Categoria(s) do post: GTDâ„¢

Dica rápida para organizar seus projetos por áreas de foco dentro do Todoist.

Crie uma pasta (“projeto”) chamada “Projetos”.

Dentro dessa pasta, crie outras duas: Pessoais e Profissionais.

Dentro tanto de pessoal quanto de profissional, crie uma pasta para cada área de foco. Abaixo, você vê as minhas. Por gentileza, personalize as suas de acordo com as suas áreas respectivas. Se precisar de explicações adicionais, leia este post.

O Todoist chama de projetos as pastas que ele cria. Por favor, não confunda com o conceito de projeto que eu uso (que vem do GTD): resultados que quero concluir em até um ano e que demandam mais de um passo para essa conclusão.

Cada projeto meu eu adiciono ao meu sistema adicionando o que o Todoist chama de “tarefa” (por favor, não deixe a semí¢ntica te confundir – são apenas itens).

Todo o plano do projeto – ou seja, informações, planejamentos, ações futuras e tudo o mais que ainda não forem próximas ações – entra na parte de notas do projeto. As ações eu coloco nas pastinhas correspondentes de contextos, em aguardando resposta ou no calendário. (Se você tem dúvidas sobre toda essa nomenclatura, recomendo este post).

Organizar meus projetos dessa forma permite que eu veja quantos projetos tenho no total:

Assim como quantos eu tenho para pessoal e profissional:

E também por área:

A outra vantagem é que, quando eu concluo algum projeto, o Todoist salva no log de “tarefas concluí­das”, e posso ver quando concluí­ e, se precisar resgatar informações do projeto, estão todas agrupadas dentro do campo de anotações da “tarefa”. Outra vantagem é que, se eu precisar incubar o projeto por algum tempo, basta movê-lo para a pasta de incubados. Não preciso criar pastas diferentes ou transferir informações de outra maneira. í‰ bem prático.

Vale lembrar que nem sempre haverá projetos para todas as áreas em andamento. Essa recomendação fica para quem realmente gosta de visualizar seus projetos por áreas. Existem outras maneiras de organizar, como apenas dividindo pessoal x profissional, ou por prazo de conclusão, entre outras personalizadas.

Se tiver dúvidas, por favor, deixe um comentário aqui neste post.

Categoria(s) do post: Carreira

Sim, existe um site que fala se a sua profissão será roubada por um robí´ em um futuro muito próximo. Chama-se “Will Robots Take My Job?” e você pode acessar aqui.

Basta inserir o nome da sua profissão (em inglês) e ele vai te dizer.

Apesar de a minha (“teachers and intructors”) apresentar um risco de apenas 0,95%, não vamos nos iludir: até 2030, um terço dos empregos pode acabar por conta dessa substituição social do trabalho.

Todos passaremos por esse processo e todos teremos que nos adequar. As profissões vão mudar muito nos próximos anos. Máquinas farão o que humanos fazem, mas sempre haverá trabalho para os humanos – talvez sejam trabalhos diferentes.

O site é só uma brincadeirinha, mas talvez uma brincadeira com um fundo de verdade. E eu trouxe porque, se você pretende estar trabalhando pelos próximos 10, 20, 30 anos, talvez esteja mais do que na hora de você ver a sua profissão com um pouco mais de longo prazo. 😉

Categoria(s) do post: íreas da Vida

Muitas pessoas me pedem para falar sobre o Trello e, apesar de ele não integrar minhas listas do GTD, eu o utilizo para outros assuntos. Como muitos leitores me perguntam, este post de hoje serve para mostrar como eu utilizo a ferramenta.

Uso a versão gratuita mesmo. Cheguei a assinar a versão paga um tempo atrás para testar, mas não vi necessidade, já que não uso tanto a ferramenta.

O que gosto do Trello é a visualização em quadros, que pode ser útil para algumas situações especí­ficas.

Eu tenho a seguinte divisão de quadros por “equipes” (terminologia do programa):

  • Quadros pessoais
  • Conteúdo
  • Planejamento
  • Suporte a projetos

Nos meus quadros pessoais, monto quadros de preparação para reuniões.

O que eu mais gosto do Trello é do uso de imagens de fundo. Sou uma pessoa muito visual e isso me ajuda a ambientar o que estou tratando em cada quadro. Na imagem acima, mostro o quadro de uma reunião do Vida Organizada, com os temas separados por assunto. Isso é bem legal porque, no dia, posso acessar facilmente através do celular, no aplicativo, além de poder compartilhar com as pessoas, se eu quiser.

Quando vim escrever esse post tentei chegar a uma conclusão sobre qual meu propósito usando o Trello, e concluí­ que o propósito é me ajudar a pensar. Sempre que quero ter um panorama geral de algo e preciso colocar isso de maneira visual (e mais prática que apenas desenhar no papel, o que também gosto de fazer), tenho usado o Trello para isso.

O que não funcionou: já tentei usar o Trello para estocar ideias para posts, por exemplo, e aí­ ir desenvolvendo colunas no quadro como: ideias, em desenvolvimento, publicados (para posts). Não funcionou. O que é de fluxo de trabalho realmente, para mim, fica melhor onde gerencio minhas listas (no caso, o Todoist).

Outro quadro que tenho é o do foco da semana, que montei pela primeira vez no papel, mas depois passei para a ferramenta. í‰ legal para olhar de vez em quando.

Outro quadro que também gosto de ter é o do planejamento do ano. Eu não faço planejamento de ano de acordo com o ano civil, mas sim entre um aniversário e outro, pois levo em conta aspectos de auto-conhecimento envolvendo astrologia e numerologia. Além do que, através das revisões semanais do GTD, a cada semana “planejo o ano” entre uma semana X e a mesma semana daqui a um ano. Esse quadro me mostra basicamente o foco entre um aniversário e outro, e gosto de revisar periodicamente para me dar um direcionamento light e até a tomar algumas decisões.

Em termos de projetos, crio se houver necessidade, e não para todos – assim como crio materiais em outras ferramentas, como o Mind Meister. Os projetos eu gerencio no Todoist. Tudo o que for material de apoio, de suporte, pode estar em várias ferramentas. Se por acaso o Trello for a melhor maneira de gerenciar algumas informações, eu o utilizo. Por exemplo, abaixo eu mostro como tem sido útil usar para o armário-cápsula de primavera. Ficará ainda mais legal usando imagens das peças, depois.

Basicamente, é assim que eu utilizo o Trello hoje. Apenas como uma ferramenta de suporte aos meus projetos e outras atividades.

Se tiver alguma dúvida, por favor, deixe um comentário. Obrigada!

Categoria(s) do post: GTDâ„¢

Microgerenciamento pode ser uma armadilha! Não dedique um tempo desnecessário preocupado em organizar demais suas tarefas e detalhes de projetos!

Quando você foca em apenas se tornar uma pessoa mais organizada, fica faltando um ponto crucial: a necessidade de pensar e o poder de decisão intuitivo para realmente ver o trabalho feito.

Não adianta achar que você vai construir ou chegar a ter um sistema que vai automatizar tudo a ponto de você poder dizer: “ufa! agora não preciso pensar mais!”. Isso não vai rolar! E, mesmo que rolasse – mesmo que um sistema incrí­vel te dissesse que sua próxima ação é ligar para o fulano – ainda assim você você teria que considerar uma porção de outras coisas que talvez tenham chegado depois e que você tenha que lidar ao mesmo tempo.

NENHUM SISTEMA SUBSTITUI A NECESSIDADE DE ESCLARECER O QUE VOCíŠ TIROU DA MENTE!

O David diz que ele recebe dezenas de e-mails e mensagens e de pessoas perguntando “qual a melhor ferramenta para organizar projetos?”. E, em 99% do tempo, a resposta dele é: “Uma vez por semana, faça uma revisão total de todos os seus projetos em andamento. Se você fizer isso, seus sistemas funcionarão. Se não fizer, mesmo o sistema mais fantásico do universo não fará nada.”

Não deixe que seu engajamento com a forma (organização) tire seu foco da sua função (resultado).

Cheers!

Categoria(s) do post: Criatividade, Decoração

Para mim, uma das maneiras de mais exercitar a criatividade no dia a dia é deixando a nossa cara com a nossa cara. Acredito que decoração não se finalize. A gente vai construindo aos poucos, colocando um quadro ali, um enfeite ali, pintando uma parede de acordo com o que se sente naquele momento, acrescentando uma planta nova, trocando as cortinas quando dê na telha. Vejo um paralelo muito próximo da decoração com o estilo pessoal, em termos de moda. Suas roupas são quem você quer mostrar ao mundo. í‰ o seu cérebro por fora (Coco Chanel disse isso? Alguém disse isso, não fui eu!). Eu vejo a decoração da mesma maneira.

Gosto da abordagem da Marie Kondo de perguntar se um objeto me traz alegria. Não acho que deva ser o único critério de seleção, mas ele é importante. Se eu não gosto de algo que eu tenho na minha casa, por que mantê-lo afinal?

Se eu preciso comprar um abajour para o meu criado-mudo no quarto, eu vou buscar aquele abajour que tenha mais a ver comigo. Mas que também tenha a ver com os objetos ao seu redor – o estilo da casa. Vou querer equilibrar as cores. E tudo isso mexe muito com a minha criatividade, porque vira um jogo. Não se trata de ir simplesmente na Tok&Stok e comprar um abahour (apesar de isso muitas vezes acontecer!), mas de olhar para um e dizer: “esse não!”. Duas semanas depois, ir em uma feira de objetos usados e dizer: “hmmm, quase!”. Vira um jogo que, pelo menos para mim, estimula a criatividade.

Eu também gosto de pesquisar referências na Internet. O Pinterest me ajuda muito. E, com essas referências, gosto de fazer desenhos de como quero que fiquem as coisas, um ambiente, um cí´modo, um armário.

Fazer exercí­cio me ajuda a economizar muito também. Quando montamos nosso primeiro apartamento, precisávamos de TUDO. E, para ter TUDO logo, deixamos a qualidade de lado em algumas coisas, para pagar mais barato e ter logo tudo o que precisávamos. Acredito que ficamos com uns 30% daquilo que compramos para o nosso primeiro apartamento, depois que nos mudamos. Porque muita coisa estragou, quebrou, sem possibilidade de conserto. Mas aquelas que comprei com significado, fazendo o exercí­cio que citei acima, ficaram.

Tem que ter paciência. Tanto para encontrar o que procura quanto para pagar mais barato em liquidações de grandes lojas. Mas isso torna a brincadeira ainda mais divertida.

í‰ claro que você pode permitir que a criatividade vá para o artesanato também, se você for chegada(o). Ter em casa um quadro que você pintou, montar um mural com desenhos dos filhos, ter uma toalhinha de crochê feita pela avó sempre são toques únicos e que dão mais vida ao ambiente.

Nossa casa é o nosso santuário. O lugar que vivemos, convivemos com quem amamos, buscamos refúgio depois de sair e voltar. Precisa ser agradável. Não é para ser padrão, comum, ou triste. Traga mais de você para as suas coisas do dia a dia e você verá como isso pode revelar aspectos bem bacanas da sua própria personalidade, que talvez você não estivesse prestando atenção antes.

Categoria(s) do post: íreas da Vida

Frequentemente, eu gosto de postar no blog alguns links que li durante a semana e que possam ter a ver com os assuntos que eu trato aqui. Os desta semana foram:

Boa semana para você!

Categoria(s) do post: Ambiente de trabalho, Social

Recebi uma pergunta muito pertinente de uma leitora e achei que seria legal responder em forma de post porque outros leitores podem se identificar (é um problema que ouço muito):

“A unica coisa que continua a ser fonte de estresse em minha vida, é lidar com a falta de organização de outras pessoas! E quando a gente depende do trabalho de outras pessoas pra fazer avançar o nosso, como faz? Sugiro um post sobre isso se você tiver dicas para compartilhar.”

São várias questões legais de abrirmos aqui. Vou dar minhas recomendações que sei que funcionam, por experiência ao longo dos anos:

  1. Independente das outras pessoas, tenha seus limites pessoais. Quanto mais você se organiza, mais consegue argumentos para dizer “não” í s pessoas. í‰ complicado falar que não pode assumir uma demanda X “porque você não tem tempo” – é diferente dizer que não pode assumir tendo uma lista completa de todos os seus projetos em andamento e podendo negociar o que é prioridade. Além do que, se você for uma pessoa organizada, todos sabem que você tem as coisas sob controle. Por isso, sempre, trabalhe no seu.
  2. Eu já tive chefes desorganizados e já trabalhei com pessoas muito desorganizadas. O que eu fazia era antecipar prazos. Por exemplo: se algo precisa ser entregue até dia 15, eu dizia que o prazo era dia 14 ou 13. Sempre funcionou bem.
  3. Outra recomendação que eu dou é sempre você pensar: “o que está sob a minha influência ou responsabilidade fazer com relação a determinada tarefa?”. Por exemplo, Fulano ficou de te entregar uma demanda, e fica demorando. Qual é a sua responsabilidade nisso? Muitas vezes, é só ficar cobrando. E ok, faça isso. Muitas vezes você é responsável pelo projeto e precisa responder a um diretor ou gestor acima de você. Notifique ao gestor o que está acontecendo. Muitas vezes, (e aqui eu deixo como último recurso, para evitar sobrecarga) a gente tem que pegar a demanda de volta e finalizar o negócio. Tudo depende de prioridades… O fato é: o que VOCíŠ pode fazer com relação í quela demanda que o Fulano está atrasando? Tente tirar um pouco da pressão da sua cabeça, porque muitas vezes não há o que fazer e você não precisa se responsabilizar por tudo.

Existe uma máxima budista que diz que é mais fácil calçar chinelos que cobrir o mundo inteiro de borracha para você poder pisar descalço. Ou seja, busque soluções para você, em vez de tentar mudar o mundo. Se você fizer isso, é provável que as pessoas ao seu redor comecem a usar chinelos também. Aqueles que não usarem, ficarão com os pés sujos – e é problema delas. Se eles entrarem na sua sala sujando o piso, você sempre tem opções. 😉

Categoria(s) do post: Tecnologia

Uma leitora me perguntou ontem como eu faço para zerar a caixa de entrada do What’s App diariamente, então achei que seria uma boa fazer um post sobre isso explicando para todos.

Eu zero a caixa de entrada do What’s App como eu zero todas as outras caixa de entrada existentes: esclarecendo item a item de acordo com o fluxo do método GTD, a saber:

Imagem retirada do livro do David Allen

Basicamente, abro uma mensagem do What’s App e me pergunto se demanda ação.

Se não, eu deleto, arquivo ou incubo. O incubar podem ser coisas que podem até demandar ação, porém não agora. Eu anoto (manualmente) nas minhas listas de Algum Dia / Talvez no Todoist ou então coloco um lembrete na data que preciso lembrar disso no meu calendário. São as formas de incubar.

Se demanda ação e leva menos de 2 minutos, faço na hora. Se leva mais, mas tiver que ser delegado, delego na hora e coloco na minha lista de Aguardando Resposta (também no Todoist), também manualmente. Se eu mesma tenho que fazer, vou colocar essa ação nas minhas listas de Próximas Ações ou no calendário, se precisar ser feito em um dia ou horário especí­fico.

Sempre lembrando que qualquer mensagem, se por si só não conclui o que precisa ser feito, eu preciso definir o resultado desejado e colocá-lo em minha lista de Projetos (também no Todoist, também manualmente).

Assim que eu processo cada mensagem, eu a arquivo (dá para arquivar mensagens em todo What’s App. No iPhone, basta arrastar para o lado), e assim ela sai da minha caixa de entrada. Eu deixo na caixa de entrada do What’s App somente aquilo que ainda não li (e, portanto, não esclareci).

Um truque que ajuda bastante é ter o aplicativo do What’s App instalado no computador. Assim, é mais fácil responder (sou meio ruim digitando no celular), então aproveito para processar essa caixa de entrada como se fosse uma caixa de e-mails, quando estou trabalhando.

Vale lembrar algumas coisas importantes que aplico não apenas ao What’s App, mas a e-mails e outras formas de comunicação via mensagem de texto (ex: redes sociais):

  • Não deixo nenhuma notificação ligada no meu celular alertando que chegou uma nova mensagem. Isso distrai e atrapalha. Tenho perí­odos que paro e olho as minhas mensagens.
  • Nos intervalos entre as minhas atividades, abro o What’s App (ou outra caixa de mensagens). Se eu já tiver tempo, posso processar algumas delas. Se não tiver, só bato o olho para ver se tem algo urgente e, se tiver, respondo – se não tiver, olho mais tarde.
  • Esvaziar uma vez por dia me deixa satisfeita. Se eu já esvaziei uma vez hoje, não fico neurótica querendo esvaziar de novo. Deixo para o dia seguinte.

Eu não dou prioridade total para as caixas de entrada de maneira geral porque e-mails e mensagens são uma parte importante, porém não a parte mais importante do que geralmente tenho para fazer no dia. Então eu preciso criar espaço para mim mesma para que eu possa trabalhar no que for prioridade, mas não posso deixar de responder as mensagens, então faço isso nos intervalos. No entanto, se eu deixasse as notificações ativadas, estaria dizendo a mim mesma que os outros ditam o que devo fazer, e não eu. Fica a recomendação!

Categoria(s) do post: Diário da Thais, Plenitude & Felicidade

Toda vez que eu recebo algum comentário que me chateie por algum motivo, eu não acho ruim ter recebido o comentário em si. Eu fico me perguntando o que me deixou chateada, para me entender melhor. Nesse caso, postei um ví­deo contando sobre uma adaptação que tenho feito na minha vida, em decorrência de uma cirurgia, e recebi um comentário me criticando. Nesse caso, eu concluí­ que o que me chateou foi que o comentário não tinha absolutamente nada a ver com o que eu tinha comentado no ví­deo. Se a pessoa entendeu algo completamente errado da mensagem que eu estava querendo passar, eu concluo que eu que não soube passar a mensagem da forma correta. Então este post é uma maneira de complementar o que eu disse.

No final de abril, eu realizei uma cirurgia que mudou bastante o meu metabolismo. Mexeu no esí´fago, estí´mago e intestino, e afetou a forma como meu corpo absorve nutrientes. Recentemente, percebi que meu ní­vel de energia está simplesmente diferente de como era antes. Apesar de me sentir muito bem (porque perdi peso, e isso sempre dá mais mobilidade), em alguns momentos sinto minha energia muito volátil (vai embora muito rápido). Ultimamente, isso tem sido cada vez mais frequente, e vou ficar três semanas de repouso (na medida do possí­vel), fazendo exames e me tratando. í‰ possí­vel que seja um princí­pio de anemia. Também é possí­vel que não seja nada, mas vamos descobrir.

Nesse cenário, eu percebi que não sou mais a mesma pessoa que eu era antes. Eu preciso descobrir (e estou nesse processo) como meu metabolismo funciona, como estão meus ní­veis de energia, e quais são os meus novos limites. Ter que parar durante três semanas para prestar atenção no meu corpo me deu vontade de gravar um ví­deo para levantar a questão: será que fazemos coisas demais? Porque í s vezes era ok fazer algumas coisas antes, mas o cenário pode mudar e nós podemos precisar mudar as coisas também. Isso acontece o tempo todo. Postei no Instagram a mesma reflexão.

Depois que eu operei, em abril, eu ainda não me acostumei que talvez meu ritmo de vida não possa ser mais o mesmo. Estou aprendendo a conhecer de novo o meu corpo e quanto eu aguento. Vou precisar passar as próximas três semanas em repouso, mantendo só as atividades profissionais mí­nimas ou inadiáveis, para fazer alguns exames e recalibrar a alimentação. O que isso me ensina? Que a vida é diní¢mica e devemos aprender o tempo todo como reequilibrá-la. Não existe uma fórmula certa que funcionará uma única vez e você nunca mais vai ter que se preocupar com isso. í‰ uma percepção constante. Isso é ter uma vida organizada: fazer ajustes, se conhecer, equilibrar.

Uma publicação compartilhada por Vida Organizada 🕐 (@blogvidaorganizada) em

O ví­deo é sobre isso, e você pode vê-lo abaixo (ou aqui):

Uma leitora entrou no í¢mbito pessoal e perguntou por que eu fazia tantas coisas. Por que eu fazia 5 treinamentos em um mês, em vez de 2 (na verdade eu não vou fazer 5 treinamentos, mas 5 viagens). Respondi simplesmente: “para pagar as contas”. Claro que essa foi uma resposta simplificada e que resume mil coisas. Eu não faço o que faço apenas para pagar as contas. Mas é importante que as pessoas entendam que o trabalho traz o nosso sustento. Eu não acho que fazer 5 treinamentos em um mês seja muito porque sei que professores da rede pública dão aulas todos os dias, muitas vezes em três perí­odos. Eu trabalho muito menos que essas pessoas e tantas outras que têm uma jornada de trabalho insano todos os dias. Eu não vou virar para uma pessoa que saia 4:30 da manhã de casa para ir trabalhar e chegue quase 21:00 para ela trabalhar menos, porque sei que ela faz o melhor na realidade dela.

De maneira geral, todo mundo está trabalhando para caramba. Estamos em uma grande recessão no nosso paí­s, milhões de pessoas estão desempregadas, as leis trabalhistas foram destroçadas, e tudo isso faz com que as condições de trabalho fiquem mais agressivas. Ninguém diz que o cara tem que responder What’s App do chefe í s 23 horas, mas ele sabe que, se não responder, pode ser um fator diferencial que o leve a perder o emprego no próximo corte da empresa.

Eu não vou “perder o meu emprego”. Eu sou empresária – e com isso vem a responsabilidade de criar minha própria estabilidade. Mas, se você já circulou por shopping centers nos últimos meses (para dar um exemplo), já deve ter visto como as lojas estão vazias. Os restaurantes, os cinemas, estão mais vazios. As pessoas estão gastando menos. Muitas pessoas estão desempregadas e não têm dinheiro. E um empresário é o cara que depende dessas vendas não só para se sustentar mas para empregar outras pessoas. Sim, eu sei que trabalhar mais não significa trabalhar melhor – você precisa aproveitar melhor o seu tempo. No meu caso, eu simplesmente estou em um ritmo normal (e até mais tranquilo) do que era, de trabalho, e por conta de um momento de saúde (que nada tem a ver com a quantidade de trabalho, e sim com a cirurgia), estou redescobrindo como posso investir meu tempo ou não.

Por favor, não usem flashes de vulnerabilidade para ofender o trabalho inteiro de uma pessoa. Recebi um comentário dizendo que, se eu trabalho para pagar contas, isso é desorganização (a pessoa apagou, mas eu li). E em nenhum momento eu disse que “trabalho só para pagar contas”. Pagar contas é importante. Sustento a minha famí­lia. Tenho uma empresa, impostos e investimentos a fazer nela e em mim. Simplesmente faz parte. Mas não quer dizer que eu só trabalhe por isso. Puxa vida, achei que nem precisaria mais dizer o quanto de coerência e de propósito eu busco no meu trabalho e isso é uma construção de ANOS. Por isso fico chateada – porque talvez não esteja conseguindo passar essa minha mensagem corretamente. Comentários assim me fazem repensar se estou sabendo me comunicar, porque a verdade é que o que se expõe na Internet não é nem 10% da vida da pessoa – mas eu preciso escolher o que entra nesses 10%, e talvez não tenha sido feliz na escolha desta vez.

Não, eu não trabalho só para pagar as minhas contas. Não, eu não preciso ter um volume insano de trabalho para pagar as contas. Não, eu não acho que trabalhar mais seja o mais adequado em nenhuma situação. Tenho feito uma série de posts sobre a importí¢ncia de delegar, de criar escala na sua empresa, de criar processos, definir responsabilidades, usar checklists. Estou escrevendo um livro sobre trabalho. Estou montando um pré-projeto de mestrado com esse assunto. Tenho devorado pesquisas sobre sociologia do trabalho. Tenho um curso de organização para empreendedores. Consigo tirar três dias de folga em uma semana em que todos estão trabalhando. Escrevo posts no parque perto de casa. Trabalho na rua da minha casa. Vivo uma vida tranquila que me permite tomar café-da-manhã com o meu filho e ficar tocando piano com ele de noite. Durmo adequadamente, faço atividade fí­sica, descanso, equilibro as diversas áreas da minha vida. Mas talvez eu não esteja sabendo como comunicar isso adequadamente. Vou melhorar!

Categoria(s) do post: Arquivos, GTDâ„¢

Ultimamente, por ter assumido uma nova responsabilidade (vendas dos cursos de GTD), tenho recebido um volume muito maior de e-mails e, por isso, tenho que acessar e processar a minha caixa de entrada com mais frequência. Caso você seja novo(a) no blog, saiba que eu tenho os seguintes hábitos:

  • Zerar a minha caixa de entrada diariamente. Isso inclui e-mails e What’s App. A ideia de ter uma caixa de entrada zerada (e mantê-la assim) é que você tem controle de todas as demandas externas que chegaram até você e nada te pega de surpresa.
  • Verificar meus e-mails em uma determinada frequência, em vez de ficar com as caixas abertas o dia todo (o que me distrai sempre que chega um e-mail novo).

Como vocês bem sabem, assim que a gente zera a caixa de e-mails, logo na sequência chegam uns 15 novos. Portanto, minha regrinha atual tem sido zerar uma vez por dia, pelo menos uma vez. Se novos e-mails chegarem depois, eu fico bastante tranquila de processar no dia seguinte, pois tenho uma regra pessoal de responder em até 24 horas o que precisa ser respondido.

Logo, no dia seguinte, quando vou processar meus e-mails (= com foco em esvaziar a caixa de entrada), começo pelos e-mails do dia anterior e, quando eu termino de processá-los, vou para os do dia em questão. Essa é uma pequena porém inofensiva maneira de burlar a regrinha do David Allen, que recomenda começar sempre pelo e-mail mais recente.

Também aumentei a minha frequência de leitura de e-mails. Em vez de processar duas vezes por dia, tenho processado quatro vezes (pela manhã, depois do almoço, no meio da tarde e í  noite). Isso tem me ajudado a dar conta do volume.

Bem, quis compartilhar com vocês. 🙂 Mesmo com um grande volume de e-mails, continuo zerando a caixa pelo menos uma vez por dia e respondendo as pessoas em até 24 horas. Tem funcionado para mim!

Se quiser aprender GTD, verifique nossa agenda de cursos.

Categoria(s) do post: Arquivos

Commonplace books são cadernos que você cria para registrar aprendizados de diversas áreas diferentes no mesmo lugar. (Leia este post para mais detalhes.) Neste post, trago um tutorial básico para você criar o seu, passo a passo:

Escolha um formato

Papel ou digital? Isso é particulamente importante, pois a ideia é que você dê continuidade ao formato que escolher. Eu preferi papel porque 1) gosto da prática de escrever manualmente e 2) vejo meus commonplaces books como um legado legal para deixar depois que eu morrer (eu pelo menos acharia legal encontrar os de alguém!).

No digital, você pode escolher o Evernote, o Google Drive ou até mesmo simples arquivos do Word em pastas. Eu acho que perde muito o charme dos CPBs, mas claro que é uma escolha pessoal.

Decida o que deve entrar

Existem algumas recomendações básicas mas, no final de contas, o CPB é seu e você pode escolher o que vai guardar. Eu gosto da ideia de guardar aprendizados, e isso vem de insights, frases que ouvi ou li e achei legais, trechos de livros, anotações em cursos e palestras, entre outros similares. Não uso como caixa de entrada (= anotações que preciso processar porque provavelmente tenho algo a fazer a respeito), mas como referência.

Simplesmente comece!

Coloque a data de hoje no iní­cio da primeira página e comece a inserir as informações. Quando o caderno acabar, coloque as datas de iní­cio e término na folha de rosto e inicie um caderno novo. 🙂

Crie um í­ndice no final

Da última página para trás, insira um í­ndice. Numere as páginas í  medida que for preenchendo cada uma delas, para não fazer tudo de uma só vez. No í­ndice, insira o tópico e as páginas na frente.

Boas ideias:

  • Enquanto seu caderno vai sendo construí­do, leve-o sempre com você para fazer anotações e também para rever os aprendizados que já registrou.
  • Ao ler um livro, grife os trechos que pretende passar para o seu CPB. Você pode querer ler mais de uma vez. Isso te ajudará a estudar e assimilar melhor o conteúdo.
  • Use canetas diferentes, misture desenhos com escritos, ou mesmo colagens. í‰ o seu caderno.

Compartilhe comigo nos comentários se você já começou o seu. 🙂

Categoria(s) do post: íreas da Vida

Recentemente concluí­ que um dos meus grandes propósitos de vida é ajudar as pessoas a serem menos estressadas.

Descobri isso quando passei a falar muito sem querer, explicando como funciona o propósito nos horizontes de foco no método GTD. E, de tanto sair natural, percebi que era natural porque de fato é o que eu faço.

Por que isso é importante?

Porque descobrir propósitos ajuda a gente a tomar decisões.

Quando eu falo para as pessoas que tenho um blog chamado “vida Organizada”, recebo quase de bate e pronto a resposta: “ah, então você deve ser fanática por organização!”. E sabe, há todo um trabalho de educação em mostrar que:

  1. Organização não é siní´nimo de fanatismo, e sim de praticidade.
  2. Organização não é siní´nimo de casa impecavelmente limpa o tempo todo.
  3. Organização não é siní´nimo de engessar a vida e “viver sob listas”.

O que é organização, para mim:

  • Levar uma vida coerente com os seus valores, de modo que seus projetos e atividades estejam alinhados com quem você verdadeiramente é.
  • Ter em sua vida, em sua casa, só aquilo que é necessário para você. E isso não tem a ver com quantidade de coisas. Tem a ver com necessidades de vida, de propósito, de alma, e também do dia a dia.
  • Viver uma vida tranquila em todos os aspectos. Pensando no futuro, bem-resolvida com o passado e aproveitando o presente.

Talvez você pense que isso não tenha a ver com organizar. Eu acredito que tenha sim. Significa organizar os pensamentos, os recursos, os projetos, a vida como um todo, através de uma linha coerente.

Quando eu falo sobre reduzir o estresse na vida das pessoas, vou nesse ponto porque sei que é a grande “dor” hoje. Sabe, eu passei por isso. Eu fui uma pessoa estressada. Eu aprendi a como lidar com isso e ser uma pessoa tranquila. Claro que não 100% do tempo (até o Dalai Lama tem seus dilemas…), mas eu sei identificar quando estou estressada e sei ficar tranquila de novo. E devo tudo isso muito mais ao GTD que í  meditação (apesar de ambos serem muito bons e terem me influenciado enormemente).

Fico chateada de ver pessoas ao meu redor, em minha famí­lia ou em cí­rculo í­ntimo de amizades, sofrendo com estresse. Fico chateada quando fico sabendo que os amigos dessas pessoas estão sofrendo com estresse. Fico chateada quando chego em uma empresa para ministrar um treinamento e ouço o depoimento das pessoas. Fico chateada quando um leitor do blog compartilha comigo como sua vida está sofrida nesse ponto. E quero ajudar. só isso.

Me sinto abençoada por fazer disso o meu trabalho? Sim e não. Sim pelo fato de estar viva. Essa é uma grande bênção que agradeço diariamente. Não porque não depende apenas de bênçãos. Depende de muita resiliência, muita força de vontade, muito senso de propósito. Mas sim, tudo vem da eterna bênção de estar viva e poder guiar a minha vida…

Compartilho com vocês porque sinto que é legal compartilhar esses pensamentos, para que vocês saibam os rumos que o blog está tomando.

Continuemos.