Durante muitos anos meu marido e eu conversamos bastante sobre essa coisa de mostrar dentro da nossa casa ou não. Nosso filho era bebê, morávamos em outra cidade, ou ficávamos muito tempo fora de casa, e ambos achávamos que não era seguro ficar mostrando ambientes tão íntimos da nossa residência. De alguma maneira, com o passar do tempo, e depois que ele começou a trabalhar comigo, a gente foi vendo que valia a pena compartilhar algumas coisas, até para vocês (leitores do blog) entenderem mais sobre a nossa rotina, nossas escolhas, além de reconhecer os cenários nos vídeos. 🙂
Para mim, o sentido de viver em um sobrado tem muito a ver com aproveitar a área do térreo para ela ser mais “coletiva”, enquanto a área superior, dos quartos, acaba sendo mais reservada. Com isso em mente, fizemos a reforma da nossa casa há cerca de um ano, pensando em ter na parte de baixo justamente os ambientes que proporcionassem maior convivência em conjunto. O térreo da casa é composto então por: sala de estar, cozinha, área de serviço e home-office.
Nossa casa é escura e bate pouca luz do dia. A sala tem janelas pequenas. Não quisemos mexer nisso para não encarecer a obra. De modo geral, como comentei em um post um pouco mais antigo, tanto meu marido quanto eu adoramos o estilo rústico industrial. Sei que está na moda e até enjoa de ver tanta coisa assim, mas nós realmente gostamos desse estilo e quisemos que a nossa casa incorporasse isso. Essa escolha se refletiu nos dutos elétricos por fora das paredes, por exemplo, o que também facilitou horrores a obra como um todo. E eu adoro o visual.
Meu projeto de organização de qualquer cí´modo é sempre pensando na funcionalidade. Por isso, setorizar é fundamental. Na entrada da nossa casa, é importante ter uma área de chegada, onde a gente deposita chaves, sapatos, guarda-chuvas. E ali também é essencialmente o lugar onde nós convivemos como família. Meu marido é cinéfilo e ama assistir filmes de noite.
Minha poltrona ficava no home-office, mas eu a levei para a sala justamente para ficar mais com eles, mesmo se cada um estiver fazendo alguma atividade mais individual, como vendo tv ou jogando vídeo-game. Obviamente virou meu cantinho preferido da casa! Amo a luminária (Tok&Stok), a poltrona era dos meus bisavós, e eu uso o porta-controles para deixar minhas canetinhas marca-texto e a mesa de centro para colocar meus livros em andamento na prateleira inferior dela (a mesinha era da minha avó também).
Nosso sofá (Etna) fica de frente para a tv, em um rack que compramos na Mobly. Dentro do hack deixamos DVDs e caixinhas com fios, controles de vídeo-game etc. A mesa de centro, como disse, era da minha avó, e é feita de mármore e madeira – eu adoro. Além de ser um móvel de família, também acho ela extremamente funcional, pois a superfície pode ficar sem nada (prefiro) e a parte de baixo guarda as coisas que precisamos ter por ali – como no exemplo que dei dos meus livros.
Ao lado do hack fica uma estante de ferro (Leroy Merlin) que meu marido usa para guardar as coleções de filmes de terror dele, os vídeo-games e jogos. A gente tenta trazer alguns elementos geek para a decoração, como um quadrinho do Senhor dos Anéis ou uma miniatura de personagem da Marvel.
A segunda área da sala é um espaço essencialmente do meu marido, pois é o home-office dele, por assim dizer. Meu marido é músico, mas desde o ano passado ele começou a trabalhar comigo editando os vídeos dos meus cursos online e alguns para o canal (eu também gosto de editar). Então a gente montou essa área bastante funcional para ele, com elementos de decoração que eu gosto muito.
As duas mesas pretas são da Mobly, assim como a cadeira. Os quadros vêm de fontes diversas – de feiras de artesanato a lojas maiores como Etna e Tok&Stok. A luminária de mãozinha do rock a gente comprou na Etna há uns cinco anos (eu amo!). O “A” é da Tok&Stok (meu marido se chama Anderson). Do lado direito do interruptor ele tem os quadrinhos dele, e do lado esquerdo estão os meus. 🙂 Como as paredes e o piso já são cinzas, eu quis colocar quadros claros, essencialmente com fundo branco, para suavizar um pouco o cenário. Gostei muito de como ficou.
A área dele ainda precisa sofrer alguns ajustes, mas não fizemos nenhuma modificação ainda porque estamos mudando de escritório e ele vai ter uma área de trabalho dele lá, o que provavelmente vai aliviar um pouco esse espaço aqui na sala.
Na outra parede, temos uma janela antes de subir as escadas, onde eu deixo um barquinho que comprei de um artesão em Paraty – RJ (amo Paraty), uma vela de citronela (acho que fica bonito para quem vê de fora a vela acesa na janela) e um porta-incenso, que uso muuuuuito. Eu amo incenso.
Atrás da mesa do meu marido tem um pequeno armário embaixo da escada, que eu tinha planos para transformar em uma adega, mas como já não tenho mais tanta certeza esse projeto foi para “algum dia, talvez”! De qualquer maneira, minha adega climatizada fica ali, e na parede correspondente tenho alguns quadros com esse tema, inclusive aqueles quadros-vitrine que a gente usa para guardar rolhas, sabe? Não deu para fotografar essa área porque ela é bem mais escura que as outras da sala.
De modo geral, nossa sala é um ambiente onde ficamos juntos todos os dias, além de abrigar muito bem amigos que venham nos visitar. A gente tem vários móveis ocultos, tipo banquinhos, que aumentam os lugares disponíveis para acomodar as pessoas, se necessário.
Quando a gente pensou em pintar a sala de cinza, a gente ficou um pouco preocupado se ela ficaria muito escura. Até fica, mas isso que é legal dela, porque virou um ambiente muito aconchegante! Aí a ideia com a cozinha (que vem na sequência do cí´modo) é ela “abrir”, ser bem clara, ter outra pegada. Eu gostei muito dessa continuidade dos cí´modos do térreo.
Eu pretendo bem aos pouquinhos ir gravando tours dos ambientes da nossa casa. Você pode conferir no YouTube o tour da sala clicando aqui. Caso queira ver algum ambiente em específico, deixe um comentário! Assim consigo planejar os próximos. Obrigada!