Categoria(s) do post: Ambiente de trabalho, Arquivos, Destralhar

Estou revisando alguns posts antigos do blog para trazer versões atualizadas de coisas que escrevi há mais de uma década. Em maio de 2007, eu escrevi este post, que hoje revisito. Muita coisa mudou de lá para cá e fazer essa revisão é como uma viagem no tempo. Breve status dos itens citados no post em questão:

  • Jornais. Eu não leio mais jornais impressos. Eu sinceramente gosto bastante, mas quando veio a pandemia nós suspendemos a entrega por conta do contágio e até hoje mantenho apenas a assinatura digital, que me basta.
  • Revistas. Não assino nenhuma revista. Antes, quando tinha vontade, comprava na banca para ler. Sempre gostei muito e eu tinha até um valor mensal para essas aquisições. Com a pandemia, no entanto, eu já não saio tanto de casa e poucas vezes fui í  banca ou fiquei com vontade de ler revistas. As últimas que comprei foram edições da Vida Simples e de revistas sobre Psicologia. Quando termino de ler, reciclo algumas e outras eu guardo para a minha mãe, pois ela gosta das minhas escolhas. (rs)
  • Revistas (2). Não guardo mais revistas. Antes eu mantinha em um cesto, na parte de baixo da mesa da sala ou até mesmo uma parte da prateleira para elas. Anos atrás iniciei um processo de digitalização e hoje em dia não tenho mais esse estoque. O digital nesse sentido superou o armazenamento fí­sico que existia antes.
  • Correspondência. Chega, coloco na caixa de entrada, processo diariamente e já endereço o papel apropriadamente, dependendo da demanda. Se for uma conta a pagar, já pago em menos de dois minutos com o aplicativo do celular. Se for algo que preciso guardar, guardo imediatamente no meu arquivo (que deu uma bela reduzida).
  • Trabalhos de escola. Mantenho uma pasta para artigos e documentos relacionados aos meus estudos atuais (ex: Doutorado) e o Paul tem uma pasta para os trabalhos dele escolares. Ao fim do semestre, eu faço uma limpa na minha pasta e, no caso dele, uma vez por ano. Os melhores trabalhos que ele faz a gente costuma deixar na geladeira durante um tempo (como se fosse uma ‘exposição”), mas a maioria deles digitalizo e depois jogamos fora.
  • Receitas. Hahaha, dá para acreditar que em 2007 eu tinha revistas de receitas? De lá para cá digitalizei muita coisa e me livrei da papelada. Nada mais fácil que encontrar uma receita pela Internet quando preciso dela. Para não dizer que não tenho nada semelhante, guardo como recordação um caderno de receitas que era da minha bisavó, depois passou para a minha avó, e agora está comigo. Mas tem mais a ver com uma lembrança de famí­lia que como um objeto funcional em si.
  • Livros. Em 2007, talvez eu tivesse uns 100 livros. Hoje beiram os 2.000 e me orgulho da minha biblioteca. Quando termino uma leitura, me pergunto se é um livro que me representa, que vou consultar mais vezes ou que pretendo reler. Se sim, ele fica na estante. Se não, eu dí´o. Minha biblioteca é bastante viva e eu reviso os livros constantemente para mantê-la adequada a mim.
  • Lista telefí´nica, guias, atlas, catálogos – nem preciso dizer muito aqui. Tudo foi embora.
  • Fotos. Tenho uma caixa com as fotos e alguns álbuns em transição. Fiz uma nova limpa recentemente jogando fora fotos que não faziam qualquer sentido de estarem guardadas. Não me incomoda a forma como as fotos estão armazenadas hoje, apesar de querer trazê-las mais para expí´r pela casa. Está nos planos, mas nada prioritário.
  • E-mails impressos = socorro! Na época eu trabalhava em uma agência em que algumas vezes imprimir os e-mails para levar para reuniões era necessário (ninguém tinha notebook na época). Ainda bem que isso mudou!

O que eu ainda tenho de papelada e está em processo de destralhamento

  • Uma caixa com pertences da minha avó. Depois que ela faleceu, meu tio e eu fizemos uma limpa enorme nos arquivos, especialmente por causa do inventário, mas eu fiquei com algumas coisas dela – caderno onde ela anotava algumas coisas, o caderno de receitas, desenhos meus que ela guardava etc. Eu pretendo digitalizar esse material e manter uma ou outra coisa impressa, como o caderno de receitas. Mas sem pressa, mesmo porque ainda fico triste quando tento mexer (recentemente fiz isso).
  • 5 pastas catálogo com artigos raros e antigos sobre os Beatles. Como sou colecionadora, ainda mantenho. Sei que em algum momento vou me desfazer desse material, mas sinceramente considero como registro histórico. Tenho coisas bem raras, tipo a reportagem de jornal do dia em que o John Lennon foi assassinado, além de algumas revistas inglesas da década de 1960. Eu mantenho porque não me atrapalham, mas sinceramente são coisas que em algum momento devo me desfazer.
  • Uma pasta catálogo com reportagens sobre o meu pai. Definitivamente posso digitalizar e manter apenas a versão digital mesmo, mas ainda não fiz isso (mesmo motivo que as coisas da minha avó). A pasta também não me atrapalha em nada, então por hora está ok como está.
  • Uma caixa com miscelí¢neas em papel. Tem de tudo – de adesivos a recortes, passando por anotações minhas que ainda não digitalizei, exames médicos e outros. Estou digitalizando aos poucos e ela já diminuiu bastante. Penso que nos próximos meses eu consiga digitalizar tudo.
  • Papelada da empresa. Lá no escritório tem bastante coisa que eu ainda não consegui analisar com calma para ver o que devo manter e o que devo jogar fora. Contratos antigos de prestações de serviços, comprovantes de pagamento etc. Não há tralha – está tudo organizado em pastas. Mas, como o modelo de negócios da minha empresa mudou (antes eu fazia cursos presenciais), penso que demanda essa revisão. Na semana passada eu consegui destralhar alguns arquivos, e assim pretendo fazer nos próximos meses até encerrar tudo. Também tenho muitos materiais didáticos dos cursos presenciais que preciso realocar.

Enfim, bastante coisa mudou na vida de 2007 para cá. A vida se tornou naturamente mais digital e, os dispositivos, mais presentes em nossa vida, facilitando esse processo que antes só era possí­vel com scanner. Foram 14 anos de diferença e eu vejo como cada vez menos os papéis se fazem presentes na minha vida, a não ser aqueles que intencionalmente ficam melhores no formato impresso. Ainda quero diminuir mais, mas 90% já foi resolvido e diminuí­do. Penso que as diversas mudanças de casa que fiz nos últimos anos tenha acelerado esse processo.

Como está o seu ní­vel de papelada em casa no momento?

Deixe seu comentário

16 comentários

  1. Roberta Uehara comentou:

    Prezada, Thais,

    Li seu artigo agora e vejo o quanto organizar a papelada física ou manter os arquivos digitais leva tempo. Organizo a documentação assim: tenho uma caixa de documentos meus, uma caixa de documentos do meu marido. No caso dos documentos da minha filha, como ela é pequena – tem 04 anos e meio – mantenho junto com os meus documentos, pois ainda são poucos documentos nessa vida de criança, né.
    Recordações guardo pouco, quase nada, pois nessa era digital com a praticidade de tirar fotos do celular, tudo fica digital.
    Fotos antigas impressas, tenho ainda, mas é uma boa ideia eu “destralhar” quando sobrar um tempinho.
    Voltei a morar antes do início da pandemia com os meus pais, pois eles são idosos e queriam estar próximo da neta e também precisavam de um auxílio. Posso te dizer que foi minha “salvação” nessa pandemia surreal, pois estou trabalhando em “home office” desde que essa loucura começou. Ela me ajuda a tomar conta da minha pequena.
    Minha mãe também gosta de manter a casa organizada e destralhar, então fotos que não faziam mais sentido ter, ela jogou fora. Falo isso porque é ótimo ter alguém que gosta de organizar. No caso, em casa somos nós duas.
    Penso que ter desapego deve fazer parte.
    Minha mãe faz um arquivo separado com a documentação do meu pai, isso não mexo, deixo com eles, mas uma hora se ela quiser e eu tiver tempo, preciso ajudá-la a organizar. Penso que a forma que sirva para mim, talvez não sirva para eles. O que fiz para meus pais foi “tornar digital” as contas da casa que antes eles recebiam por correio, pois como sou eu quem faço os pagamentos, fiz da forma mais conveniente para mim… o meio ambiente também agradece, menos papel, já é algum progresso.
    Não sei se já comentei aqui no seu blog, mas vira e mexe procuro algum artigo seu que possa me auxiliar no assunto organização.
    Obrigada e digo que você faz diferença na vida dos seus leitores/seguidores!

  2. Eloiza Oliveira comentou:

    Olá, Thaís! Tudo bem?
    De que forma você está fazendo a digitalização desta documentação, é via algum equipamento, ou via aplicativo?
    Quero começar a fazer esse processo, pois a papelada guardada está grande por aqui e muita coisa nem tem mais sentido estar guardada.
    Obrigado, por ter revisitado esse post e por nos inspirar a iniciar esse processo também! 🙂

  3. Vania comentou:

    Está aí um ponto em que tenho dificuldades. Sou bastante organizada na maioria dos aspectos, de roupas a coisas de cozinha, de produtos de limpeza a ativdades desenvolvidas. A papelada é definitivamente meu ponto fraco. Tenho muita coisa, arrumada em pastas, separada em caixas. Não gosto de digitalizar nada que tenha em papel. Acho um trampo… Então minhas escolhas estão entre manter o papel ou eliminar definitivamente.
    Hora de revisitar essa área, tambem. 🙂

  4. Katt comentou:

    Muito bom ler esse post e perceber que até que estou bem.
    Me identifico com várias questões, especialmente a dificuldade que ainda sinto em organizar as fotos da minha falecida mãe. Como me deixa triste, ainda evito. Tenho receio de reduzir o volume de fotos. Ainda estou muito apegada. Como você mesmo disse, é um processo. Aos poucos quero selecionar um álbum com a linha do tempo dela sob meu olhar de filha. Além de organizar as fotos de família que ela mantinha. As demais, terei que descartar, pois tem pessoas ali que eu nem conheço.
    Abraços!

  5. Monica Fernandes comentou:

    Gente meus amigos dizem que sou a rainha do digital . Quando vejo alguém imprimir alguma coisa já brinco dizendo que a pessoa está acabando com a Amazônia 😂. Não compro jornais, não assino revistas, meus livros leio no Kindle, não recebo contas pelo correio… ainda não consegui organizar as fotos antigas , mas estão na minha mira. Acho que tô em um bom caminho!

  6. fabíola borges comentou:

    Tenho uma pastinha com os documentos essenciais no papel, tipo certidões, histórico escolar e afins.
    Normalmente os resultados de exames saem hoje no digital também, então sempre baixo os pdfs e guardo numa pastinha no OneDrive, por tipo de exame e ordem de data. Os poucos que recebo no papel, na mesma semana já tiro foto e transformo em pdf também 🙂
    O resto todo me livrei, com exceção de um monte de estudos de desenho de um curso que fiz. A maioria já passei pro pc, porque mandava pro prof. dar feedback, mas logo vou dar uma olhada com mais cuidado, ver se quero tirar foto de mais alguma coisa pra guardar e então diminuir +1 pasta aqui!

  7. Paulo Firmo comentou:

    Que ótimo ler isso!

    #T8

    😉

  8. Lívia Lisbôa comentou:

    Eu selecionei as minhas fotos; daí o que descobri? Que fotos não são recicláveis! A química do papel faz com que o processo não seja viável. Pensei: ok, dá pra fazer alguma coisa antes de mandar pra um aterro? (reduzir – REAPROVEITAR – reciclar). Uma amiga artista até se interessou. Aí separei fotos de gente que ela poderia conhecer e outras. Agora são duas sacolinhas no armário, aguardando providências!!! Aquela que tem gente eu imaginei picotar naquelas máquinas, sabe? Então, depois, ela poderia usar de alguma forma. Se alguém tiver outra ideia, por favor, compartilhe! 😉

    1. Adriana comentou:

      Oi Livia! será que o papel de fotos serve para fazer papel machê? fragmentando e fazendo aquela mistura caseira … e deve ficar interessante, mesmo que reste um ou outro fragmento maior das fotos na massinha…

      1. Lívia Lisbôa comentou:

        Oi, Adriana! Vou perguntar pra uma amiga que faz… quem sabe? Obrigada pela ideia.

  9. Daniele Augusta da Silva comentou:

    Oi Thais!

    Sempre vejo você falando dessa coisa de digitalizar o máximo possível, mas adoro cozinhar e as receitas em papel ainda são imbatíveis e nesse momento prefiro está ouvindo/vendo uma live sua ao invés de ficar consultando a receita no celular , por exemplo e material de estudo também tenho necessidade de marcar colocar observações e é outro momento para eu ficar um pouco longe das telas, por isso ainda resisto em digitalizar esses. Obrigada por compartilhar.

  10. MARISA VASCONCELOS comentou:

    Cara Thais , é por isso que vou continuar a te seguir, ouvir, ler etc. Não consigo destralhar a papelada, justamente porque tenho que fazer a análise do que pode ser jogado ou não. Os livros tem a minha alma , estudos e esse dialogo que às vezes precisamos revisar. O problema de realizar essa análise e doar e tirar do caminho demanda muito tempo. E quando realizar sem continuar a realizar todas as suas sugestões. Obrigada pela oportunidade.

  11. Mônica Borges comentou:

    Menina! Que coisa! Eu já podia ter digitalizado tudo! Como não pensei nisso? Olha, às vezes eu fico assustada comigo mesma kkk! Preciso destralhar urgentemente! Ah, mas vou seguir o seu ótimo exemplo e suas dicas.
    Gratidão!
    Bora começar! Tralhas, preparem-se!
    Bjks

  12. Julia Franco comentou:

    Aqui é um caos total de papel, cada “cata”eu junto um monte de coisa que nao quero perder, e fica ate o proximo cata. nao consigo jogar fora! ta dificil

  13. MARIA REGINA ARAUJO REICHERTE PIMENTEL comentou:

    Papel – um eterno problema até o momento. Esse ano já consegui reduzir bastante, mas ainda não o suficiente. Ainda precisando avançar em alguns aspectos. Olhando para as ideias e enxergando possibilidades.