Categoria(s) do post: Estudos

Em fevereiro eu escrevi alguns posts para compartilhar experiências mais recentes sobre aprendizados na minha vida. Já estamos em março mas mesmo assim quis escrever sobre o aprendizado do inglês, que acabou se tornando o meu segundo idioma, principalmente devido ao trabalho.

Eu digo principalmente porque, apesar de usar o inglês muito para trabalhar, eu também me beneficio do idioma pessoalmente, seja em viagens internacionais, seja em materiais que gosto de acompanhar (livros, ví­deos e outros).

Concordando ou não, o inglês é a lí­ngua universal e eu considero o seu aprendizado tão importante quanto aprender sobre organização ou finanças, por exemplo. Quando uma pessoa diz que não consegue ler um texto que recomendei “porque ele está em inglês”, eu entendo mas faço um leve julgamento internamente. Quando eu era nova, coisa de pré-adolescente mesmo, eu queria saber o que cada música dos meus artistas preferidos dizia, e comecei a traduzir sozinha, sem Internet e apenas com um dicionário. Hoje nós temos recursos incrí­veis como o Google Tradutor, que está a um clique de copiar / colar para saber uma tradução básica, além das possibilidades de aprendizado que existem online. Uma pessoa não saber inglês hoje, infelizmente, é quase como assumir que não foi alfabetizada. O inglês abre MUITAS portas em todos os sentidos. Considero, enfim, uma habilidade para a vida e, como tal, objeto de estudo para sempre.

Eu já estudei inglês de diversas formas. Autodidata, fazendo curso na SKILL, na Wizard, na Cultura inglesa, na Open English, na English Town e com professor particular. Me sinto bastante confortável para falar sobre esses modelos de aprendizado e o que funciona hoje para mim.

Eu estou em um momento em que preciso treinar alguns pontos especí­ficos. A saber:

  • Vocabulário. E isso eu treino lendo, ouvindo podcasts, vendo filmes e ví­deos, fazendo palavras-cruzadas.
  • Fala. Treino ministrando cursos para mim mesma ou para amigos.
  • Gramática. Consulto dúvidas especí­ficas quando as tenho.
  • Escrita e raciocí­nio. Frequentemente procuro escrever textos e mensagens em inglês para poder treinar esse lado.

Minha rotina tem sido simples: todos os dias, pratico algum dos pontos acima. Não estou estudando formalmente com ninguém ou em nenhum lugar, porque acho que este é um momento de treino individual. Pode ser que no futuro eu volte ao antigo modelo. Além do que, segurar o mestrado já é o máximo de estudo formal que consigo fazer no momento, e qualquer outro tipo de atividade nesse sentido sobrecarregaria bastante a minha semana.

Se eu puder dar uma dica ou conselho a você que esteja querendo aprender inglês, é primeiro entender qual o seu objetivo principal com o idioma. Uma coisa é aprender com tom de urgência porque você fará uma viagem a trabalho daqui a dois meses. Outra coisa é querer estudar para obter os IETLS. Outra é estudar para aprender, para a vida. Cada objetivo dará o tom do tipo de formato que você vai buscar. Eu falo isso porque o que mais vejo é a pessoa dizer: preciso estudar inglês / vou me matricular em um curso. Nada contra os cursos, mas tem que ver se é o que funciona para você nesse momento.

Eu acho que os cursos funcionam muito bem para estudos a longo prazo. Por exemplo, este ano o filhote vai começar a fazer inglês fora da escola. Por que eu acho importante? Porque o foco nesse momento é ele conhecer inglês para saber se comunicar, entender os joguinhos dele, e chegar na época do vestibular mais preparado. Depois, para a vida profissional dele, certamente o aprendizado do inglês terá um foco completamente diferente, e ele que vai decidir.

Se você não tem qualquer objetivo especí­fico com inglês, os cursos podem ser uma boa, mas entenda que serão anos de aprendizado. Você está disposta(o) a dedicar tempo e dinheiro para isso? Ao mesmo tempo, sem um objetivo especí­fico fica difí­cil manter uma rotina de estudos autodidata, pois você pode não ver motivação para fazer aquilo. Analise sua situação.

Francamente, a prática é o que faz o idioma ser aprendido. Mas, a não ser que você more em um paí­s que fale inglês ou conviva diariamente conversando no idioma, não tem como ter uma prática 100% morando no Brasil (ou em Portugal..). Por isso que eu considero essa rotina diária de prática importante. Hoje escuto um podcast, amanhã me gravo ministrando uma parte do curso em inglês, depois leio um artigo acadêmico no idioma e por aí­ vai. í‰ o contato constante com o idioma em diferentes formatos (áudio, ví­deo, texto etc).

Espero que uma atualização dessa minha experiência possa ser útil para você.