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Livro: “O homem mais rico da Babilônia” (George S. Clason)

Então, gente. Eu sei que estou um pouco atrasada com a resenha dos livros para o meu projeto de 12 livros de finanças para 2021, mas já vou explicar o motivo disso.

Só para contextualizar para quem está chegando agora: a área da vida que escolhi para dar foco no ano de 2021 foi finanças. A ideia é poder reavaliar absolutamente tudo na minha vida com relação a essa área e priorizar projetos relacionados. Um desses projetos, e que trouxe para a criação de conteúdo aqui, é a leitura de 12 livros – um por mês – sobre finanças.

O livro de junho era “O homem mais rico da Babilônia”. Esse livro é indicadíssimo por 9 entre 10 especialistas em finanças e eu sempre tive curiosidade de ler – por isso ele figurou na lista. O que acontece é que eu coloquei muitos livros nessa lista pela percepção que eu tinha deles, mas nem todos estão atendendo o propósito que eu esperava para este ano. Mas tá tudo bem – são livros que eu quero ler de qualquer maneira. Só que eu estou em um momento da vida em que já li o suficiente de “livros de mindset” para finanças, sabe? Além de achar que, sobre isso, o Napoleon Hill é imbatível. De qualquer maneira, encarei essa leitura mas, apesar de ser um livro fininho, ele se arrastou pelo mês de junho. Não queria ler, sabe? Achei chato e vou dizer por quê.

Eu DETESTO livro de “historinha”. Livro que fica te colocando dentro de uma ficção aleatória só para explicar uma frase ou um ponto. E veja: eu respeito as histórias. Acredito sim que elas tenham seu valor, fazem com que a gente se conecte mais com o assunto, e talvez até ajude a lembrar das coisas. Mas isso torna a leitura quase insuportavelmente pedante para mim. Eu simplesmente não gosto. Entendo que outras pessoas gostam, enfim. Questão pessoal mesmo. E esse livro é inteirinho assim. Já começa na historinha e eu tive até dificuldade de entender o ponto lá no início. Talvez por isso eu tenha começado e desistido dessa leitura tantas vezes. Como ele era o livro de junho, me forcei a ler para fazer a resenha.

Não vou ser injusta com relação ao conteúdo. Eu entendo por que ele é considerado um livro importante pela galera que fala de finanças. É um livro que traz aquele básico que todo mundo precisa saber:

  1. É importante fazer seu dinheiro crescer
  2. É importante guardar uma parte do que você ganha
  3. É importante controlar os gastos
  4. É importante ter múltiplas fontes de renda
  5. Tenha cuidado com investimentos perigosos
  6. Tenha “um pedaço de chão para a sua família”
  7. Assegure uma renda para o futuro
  8. Aumente a sua capacidade para ganhar mais dinheiro

E nós sabemos que a maioria das pessoas não sabe ou, quando sabe, muitas vezes não coloca esse básico em prática. Então não serei arrogante a ponto de dizer que não considero o livro bom. Ele é. Achei justo. Fala de finanças de uma maneira que pareça mais factível às “pessoas comuns”, que não nasceram “em berço de ouro”. Foca no trabalho, em ter conhecimento, em ter segurança. É meu “estilo” de pensar em finanças também.

No entanto, a ficção do livro foi muito forçada pra mim. Isso torna o livro difícil de indicar, porque penso que a história acabe repelindo outras pessoas também. Não é um livro histórico, nem trata de “caso real”, então é muito chata a contação de história com moralzinha de fundo o tempo todo, sabe? A analogia, para mim, soou rasa, beirando a apropriação cultural. O autor quis usar a história da Babilônia (explicada resumidamente no último capítulo – que, por mim, seria o primeiro, para contextualizar!) para reforçar seu ponto de vista sobre finanças. Se não fosse essa analogia, o livro seria apenas mais um. Então é isso.

Para mim, a primeira frase do livro já é problemática: “Nossa prosperidade como nação depende da nossa prosperidade como indivíduos”. Aquele discurso de sempre, superficial, que exclui tantas questões tão importantes da nossa sociedade.

Sei que muitas pessoas gostam de livros com histórias assim então, se for o seu caso, a leitura é recomendada. Mas vá com o pé no freio e tente abstrair do contexto do autor (anos 20, Estados Unidos, Louisiana, manja?).

Clique aqui para ver o livro na Amazon e, se já tiver lido, deixe um comentário aqui embaixo para eu saber o que você achou? Vou adorar trocar figurinhas a respeito. Obrigada!