Como eu planejo o meu dia – Setembro 2021

Pensei muito sobre esse tema para escrever aqui porque, do meu ponto de vista, “planejamento do dia” é um dos grandes tabus da produtividade: todo mundo fala para fazer, mas nem sempre bate-se na tecla efetiva, que é se funciona ou não. Não à toa, diariamente chegam no Vida Organizada pessoas me perguntando “como lidar com a frustração por não ter feito o planejado no dia”. Bora bater um papinho rápido sobre isso então? Vou trazer como faço e ir explicando, porque assim acho que fica mais prático.

Eu uso duas ferramentas para organizar “a minha rotina”: a agenda do Google e as minhas listas no Todoist. Na agenda entram os compromissos com horário e também atividades “de dia inteiro” que são aquelas que posso fazer ao longo do dia, em qualquer horário. No Todoist, entram os afazeres diversos que preciso fazer no dia a dia, desde rotinas diárias até ações pontuais, para fazer o quanto antes, conforme apropriado.

E aí, sinceramente, tendo isso, já basta para eu “me planejar”. Porque eu vejo o que eu tenho para o dia – tanto na agenda quanto com vencimentos no Todoist – e basta ir fazendo o que tá na agenda ou tem prazo e depois ir “escolhendo” no Todoist conforme a prioridade, além de realizar demandas do dia e outras espontâneas que me surgirem.

Informações organizadas nas ferramentas:

  • Google Agenda
  • Todoist

Eu não faço como regra nenhum tipo de coisa tipo “matriz Eisenhower”, prioridades 1-4, estrelinha, MITs ou blocos de tempo, apesar de considerar boas estratégias para usar de vez em quando se sentir vontade. Considero toda regra de organização um microgerenciamento na maioria dos casos – nesse especialmente. Então assim: se der vontade de fazer, de usar naquele dia, eu faço, mas não dependo disso para ter o meu dia organizado porque a organização está na agenda e nas listas.

O planejamento é opcional.

Ou seja, o planejamento é opcional. O importante é ter as informações organizadas, pois elas já guiam o que precisa ser feito.

Além disso, meu dia corre basicamente assim:

  • Revisão da agenda – e execução das atividades ali
  • Revisão da lista – e execução das atividades ali
  • Busco resolver os “compromissos de dia inteiro” da agenda na parte da manhã, como primeiras coisas do dia mesmo
  • De modo geral, deixo rotinas para a parte da tarde
  • Procuro usar a minha manhã para escrever e trabalhar mais concentrada em temas que preciso me concentrar
  • De noite tento ficar offline, lendo livros, estudando, quando não estou descansando mesmo
  • Os pilares do meu dia são: o sono, a alimentação, os exercícios e minhas meditações. Tudo gira em torno disso e não o contrário.

O ponto mais essencial que eu queria trazer aqui é que o tempo do dia é finito. Entendendo como a nossa energia oscila, cada vez mais percebemos como não dá para fazer TUDO de uma vez, que as atividades PRECISAM ser priorizadas, que não dá para abusar e estender um período de dedicação a uma atividade só porque ela está “gostosa” porque isso é como comer 20 chocolates porque você comeu 1 e achou gostoso (deixa de ser gostoso e faz até mal). Nesse caso, gera sobrecarga. Então essa consciência sobre o próprio tempo é fundamental.

Não posso deixar de citar que o planejamento semanal, o mensal etc., todos eles ajudam também a ter um dia a dia melhor priorizado e mais tranquilo, mas isso já é assunto para outros posts, que inclusive temos aqui no blog! Dá uma olhada. 🙂