
Então, gente. Eu sei que estou um pouco atrasada com a resenha dos livros para o meu projeto de 12 livros de finanças para 2021, mas já vou explicar o motivo disso.
Só para contextualizar para quem está chegando agora: a área da vida que escolhi para dar foco no ano de 2021 foi finanças. A ideia é poder reavaliar absolutamente tudo na minha vida com relação a essa área e priorizar projetos relacionados. Um desses projetos, e que trouxe para a criação de conteúdo aqui, é a leitura de 12 livros – um por mês – sobre finanças.
O livro de junho era “O homem mais rico da Babilônia”. Esse livro é indicadÃssimo por 9 entre 10 especialistas em finanças e eu sempre tive curiosidade de ler – por isso ele figurou na lista. O que acontece é que eu coloquei muitos livros nessa lista pela percepção que eu tinha deles, mas nem todos estão atendendo o propósito que eu esperava para este ano. Mas tá tudo bem – são livros que eu quero ler de qualquer maneira. Só que eu estou em um momento da vida em que já li o suficiente de “livros de mindset” para finanças, sabe? Além de achar que, sobre isso, o Napoleon Hill é imbatÃvel. De qualquer maneira, encarei essa leitura mas, apesar de ser um livro fininho, ele se arrastou pelo mês de junho. Não queria ler, sabe? Achei chato e vou dizer por quê.
Eu DETESTO livro de “historinha”. Livro que fica te colocando dentro de uma ficção aleatória só para explicar uma frase ou um ponto. E veja: eu respeito as histórias. Acredito sim que elas tenham seu valor, fazem com que a gente se conecte mais com o assunto, e talvez até ajude a lembrar das coisas. Mas isso torna a leitura quase insuportavelmente pedante para mim. Eu simplesmente não gosto. Entendo que outras pessoas gostam, enfim. Questão pessoal mesmo. E esse livro é inteirinho assim. Já começa na historinha e eu tive até dificuldade de entender o ponto lá no inÃcio. Talvez por isso eu tenha começado e desistido dessa leitura tantas vezes. Como ele era o livro de junho, me forcei a ler para fazer a resenha.
Não vou ser injusta com relação ao conteúdo. Eu entendo por que ele é considerado um livro importante pela galera que fala de finanças. É um livro que traz aquele básico que todo mundo precisa saber:
- É importante fazer seu dinheiro crescer
- É importante guardar uma parte do que você ganha
- É importante controlar os gastos
- É importante ter múltiplas fontes de renda
- Tenha cuidado com investimentos perigosos
- Tenha “um pedaço de chão para a sua famÃlia”
- Assegure uma renda para o futuro
- Aumente a sua capacidade para ganhar mais dinheiro
E nós sabemos que a maioria das pessoas não sabe ou, quando sabe, muitas vezes não coloca esse básico em prática. Então não serei arrogante a ponto de dizer que não considero o livro bom. Ele é. Achei justo. Fala de finanças de uma maneira que pareça mais factÃvel à s “pessoas comuns”, que não nasceram “em berço de ouro”. Foca no trabalho, em ter conhecimento, em ter segurança. É meu “estilo” de pensar em finanças também.
No entanto, a ficção do livro foi muito forçada pra mim. Isso torna o livro difÃcil de indicar, porque penso que a história acabe repelindo outras pessoas também. Não é um livro histórico, nem trata de “caso real”, então é muito chata a contação de história com moralzinha de fundo o tempo todo, sabe? A analogia, para mim, soou rasa, beirando a apropriação cultural. O autor quis usar a história da Babilônia (explicada resumidamente no último capÃtulo – que, por mim, seria o primeiro, para contextualizar!) para reforçar seu ponto de vista sobre finanças. Se não fosse essa analogia, o livro seria apenas mais um. Então é isso.
Para mim, a primeira frase do livro já é problemática: “Nossa prosperidade como nação depende da nossa prosperidade como indivÃduos”. Aquele discurso de sempre, superficial, que exclui tantas questões tão importantes da nossa sociedade.
Sei que muitas pessoas gostam de livros com histórias assim então, se for o seu caso, a leitura é recomendada. Mas vá com o pé no freio e tente abstrair do contexto do autor (anos 20, Estados Unidos, Louisiana, manja?).
Clique aqui para ver o livro na Amazon e, se já tiver lido, deixe um comentário aqui embaixo para eu saber o que você achou? Vou adorar trocar figurinhas a respeito. Obrigada!
A primeira frase do livro já eh um “eita, caraca” muito grande. Obrigada por ler e nos avisar, Thais. Esse eu vou ficar sem ler, graças à sua resenha.
hahaha aqui tem informação
Primeira regra em finanças: Faça, VOCÊ, suas próprias escolhas.
Se deixar levar pela cabeça alheia é a forma mais pura de se deixar se alienar. E, em finanças, assim como em outras áreas, nada mais valioso do que você aprender a interpretar e tomar suas próprias decisões.
Tô lendo ele tb, Thais. Tô quase terminando. Concordo com suas colocações, apesar de não ter feito uma leitura com propósito de logo depois escrever uma resenha. Me serviu, porém, para reforçar alguns pontos, fortalecer MindSet mesmo. Confesso que estou tendo dificuldades para finalizar.
Olá Thais, adoro ler suas resenhas, ainda mais este ano com o seu foco neste tema! Já li muitos livros de finanças pessoais e não gosto de ler ficção em geral, mas esse livro me surpreendeu positivamente, contrariando a minha expectativa.
Achei interessante como ele passa os conceitos básicos de formação de patrimônio e enfatiza a importância da disciplina na construção de riqueza. Como economista e planejadora financeira pessoal, concordo com a presença dele na maioria das listas feitas pelos profissionais da área.
Até o momento, só li “Atitude Mental Positiva” do Napoleon Hill. Achei bem mais clichê, repetitivo e cansativo de ler…
Obrigada pela generosidade em compartilhar sua visão!
Oi Agnys, tudo bem? Atitude Mental Positiva não é um livro que foi escrito pelo Napoleon Hill, mas envolvendo alguns ensinamentos dele. O livro-trabalho-da-vida dele é “Leis do Triunfo”, onde tem a base do que ele pesquisou durante anos e consolidou na escrita. É uma obra-prima. Todo o restante são livros escritos por outras pessoas com base em seus ensinamentos e é natural que sejam repetitivos pelo caráter didático de reforçar as leis do triunfo e também porque não foi o autor escrevendo.
Não sabia, obrigada pelo esclarecimento. Vou colocar esse na minha lista 🙂
Não aguento mais livro nenhum que fala de “mindset”… e olha que adoro desenvolvimento pessoal. Obrigada pela resenha.
Eu tenho probleminha, adoro essas histórias toscas, rs!!
Adoro o livro! Deve ter sido tipo a 5a releitura ou algo assim…
Bjo
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Tive o mesmo sentimento. Achei a leitura maçante.
Confesso que mesmo pequeno, por conta das historinhas e de alguns momentos pela confusão que a quantidade de nomes de personagens gera, dei uma avançada na leitura em certos pontos procurando os pontos chave, a famosa moral da história.
A parte final realmente me gerou curiosidade e me levou a fazer algo que deveria ser feito em grande parte do livro, pesquisa além das linhas, e foi pesquisando sobre as tais tabuÃnhas e o valor histórico delas, digo que isso foi o que mais me surpreendeu dentro do livro. A importância histórica da Cidade.