  • 10 pares de meias
  • 1 boné
  • 5 camisetas de manga comprida
  • 10 camisetas de manga curta
  • 10 camisetas sem manga
  • 1 blusa de moletom com zíper e capuz
  • 1 colete aberto
  • 7 conjuntos de pijamas (podem ser camisetas + calças de moletom)
  • 3 calças legging (para dormir)
  • 5 calças jeans ou de sarja
  • 5 calças de moletom
  • 7 bermudas
  • 7 shortinhos
  • 2 calças de uniforme
  • 10 camisetas de manga curta de uniforme
  • 3 bermudas de uniforme
  • 1 par de tênis confortáveis para a escola
  • 1 par de tênis mais bonitinhos para passear
  • 1 par de chinelos
  • 1 par de sandálias
  • 2 sungas
  • Pelo menos um conjunto bonitinho para sair

Aí o que acontece: a cada estação, eu tenho que ter mais ou menos essas quantidades acima. Se entrar o inverno e ele tiver só uma blusa de lã, porque a outra ficou pequena, sei que precisarei comprar porque não dá para ele ficar só com uma, por experiência nos invernos anteriores. Muitas roupas duram anos, enquanto outras duram apenas alguns meses. No geral, não precisamos comprar tantos itens porque os guarda-roupas se conversam entre uma estação e outra e muita coisa pode ser aproveitada. O que é bem legal é ter sempre por perto outras mães com filhos em idades diferentes dos seus, para você doar roupas em boa qualidade e elas também. Eu tenho uma prima que tem um filho quase dois anos mais velho que o nosso, então muitas vezes ela doa algumas roupinhas para ele.

Essa análise que eu faço é parecida com a do meu próprio guarda-roupa: vejo o que está poído, velho, o que não dá para consertar, as calças que podem virar bermudas, o que não serve mais, o que ele nunca usou. As roupas em bom estado que não servem mais vão todas para doação. Uma coisa que aprendi depois que ele entrou para a escola é que sempre vale a pena manter alguns itens “velhos” para atividades que envolvam pintura e artesanato. Para isso, tenho uma caixa de plástico no guarda-roupa dele (bem pequena) onde guardo essas peças.

Depois dessa seleção, vem a parte de estabelecer um orçamento para as compras. Quem tem mais de um filho obviamente tem mais dificuldade e precisa fazer escolhas. Eu costumo pensar assim: uniformes são caros, então compensa ter um número suficiente e lavar com uma frequência maior. Camisetinhas e outras peças de malha não precisam ser caras, porque ele perde muito rápido, sujam, ficam encardidas, mancham com substâncias diversas. Aí, compro em lugares mais baratos. Aqui em São Paulo, temos o bairro do Brás, o bairro da Penha, o bairro de Pinheiros – todos bons centros comerciais para roupas infantis mais baratas. Existe uma rede de vestuário por aqui chamada Torra-Torra, com ótimos preços. Agora, é claro que eu gosto de ter sempre algumas roupas mais bonitinhas para ele – quando saímos, quando temos um aniversário, festinhas diversas etc. Acho legal ter algumas camisetas boas, calças jeans bonitinhas, um calçado mais legal. Mas isso não é regra. Esses sim eu compro quando vejo algo bonitinho, sempre tentando não pagar tão caro porque infelizmente ele perde essas roupas depois. Não é como a gente, que compra uma peça que durará muitos anos, se for bem cuidada. Não adianta comprar uma jaqueta de couro na Zara, pagar R$200 e ele perder daqui a seis meses, sendo que nem usou direito porque não esfriou tanto. A gente vai bastante pelo bom-senso.

Todas as roupas dele ficam no guarda-roupa, sem distinção de estação, porque os dois guarda-roupas (verão e inverno) são semelhantes e tem essa alta rotatividade das roupas, então as peças não se acumulam tanto quanto no guarda-roupa dos adultos.

Espero ter ajudado!

Prazo de validade de maquiagens e cosméticos

Imagem: Web Parx
Imagem: Web Parx

Produtos de maquiagem e cosméticos têm data de validade e é importantíssimo respeitá-lo, senão podem causar sérios danos à sua pele. É claro que um produto não estraga de um dia para o outro, mas o prazo de validade diz que, usando depois daquele período, o fabricante não garante mais os resultados ou consequências não muito agradáveis podem resultar para quem estiver usando. Os que têm que pele sensível e alergias devem redobrar os cuidados.

Confira a data de validade média dos principais cosméticos e artigos de maquiagem:

[list]3 meses
Máscara, creme para a região dos olhos

6 meses
Base, cremes hidratantes para o rosto, demaquilantes

8 meses
Corretivo

12 meses
Pó, sombra, gloss, batom, blush (creme), lápis (olho, sobrancelha, lábios), delineador, tônicos de rosto, filtro solar

24 meses
Blush (pó), pó bronzeador[/list]

Vale lembrar que produtos artesanais e/ou naturais duram menos que os produtos industrializados, que têm outras formas de conservantes.

Outro ponto de atenção é com relação aos produtos que compramos fora do Brasil. A legislação difere de acordo com o país. Nem em todos os países as marcas são obrigadas a colocar a data de validade no potinho, mas elas colocam outras informações. Os produtos da MAC, por exemplo, têm a validade estimada em meses (“24M” equivale a “24 meses”, ou 2 anos).

Além desses cuidados mais certinhos, tem o cuidado que vem do bom-senso também. Se você comprou um produto novo, ou o produto está dentro do prazo de validade, mas mesmo assim ele te dá algum tipo de reação alérgica ou você sente uma reação não muito legal, pode valer a pena descartar. O mesmo vale para alguns produtos que, na teoria, passaram da validade, mas continuam super bons. Eu procuro ter mais cuidado com os produtos que vão nos olhos, como lápis, cremes e máscaras, e os pós, no geral, costumam durar bem. Isso para produtos de maquiagem! Cremes e cosméticos de tratamento eu sempre considero a data de validade, porque tenho a pele sensível.

Também vale dizer que, mesmo dentro da validade, se armazenar incorretamente, os produtos podem estragar antes do prazo. Não vale deixar produtos cosméticos e maquiagens dentro do banheiro (por causa da umidade) ou em um lugar onde pegue sol, pois eles acabam estragando mais rápido mesmo. Um bom lugar para deixar é naquela penteadeira do quarto (que nunca pega sol) ou dentro do guarda-roupa (se ele não for úmido, claro).

Algumas outras dicas que podem ajudar a aproveitar mais os seus produtos:

  • Procure adquirir produtos secos, sempre que possível, em vez das versões em creme ou líquido. Isso vale para bases, corretivos etc. Os produtos em pó costumam durar mais.
  • Sempre lave seus pincéis de maquiagem, para que não acumulem pele morta e bactérias, passando isso para os produtos ao entrarem em contato com eles durante o uso.
  • Não use maquiagem de outras pessoas e não empreste os seus itens também. Se for testar o produto em uma loja, certifique-se de que eles usam um produto higienizador.
  • Vale mais a pena ter um kit duplicado de maquiagem sempre no trabalho que levar todos os dias uma necéssaire na bolsa. Além de economizar espaço, você garante que os itens não peguem calor no trajeto diário.
  • Talvez valha mais a pena comprar itens menores (em menor quantidade) que aqueles potes com o dobro de quantidade do produto, justamente por causa da validade.
  • Procure não ter produtos duplicados: dois lápis de olho marrons, dois batons iguais abertos etc. Vale mais a pena ter um e usar até o fim que usar dois pela metade e precisar descartar no futuro.

Por fim, vale a pena, uma vez por mês, analisar o seu inventário e descartar o que saiu da validade ou estragou. Não guarde um produto apenas porque foi caro. Da próxima vez, planeje melhor seus gastos e compre somente o que precisa mesmo (ou vai usar muito).

Montando um guarda-roupa básico para o trabalho (sem gastar muito dinheiro)

Um dos grandes desafios na vida das mulheres é ter um guarda-roupa bom e funcional para trabalhar porque acontecem diversas mudanças: de peso, de gosto, de cargo, além dos tecidos que vão ficando gastos, peças que precisam de reparos e por aí vai. Como o meu estilo é mais clássico, o post vai acabar refletindo um pouco isso. Meu trabalho atual tem a seguinte configuração: trabalho em casa, com roupa casual, mas frequentemente preciso ministrar palestras e treinamentos, com roupa social, participar de eventos e reuniões. Por isso, meu guarda-roupa de trabalho tende ao social mais formal, que pode servir para quem trabalha em ambiente corporativo também.

Seguem as minhas dicas:

Tenha boas bases

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Eu chamo de bases as roupas da parte de baixo do corpo, que seriam calças e saias. No dia a dia, prefiro a praticidade da calça, apesar de gostar de usar saias de vez em quando. Porém, eu prefiro montar o guarda-roupa primeiro com boas calças, pois são mais versáteis, e só depois investir em saias.

Gosto de comprar calças cigarretes, pois não preciso fazer a barra. Acho mais prático.

As cores que recomendo são: preta, bege, cinza e azul marinho. Com essas cores, consigo variar muito as combinações.

Também acho interessante ter mais de um par de cada cor. Já tive somente um e a peça se desgasta rápido, além de te deixar sem opção, caso esteja lavando.

Se seu trabalho permitir, ter pares de calças jeans escuro pode ser outra boa opção para suas combinações.

Invista em camisas

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Camisas nunca sairão de moda no ambiente corporativo, o que é ótimo, pois o acabamento formal é instantâneo.

Prefiro camisas de tecidos fluídos, que vestem melhor e não demandam tanto esforço de lavanderia. Camisas de algodão são chatas de passar e eu nunca mando engomar, pois não é prático. Ou seja, requerem cuidados que eu não tenho como assumir no meu dia a dia. Portanto, se você quiser usá-las, tenha isso em mente.

Em termos de quantidade, acho bom ter várias camisas brancas, off-white ou bege bem claro, pois são curingas. No geral, as camisas em tons pastel são mais fáceis de combinar e acho uma boa tê-las no armário, mas camisas estampadas e em cores mais fortes também têm seu charme. Fica a gosto da freguesa.

A terceira peça faz diferença

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Um recurso que sempre dá uma caprichada no look é inserir uma terceira peça: um blazer, um suéter, um cardigã, um trench-coat, uma jaqueta e por aí vai.

Não há regras aqui. Eu gosto de investir nas peças mais caras em cores básicas, pois sei que vou poder usar sempre. No entanto, se já tenho um sobretudo preto, me sinto à vontade para investir em um de outra cor, por exemplo, pois já tenho aquele básico, mas não compro um diferente se não tiver o básico em casa.

Minhas recomendações são as seguintes:

Blazer: preto, marinho, branco e vermelho (ou outra cor forte).

Suéter: preto, marinho, bege claro, bege escuro, marrom, cinza, vermelho. Para o cardigã, mesmas cores.

Trench-coat: preto, marinho, cinza, off-white e vermelho.

Saias e vestidos

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Acho interessante ter alguns vestidos bons no armário, pois eles são versáteis e fáceis de vestir (basta uma única peça e estamos prontas). Porém, para trabalhar, vale a pena investir em tecidos mais encorpados.

Para saias, acredito que a saia lápis seja a campeã das peças clássicas. Cores que recomendo: preta, marinho e uma estampada.

Aprenda a gastar

Tudo bem pagar barato em camisetinhas que usamos por baixo de camisas ou suéteres, pois a qualidade não ficará evidente, mas algumas peças, que demandam bom caimento, devem ter qualidade melhor, e às vezes isso demanda um preço maior. Por sorte, muitas vezes encontramos peças boas e de bom caimento com preços acessíveis, e aí não devemos pensar duas vezes. Mas a ideia aqui é comprar menos e escolher mais, priorizando a qualidade. Eu, pelo menos, estou em uma fase da vida em que não posso usar qualquer roupa para trabalhar, com qualidade e caimento duvidosos. Portanto, o investimento na roupa é essencial, pois é a minha imagem.

Tenha bons acessórios

Vale a pena ter bons brincos, bons colares, boas pulseiras, bons lenços, boas bolsas e bons calçados para trabalhar, pois eles mudam completamente a cara da roupa. Mesmo uma roupa mais ou menos fica boa se você estiver com um bom par de sapatos. Minhas recomendações:

Brincos: um par de pérolas, um par de pérolas douradas, outro par de prateadas, um par com pontos brilhantes e um par com pingente.

Colares: dois ou três maxi-colares, um colar de pérolas e correntinhas douradas/prateadas.

Pulseiras, tenho variadas. Compro quando gosto de alguma e acho de boa qualidade. O mesmo vale para lenços.

Para bolsas, eu prefiro ter uma boa bolsa a usar várias ao mesmo tempo. Costumo ter uma grande, para o dia a dia, uma menor, para saídas curtas, e clutches diversas, para eventos.

Com sapatos, acho mais difícil restringir a quantidade, pois existem diferentes modelos e todos eles são importantes no guarda-roupa (para mim). No geral, para trabalho, tenho os seguintes:

– um scarpin mais chique, preto, com salto trabalhado, que uso para eventos e ocasiões mais formais;
– um scarpin baixo, preto, mais básico;
– um scarpin nude, mais básico também;
– sapatilhas e loafers de boas qualidade, que prezem o conforto;
– um par de botas pretas e um par de marrons;
– uma única sandália bege de salto, para diversas ocasiões (não gosto muito de sandália).

Com esses pares, eu consigo me virar bem. Gosto sempre de ter algum par com estampa de animal (píton, oncinha, zebra) para variar nos looks básicos.

Cinto, recomendo:

– um preto, de couro liso;
– um preto, de couro croc;
– um marrom, de couro liso;
– um marrom, de tressê;
– um colorido, como vermelho;
– um estampado, como de oncinha.

Aprenda a se maquiar

Para mim, o momento da virada foi quando aprendi a me maquiar, fazendo uma maquiagem leve e que corrigisse as minhas imperfeições no rosto (olheiras, marcas etc). Além de aprender a se maquiar, recomendo que invista em bons produtos de maquiagem também. Em vez de ter vários, tenha poucos e bons. Aqui vai a minha lista:

– primer;
– paleta de corretivo;
– base em pó;
– paleta de sombras em tons de marrom;
– blush rosado;
– blush pêssego;
– máscara;
– lápis marrom;
– lápis preto;
– batom cor de boca;
– batom vermelho.

Esses são os itens de maquiagem que uso no dia a dia, para variar.

As dicas acima foram dadas a partir da minha experiência montando um guarda-roupa para o trabalho. Caso queiram algo vindo de uma profissional, recomendo o workshop da consultora de estilo Ana Soares, que vai acontecer no próximo sábado, em São Paulo, justamente com esse tema:

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Este post não é um publieditorial.

Para fazer no domingo: separar as roupas que usará durante a semana

Todo domingo eu tenho um ritual muito simples, que se resume a verificar no Climatempo o clima para a semana inteira e separar as roupas que eu pretendo usar nos próximos dias. Considero isso um hábito importante porque, como não lavo minhas roupas todos os dias (e dependo do tempo para esperar que sequem…), saber que roupa vou usar no sábado, por exemplo, me permite saber que não posso usar essa roupa na segunda, por exemplo. E eu sei que, quando a gente tem bastante roupas, isso não é um problema. Porém, no meu caso, como estou montando meu guarda-roupa de novo depois do emagrecimento, preciso fazer esse planejamento.

Mas a verdade é que, mesmo antes de emagrecer, eu já tinha esse hábito. Acho muito bom não ter que perder tempo pensando no que vestir todos os dias pela manhã, pois com isso eu acabo ganhando uns 15 minutos a mais (pelo menos!). Se você não quiser separar as roupas para a semana inteira, pode separar a roupa para o dia seguinte, todos as noites. Eu faço isso também, quando não exercito esse hábito aos domingos.

Quando chega domingo à noite, como eu falei, verifico pela Internet a previsão do tempo para toda a semana. Sei que ela pode mudar, pois o tempo está meio maluco no mundo inteiro. No entanto, dá para ter uma ideia sim. Se esfriar mais, basta colocar um suéter e, se esquentar, tirar o mesmo. Gosto também de usar roupas em camadas nessa época de frio, justamente para não sofrer muito com essa variação térmica. Recomendo!

Aí eu tenho um esqueminha na minha cabeça que pode parecer até bobo para quem não tem o mesmo nível de loucura, que é o seguinte:

[list]Dia 1 – Calça
Dia 2 – Saia
Dia 3 – Vestido
Dia 4 – Calça
Dia 5 – (Se quero repetir calça, uso calça clara ou escura, em contraste com a do dia anterior)[/list]

Acho que, dessa forma, me permito variar as roupas porque, se deixar, eu uso somente calça e camiseta diariamente. Afirmo sem dó que meu uniforme para trabalhar é calça cropped, camiseta, suéter e sapatilha ou sapato boneca e, se eu não me esforçar, uso sempre isso. Por esse motivo, resolvi fazer esse planejamento semanal (sempre que dá), porque isso me permite pensar melhor no que estou vestindo e fazer combinações mais certeiras.

Algumas pessoas não gostam de moda e acham até bobagem se preocupar com isso, mas eu acho que a nossa imagem é muito importante para qualquer profissão, e não me agrada a ideia de passar a impressão errada simplesmente porque eu poderia estar melhor apresentável.

Com esse planejamento simples, consigo me virar durante toda a semana. Eu deixo as combinações já juntas em um só cabide (sete, no total, ou apenas cinco, para os dias da semana) e, pela manhã, apenas estico o braço e pego o que já pensei e escolhi anteriormente.

Espero que essa dica ajude você também a organizar melhor as suas manhãs e cuidar mais da sua imagem para o mundo.

Boa semana!

Organizando fraldas

Quando eu fiquei grávida, logo me disseram que seria interessante montar um estoque de fraldas aos poucos para não precisar gastar muito quando o bebê nascesse. Depois que o nosso filho nasceu, eu descobri que ele poderia ter alergia a algumas marcas, por exemplo, e poderia ter perdidos as fraldas, se eu as tivesse comprado. Portanto, por mais que seja esse o raciocínio comum quando se está grávida, hoje eu não recomendo que seja feito esse estoque. A fralda pode ser de uma marca excelente e considerada a melhor, mas pode dar alergia ao bebê. A melhor forma de saber é experimentando, e isso você só saberá quando ele nascer mesmo.

Mas isso não impede que você faça um chá de bebê e ganhe fraldas. O que você pode fazer é pedir as fraldas de marcas consideradas melhores nos tamanhos RN (recém-nascido), P e M, e marcas diversas para G ou mais. Isso porque, no início, quando toda a concentração estiver em fazer o bebê dormir mais à noite, você não vai querer que ele acorde porque vazou o xixi, não é? E, se por acaso ele tiver alergia a alguma marca, você pode doar essas fraldas. Porém, nem tudo estará perdido, pois você escolheu outras marcas também. Entendeu?

Por isso, se eu tivesse um segundo filho, acredito que faria um pequeno estoque somente de fraldas RN e P e, depois que ele nascesse, eu compraria somente as maiores, aos poucos.

Uma coisa que é preciso ter em mente é onde armazenar essas fraldas. Na minha outra casa, eu mantinha uma parte superior do guarda-roupa somente para essa finalidade. Os pacotes são volumosos, então por isso mesmo não vale a pena ter um estoque gigantesco. Mesmo porque, além da questão da alergia, você não sabe quanto tempo seu bebê vai usar cada tamanho. Tem bebê que já nasce usando P, nem passa pelo tamanho RN. Assim como tem bebês que ficam no RN um tempão (prematuros, por exemplo). As situações são inúmeras. Certamente, as tamanhos M e G serão as mais usadas, de qualquer forma, mas você não precisa comprá-las agora.

Achei uma foto antiga de quando eu guardei as fraldas na parte de cima do guarda-roupa!
Achei uma foto antiga de quando eu guardei as fraldas na parte de cima do guarda-roupa!

Ter um lugar para armazenar é a primeira dica. A segunda é sobre a organização das fraldas depois que o bebê nascer.

Você precisa ter um lugar que seja especificamente para trocá-lo – não importa se terá um móvel próprio para isso, uma banheira com trocador em cima ou se trocará em cima da sua cama. Seja onde for, você precisa organizar esse cantinho, e uma das principais coisas é ter as fraldas sempre à mão. Quando o meu filho nasceu, eu tinha uma banheira com trocador em cima e deixava ao lado dela uma cesta de plástico com as fraldas, garrafa térmica, algodão, pomada anti-assaduras etc.

Tire as fraldas do pacote. Nada de deixar o pacote aberto e ficar se atrapalhando para pegar uma fralda com uma só mão (com a outra, você estará segurando o bebê). Não se preocupe em “empoeirar” porque você vai usá-las em um curto espaço de tempo (um recém-nascido usa, em média, 10 fraldas por dia, até mais).

Foto antiga do trocador.
Foto antiga do trocador. Olha as fraldas ali à direita!

Lembre-se que também será necessário transportar as fraldas sempre que você sair com o bebê, seja para passear, seja para levá-lo ao pediatra, por exemplo. Eu resisti bravamente, mas acabei comprando uma bolsa de bebê mesmo, pois ela tinha muitas divisórias já feitas para itens específicos que os bebês usam, como mamadeiras. Eu recomendo uma bolsa dessas, então. Você também pode comprar um porta-fraldas para colocar dentro, para separar as fraldas do resto das coisas, ou mesmo fazer um. Eu já vi para vender diversos porta-fraldas feitos à mão, um mais lindo que o outro. No Elo 7 você pode encontrar vários.

Quando seu filho for crescendo, ele diminuirá bastante o uso das fraldas, especialmente quando estiver chegando na época do desfralde, então você precisará de menos espaço para armazená-las. Hoje em dia, como meu filho usa pouco (basicamente só à noite, para dormir, ou quando vamos viajar), a cestinha de fraldas fica dentro do armário do banheiro.

Quando se trata de organizar fraldas, é fundamental pensar na praticidade. Todo o resto pode ser adaptado.

Como guardar uniformes escolares

Se você precisa usar uniforme no dia a dia ou tem filhos que estejam nessa fase, pode ser interessante separar uma prateleira (ou gaveta) do guarda-roupa especialmente para colocar os uniformes. Aqui em casa, eu usei a prateleira que fica na altura dos meus ombros, que é a prateleira de mais fácil acesso. Como são as roupas que você vai mexer todos os dias, precisam ficar acessíveis.

Se seus filhos já se vestem sozinhos, a ideia é colocar as roupas em uma prateleira que seja acessível para eles, claro. Não se esqueça de colocar um espelho de corpo inteiro no quarto também!

Se você tem mais de um filho, pode usar uma coluna para cada um, etiquetando embaixo, na prateleira. Ou pode usar armários com nichos, assim:

uniformes01

A outra alternativa é separar por dias, mas para isso você precisa de mais espaço:

Imagem: The Gunny Sack
Imagem: The Gunny Sack

 

Organize o seu guarda-roupa para o verão

Imagem: Pinterest
Imagem: Pinterest

Agora que o verão chegou oficialmente, está mais do que na hora de organizar o seu guarda-roupa para esta estação. Se você não guardou suas roupas de frio, faça isso agora, deixando somente algumas peças de meia estação disponíveis (especialmente se você vive em uma cidade com uma clima louco como São Paulo). Se você já fez isso, então é hora de colocar em prática mais algumas dicas:

  1. Analise de verdade há quanto tempo você usou cada uma de suas peças que ficaram para o verão. Seja sincera(o) consigo mesma(o) e avalie se precisa manter essa peça no armário. Se você não usou nos dois últimos verões, pode ser que não precise dela. Considere.
  2. Estabeleça uma quantidade razoável (de acordo com as suas necessidades e estilo de vida) das peças que pretende manter. Se você mora no litoral e vai todos os dias à praia, ter mais de dois biquínis pode ser indispensável. Se você mora em uma montanha no interior, não.
  3. Separe os itens que pretende usar mais e confira se estão limpos e sem manchas. Separe para lavar para não ter que fazer isso de última hora, caso precise deles. Isso costuma acontecer bastante com biquínis e cangas, por exemplo. Depois, guarde os conjuntos juntos.
  4. Verifique o que precisa comprar para esta estação, mas atenha-se às suas necessidades. Se você precisa comprar bastante coisa porque teve uma variação grande de peso (como eu), invista nas peças básicas em vez de comprar “o que está na moda”.
  5. As roupas utilizadas na praia e na piscina sofrem desgastes maiores em decorrência do cloro e do sol. Portanto, ao lavar, cuidado redobrado. E deixe secar muito, mas muito mesmo antes de guardar definitivamente no final do verão. Evite guardar essas peças dentro de sacos plásticos, pois podem mofar. Armazene essas roupas em lugares longe da umidade. E, se possível, longe da luz do sol.
  6. Deixe com fácil acesso os itens mais usados no dia a dia calorento, como sandálias rasteiras, chinelos, chapéus, lenços e outros de sua preferência. Vale a pena reservar um espaço no armário para deixá-los.
  7. Aproveite a estação para organizar a sua roupa íntima. Colméias para calcinhas, cuecas e sutiãs podem ser encontradas em lojas virtuais de artigos para organização ou em lojas como a Multicoisas e folhetos da Avon, a preços variados.

E você, como organiza seu guarda-roupa no verão?

Dobrador de roupas

Essa semana recebi de presente da loja Tudo Organizado um dobrador de roupas para testar e resenhar aqui no blog.

Abri logo que chegou e já aproveitei as roupas do varal para testar!

Funciona assim: é um dobrador de plástico onde você coloca a roupa e vai dobrando, sem segredo! De qualquer forma, tirei uma foto do pequeno manual que vem na embalagem, que é suficiente:

E resolvi fazer um teste com os meus pijamas:

Le dobrador. Ele deve medir uns 60cm.

Coloque a roupa que deseja dobrar sobre ele, de costas para você. Eu escolhi uma camiseta de pijama, sem passar, tirada do varal, para ver como ficaria o efeito sem estar em condições impecáveis.

Dobrei de um lado e fui seguindo as instruções.

Fica assim!

Olha só como fica a pilha de camisetas com a mesma largura!

Eu não sei vocês, mas eu sou péssima para dobrar camisetas. Elas nunca ficam do mesmo tamanho e, mesmo tentando usar aqueles moldes de papelão tipo “faça você mesma(o)”, não gostava do resultado. Esse dobrador é super prático (você dobra as camisetas em poucos segundos) e a maior vantagem de todas é deixar o guarda-roupa muito mais organizado.

Tem também a versão infantil, que quero comprar em breve.

Apesar de ele ser grande (cerca de 60cm de altura), ele é estreito e fino quando dobrado, então cabe na prateleira do guarda-roupa (onde eu guardei o meu), atrás da tábua de passar ou em qualquer outro lugar que você queira colocar.

Eu fiz o teste com uma camiseta sem passar, mas com uma que acabou de ser passada a ferro o resultado deve ser melhor ainda. Para quem tem o costume de passar todas as roupas, é ainda mais útil.

Gostou? Clique aqui para comprar.

UPDATE! Dica da leitora Leca nos comentários: é o mesmo dobrador que o Sheldon usa em The Big Bang Theory!

Este post é um publieditorial.