Categoria(s) do post: Checklists
heck

Gosto de sempre trazer ideias de checklists para você salvar no seu sistema, personalizar para a sua vida e usar conforme apropriado.

Hoje, quero trazer ideias de atividades que você pode fazer offline. Você pode usar para:

  • momentos de desconexão no geral
  • quando acabar a luz!
  • de noite em casa (eu gosto muito dessa abordagem)

Veja então diferentes atividades que envolvam ocupação e lazer. Personalize para a sua realidade, mudando itens ou inserindo novas ideias.

  • Ler
  • Tocar violão
  • Meditar
  • Conversar
  • Jogar jogos de tabuleiro
  • Arrumar os livros na estante
  • Limpar as estantes ou passar o espanador
  • Dobrar roupas limpas
  • Revisar meu Commonplace Book
  • Colorir livros de colorir
  • Desenhar
  • Cozinhar
  • Destralhar alguma categoria da casa
  • Deitar no sofá e ficar sem fazer nada
  • Tomar um banho relaxante
  • Yoga
  • Fazer exercí­cios
  • Alongar o corpo
  • Testar uma receita nova
  • Testar cosméticos
  • Organizar canetas
  • Varrer a casa
  • Separar remédios vencidos para descarte adequado
  • Organizar fios
  • Fazer automassagem
  • Revisar os cadernos do Paul
  • Limpar a mesa do home-office
  • Revisar flashcards
  • Planeje um projeto no papel
  • Escreva (diário)
  • Práticas diversas de autocuidado

Ah e, se quiser, compartilhe comigo nos comentários outras ideias que você tenha para este post! Vou adorar ler. Obrigada!

Categoria(s) do post: Diário, Diário da Thais

Pensei muito sobre esse tema para escrever aqui porque, do meu ponto de vista, “planejamento do dia” é um dos grandes tabus da produtividade: todo mundo fala para fazer, mas nem sempre bate-se na tecla efetiva, que é se funciona ou não. Não í  toa, diariamente chegam no Vida Organizada pessoas me perguntando “como lidar com a frustração por não ter feito o planejado no dia”. Bora bater um papinho rápido sobre isso então? Vou trazer como faço e ir explicando, porque assim acho que fica mais prático.

Eu uso duas ferramentas para organizar “a minha rotina”: a agenda do Google e as minhas listas no Todoist. Na agenda entram os compromissos com horário e também atividades “de dia inteiro” que são aquelas que posso fazer ao longo do dia, em qualquer horário. No Todoist, entram os afazeres diversos que preciso fazer no dia a dia, desde rotinas diárias até ações pontuais, para fazer o quanto antes, conforme apropriado.

E aí­, sinceramente, tendo isso, já basta para eu “me planejar”. Porque eu vejo o que eu tenho para o dia – tanto na agenda quanto com vencimentos no Todoist – e basta ir fazendo o que tá na agenda ou tem prazo e depois ir “escolhendo” no Todoist conforme a prioridade, além de realizar demandas do dia e outras espontí¢neas que me surgirem.

Informações organizadas nas ferramentas:

  • Google Agenda
  • Todoist

Eu não faço como regra nenhum tipo de coisa tipo “matriz Eisenhower”, prioridades 1-4, estrelinha, MITs ou blocos de tempo, apesar de considerar boas estratégias para usar de vez em quando se sentir vontade. Considero toda regra de organização um microgerenciamento na maioria dos casos – nesse especialmente. Então assim: se der vontade de fazer, de usar naquele dia, eu faço, mas não dependo disso para ter o meu dia organizado porque a organização está na agenda e nas listas.

O planejamento é opcional.

Ou seja, o planejamento é opcional. O importante é ter as informações organizadas, pois elas já guiam o que precisa ser feito.

Além disso, meu dia corre basicamente assim:

  • Revisão da agenda – e execução das atividades ali
  • Revisão da lista – e execução das atividades ali
  • Busco resolver os “compromissos de dia inteiro” da agenda na parte da manhã, como primeiras coisas do dia mesmo
  • De modo geral, deixo rotinas para a parte da tarde
  • Procuro usar a minha manhã para escrever e trabalhar mais concentrada em temas que preciso me concentrar
  • De noite tento ficar offline, lendo livros, estudando, quando não estou descansando mesmo
  • Os pilares do meu dia são: o sono, a alimentação, os exercí­cios e minhas meditações. Tudo gira em torno disso e não o contrário.

O ponto mais essencial que eu queria trazer aqui é que o tempo do dia é finito. Entendendo como a nossa energia oscila, cada vez mais percebemos como não dá para fazer TUDO de uma vez, que as atividades PRECISAM ser priorizadas, que não dá para abusar e estender um perí­odo de dedicação a uma atividade só porque ela está “gostosa” porque isso é como comer 20 chocolates porque você comeu 1 e achou gostoso (deixa de ser gostoso e faz até mal). Nesse caso, gera sobrecarga. Então essa consciência sobre o próprio tempo é fundamental.

Não posso deixar de citar que o planejamento semanal, o mensal etc., todos eles ajudam também a ter um dia a dia melhor priorizado e mais tranquilo, mas isso já é assunto para outros posts, que inclusive temos aqui no blog! Dá uma olhada. 🙂

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

Categoria(s) do post: Diário da Thais, Dicas de produtividade, Planejamento

Este post é mais recomendado a quem acompanha o blog há mais tempo e está familiarizado com alguns conceitos de organização e planejamento. Se você for iniciante, não se preocupe com as reflexões trazidas aqui. Elas podem parecer meio abstratas caso você ainda esteja em outra fase nesse processo. 😉

Escrevendo este texto porque ele tem sido muuuito requisitado por vocês em vários canais do Vida Organizada.

Faz alguns anos que implementei essa ideia e explico melhor em um post anterior.

Trello

Lembre-se que o planejamento é uma prática opcional no processo de organização. Logo, ele deve ser usado como ferramenta, caso haja necessidade, e não como regra, como base para se organizar. Ter as informações organizadas muitas vezes é o suficiente para você conseguir tocar o seu dia a dia de maneira tranquila.

Logo, atribuir contextos para os dias da semana é uma prática de planejamento. E, por isso, ela pode ser usada e dispensada de acordo com a necessidade atual.

No momento, não vejo essa necessidade. Mas, em épocas com mais compromissos, acabo fazendo uso dessa prática. Há cerca de um ano, fiz um post explicando como estava atribuindo contextos durante o trabalho em home-office na quarentena. Naquela época foi muito importante porque eu estava trabalhando praticamente sem equipe (só uma pessoa me apoiando com o atendimento), então era necessário me dividir em múltiplos papéis que tinham sua própria complexidade. Então vejo, depois de alguns anos, que talvez essa seja uma linha de raciocí­nio interessante. Ou seja: se você tem múltiplos papéis profissionais – isso é válido especialmente para quem é “eupresa” – a técnica pode ser interessante. Vale testar.

Atualmente, prefiro trabalhar com o meu mí­nimo viável diário sempre em vista e ir escolhendo prioridades como se tivesse í  minha frente um cardápio de delí­cias (e é!). <3

Uma coisa que tem a ver e que mantenho porque acho muito importante, especialmente depois do iní­cio da quarentena, foi a ideia do domingo como um dia de reset, pra quebrar a sensação de looping da semana. Então, se existe algum contexto que eu atribuo a algum dia ao longo da semana, é esse. 😉

Se você tiver ainda alguma dúvida a respeito de como eu faço, deixe um comentário, por favor. Obrigada!

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

Categoria(s) do post: Anual, Diário da Thais, Vida Organizada
Print do Notion do planejamento de 2021

Você pode achar estranho eu estar falando sobre esse assunto em setembro, mas eu gosto de começar a planejar o meu ano na época do meu aniversário, que acontece este mês. Apesar de vivenciar e respeitar o ano novo civil (que começa no dia 1 de janeiro), eu amo a sensação de “anos novos” de maneira geral – chinês, astrológico, judaico, assim como o meu ano novo pessoal, que começa no dia do meu aniversário. Se a gente parar para pensar, todo dia é um ano novo, e eu sinceramente gosto muito dessa percepção, pois me permite repensar e renovar todos os dias, sem apego ao passado e coisas, situações, que eu não deveria mais vivenciar.

Começar a pensar nesse planejamento me ajuda a revisar o ano que está acabando e o que eu espero para o próximo. Ainda vou fazer várias dessas ações, mas quis compartilhar um post inicial para dizer o que pretendo fazer, para você acompanhar mesmo, se quiser pensar em algo parecido para o seu planejamento anual.

  • Todo ano, eu publico aqui no blog um texto no dia do meu aniversário com as minhas percepções sobre a vida no geral. Este ano vou completar 40 anos e sinto de verdade como o iní­cio de uma nova fase na minha vida. Até cortei o cabelo. Escrever esse post é sempre uma oportunidade legal de reflexão que eu faço anualmente.
  • Eu adoro acompanhar o ciclo de nove anos dentro da numerologia cabalí­stica, influenciada enormemente pela minha amiga Wanice Bon’ívigo. Inicio um ano pessoal 3 entre 25/09/21 e 25/09/22, mas confesso que já venho sentindo os efeitos desse número há algumas semanas (a Wan disse que é normal!). O número 3 é um número especial para mim e tenho certeza que terei um ano maravilhoso, alinhado com a minha própria energia. Além de tudo, 2022 será um ano universal 6, que virá para acolher e dar uma estabilizada nesse 2021 muito doido. Pretendo falar mais sobre isso e todo ano a Wan gentilmente bate um papo comigo sobre esse assunto, e espero que este ano a gente faça novamente.
  • Vou revisar todo o meu planejamento de vida, que tem exercí­cios de auto-conhecimento e o planejamento a longo, médio e curto prazo, fazendo um recorte para o ano em questão. Isso me ajuda muuuuito a ter uma noção de qual deve ser o meu foco para o ano, que área pretendo focar mais, que foco quero dar para cada uma das áreas da vida etc. Eu reviso no final do ano (no verão) mas a base já está bem estabelecida.
  • Também gosto de fazer uma reflexão com a mandala do ano usando o tarí´. Algumas pessoas acham engraçado eu gostar do tarí´ mesmo sendo budista. Isso parte de uma concepção um pouco equivocada sobre ambas as coisas. Budismo é a minha religião e afeta as minhas crenças sobre a vida, o divino e o mundo em geral. O tarí´ é uma ferramenta de reflexão e auto conhecimento, não uma “crença”. Logo, uma coisa não afeta a outra. í‰ uma ferramenta, apenas! Divertida e que me permite exercer a criatividade.
  • Ainda nessa mesma linha, também gosto de refletir sobre a minha revolução solar, que é basicamente um mapa astrológico sobre a influência dos astros no meu ano. Tenho uma pessoa que todo ano faz esse mapa para mim, e adoro! São reflexões que costumo acompanhar ao longo do ano para refletir sobre como a minha vida está acontecendo. Não se trata de “basear minhas decisões nesses acontecimentos”, mas de usar como ferramentas de auto conhecimento, como falei.

Eu sempre faço essas reflexões no papel e depois passo para uma ferramenta para ficar mais fácil de revisar e atualizar com o passar dos meses. Este ano eu fiz no Notion e acredito que manterei lá para o ano que vem.

Todas essas reflexões nessa época do ano me ajudam a ter mais foco em atividades de planejamento e, no final do ano, entre novembro e dezembro, costumo organizar um grande evento aqui no blog para ajudar todo mundo de modo geral a se planejar para o ano que vem. Com todo mundo vacinado, esperando atualizações sobre doses recorrentes de atualização das vacinas, imagino que todos queiram mais do que nunca renovar as energias para o ano novo que iniciará.

Todo dia começa um ano novo, se você quiser. <3

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

Categoria(s) do post: Diário da Thais
  • O som da chuva
  • Observar o pí´r do sol
  • Acordar junto com o nascer do sol, ouvindo os passarinhos
  • Fazer o Paul dar risada com uma piada que ele não conhecia
  • Respirar ar puro no parque (ainda que de máscara)
  • Lençóis limpos na cama
  • Brisa que entra pela janela í  noite
  • Ouvir uma música que gosto e não ouço há muito tempo
  • Ler todos os dias
  • Manjericão fresco
  • Viver com calma
  • Abraçar o meu marido
  • Colorir meus livros de colorir
  • Escrever minhas páginas matinais
  • As amizades incrí­veis que este trabalho me trouxe
  • Sebastian virar de barriga para cima quando tenho que tirá-lo do escritório
  • Dar risada até perder o ar
  • Arrumar, rearrumar, curtir a minha estante de livros
  • Descansar sem um objetivo funcional
  • Banho + sabonete cheiroso + óleos essenciais
  • Corte de cabelo mais leve e curto
  • Descer a ladeira do bairro de bicicleta
  • Limonada de limão cravo
  • Viver de acordo com os meus valores
Categoria(s) do post: Diário da Thais, Roupas

Eu não uso necessariamente o método “completo” do armário-cápsula mas eu gosto de manter em fácil acesso as peças de roupas que combinam com o clima e o meu estilo pessoal, ou que eu esteja mais a fim de usar, porque isso me ajuda a ter uma rotatividade maior das peças e “dar um tempo” para algumas delas, evitando que eu enjoe.

A ideia é você ter peças que coordenem entre si e que sejam apropriadas para o clima da sua região e os eventos e atividades que você terá durante um perí­odo especí­fico – pode ser para a estação inteira como pode ser para o mês, para a semana, para uma viagem etc.

Para planejar o armário de primavera, eu criei um painel no Pinterest para inserir as principais referências que fazem sentido para mim no momento.

Estou em uma fase em que alguns elementos são importantes nas peças:

  • cores claras (mais para tons terrosos), especialmente branco, cru, off-white, natural, bege, cinza etc.
  • roupas leves, o que tem a ver com corte e material;
  • o conceito de academia de modo geral (academia de estudos e não de ginástica).

Uma peça que eu definitivamente decidi investir no momento é a bermuda com corte de alfaiataria ou fluida, de preferência com barra italiana (amo) e passador de cinto. Elas funcionam bem para o meu estilo porque posso usar tanto com camisas quanto com regatas e camisetas. Eu tinha algumas bermudas jeans e de sarja, mas de alfaiataria nunca tinha comprado por achar que não usaria. Hoje vejo que têm tudo a ver comigo.

Outro tipo de peça que tem a ver com o meu momento são as camisas de manga curta. Dependendo do material, são fresquinhas e soltas, mas também passam um ar mais arrumadinho, muito bom para quem trabalha fazendo reuniões, lives e aulas online, como eu.

Essa foto abaixo representa 100% a minha vibe para essa estação. Vejo a primavera como um grande momento de “ano novo”, renovação, refresh, transformação. Além de a primavera já representar tudo isso mesmo, eu ainda faço aniversário no dia 25 deste mês, o que só aumenta essa sensação para mim.

De modo geral, os tecidos naturais (linho, algodão, viscose) me atraem, porque são leves. Mesmo a viscose com um pouco de poliéster é interessante. Depende do toque da pele na peça mesmo, sabe? Tem peças de poliéster que são ásperas, que a gente nem consegue sentir sutileza no toque, mas tem algumas que são bem legais.

Para ajudar, eu criei no Pinterest também um painel para guardar peças que eu queira comprar em algum momento, apenas para ter como referência. Pode conter coisas para esta estação ou para outras.

Por enquanto só tem uma coisa, que é esse vestidinho curto, leve, com estampa floral. Nada disso tem “pressa” – são apenas itens que tenho vontade de ter e identifiquei a necessidade em detrimento da estação que está chegando.

Em termos de calçados e acessórios, eu vejo para esse momento:

  • sandália tipo papete clara (já tenho uma da Linus que eu amo);
  • mocassins;
  • oxfords;
  • sapatos flats de modo geral (não consigo nem pensar em salto – estou até andando muito descalça ultimamente).

Vou atualizar os painéis nos próximos dias e, se você quiser, pode me seguir por lá para acompanhar essas atualizações. 😉

Eu pretendo agora revisar as peças do meu guarda-roupa para separar aquelas que tenham a ver com todos esses quesitos que listei, guardar de maneira mais inacessí­vel o que é de super inverno, tipo casacos e blusas grossas de lã, e manter de maneira bem acessí­vel o que tem a ver com o que coloquei aqui no post. Desse modo, a gestão no dia a dia fica bem mais fácil para escolher o que usar, lavar etc.

PS: todas as fotos deste post foram retiradas do painel que criei no Pinterest e está linkado neste post. Lá você encontra os links originais para as referências. Obrigada.

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

Categoria(s) do post: Carreira, Contribuição com o mundo, Equilí­brio emocional

Estou finalizando uma leitura delicinha, que é o livro “Um quarto só seu” da Virgí­nia Woolf. Nele, que é uma transcrição de uma série de palestras que ela fez na década de 1920, para mulheres universitárias, a escritora traz uma visão geral das mulheres na história e encoraja a reflexão sobre por que antes as mulheres não escreviam livros e o papel que temos hoje em termos de trabalho, legado e vida. A conclusão é que, se uma mulher tivesse independência financeira e “um quarto só seu” em casa onde pudesse se trancar e trabalhar, estudar, escrever, as coisas teriam sido diferentes na história.

E assim: eu não pude deixar de comparar com a nossa realidade hoje, de mulheres que precisam trabalhar mas os filhos interrompem, alguns maridos são uns folgados, entre outras atividades que nos atribuem simplesmente pelo fato de sermos mulheres, como sermos cuidadoras de modo geral de outras pessoas. Ainda que o mundo tenha evoluí­do muito nesse quesito (e ainda bem), ainda hoje a gente vê como muitas mulheres simplesmente não conseguem se dedicar a um estudo, um trabalho, um hobby, leituras, uma nova ideia de negócio, simplesmente porque não têm um espaço em casa onde possam se fechar e trabalhar nisso ou porque são dependentes financeiramente.

Aqui em casa, eu tenho o meu “home-office”, que de agora em diante obviamente vou chamar de “um quarto só meu” porque eu simplesmente amei esse conceito. E tenho certeza que o fato de sempre ter um quartinho “só meu” em casa fez toda a diferença para eu construir o Vida Organizada, poder fazer Doutorado e todas essas coisas maravilhosas que eu tenho na minha vida hoje. Quando nos mudamos para um apartamento de dois quartos e eu acreditei que conseguiria trabalhar na sala, foi muito angustiante. O barulho da casa incomoda, atrapalha, e para mim foi impossí­vel me concentrar.

Olha só o tamanho do ato de empoderamento que nos dá o fato de termos um quarto só nosso em casa (que seja o quarto de dormir, que você consiga se fechar e trabalhar concentrada em alguns momentos – o que envolve alguém cuidando dos filhos enquanto isso acontece!) e independência financeira do marido, pais, quem quer que seja. Muitas mulheres simplesmente não têm essa condição. Deveria ser essa a nossa busca, então?

Trago aqui essa reflexão porque, diariamente, recebo mensagens de mulheres querendo resolver problemas relacionados a interrupções, “falta de ajuda” em casa, falta de tempo porque têm filhos e, no final das contas, é uma questão maior que a gente né? í‰ algo estrutural, que vem de centenas de anos, de os homens serem os privilegiados quando se escolhe (isso quando há a possibilidade de escolher!) “quem vai trabalhar e quem vai cuidar dos filhos”. Hoje em dia, na maioria das vezes, as mulheres ainda cumprem esse papel e, mesmo quando trabalham para algo além da casa e da famí­lia, precisam cumprir esse “turno” em casa também.

Não é í  toa que não temos tempo! Mas a leitura desse livro me ajudou a dar um direcionamento para quem chega até aqui com essas angústias:

  • Tenha um quarto só seu – o que envolve não apenas o espaço fí­sico mas o ato de PODER fechar a porta e trabalhar concentrada quando for necessário. E poder fazer isso depende de uma estrutura com a casa e a famí­lia que também precisa ser construí­da;
  • Busque independência financeira – pois isso te dará segurança para tomar qualquer decisão na vida;
  • Mande a real em casa e converse com todos os envolvidos sobre o seu direito a ter um tempo só para você.

Fácil não é. Na maior parte dos casos, envolve uma chuva de privilégios. Mas eu penso que sejam objetivos de foco importantes, para a) analisarmos o que podemos mudar na nossa vida e 2) entender melhor porque algumas mulheres não conseguem fazer determinadas coisas e não impí´r a falácia da meritocracia gerando culpa em cada uma delas.

Espero que essas reflexões tenham sido importantes para você como foram para mim. <3 Bom domingo.

Categoria(s) do post: Mensal

No começo deste mês eu tirei alguns dias de descanso e aproveitei para pensar na vida e fazer algumas coisas que gosto de fazer mensalmente relacionadas a isso, como revisar um mapa mental que tenho no Mind Meister (app) com os meus papéis e responsabilidades profissionais.

Os dias de folga foram essenciais para revisar e “ver de fora” o que é efetivamente o meu trabalho.

No momento, fez sentido para mim dividir os meus papéis em duas macro áreas relacionadas í  minha vida profissional no momento: meu trabalho com o Vida Organizada e a vida acadêmica. í‰ possí­vel que eles se fundam em algum momento? Sinceramente, já são fundidos em uma única pessoa, que sou eu! Vejo muita relação entre as duas áreas e os trabalhos se complementam. Mas eu quis separar porque são “comos” diferentes. Um é um modelo de trabalho e o outro é uma coisa diferente, com outro foco e ní­vel de maturidade também. Enfim.

No final das contas, mesmo a vida acadêmica conversa com o Vida Organizada, mas a divisão existe apenas para tornar a revisão mais assertiva. Ambos se referem a mim como profissional e representam o meu trabalho HOJE.

O grande aprendizado da revisão atual foi dividir um pouco o “peso” do trabalho hoje em dois. Esse ponto é mais filosófico do que parece (rs). O Vida Organizada é o projeto de uma vida e, como tal, tem a tendência de ocupar toda a minha vida. Lembrar que eu tenho um outro lado, o acadêmico, e colocá-lo em equilí­brio com o VO, equiparando os dois no mapa, mentalmente aqui faz com que eu veja meu trabalho em ambos de maneira mais leve, que é o que buscarei ainda mais daqui em diante.

Dentro de cada área, eu criei as sub-áreas e listei as responsabilidades que tenho ali dentro. Como estava de folga, não demorei muito tempo nessa reestruturação – quis deixar para amadurecer as ideias ao longo do mês e trabalhar um pouco mais nelas na próxima revisão, em outubro. Então eu basicamente revisei o que eu tinha no mapa antes e redistribuí­ nas duas macro áreas. Eliminei algumas coisas, acrescentei outras, mas ainda preciso refletir sobre outras.

Quero te encorajar a entender como esse reflexão deve ser LEVE. Não é para deixar de fazer porque está de férias ou “está corrido”. í‰ uma reflexão sobre a SUA VIDA. Mesmo que seja uma “batida de olho”, vale a pena revisar mensalmente porque isso te ajuda a ter mais clareza no que é prioridade no momento em sua vida profissional e escopo de trabalho.

E olha: isso é um diferencial, viu? Não é todo mundo que faz isso não. <3 Então seja bem-vinda/o ao clubinho.

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.

Categoria(s) do post: Diário da Thais

Quem não se contenta com pouco, não se contenta com nada.

Epicuro

Lendo o capí­tulo de hoje do livro “The Daily Stoic” (leio diariamente há alguns anos), com um trecho do “Moral Letters”, do Seneca, eu lembrei de uma questão que o Tim Ferris traz no livro “Trabalhe 4 horas por semana”. Essa questão é a reflexão do “o que de pior pode acontecer se você tentar viver a sua vida de determinada maneira e supostamente não der certo?”.

Eu fiz essa reflexão pela primeira vez em 2008, quando pedi demissão da agência de publicidade que trabalhava na época porque estava infeliz. Eu já contei um pouco sobre essa fase em um ví­deo onde eu falo sobre o vazio do minimalismo que senti quando entrei nessa época de desapego total. E quero dizer que eu só consegui fazer o que eu fiz pela vida de privilégios que eu levava. Eu morava com o meu pai e a minha avó, em uma casa própria dela, e eu poderia viver do meu fundo de garantia até conseguir um novo emprego ou descobrir o que eu queria fazer da vida. í‰ uma pena que eu não tenha documentado muito dessa época aqui no blog, mas foi um momento em que precisei me afastar de tudo mesmo. Comecei a pintar, lia pra caramba (mais do que o normal, para mim), escrevia poemas, viajei, fiz trilhas e todo o “package” da jornada individual meio beatnik que estava urgente dentro de mim.

Não tinha lido o livro do Tim nessa época (nem tinha sido lançado ainda), mas a reflexão que fiz foi meio que essa.

Só depois de ler o livro dele, entre 2013 e 2014, que eu refleti sobre essa questão profundamente, pois eu estava bem naquele momento em que queria trabalhar com o Vida Organizada mas não sabia como irí­amos nos sustentar. Para quem não sabe, na época a gente morava em Campinas (interior de SP) porque eu trabalhava lá. Meu marido vivia da música e pagávamos aluguel, todas as contas, escola do Paul, vocês sabem. E eu estava novamente com aquela urgência interior mas desta vez foi diferente porque, ao contrário de 2008, eu queria mudar porque eu sabia o que eu queria. Querí­amos voltar para SP e uma série de outras motivações além da mudança com o meu trabalho estavam na mesa.

E aí­ eu me deparei com essa pergunta do Rim: o que de pior pode acontecer? “Desenhe o pior cenário”.

Naquela época, o pior cenário seria ir morar na casa da minha avó novamente – mas, desta vez, casada e com um filho. Mais uma vez: que privilégio. Se eu não tivesse essa segurança habitacional eu não teria feito. Por isso ainda acho tão compassivo quando uma pessoa que fale sobre finanças aborde sim a importí¢ncia de se ter um imóvel próprio. Por mais que você tenha que fazer manutenção, pague taxas etc., é um bem seu.

No final das contas, não deu errado. Não precisamos ir morar com a minha avó. Conseguimos sustentar a nossa famí­lia com o meu trabalho e o do marido com a música, e aos poucos o Vida Organizada foi crescendo e trazendo maior estabilidade financeira para esse trabalho acontecer para sempre. í€s vezes eu tenho até um pouco medo disso, mas eu sinto que já dei “check” ✓ nisso na vida, sabe? E que cada dia vivido aqui neste planeta é como se fosse hora extra. Eu já fiz a minha parte. Já deixei o meu legado. Eu poderia morrer hoje com uma tranquilidade mental sobre como as coisas foram feitas na minha vida.

Essa meditação sobre a morte vem do Budismo e está sempre presente. Pensar “e se eu morrer hoje?” não é sobre ter um tom fúnebre – pelo contrário. í‰ sobre você aproveitar cada dia como se fosse o último, porque em algum momento pode realmente ser. Eu fui feliz? Abracei meu filho o suficiente? Disse o quanto amo minha mãe, meu marido e falei para as pessoas que convivem comigo o quanto gosto delas e elas são importantes para mim?

A motivação para escrever o post veio de eu me pegar muitas vezes, nos últimos meses, preocupada com o modelo de negócios da empresa, o faturamento em tempos de crise, todo mundo que é envolvido e sustentado por esse trabalho, minha dedicação ao Doutorado e o sentimento que todo mundo sente de vez em quando de achar que não vai dar conta de tudo o que selecionou como essencial na sua vida. E essa reflexão estóica, que provavelmente também foi a inspiração do Tim, sempre me ajuda em momentos assim. O que de pior poderia acontecer?

Sêneca diz algo como: você tem que se preparar para as crises quando você está bem e não quando está dentro delas. Revisar todos os aspectos da vida para realmente tirar o que não for essencial e, como diz o Thoreau, “aproveitar a essência da vida”.

Nos enveredamos por tantas coisas e atividades que nos esquecemos que tudo isso são meras distrações para o nosso tempo de vida. No final das contas: estamos felizes AGORA? Ou estamos apenas “trabalhando por esse momento”?

Se o pior acontecer, felizmente temos a nossa casa, tenho livros suficientes para ler para o resto da vida, Paul estudaria em uma escola estadual, e o pouco que ganhássemos provavelmente seria o suficiente para pagarmos as contas e nos alimentarmos. Já é uma vida privilegiada pacas para quem mora no Brasil e eu sou muito grata a ela, pois são esses mesmos privilégios que me deixam mais tranquila para viver sem tantas preocupações. Infelizmente nem todos tem essa segurança, e por isso vejo que meu papel no planeta não está de forma alguma cumprido, como falei há pouco acima – ainda há muita gente a ser ajudada, muita desigualdade social a ser combatida e um montão de coisas que podemos fazer neste planeta para ajudar os seres vivos a se libertarem dos sofrimentos.

Dado isso, continuemos.

Categoria(s) do post: íreas da Vida, Diário da Thais, Mensal

Primeiro dia do mês é dia de tirar uma fotografia do meu ní­vel de satisfação com relação í s áreas da minha vida. Também reflito sobre qual delas precisa mais da minha atenção no momento. Faço algumas anotações (pessoais, escondidas na imagem) sobre o que estou insatisfeita nas áreas em que não preenchi totalmente. Essa análise não é sobre estar “ruim” ou “bom”, ou sobre a completude das áreas. í‰ sobre como me sinto com relação a elas no dia de hoje. Gosto de fazer no primeiro dia do mês apenas porque é um ritual de passagem de um mês para o outro, mas você pode fazer sempre que sentir necessidade ou vontade.

Saúde foi meu foco porque (agora posso falar) fiz duas biópsias no final de agosto… eu sempre tenho que acompanhar algumas questões minhas há algum tempo, especialmente porque meu pai morreu de cí¢ncer, e eu confesso que estava muito preocupada. Isso acabou tirando o meu foco de outras coisas, mas aceitei o sentimento. Tirei alguns dias de férias no final do mês / iní­cio de setembro e foi bom. Consegui descansar e, ontem, saiu o resultado: tá tudo bem. Uma pessoa tinha comentado no post: “bom pra ver que até quem é organizado descuida da saúde”. A gente tem que tomar cuidado com as coisas que comenta na Internet e não se deixar impí´r ao outro suas próprias percepções, pois não sabe-se as batalhas que o outro está travando.

O emocional foi afetado por conta dessa preocupação, por isso não dei nota máxima de satisfação.

Carreira eu dei essa nota porque estou conciliando duas carreiras e esse perí­odo é sempre meio nebuloso. Vou escrever um post sobre as responsabilidades profissionais, onde contarei mais sobre isso.

Finanças “tá indo”. São muitas providências e resoluções este ano, mas coisas de backstage, de organização mesmo. Como todo mundo, também vivo em um paí­s que passa por uma crise, e como “CEO” da empresa eu preciso tomar decisões responsáveis.

Amor não dei nota máxima porque estou sentindo falta de fazer coisas que eu fazia antes da pandemia com o meu marido. Sair para jantar, ir ao cinema. Esse mês “bateu” mais.

Espiritualidade também não dei nota máxima porque ainda não implementei minha nova rotina depois dos ensinamentos do Festival de Verão e já queria ter implementado – porém fiquei feliz por ter voltado ao curso do Centro Budista.

Tudo isso impacta em plenitude e em como eu me sinto.

O nome dessa ferramenta de reflexão é “roda da vida” e você pode baixar modelos da Internet ou desenhar, como eu fiz (desta vez no Samsung Notes, que me dei de presente de aniversário para ajudar nos estudos do Doutorado).

Categoria(s) do post: Novidades

O blog foi criado em 2006.

Em 2011, ele sofreu o impacto de uma decisão que tomei, pensando na sua profissionalização (em termos de criação de conteúdo), de publicar um post por dia. E assim se passaram 10 anos.

Naquela época, no entanto, não tí­nhamos conteúdo criado em outros canais, como Instagram, YouTube, Facebook, Telegram, entre outros… Era trabalhoso, porém mais fácil, atualizar o blog todos os dias.

Nos últimos anos, eu busquei manter a atualização do blog diariamente, mesmo com outros canais em produção e publicação diária.

Hoje, todos os canais do Vida Organizada contemplam de 3 a 30 (sério) publicações diárias de conteúdo. í‰ muito conteúdo. Não apenas para produzir, mas para cada pessoa acompanhar. E eu percebi que não estavam acompanhando mesmo.

Por isso, estou em um momento de testes. Nenhuma decisão é definitiva. Posso decidir isso agora e depois mudar de ideia novamente. Que bom né. A vida é uma construção. Mas eu achei que seria importante falar para vocês.

Nas duas últimas semanas, tirei alguns dias para descansar e, mesmo publicando aqui, no Telegram, no Instagram, no Pinterest, na Newsletter, uma pessoa comentou no Instagram:

Isso porque eu tinha acabado de postar a divulgação da aula aberta de quarta que vai acontecer hoje (aliás, você é convidada/o!).

E não se engane sobre o teor da mensagem e pense: “ah, mas foi só uma pessoa”. Diariamente recebo mensagens assim. Se não for no Instagram, é no blog. Se não for no blog, é no YouTube.

Eu trabalho com Internet e sou formada em Marketing. Amo esse estudo e continuo estudando a respeito, porque acho fascinante. E, por isso, eu sei que o que acontece é que as pessoas não te acompanham em todos os canais – com raras exceções. Eu sei que tem leitores e seguidores fiéis do Vida Organizada que me acompanham em todos os canais (aliás, obrigada!). Mas mesmo quem é fã não consegue acompanhar tudo o tempo todo. Eu também tenho meus influenciadores favoritos e, por mais que tente, não consigo acompanhar tudo todos os dias.

Por entender isso, e olhar aqui para dentro (da empresa), para mudanças que estamos fazendo para reduzir a jornada de trabalho como um todo, cheguei í  seguinte reflexão: poxa. Basicamente isso. “Poxa”.

Há absolutamente 10 anos eu fico até mais tarde depois do trabalho (que eu tinha antes), escrevo no í´nibus fretado, no intervalo da pós-graduação, alugava espaço de coworking pra fazer live, enfim. Há anos e anos eu me desdobro para criar conteúdo, porque realmente acredito nesse movimento que nos engajamos mais ainda no último ano (em busca de uma produtividade compassiva) e porque eu AMO criar conteúdo.

No entanto, será que é necessário publicar 10, 20, 30 conteúdos por dia? Hoje me parece mais apropriado criar diariamente, mas de maneira mais espontí¢nea (especialmente no blog), e menos postagens no Instagram e no YouTube, simplesmente porque as pessoas não estão conseguindo acompanhar tudo.

Todos nós podemos descansar mais, e eu quero mostrar para vocês que dizer não a determinadas coisas pode ser chato, difí­cil, enfim, mas é necessário muitas vezes. E que, no final das contas, se a gente sempre focar no que for mais importante, a falta que a gente acha que vai sentir não é tudo isso não. í‰ mais questão de costume que de ausência.

Estou por aqui, e sempre estarei, e isso não quer dizer que não vou publicar diariamente. Mas deixarei mais livre, espontí¢neo, para publicar quando eu sentir que é essencial.

E vale dizer: tem tanto conteúdo legal já publicado, gente! Aproveitem. <3

Obrigada por estar aqui. <3 Seguimos.

Categoria(s) do post: Diário da Thais

Gostaria de compartilhar com vocês algumas considerações a respeito deste assunto porque ele vem í  tona praticamente todos os dias quando compartilho minha rotina lá nos stories, então aqui vai em formato de post para ficar como referência para você.

Apesar de sabermos que a maioria das pessoas não apenas não faz mais isolamento como também está se aglomerando e saindo sem máscara na rua, nós por aqui ainda fazemos questão de tomar alguns cuidados. E quis escrever este post não apenas para compartilhar como estamos fazendo, mas porque acredito que, se eu tiver alguma influência, que ela seja usada para “o bem”. E para que você, querida leitora ou querido leitor, não se sinta tão sozinho/a caso esteja se cuidando e se achando um “ET” também.

Esses cuidados são:

  • Paul continua fazendo aula online. Ele tem histórico de asma e não está vacinado, então não vemos motivo mais forte que a vida dele para enviá-lo í  escola – vamos aguardar a vacina). Aqui em SP, a idade mí­nima que está recebendo a vacina é de 12 anos – Paul tem 11. Logo, nossa estimativa é que até abril de 2022 ele seja vacinado, com a segunda dose até junho, podendo voltar í s aulas presenciais em agosto. Se a vacina vier antes, para abaixo de 12 anos, isso pode ser antecipado. Ele está de boa com a decisão.
  • Meu Doutorado também continua com aulas e encontros online.
  • Meu trabalho é todo online.
  • Evitamos ir a lugares fechados sem necessidade. Isso inclui mercado e farmácia, que acabam sendo os lugares que vamos mais ao longo dos dias. Mas não estamos mais fazendo quarentena, no sentido de não sair. Evitamos ir toda hora, mas vamos quando é necessário (geralmente uma vez por semana). Continuo recebendo a caixa com orgí¢nicos (Raizs) a cada 15 dias, o que já ajuda.
  • Procuro sair todos os dias para tomar sol, mas sempre em locais abertos, a pé e sem contato com pessoas. Sempre com máscara e álcool gel no bolso. Aproveito para caminhar, fazer exercí­cios, meditar, ler ou simplesmente observar o mundo, dependendo do lugar onde eu for.
  • Tenho ido pelo menos uma vez por semana trabalhar no escritório e quero chegar í  meta de ir três vezes por semana. Sair de casa para trabalhar faz bem para mim e para os meninos aqui, já que “damos um tempo” na convivência, o que consideramos saudável a todos os envolvidos. Eu vou e volto a pé, não tenho contato com quase ninguém e não há qualquer tipo de aglomeração. Quando alguém vai trabalhar no escritório comigo, ficamos de máscara o tempo todo e triplicando os cuidados com higienização, álcool nas superfí­cies e janelas abertas.
  • Fomos duas vezes visitar a minha mãe no litoral. Não ficamos em hotel – alugamos um apartamento via Airbnb. Não saí­mos “para passear” em nenhum lugar. Ficamos em casa, preparamos comida, e minha mãe foi jantar conosco. Ela também se cuida igualmente, como nós, mas mesmo assim tomamos cuidado, sempre por causa do Paul. Sobre viagens, estou tranquila. Essas duas experiências foram cansativas e eu não via a hora de voltar para a nossa casa. Eu gosto da minha rotina e das nossas coisas por aqui.
  • Meu marido saiu da banda oficialmente. Ele pretende voltar a ensaiar e a fazer shows no ano que vem, conforme o avanço dos fatos sobre o COVID-19. Ele começou a trabalhar comigo na parte de edição de ví­deos.
  • Nos sentimos confortáveis para sair apenas se for para lugares abertos e sem aglomeração. Parques, praças, passeios na rua, praia, quando o caso.

Nós sabemos que o COVID-19 veio para ficar, infelizmente, como aconteceu com a gripe normal, a H1N1 etc. As vacinas estão sendo desenvolvidas e testadas, melhoradas a partir das diferentes variantes, e sabemos que precisaremos manter os cuidados usando máscara e nos protegendo até a situação ter de fato normalizado, o que eu ainda acredito que levará mais alguns anos.

Com o nosso filho vacinado, teremos um pouco mais de segurança para a circulação, especialmente a volta dele í s aulas presenciais, mas não nos vemos tão cedo fazendo coisas que antes fazí­amos despreocupados, como ir a shows de rock, barzinhos ver bandas, restaurantes fechados, jogos de futebol, cinema, manifestações, palestras etc.

Não me sinto confortável para pegar avião. Não precisei ir ao hospital nenhuma vez, mas já tive que ir ao médico e fazer exames. Já visitamos a nossa famí­lia, mas não “passamos tempo” lá, sabe? í‰ uma relação diferente das coisas no cotidiano, mais intencional e cuidadosa que antes. Não vejo como sacrifí­cio. A saúde da nossa famí­lia é a coisa mais importante. Melhor reclamar agora que chorar depois, e é isso.

Para o Paul não sentir tanta falta da convivência, estamos investindo em atividades que ele possa fazer de casa. Liberamos mais a questão de jogar online porque ele fica com o primo, os amigos da escola… e achamos que isso é mais importante do que o “controle” sobre o tempo que ele passa nas telinha (que obviamente é uma preocupação, mas para tempos normais! hoje é outra). Ele está estudando xadrez, então nós encorajamos tudo relacionado a isso. Da prática a aulas e torneios online. Ele também está gostando de futebol, então vemos os jogos juntos na tv. Séries da Marvel. Enfim, todo tipo de entretenimento que antes restringí­amos mais agora deixamos mais liberado. Ele continua fazendo coisas offline como desenhar, escrever, brincar com os cachorros e jogar jogos de tabuleiro (estamos na fase do War). E diariamente tentamos convencê-lo a sair um pouco (rs), nem que seja para dar uma voltinha ou levar os cachorros para passear, porque sair e tomar e sol são coisas importantes.

Acho que tudo se resume a: não estamos saindo sem necessidade. “Ah, tem o restaurante ali aberto”. Precisa? Não. Então a gente vai lá e paga a comida para comer em casa ou pede o delivery local, se for o caso. Mas evitamos estar em lugares assim. Não faço feira há quase dois anos. Evito comércios grandes (o bairro agradece). Shopping está fora de cogitação. E assim vamos vivendo e nos cuidando, além de ter a consciência tranquila de não estarmos contribuindo com a disseminação do ví­rus por aí­.

Essencial lembrar que fazemos isso porque temos a possibilidade. í‰ óbvio que isso não é um tipo de cobrança para quem precisa sair de casa diariamente, pega transporte público etc. í‰ justamente para ajudar essas pessoas que quem pode deveria ficar em casa, para não ser mais um foco de contágio circulando por aí­.

E, se você faz o mesmo, sei que deve estar se sentindo sozinha/o vendo tanta gente sair. Tamo junto. Vamos trocando figurinhas sobre esse momento que ainda estamos vivendo, para nos ajudarmos mesmo. í‰ bem e até necessário, eu diria. Obrigada por estar aqui. <3