Minha visão atual sobre planejamento financeiro pessoal

Eu não posso me dar ao luxo de não pensar em finanças. É como o tempo. Quando a gente tem bastante, organizar não é uma necessidade. Com dinheiro, é a mesma coisa. Como a maioria dos brasileiros, eu não posso me dar ao luxo de não pensar nisso. Organizar as finanças é algo essencial.

Meu foco de vida sempre é buscar uma segurança maior. Para mim, isso representa ter uma casa para a nossa família, uma casa para o meu trabalho, e guardar dinheiro para não passar dificuldade na velhice. Mas o dinheiro também deve proporcionar o básico no dia a dia: pagar contas, comer, ter um plano de saúde, estudar, e certo consumo (livros, roupas).

Eu sei que é muito complicado falar sobre finanças para um país com tanta desigualdade social. Farei o possível para tentar sempre citar exemplos diversos, mas eu assumo desde já que os posts provavelmente terão o meu ponto de vista de classe média, pois é meu local de fala.

Dentro desse contexto, acho sempre importante lembrar que não somos responsáveis por problemas estruturais do sistema econômico que nos rege. Ele é avassalador. Não podemos dar “dicas de finanças” falando para a pessoa guardar 10% do que ganha se o que ela ganha nem paga o mínimo que ela precisa para sobreviver. Precisamos ir na raiz do problema e trabalhar pela sua resolução real. Consciência do problema é o primeiro passo.

Na minha realidade, o foco com relação a gestão de finanças é: 1) ganhar dinheiro com o meu trabalho e 2) economizar o máximo que puder. São cenários ideais que eu busco, mas não cobro nenhum tipo de perfeição. É apenas o que eu tenho em vista.

Todo “guru” de finanças fala para termos metas de finanças mas, para mim, isso funciona só de vez em quando – quando tenho essa liberdade. Muitas vezes, penso apenas nos dois pontos acima.

Não acredito em uma vida com ostentação sendo que existe tanta desigualdade. E acho que todo criador de conteúdo deveria ser mais responsável ao lidar com esse tema.