Desde sexta-feira o Paul voltou às aulas presencialmente.
É um mix de emoções. Apesar de ficar preocupada e já ter tido algumas crises pensando sobre o que quero desse “novo normal” (acho que agora sim dá para falar isso), eu vejo como ele gostou de voltar, sair todos os dias e interagir pessoalmente com os amigos e professores.
Estamos torcendo pelo melhor. Fizemos a nossa parte durante toda a pandemia. Nos cuidamos. Ficamos em casa. Fizemos quarentena. Nos isolamos. Ele ficou no ensino online durante mais de um ano e meio. Nos vacinamos. Ele irá se vacinar em breve – em abril, quando completar 12 anos. Para mim, ideal mesmo seria ele voltar à s aulas depois de ter tomado as duas doses da vacina. Mas…
Nossa rotina aqui em casa mudou e eu mesma estou fazendo adaptações. Agora eu passo grande parte do meu dia sozinha, o que me permite liberdade e concentração mas também significa que fico administrando todo o cenário doméstico sozinha também. Os doguinhos demandam atenção e eu quero que a transição para eles seja suave – já não bastam os dois (marido e filho) ficarem fora algumas horas, vou eu também ficar? Então eles estão se acostumando aos poucos. No primeiro dia de aula do Paul, por exemplo, o Sebastian comeu dois chinelos, coisa que ele NUNCA tinha feito antes. Imagino que seja um tipo de ansiedade canina. Enfim.
Sobre os cuidados do Paul – muita gente me pergunta isso, mas nós nunca mudamos os cuidados de modo geral com a pandemia. Sempre usamos máscara, trocamos quando estamos há muito tempo com uma, higienizamos as mãos o tempo todo, não chegamos perto de outras pessoas. Com o Paul, é a mesma coisa. Ele tem o kitzinho dele de álcool gel, duas máscaras e um pacote de lencinho umedecido para levar para a escola e é isso. Fiz perguntas de teste tipo “e se você sentir que tem uma caquinha de nariz dando coceira no meio da aula de matemática – o que você vai fazer?”. Levantamos todas as possÃveis situações e esclarecemos com ele o que fazer em cada uma.
Eu preciso confiar que o nosso filho é responsável e vai fazer a parte dele. Com a chegada à adolescência eu sei que “n” coisas são envolvidas, mas eu sigo nessa ideia.
Meu marido também está entendendo como se relacionar com essa nova fase. Ele vai aproveitar o perÃodo de aulas do Paul para alguns projetos pessoais, como fazer um curso e, talvez, academia. E já está se organizando para voltar a tocar com a banda – não a banda que ele tinha antes e tocava três ou quatro vezes por semana, mas uma banda com rotina mais “light”, que toca uma ou duas vezes por mês.
Eu também já tenho duas viagens agendadas este ano (domésticas) e em vista uma viagem internacional em 2022 (todas a trabalho, por hora), então continuarei me cuidando e fazendo o melhor possÃvel para garantir a segurança de todos.
Tranquiliza muito saber que muitas pessoas já estão vacinadas com a segunda dose, mas ainda precisamos melhorar esse cenário, Brasil. Atentai.

Aos poucos as coisas vão se readaptando a essa nova fase da nossa vida.
Esse perÃodo pandêmico vem deixando marcas que, pelo menos para mim, vão demorar a cicatrizar totalmente. Aos poucos vamos nos adaptando e seguindo as medidas de segurança que ainda se fazem necessárias.
Me emocionei com o relato… que tempos vivemos! Sinto exatamente o mesmo por aqui. Que privilégio termos chegado até aqui com o nosso núcleo familiar “a salvo”. Aos poucos e atentas, seguimos.
O seu cachorro comeu dois chinelos. A minha ficou numa tristeza mortal quando voltei a lecionar fora de casa. Agora já está melhor.