Categoria(s) do post: Diário da Thais

Todo último dia do mês eu gosto de fazer um apanhado de como foi o mês que está terminando para mim, tanto pessoal quanto profissionalmente. Quem for novo aqui no blog pode gostar de saber que faço isso mensalmente. í‰ uma boa oportunidade de rever projetos concluí­dos, projetos adiados, iniciativas diversas e acontecimentos. Você também pode fazer uma versão sua, se quiser, para guardar de recordação.

Uma pergunta que tenho me feito nos últimos meses quando acaba um mês é: eu estou terminando este mês mais feliz do que quando ele começou? í€s vezes não, í s vezes sim. E em junho eu estou. Isso é muito bom.

Outra coisa que costumo fazer é revisar o resumo do mesmo mês no ano anterior, para avaliar como eu estava e como estou hoje. Em junho de 2020 eu fazia um apanhado bem mais detalhado da minha rotina no Bullet Journal, prática que mudei ao longo dos últimos dois meses. A gente também estava ali bem no coração da pandemia, quase dois meses em casa, vendo que o Governo não estava tomando iniciativa nenhuma e pessoas se contaminando e morrendo muito pelo Brasil. Isso me afetou muito. Eu comecei a perceber que eu não estava muito bem, emocionalmente falando. Voltei para terapia e, no segundo semestre, eu precisei tomar medicamentos para ansiedade e depressão. Quem já teve depressão aprende a identificar quando ela está chegando. E eu não queria entrar em uma condição difí­cil. Eu sabia que era decorrente da situação com a pandemia, então criei um projeto para simplesmente ficar bem durante esse perí­odo.

Há um ano, eu escrevi isto aqui:

“Junho foi um mês pesado no mundo, no Brasil e para mim, nesse meu pequeno microcosmo interior. Felizmente, foi uma jornada que me trouxe até um final de mês melhor. Por incrí­vel que pareça, eu tive uma crise de propósito nos últimos meses. Complicado de explicar. Mas junho me permitiu uma reflexão bem importante, um resgate, uma reconexão, e obviamente que a resposta estava dentro de mim mesma e bastava apenas eu alinhar essa conversa com o meu “comitê interno”. Existem resoluções sendo feitas a partir disso, mas estou feliz com as decisões.”

O primeiro semestre do ano passado foi muito difí­cil para mim profissionalmente. Não quero entrar em detalhes para não expí´r ninguém, mas foi algo que me afetou enormemente. Tinha dia que eu estava cortando os legumes para preparar a minha refeição e começava a chorar do nada. Foi difí­cil. O que eu fiz foi o que eu sempre faço quando preciso “fugir”: ler. Quis ficar mais quietinha, no meu mundo, lendo muito, estudando. E isso foi bom porque o estudo é uma cura para mim. Consigo me distrair dos meus problemas porque sei que são problemas que não conseguirei revolver naquele momento, então ficar pensando neles não me ajudaria – só me frustraria e me entristeceria. Fiz meu intensivão no curso de Ayurveda que estava fazendo, online, e isso foi maravilhoso porque considero que aprendi o suficiente sobre o caminho e a minha metodologia pessoal para continuar estudando solo até o fim da pandemia. Quero retomar o curso de Ayurveda quando puder ser feito presencialmente.

Paul está bem, terminando o primeiro semestre do sexto ano com boas notas. Decidimos que ela vai mudar de escola em 2022, já que o relacionamento com os amigos tem continuado online mesmo durante a pandemia. No final das contas, acreditamos que será uma transição feita de maneira calma e tranquila, porque quando ele voltar í s aulas, já terá conhecido os alunos novos e os professores pela Internet, e ainda terá o ví­nculo com a sua galerinha anterior. Meu cuidado é sempre fazer tudo da maneira mais tranquila para ele, então que bom que tomamos a decisão de mantê-lo nesse um ano lá, porque percebi que, mais importante que as aulas online serem boas ou não, era ele ter o ví­nculo com pessoas que conhece e se sente acolhido. E isso foi feito ficando na escola com os alunos e amiguinhos dele, assim como os professores conhecidos.

Junho de 2020 também foi um mês em que eu estava dedicada ao pré-projeto do Doutorado, cuja epifania em abril ou maio me permitiu ter um foco e decidir fazer o Doutorado este ano. E hoje, uma ano depois, estou aqui concluindo o primeiro semestre com mais clareza e plenitude do que nunca com relação a esse assunto. í‰ incrí­vel como a vida muda quando a gente toma as decisões certas, decisões “de encaixe”, como eu gosto de chamar.

No Vida Organizada, até um ano atrás eu fazia absolutamente tudo sozinha, com o apoio de algumas pessoas prestadoras de serviços. Meu marido editava as aulas e alguns ví­deos do canal, e a Andreia (que ainda trabalha comigo) fazia o atendimento por e-mail, simplesmente porque eu não tinha condições de atender ninguém. Eu também comecei a trabalhar com o Fernando, que é gestor de tráfego, e desde então ele tem me ensinado muito sobre como distribuir mais do conteúdo do Vida Organizada para pessoas que se identificam com o que eu ensino mas que ainda não nos conhecem. Hoje, um ano depois, estamos em sete, sem contar os prestadores de serviços. Nosso foco no momento está na melhoria constante do nosso atendimento aos alunos e a todos que acompanham o conteúdo gratuito. Todos os dias eu agradeço e me sinto privilegiada por ter perto de mim pessoas tão incrí­veis, bondosas e dedicadas a um projeto que na verdade é um movimento por uma produtividade compassiva. Tem sido, de verdade, maravilhoso. Eu também tive que entender que meu papel de “liderança” era não apenas nesse movimento mas dentro da empresa também. í‰ o trabalho mais compassivo que existe. Tenho aprendido muito, diariamente.

Eu entrei em um novo grupo de mentoria e estou eufórica com os aprendizados. Esse mês então foi muito dedicado a isso, e estamos cada vez mais desenvolvendo uma clareza enorme sobre o que estamos fazendo e como ajudar mais as pessoas com o nosso trabalho. Em breve essas novidades serão apresentadas a vocês. 😉

Mês que vem eu pretendo receber a primeira dose da vacina mas, para nós, isso não muda muita coisa, pois nosso filho, que é do grupo de risco, continua sem vacina e na mesma situação que antes. Não posso arriscar sair e trazer o ví­rus para ele. Mas só o fato de termos vacina já me dá esperanças que menos pessoas vão morrer e que, bem aos poucos, as coisas irão voltar. Agora, uma constatação minha é fato: o mundo é outro, pelo menos para mim. Não tenho mais aquela vontade que eu tinha de viajar, sair, como eu tinha antes. Aprendi a curtir a rotina o mais tranquila possí­vel, junto com as pessoas que eu amo. Nesse um ano de pandemia, tomamos muitas decisões importantes e nunca ficamos tão próximos como famí­lia. Mais de um ano depois, consigo olhar para trás e sentir apenas gratidão.

Avaliando o meu ní­vel de satisfação com relação a este mês que está acabando hoje, de 1 a 10, eu daria um 8. Finalizei o resumo do mês de maio dando uma nota 4 porque muita coisa estava acontecendo. Todas essas coisas foram encaminhadas e me sinto satisfeita por ter me transformado tanto, me respeitado, e confiado no que as pessoas que eu amo e estão ao meu redor me aconselham.

Espero que o seu mês de junho tenha te trazido aprendizados também. Fique bem. <3

Meu nome é Thais Godinho e eu estou aqui para te inspirar a ter uma rotina mais tranquila através da organização pessoal.