A vida muda, a rotina muda. Com base nessa premissa, sempre que alguma circunstância muda, eu sinto a necessidade de redesenhar o meu dia ideal. Esse é um exercÃcio interessante de ser feito para que ele seja realmente isso: um ideal. Aquilo que você busca fazer diariamente. Dentro dele também se encontra o mÃnimo viável diário, que é a versão 8 dos 80. O fluxo diário sempre vai ficar entre o mÃnimo viável e o dia ideal, pois depende dos compromissos e das particularidades daquele dia. O importante é você personalize.
Aqui estão as anotações que fiz no meu caderno de Bullet Journal, usado para registros.

Apesar das mudanças, sinto que meu dia ideal acaba tendo um padrão, que compartilhei em um post onde falo sobre “a rotina do artista”, inspirada na rotina de outros artistas quando li o livro do Mason Currey, obviamente em uma personalização para a minha vida.
Basicamente, pela manhã trabalho concentrada – o deep work. E evito fazer agendamentos porque gosto da liberdade de ter uma manhã minha, no meu tempo, feita no meu ritmo. Tem dias em que acordo mais devagar, outros dias em que acordo mais enérgica, e se eu tiver um monte de agendamentos pela manhã eu sinto que não estou respeitando o meu tempo.
O resultado de pensar nesses limites é uma organização melhor da minha agenda. Pois, como todo mundo, eu também preciso cumprir prazos e, com essas limitações, eu preciso ser bem assertiva com o que entra ou não na minha agenda. Me ajuda a planejar melhor os compromissos. Se eu tenho o bloco do deep work pela manhã, e preciso fazer duas ou três coisas maiores naquele dia, sei que preciso trabalhar focada antes de fazer qualquer outra coisa. Na minha cabeça, essa organização faz sentido e me ajuda a planejar com mais efetividade.
Na parte da tarde, deixo os compromissos com outras pessoas e compromissos mais “abertos”, no sentido que eu esteja mais preparada para conversar, falar com a câmera, gravar, conversar com outras pessoas. O que eu tinha de prazo já fiz pela manhã – de tarde consigo ficar mais tranquila para estar realmente presente naquele momento, sem preocupações. Quando eu agendo compromissos de manhã, a sensação de correria é muito maior, justamente por esse ponto.
Na parte da noite, eu também quero deixar livre. Deixar livre não significa não fazer nada, apesar de que, em alguns dias, pode ser isso mesmo. Deixar livre significa poder escolher diariamente o que estou com vontade de fazer. Geralmente se resume a cozinhar, passar um tempo com a minha famÃlia, ver algum filme ou série, ler, estudar, ver vÃdeos no YouTube, jogar vÃdeo-game e coisas do tipo.
Eu tenho algumas exceções que preciso deixar pré-planejadas pelas necessidades do meu trabalho hoje. Por exemplo, duas pessoas da equipe têm filhas pequenas e só conseguem conversar no final da tarde. Então, das 18h à s 20h, é um horário que posso encaixar essas conversas uma ou duas vezes por semana, sem problemas. A outra exceção é em época de eventos, pois sei que, para a maioria das pessoas, o perÃodo noturno é melhor para estar online e interagir. Mas tudo isso vou planejar mensal e semanalmente, de acordo com os projetos. A rotina é sobre a regra, não sobre a exceção.
Outro ponto legal de compartilhar é que, tendo uma rotina leve assim, eu adoro poder fazê-la todos os dias, inclusive aos finais de semana. E, se eu precisar ou quiser tirar uma folga, basta planejar e comunicar à equipe com o máximo de antecedência possÃvel, para não deixar ninguém na mão esperando um retorno meu (podemos adiantar pendências e conversas).
Esse redesenho foi importante para mim porque, quando eu não tenho tais critérios, minha tendência é ir agendando as coisas nos horários que são melhores para as outras pessoas – o que é ok, contanto que não influencie negativamente no meu dia também. Então pensar na agenda desta forma na real é uma atitude de auto respeito e de autocuidado. Sempre que alguma configuração na sua rotina mudar, repense seu dia ideal. Isso pode te ajudar a encaixar as prioridades com mais certeza.
Estou aprendendo muito com você Thais, quando eu crescer quero ser igual a vc, rsrsrsrs
Bjs no coração
Achei perfeito! à s vezes nos cobramos uma rotina rigorosa e você mostra que as flexibilizações não significam regra. Tenho feito um esforço tremendo para reservar o tempo do ócio. Aquele dia em que eu “escolho” o que (não) fazer e desconectar de tudo. Necessariamente, não precisa ser o domingo, porque vai haver ocasiões em que precisarei desse dia para trabalhar em alguma pendência. O que não dá é pra fechar o ciclo da semana sem um tempo livre! Parabéns pela lucidez!
Olá Thais 🙂 Tem algum arquivo dos seus dias ideias, para se inspirar ou consultar? Fiz o meu primeiro, na sequência do curso MVO (Turma 4), no caderno de apontamentos mas a repensar qual a melhor estratégia para ser fácil de consultar o último dia ideal pensando. Grata 🙂
Aqui no blog tem. 😉
Thais, onde entrariam os seus compromissos e leituras do doutorado na rotina?